quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Aprender com os vencedores


A lição principal que o verdadeiro liberal deve tirar do sucesso dos socialistas é que foi a coragem de serem utópicos que lhes granjeou o apoio dos intelectuais e lhes deu uma consequente influência sobre a opinião pública, tornando diariamente possível o que há pouco tempo parecia muito distante. Aqueles que se têm dedicado unicamente ao que parece praticável perante o estado actual da opinião descobrem constantemente que até isso se torna politicamente inviável, devido às mudanças numa opinião pública que eles abdicaram de orientar.
[minha tradução]

F. A. Hayek, 1949.

12 comentários:

Anónimo disse...

Como escrevia Bill Mitchell há algumas semanas atrás, "Há um economista Austríaco atrás de cada arbusto."

Jaime Santos disse...

Hayek, por via de Thatcher e Reagan, teve direito ao seu momento de glória depois da derrocada da social-democracia, após a dupla crise do petróleo e a estagflação dos anos 70. Seguiu-se a falência total do socialismo real a partir de 1985, mas os males vinham de muito antes, de uma URSS incapaz de produzir bens de consumo básico. E isso certamente não ajudou.

Quer mesmo aprender com os vencedores? Olhe, de preferência não perca, e quando tiver que perder não o faça tão clamorosamente. O resto, com franqueza, é propaganda...

JE disse...

"Há um economista Austríaco atrás de cada arbusto."? Bill Mitchell ? Onde?

Voltando a Hayek e a estas palavras que demonstram duma forma magnífica que Jaime Santos faz muito mal ao pensar que chegámos ao fim da história.

Os designados agora por ele como "vencedores", afinal incentivavam à utopia. E à luta pelo sucesso

JS prega a rendição. E as grilhetas. Sintomático.

JE disse...

"O resto com franqueza é propaganda"

É o que faz Jaime Santos. Vende grilhetas dos que ganham. E quando perde, como no Brexit, amua e faz-se passar por "vencedor"

Retomando ao tema das grilhetas

Anónimo disse...

William Mitchell. Blog de 28/4/2020, entitulado "Bank of England Official blows the cover on mainstream macroeconomics" tem na parte final a seguinte frase "There will always be an Austrian economist somewhere in the 'bushes'".
Talvez bushes se devesse traduzir por mato, mas levas com o arbusto, que vai dar ao mesmo.

Jose disse...

A propaganda consegue mudar a aparência da realidade...mas não por muito tempo.

Anónimo disse...

E dessas coisas de propaganda sabe bem Herr José

Ana Maria disse...

Como dizia a vetusta, olvidada e falecida PM britânica, a utopia socialista dura até acabar o dinheiro dos outros.

JE disse...

Bom.

Mais uma vez temos que ensinar duas coisas ao "Bill Mitchell"

O significado das aspas:

- As aspas ou vírgulas dobradas são sinais de pontuação que quando usadas para reproduzir citações, devem fazer isso mesmo: serem colocadas abrangendo o que é citado.

Pelo que o nosso amigo "bill" tem que ter mais cuidado. Para não se esconder atrás dos arbustos, em línguas que parece titubear

A outra nota é que este tratamento coloquial por tu... não cheira bem. Não teve ainda carta de alforria.

Com uma agravante. Este tom de ameaça gratuita acerca dos "arbustos"... Fica melhor naquele tipo que por aí anda, mascarado de tudo e mais alguma coisa.

Certo?

Agora voltemos ao tema do post,sem o uso incorrecto de citações, ainda por cima ao lado.

Certo?

Paulo Marques disse...

Aprender com os vendores... portanto, China e Vietname? Ou, pelo menos, Japão e Coreia do Sul? Não? Siga a austeridade, pois.

JE disse...

Há aqui um padrão que se repete. Não só nos processos, como também nos meios.

O tema não agrada a joão pimentel ferreira, que resolve agora aparecer como "ana maria", depois de se embonecar para o efeito.

Resolve trazer,a despropósito, Margaret thatcher para o debate. Quem não vê os sinais de impotência neste gesto de não lhe restar mais do que impingir slogans publicitários senis, que fizeram história tanto do seu lado, como do lado dos que combatiam esta execrável sujeita

Ana maria, vulgo jpf, está reduzido assim ao bocejo da publicidade gratuita...

Mas a coisa não acaba aqui.

Porque continua a história das citações...deturpadas claro

Dirá jpf:
Como dizia a vetusta blabla "a utopia socialista dura até acabar o dinheiro dos outros."

Bom. o que disse de facto a fulana foi isto:
“The problem with socialism is that you eventually run out of other people's money.”
ou noutra ocasião: "“Socialists are happy until they run out of other people's money.”
( os evangélicos neoliberais andaram por aí com uma outra frase,adaptada às suas circunstâncias...adiante)

Ora bem. Não consta ali a palavra"utopia" que assim surge da lavra do ana maria. É importante? É. A sujeita não se referia a uma qualquer "utopia",como aldraba o pimentel ferreira. Margaret T. referia-se mesmo ao socialismo, aos socialistas

Ora para esta vergonhosa thatcher, tudo o que não bebesse das suas águas era socialista.

A começar pelas crianças a quem ela cortou o fornecimento de leit, como sucedeu aos que tinham mais de 7 anos em todas as escolas públicas primárias em toda a Grã Bretanha.

A taxa de pobreza era de 13,2% quando conquistou o poder e atingiu 22,2% quando o abandonou, deixando uma sociedade infinitamente mais desigual. Milhões de crianças, que cresceram nas novas famílias pobres e numa sociedade com menos mobilidade social e com divisões de classe mais endurecidas, foram as grandes derrotadas.

JE disse...

Os discípulos da sinistra Thatcher ainda andam por aí, a inventar histórias sobre a sua heroína e a garantir a continuação do seu legado: uma maciça redistribuição dos rendimentos e da riqueza da base para o topo, ao mesmo tempo que repetem o “não há alternativa”.

João pimentel ferreira, montado na segunda derivada de Passos, apesar de atrapalhado com as saias de ana maria, é um desses discípulos e não larga o epistolado

Entretanto dedicado às imbecis frases da traste da thatcher:
"O liberalismo dura até acabar a paciência dos explorados."