A decência de uma comunidade avalia-se pela justiça na distribuição dos bens, pelo reconhecimento de que há bens que têm de ser distribuídos por critérios não-mercantis, da necessidade ao merecimento. Estes bens requerem um certo tipo de instituição, dependente de certas virtudes, de uma ética do cuidado. Não há nada que se lhe compare.
Pelos seus actos e pelas suas palavras, simples e poderosas, porque verdadeiras, pelos seus mais de quarenta anos de serviço, António Sarmento encarnou e visibilizou o que mais importa na vida colectiva: confiança, trabalho, conhecimento, experiência, dever cívico, ajuda, necessidade, merecimento, numa palavra, talvez, felicidade. Disse que “os cidadãos merecem a melhor informação” e por isso achou que tinha o dever de falar, de se expor, declarando-se um pouco nervoso com isso, mas não com a vacina.
Obrigado.
Sem comentários:
Enviar um comentário