No
domingo, cinco pessoas morreram
intoxicadas numa casa miserável
aquecida a gerador. Na segunda,
uma estrada desaparecia entre duas
pedreiras e, perante a sucessão
trágica, muita gente terá feito a
interrogação-lamento: “É isto que
nós somos”?
É. É isto que também somos,
mesmo que nem sempre o vejamos
e quase sempre o esqueçamos. Um
país onde há gente que continua
a esgadanhar para viver e um país
onde a incúria e a ganância matam.
Para variar, o editorial de hoje do Público, da autoria de David Pontes, cruza a questão social com a sua declinação territorial: um país de múltiplas formas fracturado, em suma. Um país, não o esqueçamos.
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2 comentários:
Poizé, somos um país de que estamos a dar cabo muito pela calada, rastejantes. Que raio de país! Ia dizer que merda de país - mas não digo, parece mal e não é politicamente correcto...
O avô do Vicente Ferreira
Dois casos de incúria, uma pessoal outra pública, que logo são aditivados de miséria - a propósito de uma inacabada casa ocupada ao fim de semana - e ganância - que não se sabe a que respeita no caso.
Quanto ao esgravatar não se vê que seja trabalho indigno.
Tudo vem ao caso de que incúria é mal bastante que não carece de aditivos.
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