sábado, 7 de dezembro de 2013

O mesmo político

O Cavaco Silva que em 1987 deu instruções para que Portugal se opusesse a uma resolução da ONU em solidariedade com a luta do ANC e dos sul-africanos (que incluía um apelo para a libertação incondicional de Nelson Mandela), e que nos anos noventa desencorajava a resistência à ocupação (e a luta pelo direito à autodeterminação) de Timor Leste - é o mesmo político que, desde 2009, tem permitido o aprofundar sem fim de um processo suicida de empobrecimento social, de destruição do tecido produtivo e de degradação da democracia portuguesa. Se dependesse só dele, ainda hoje viveríamos, muito provavelmente, em pleno Estado Novo.

6 comentários:

Anónimo disse...

não é bem assim:

http://expresso.sapo.pt/portugal-votou-a-favor-e-contra-nelson-mandela=f844893

Anónimo disse...

mas quase.

Nuno Serra disse...

Caro anónimo das 13h00, recomendo-lhe, se me permite, a leitura deste post: http://aspirinab.com/isabel-moreira/honrar-mandela-por-inteiro-da-posicao-portuguesa/

antónio m p disse...

Comentador "Anónimo" das 13h00:
"É tarde, Inês é morta!"

Nuno Serra disse...

Ainda sobre a tentativa de mascarar a decisão de voto de Cavaco Silva (e os seus reais fundamentos), transcrevo aqui um comentário de Filipa Vala (no facebook), sobre o link do texto anteriormente referido: «a leitura da resolução G mostra que ela tb legitima o direito à resistência e à luta do povo Sul africano. a resolução só não especifica os métodos dessa luta de resistência e portanto admite-os a todos. Daí que a justificação encontrada por Cavaco para o voto contra na resolução A e o voto a favor na G seja absurda e incoerente - ela obedeceu não a um qualquer principio de pacifismo a que um derrube do regime de Pretória pelo povo sul africano se deveria submeter, (se fosse esse o caso tb não deveria ter votado a favor) mas a uma conveniente subordinação à dupla Reagan-Thatcher, na tradição de lacaio subserviente q aliás o seu partido mantém até hoje»

R.B. NorTør disse...

A pessoa de que se fala aqui é o senhor "identificado com o regime", de punho próprio no registo da PIDE?