quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Debater sempre

Tomando como excelente pretexto o lançamento do nº4 da Vírus, na sua versão em papel, realiza-se amanhã, no espaço mais agradável da margem certa do Mondego, um debate sobre o tema do dossiê desta revista de política e ideias, a Europa, ou seja, realiza-se amanhã um debate sobre Portugal.

Pela minha parte, discutirei os artigos tomando como ponto de partida  o guião, de que fui co-autor, sobre as Europeias, onde defendemos uma estratégia política em torno da desobediência às imposições europeias, da reestruturação da dívida e da saída do euro. Procurarei então assinalar as diferenças entre insistir num suposto programa europeísta em Portugal e definir e afirmar um programa de defesa dos interesses e aspirações do povo português na Europa, trabalhando internacionalmente para que outras forças de esquerda façam o mesmo a partir dos seus países. De seguida, tentarei explorar o sentido e implicações profundas da ideia, que faz o seu caminho entre as esquerdas, de renegociação da dívida com os credores, com vista à sua redução, recorrendo, se necessário for, a uma moratória do seu pagamento.

Dados estes pontos de partida, aos quais juntarei uma análise aos sentidos, ou falta deles, do conceito de europeísmo, uma exploração da ideia de cadeia imperialista e dos seus elos fracos e uma defesa do patriotismo, como companheiro de caminhada de um internacionalismo que sabe às quantas anda, acho que o debate pode ser animado.

2 comentários:

Aleixo disse...

Não havendo dimensão para um confronto de alternativas no Bloco, os representantes com responsabilidade nos órgãos de direcção, têm de perceber que se está a esgotar o tempo útil, á mudança de proposta. Á Esquerda, não basta dizer que é Esquerda! Uma proposta de Esquerda (…ainda por cima num combate institucionalizado!), não pode persistir num caminho que não integra a defesa do interesse, da vontade e da SOBERANIA do seu Povo!
João Rodrigues…estou ao lado!

Aleixo

Anónimo disse...

Pequena sugestão: não será desejável que a caminhada do internacionalismo de escudo na mão seja feita por todos aqueles que vivem em Portugal e não pelo "povo português". Evitava-se pelo menos uma parte da discussão, penso eu....