sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Corridas para o fundo

O resultado da multiplicação das conversas do bloco central sobre sistemas fiscais “competitivos” e sobre prendas de Natal às empresas está à vista neste gráfico da taxação das empresas na Europa retirado de um estudo anual da Comissão Europeia sobre tendências fiscais. E ainda temos mais alguns factos sobre a taxação nacional nesta área que convém não ignorar. O problema estrutural foi e é criado, como temos aqui insistido, por um processo de integração feito para gerar corridas para o fundo, jogos de soma negativa, conduzidas por Estados desprovidos de instrumentos decentes e eficazes de política de desenvolvimento. Os resultados estão à vista. O que explica que as empresas não invistam é o excesso de capacidade produtiva por utilizar: falta de procura, qual destas três palavras não entenderam? Neste contexto, a consequência mais saliente desta prenda será a perda de receitas fiscais. De resto, poucas coisas ilustram melhor a hegemonia neoliberal: a capacidade de fixar um quadro estrutural e intelectual onde demasiadas forças de oposição só respondem às perguntas colocadas pelo poder...

1 comentário:

Anónimo disse...

A unidade de esquerda não pode ser construída com o PS. A unidade de esquerda tem que ser construída contra o PS. O PS não é de esquerda. O PS está do lado da troika. O PS é tão troikista como o PSD e o CDS. Pôrra, até o Pacheco Pereira repara:
http://www.publico.pt/politica/noticia/o-ps-nao-e-confiavel-como-partido-da-oposicao-1617027