segunda-feira, 14 de abril de 2008
Teoria económica para todos os gostos
Através da Alternatives Economiques cheguei a este breve artigo sobre os efeitos da maior precarização do trabalho no desemprego. Os autores revêem a literatura na área da teoria económica mais ortodoxa para chegar a três grandes conclusões: 1- Nesta literatura não existe qualquer análise macroeconómica dos benefícios da estabilidade no emprego no crescimento económico (acesso ao crédito e à habitação, formação profissional, etc); 2- As hipóteses de partida são muito frágeis e facilmente manipuláveis. O resultado é uma miríade de estudos para todos os gostos; 3- Experimentando um dos (muito criticáveis) modelos utilizados, os autores simulam os efeitos de uma descida dos custos dos contratos de trabalho a prazo em França. A conclusão é a de que o desemprego francês aumentaria (ver gráfico abaixo).
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2 comentários:
A par disso, o desenvolvimento tecnológico exponencial está a acabar com os empregos. Temos começar a encarar um mundo sem empregos mas com produção distribuída.
Sem empregos não há consumidores. Sem consumidores não há vendas. Sem vendas não há lucros. Sem lucros não há propriedade privada. O paradigma económico está em profunda transformação. Temos de fazer tudo para evitar um desastre.
O nível médio de duração do desemprego, obviamente é importante, mas a sua qualidade também. Refiro-me principalmente à sua duração.
O artigo refere que a estrutura do desemprego é a principal consequência da maior precarização. Gostava também de ver referido este problema da duração que tanto afecta Portugal.
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