"Os Estados Unidos combateram uma guerra contra a Alemanha e o Japão e até ao dia de hoje mantêm uma presença militar nesses dois países. Combateram na Coreia e mantêm tropas na Coreia. Na primeira Guerra do Golfo, expulsaram Saddam Hussein do Kuwait e agora têm ali uma base militar". As palavras são do candidato republicano à Casa Branca, John McCain e procuram justificar a necessidade de manter as tropas norte-americanas no Iraque. Gosto da franqueza com que fala. Sem sombra de vergonha, assume o papel histórico dos Estados Unidos como potência imperialista.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Aprecio a franqueza
"Os Estados Unidos combateram uma guerra contra a Alemanha e o Japão e até ao dia de hoje mantêm uma presença militar nesses dois países. Combateram na Coreia e mantêm tropas na Coreia. Na primeira Guerra do Golfo, expulsaram Saddam Hussein do Kuwait e agora têm ali uma base militar". As palavras são do candidato republicano à Casa Branca, John McCain e procuram justificar a necessidade de manter as tropas norte-americanas no Iraque. Gosto da franqueza com que fala. Sem sombra de vergonha, assume o papel histórico dos Estados Unidos como potência imperialista.
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2 comentários:
Enquanto o presidente do Irão visita o Iraque e passeia pelas ruas de Bagdade durante o dia, os governantes americanos só lá vão pela calada da noite. Vejam o excelente humor de Jon Stewart do Daily Show.
McCain tem razão quando afirma que "os Estados Unidos combateram", só que ao afirmar que "combateram uma guerra" está a ser, no mínimo, umbilicalista. Se tivesse dito que "os Estados Unidos combateram numa guerra" aí teria mostrado um mínimo de respeito pelos países que combateram ao lado do seu.
Quer na 2ª Guerra Mundial, quer na guerra do Golfo, os Estados Unidos combateram ao lado de outros países.
Aliás, de todas as guerras enunciadas por McCain, apenas na da Coreia os Estados Unidos não tiveram apoio de mais nenhum país.
Quanto à necessidade de manter tropas norte-americanas no Iraque só posso dizer que estamos perante mais uma falácia, uma vez que, neste momento, no Iraque e mesmo no Afeganistão, as tropas americanas estão a ser substituídas por organizações paramilitares, ou se quisermos, milícias.
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