
Estará Vieira da Silva (ver post anterior) em condições de garantir que os recursos destinados a promover a segurança dos trabalhadores que ficam sem emprego vão aumentar o equivalente a 1% do PIB português (para se aproximarem do que se passa na Dinamarca - ver gráfico acima, com dados retirados do Eurostat)? E como é que se pretende evitar o abuso do poder e a chantagem permanente dos empregadores sobre o empregados num país em que os níveis de sindicalização não ultrapassam os 18,5% (na Dinamarca são de 81,6% - os dados são do
Livro Branco das Relações Laborais), onde 82,6% dos contratos de trabalho são fixados sem intervenção dos representantes dos trabalhadores e onde 3/4 das empresas não têm qualquer tradição de organização dos assalariados (contrastando com a Dinamarca, um país onde a intervenção dos representantes dos trabalhadores na vida da empresa - em particular nas questões laborais, mas não só - é uma realidade generalizada, e protegida por lei, desde finais do século XIX)? Iremos assistir à inversão da tendência a que temos assistido no sentido da fragilização da negociação colectiva, permitindo que este modo de fixação das condições contratuais (salários, horários, progressões) tenha o mesmo papel em Portugal que tem
na Dinamarca?
Sem comentários:
Enviar um comentário