O novo presidente da câmara de Roma é um pós-fascista, dirigente da Alleanza Nazionale, partido herdeiro do Movimento Social Italiano (fundado logo após a 2ª Guerra Mundial por destacados membros do regime de Mussolini) e recentemente integrado no novo partido do Povo das Liberdades de Berlusconi.
Tal como é costume nos dirigentes pós-fascistas, Gianni Alemanno cavalgou os recentes incidentes de insegurança na capital e prometeu mão pesada sobre o crime. A começar pelos imigrantes, pois claro.
A candidatura de centro esquerda, encabeçada por Rutelli, conseguiu o feito histórico de perder votos entre a primeira e a segunda volta das eleições. Talvez não por acaso, nos últimos 15 dias Rutelli esforçou-se por mostrar que estava tão ou mais preocupado do que a direita com a questão da segurança e dos imigrantes. Ou seja, quis jogar no campo do adversário e perdeu. Como, aliás, vem acontecendo ao Partido Democrático (que junta ex-comunistas, ex-democratas-cristãos, ex-socialistas, ex-liberais, ...) que de tanto querer parecer pós-ideológico perde votos à esquerda sem conseguir conquistar o centro. São tempos tristes em Itália para quem não se revê no racismo e na xenofobia, no autoritarismo e num estado securitário, para quem se atreve a acreditar na normalidade democrática, na paz e na justiça social.
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