sexta-feira, 18 de maio de 2018

Ruínas


Aprende-se realmente muito entre ruínas estrangeiras, incluindo sobre nós próprios, sobre os nossos erros e acertos políticos. As ruínas da esquerda italiana e grega são particularmente instrutivas, até porque estão ligadas. O europeísmo foi um dos mecanismos da (auto)destruição. Só variou o horizonte temporal.

No caso italiano, no meio das ruínas surgiu o movimento cinco estrelas e, aproveitando-se da ruína, uma liga, agora nacional. As classes subalternas reconstroem sempre um espaço nacional, graças à esquerda ou apesar dela ou mesmo contra ela. A lição é brutalmente clara: a esquerda paga um preço elevado quando são outros a tentar construir o espaço da imaginação nacional-popular numa economia estagnada, graças sobretudo ao Euro, numa sociedade causticada, graças à neoliberalização indissociável desta moeda.

Talvez valha a repescar o insuspeito Wolfgang Munchau no Financial Times (oportunamente traduzido pelo DN): “Seria ingénuo pensar na eleição de dois partidos antissistema na terceira maior economia da zona euro como irrelevante. A Itália afinal não é a Grécia. E a Liga e o Cinco Estrelas constituem um desafio muito maior para o consenso da UE do que o Syriza.”

O Syriza faz hoje penosamente parte do consenso da UE assente na mentira. Por falar de pós-verdade com origem europeia, vejam o que escreve o insuportavelmente europeísta The Guardian, uma ruína jornalistica: “O maior medo da Europa, em especial da Zona Euro, é que a Itália mergulhe no tipo de colapso económico que, em 2015, esteve perto de catapultar a Grécia – na altura, liderada por um governo radical apostado em superar as regras da Zona Euro – para fora da moeda única.” É isto que passa por imprensa de referência e até progressista.

Na verdade, a depressão grega foi induzida pelo Euro e pelas regras austeritárias que são indissociáveis do seu funcionamento; regras aceites pela esquerda grega, que finge agora gerir uma semi-colónia. Enquanto o governo grego resistiu, o BCE, por exemplo, contribuiu deliberadamente para o sabotar, por via de um sistema bancária em crise induzida, algo jamais visto.

Não sei o que é que o eventual governo liderado pelas direitas italianas fará, nem dele espero nada de bom, mas sei que se desafiar o consenso de Bruxelas-Frankfurt, o mais provável é que as forças de mercado e da integração que as suporta mergulhem ainda mais a Itália no caos. A Zona Euro mantém-se também pelo medo.

Medo e mentira. Até quando?

77 comentários:

Anónimo disse...

Os esquerdalhos e os fascistas sempre tiveram denominadores comuns: o ódio à liberdade individual, aos direitos humanos e do indivíduo e à verdadeira democracia. A União Europeia materializa estes conceitos, sem belicismos e imposições pelas armas. E por isso, comunas e fascistas querem destruir o projeto comunitário. Não singrarão!

Unknown disse...

O comentário anterior não é do Jovem Conservador de Direita? Pelos termos usados (esquerdalhos, comunas,etc) parece, além de que tem imensa piada.

Anónimo disse...

"As classes subalternas reconstroem sempre um espaço nacional, graças à esquerda ou apesar dela ou mesmo contra ela."

Caro João Rodrigues,
Gostava de ler um post seu só sobre esta frase.

Geringonço disse...

Já disse isto várias vezes, o medo, não a crença no europeísmo, é a cola que vai mantendo a charada do Euro junta.
Mas o medo não dura para sempre, é sabido que as populações quando sentem que já nada têm a perder revoltas acontecem...

Anónimo disse...

Exactamente, medo e mentira é o suporte desta união, o banco central dos países da zona euro actua contra os próprios países e isto não parece estranho a quase ninguém. O cinismo de todos que de uma forma ou de outra tiram partido disto é inaudito, quando a verdade governar a sociedade muitos dos que agora mentem despudoradamente serão os mesmos que se irão afirmar como baluartes da nova ordem porque o importante é estar sempre na crista da onda. Cambada de imbecis.

Jose disse...

«a esquerda paga um preço elevado quando são outros a tentar construir o espaço da imaginação nacional-popular numa economia estagnada...».
Quando a esquerda só conhece o discurso da distribuição, deveria saber que tem tudo o que é inadequado para promover o desenvolvimento.
E deveria saber que por muito que as «classes subalternas» se assanhem pelo saque, a estupidez e a ignorância já não é tanta que não saibam ao que isso conduziria.

No final, todos os populistas sabem que só com o foguetório da impressão de moeda conseguem vender desenvolvimento sem invocarem o que verdadeiramente o determina: conhecimento e trabalho.
À cautela juntam-lhe o nacionalismo, como se uma crescente liberalização do comércio não fosse um destino inevitável para quem ambiciona crescentes níveis de vida

Anónimo disse...

Um excelente post de João Rodrigues,com a serenidade e a objectividade que o qualificam.

O medo e a mentira. São estes pilares que constituem no presente a "cola" que sustenta o euro, como diz Geringonço.

Todavia as coisas não estão paradas. O Fim da História afinal é uma farsa que serviu durante algum tempo e que hoje jaz abandonada no lixo das verdades definitivas que os Senhores nos quiseram impingir

Anónimo disse...

E pur si muove!

Porque se pelo medo tentam coagir os povos e as pessoas, "eles" também denotam que têm medo.

Atente-se no comentário particularmente perturbado do sujeito das 14 e 24. Como Carlos Galvão dirá, a patetice é tão pateta que dá vontade de rir.

Mas tal comentário é filho dilecto da perturbação que estes tempos trazem também às forças europeístas pos-democráticas e ao seu receio que algo esteja a mudar. Repare-se como o discurso referido assenta na salazarenta frase de "ou nós ou o caos". Repare-se como transparece por todos os poros aquele bafiento "quem não é por nós é contra nós". Quem não está de acordo com esta UE,formatada de acordo com os grandes interesses da Alemanha e do directório europeu, é logo rotulado com o vocabulário do perturbado TINA que nos surge pelas 14 e 24

Tempos perigosos estes, que convocam estes esgares de ódio incontido como os do dito sujeito. Mas simultaneamente tempos interessantes que nos mostram que apesar de tudo a contestação a este estado de coisas está a crescer.

Tenha a esquerda a sabedoria de saber reunir e mobilizar os que são cilindrados e humilhados pelos grandes interesses que nos governam

Anónimo disse...

"No final, todos os populistas sabem que só com o foguetório da impressão de moeda conseguem vender desenvolvimento sem invocarem o que verdadeiramente o determina: conhecimento e trabalho."

Frase lapidar!

É que "o medo" que menciona um tipo aí em cima tem razão factual para existir. O medo da inflação que empobrece toda a gente sem olhar a meios. Em 1984 a inflação em Portugal foi cerca de 30%. O aumento dos salários e pensões foi 10%.

Anónimo disse...

O temor de quem manda, de quem se apropria e de quem concentra as riquezas produzidas pelos outros está aqui magnificamente ilustrada nestas duas pequenas notas:

- "Quando a esquerda só conhece o discurso da distribuição, deveria saber que tem tudo o que é inadequado para promover o desenvolvimento".
( segundo o mandamento de quem escreveu isto, a riqueza é para concentrar. Sobretudo nas mãos certas. Como diria um fundamentalista extremista dos mercados e conhecido aldrabão:"No dia em que ganharmos todos o mesmo, é o dia em que todos ganharemos muito pouco")

- "E deveria saber que por muito que as «classes subalternas» se assanhem pelo saque..."
( esta referência às classes subalternas, com este tom prosaico de ódio e de desprezo, é partilhada por quem se acha diferente e com direitos a ser mais igual do que os demais. Da que se acha incrustada daquele dom de peralvilho aristocrata superior aos demais.Da que considera que o saque, adquirido por herança, pelo roubo, por herança e pelo roubo, faz parte da sua condição divina. No fundo da que se assanha pela perpetuação do seu poder, chamando de saqueadores quem de facto é saqueado)

Anónimo disse...

Aonio pimentel ferreira, aquela destrambelhada personagem das 14 e 24, aparece a dar a mão, de forma lapidar, a um tal Jose.

Junta de forma involuntariamente objectiva , aquilo que foi denunciado por João Rodrigues:
O medo e a mentira. Para que se possa manter a zona euro

S.T. disse...

Já cá faltava o papão da inflação.

AI QUE MEDO! LOL
S.T.

Anónimo disse...

Pelas 21 e 22 um sujeito em condição de anónimo fala sobre o ano da graça de 1984, sobre a inflação e sobre o aumento das pensões e salários.

Curiosamente repete aquilo que obcecava alguém a 7 de Dezembro de 2016 pelas 22 e 15. Um assumido na altura joão ferreira pimentel. Agora só muda de nick

https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2016/12/tiveram-e-tem-razao.html


Quando confrontado com o facto que quem estava no governo nessa altura era o IX Governo Constitucional de Portugal, que tomou posse a 9 de Junho de 1983, tendo sido formado através de um acordo de incidência parlamentar entre o Partido Socialista e o Partido Social Democrata, joão pimentel anónimo ferreira mudou de agulha

Não sem antes expressar esta linda lenga-lenga: "Lamento meus caros, desisto de ler este blogue pois atingiu o cúmulo da demagogia e populismo e quando perco tempo em algo gosto que seja construtivo".

Foi ( é ) o que se vê.

Malhas que os europeístas desonestos tecem.

S.T. disse...

Ahhh, pois...

"Monetary union exposes its member states to an insolvency risk which is absent for similar countries which have a national currency"

Afinal devemos é ter medo de continuar no Euro. Quem o diz é Peter Bofinger.

https://voxeu.org/article/cepr-policy-insight-91-no-deal-better-bad-deal

E ainda mais medo devemos ter de reformas que reforcem as grades da prisão!
S.T.

Jaime Santos disse...

Absolutamente extraordinária a ficção que se constrói sobre os contornos do movimento 'nacional-popular'. Não, João Rodrigues, ele pode ser nacional-populista, não é certamente popular, basta olhar para a elite reacionária que promoveu o Brexit e que se prepara agora para destruir o que a legislação europeia apesar de tudo defendia no RU, direitos sociais e ambientais incluídos.

E claro, a Esquerda anti-europeísta fez o papel do costume, acabar por servir objetivamente os interesses dos fascistas em nome do anti-liberalismo.

Vai perder sempre, não se preocupe. É que se o objetivo é fechar fronteiras, expulsar imigrantes e construir muros, a Extrema-Direita leva a palma... São mais genuínos e não colocam em causa o modelo capitalista vigente...

O nacionalismo degenera sempre, até onde foi progressista no início, em corrupção, tirania e guerra. E vir defendê-lo enquanto se declara pomposamente o 'internacionalismo' (a la Comintern, presume-se) só revela teimosia e cegueira ideológica...

Anónimo disse...

Lê-se o que Jaime Santos posta

Uma pergunta surge imediatamente:

E a elite reaccionária que promoveu o Brexit? A começar por Cameron e por May?

Anónimo disse...

Jaime Santos volta assim ( e duma forma claramente fora de tom) ao tema do Brexit mais as suas acusações sobre a esquerda anti-europeísta servir objectivamente os interesses dos fascistas

É sempre assim. Empurra-se com a barriga a responsabilidade para os demais. A responsabilidade pelos desastres próprios. A responsabilidade pela traição aos seus ideais. Mais uma vez o "quem não é por mim, é contra mim".

É a deturpação da história desta forma inqualificável. Rasura-se o significado do Brexit e reduz-se a vitória deste a uma elite reaccionária. Ao contrário do que JS afirma, quem não vê o rumo que esta UE está a tomar, está objectivamente a servir os interesses da extrema-direita e dos fascistas.

Vai longe quem continua a proceder assim

Anónimo disse...

"O voto maioritário dos britânicos a favor do abandono da União Europeia foi um acto de democracia pura. Milhões de pessoas comuns recusaram-se a serem ameaçadas, intimidadas e descartadas pelo desrespeito descarado dos seus supostos líderes à frente dos principais partidos, dos negócios, da oligarquia bancária e dos media.

Este foi, em grande parte, um voto dos irados e desmoralizados pela arrogância absoluta dos que defendiam a campanha do"remain" e do despedaçar de uma vida civil socialmente justa na Grã-Bretanha. O último bastião das reformas históricas de 1945, o Serviço Nacional de Saúde, foi tão subvertido pela privataria apoiada pelos Tories e pelo Labour que agora tem de combater pela sua sobrevivência.

Uma advertência prévia surgiu quando o ministro das Finanças, George Osborne, encarnação tanto do antigo regime britânico como da máfia bancária na Europa, ameaçou cortar 30 mil milhões de libras dos serviços públicos se o povo votasse do modo errado. Foi chantagem numa escala chocante.

A imigração foi explorada na campanha com perfeito cinismo, não só por políticos populistas da direita como por políticos do Labour que se inspiraram na sua própria venerável tradicional de promover e alimentar o racismo, um sintoma de corrupção não na base e sim no topo. A razão porque milhões de refugiados fugiram do Médio Oriente – primeiro do Iraque, agora da Síria – está nas invasões e no caos imperial provocado pela Grã-Bretanha, Estados Unidos, França, União Europeia e NATO. Antes disso, houve a deliberada destruição da Jugoslávia. E antes ainda houve o roubo da Palestina e a imposição de Israel.

Em 23 de Junho, os britânicos disseram basta.

Os propagandistas mais eficazes do "Ideal europeu" não foram só os da extrema-direita, mas sim uma insuportável classe aristocrática para quem a Londres metropolitana é o Reino Unido. Seus membros principais vêem-se como liberais, esclarecidos, oradores cultos do espírito (zeitgeist) do século XXI, mesmo "brilhantes". O que realmente são é uma burguesia com gostos consumistas insaciáveis e instintos antigos quanto à sua própria superioridade.

O objectivo deste extremismo é instalar uma teocracia capitalista permanente para assegurar que dois terços da sociedade, com uma maioria dividida e endividada, sejam administrados por uma classe corporativa, com trabalhadores permanentemente pobres. Na Grã-Bretanha de hoje, 63 por cento das crianças pobres crescem em famílias onde um membro está na força de trabalho. Para eles, a armadilha fechou-se. Mais de 600 mil residentes na segunda cidade britânica, a Grande Manchester, estão, informa um estudo, "a experimentar os efeitos da pobreza extrema" e 1,6 milhão estão a deslizar para a penúria.

Pouco desta catástrofe social é reconhecida nos media controlados pela burguesia, nomeadamente os elitistas que dominam a BBC. Durante a campanha do referendo, quase nenhuma análise informativa foi permitida intrometer-se na histeria acerca de "abandonar a Europa", como se a Grã-Bretanha estivesse prestes a ser arrastada por correntes hostis para algum lugar a norte da Islândia."

(John Pilger)

Anónimo disse...

"... e que se prepara agora para destruir o que a legislação europeia apesar de tudo defendia no RU, direitos sociais e ambientais incluídos".

Mais uma vez esta história está mal contada. Em 19-20 de Fevereiro de 2016 houve um acordo entre o RU e a UE.

Relembremos os factos:

"A excepcionalidade britânica atinge um novo marco histórico. Após uma maratona de 40 horas de negociações, o Reino Unido fechou na noite desta sexta-feira um acordo com a União Europeia que consolida o “status especial” de Londres na organização – nenhum outro país acumula tantas excepções na Europa. Seu primeiro-ministro, David Cameron, fará campanha a favor da permanência do país na UE no referendo de Junho. Em troca dinamita-se um dos princípios fundamentais da União: Londres poderá discriminar os trabalhadores em função do seu passaporte para tentar limitar a imigração.

O excepcionalismo britânico colocou a UE na noite de sexta perante o dilema de oferecer concessões a Londres ou lidar com uma potencial – e destrutiva – saída do Reino Unido do clube europeu. Os dirigentes dos 28 países, como se previa, optaram pelas concessões: depois de dois longos dias de negociações – e uma boa dose de teatro para que cada um pudesse vender o pacto à sua respectiva opinião pública em função de seus interesses próprios –, chegou-se a um acordo para o novo traje sob medida para Londres a fim de que o Governo de David Cameron possa fazer campanha em favor do sim no referendo previsto para 23 de junho. O acordo já estava definido, e muito bem definido. Faltavam alguns detalhes técnicos e a inevitável encenação: o pacto contém muitos floreados, mas também inclui uma mudança essencial que pode alterar o contrato social europeu, com medidas que afectam a livre circulação de pessoas e o princípio da igualdade de direitos independentemente da nacionalidade dos cidadãos. O Brexit, como ficou conhecida a hipótese da saída britânica da UE, era e é um risco maior, e para evitá-la a Europa decide sacrificar um dos seus valores fundamentais. Cameron deu um jeito de frear a entrada de imigrantes que, supostamente, colocam em risco o Estado de bem-estar britânico; a UE autoriza que Londres, a partir deste sábado, discrimine os trabalhadores em função de seus passaportes.

O pacto já estava fechado no que diz respeito à economia e ao sistema financeiro, com a activação de um pseudoveto a qualquer nova legislação que não seja do agrado das ilhas

Anónimo disse...

"A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, considerou o acordo “um trato justo” e pediu a Cameron que faça o possível para manter intacta a UE, com seus 28 sócios. O presidente do Conselho, Donald Tusk, citou o inevitável Winston Churchill e afirmou que em “períodos excepcionais [crise migratória, econômica, conflitos geopolíticos e outros] são necessários acordos excepcionais”. Só o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, desceu à arena da Realpolitik e admitiu, acabrunhado, que o acordo pode abrir as portas à discriminação de trabalhadores em função do seu passaporte, mas observou que essa hipótese fica minimizada porque o acordo “reduz as restrições a no máximo sete anos”.

“Não acho que o pacto chegue a permitir falar de discriminação”, disse Juncker. Essa é a essência da questão. O Reino Unido já era, de longe, o país com mais excepções e regalias. Apesar de seus desejos, a UE fecha as portas para que Cameron possa influir no desenvolvimento da União Econômica e Monetária e na maior integração da zona do euro. Mas, entre as concessões, há algo maior em jogo: as restrições aos benefícios sociais aos trabalhadores imigrantes geram grandes dúvidas entre muitas das fontes consultadas. Consagra-se assim a Europa das duas velocidades? “A Europa não tem duas, e sim muitas velocidades: há sócios que não estão no euro, ou no espaço Schengen, ou na união bancária. O pacto com Londres consolida seu status especial, mas não altera a natureza do projecto”, defendeu uma alta fonte europeia.

Londres pretendia reduzir os benefícios sociais aos trabalhadores com menos de quatro anos em solo britânico. E queria fazê-lo por um prazo de até 13 anos. Contou com o respaldo das instituições europeias e de uma Merkel que afirma que a Europa é um mercado único, mas não uma união social, e, portanto, defende que é possível restringir os benefícios."

Este europeísmo delineado desta forma degenera sempre em corrupção, tirania e guerra. E vir defendê-lo enquanto se declara pomposamente o 'internacionalismo' (da globalizaçãp, presume-se) só revela teimosia e cegueira ideológica...

Sinceramente, JS pensará que as pessoas são totalmente desprovidas de memória?

Anónimo disse...

"E claro, a Esquerda anti-europeísta fez o papel do costume, acabar por servir objetivamente os interesses dos fascistas em nome do anti-liberalismo."

Mais uma frase lapidar!

Mas o propósito revolucionário da esquerda é mesmo esse, a destruição total do sistema, para que das cinzas, nasça o homem novo! Mas a história do século XX prova que normalmente os "homens novos" que surgem depois dos caos e das crises, das misérias e das fomes, não passam de facínoras, desde Hitler, Salazar, Mussolini ou Estaline. Todos surgiram depois de crises sistémicas no tecido social, estimuladas também pela esquerda, particularmente anarquistas e comunistas, que ao tentarem destruir o sistema "capitalista", apenas trouxeram déspotas para o poder, mesmo sem o querer!

Caro S.T., que nos tem a dizer deste recente governo de Itália anti-UE, anti-Euro, securitário, pró-Putin e anti-imigrantes? Estou curioso para saber a sua opinião sobre esta temática.

A inflação não é um papão! Ainda se recorda da taxa de conversão marco-lira?

Jose disse...

Que a esquerdalhada ainda não tenha recuperado do desastre soviético, sendo um indicador de indigência mental, não é completamente surpreendente por tal diagnóstico estar há muito mais tempo bem documentado.
Mas que para além disso tenham elaborado teses que a aproximam da direita populista só não é um pouco mais surpreendente se considerarmos que uma tal indigência ainda não separou o que substancialmente os uniu à nascença: o desprezo pela liberdade individual e a arrogância elitista de providenciais dirigentes.

S.T. disse...

Não, não me lembro da taxa de conversão marco-lira. O que aliás é perfeitamente irrelevante.

Muito mais relevantes eram as taxas de crescimento italianas enquanto a lira se ia desvalorizando. O país crescia e a população prosperava.

Desde a entrada na moeda única nem a economia cresce nem o povo italiano melhora as suas condições de vida.

Mas às vezes até dá gosto ler o muito europeísta Euractiv revelar que o verniz parece estar a estalar entre o casalinho franco-alemão.

https://www.euractiv.fr/section/economie/news/budget-propre-ou-fin-de-la-zone-euro-lultimatum-de-la-france-a-lallemagne/

"« La zone euro ne résistera pas aux divergences économiques entre ses Etats-membres. Les différences fiscales sont devenues trop importantes pour une union monétaire » affirmait ainsi, le 14 mai Bruno Le Maire, lors d’une rencontre avec des journalistes à Bercy."

Finalmente constatam aquilo que já era evidente para qualquer pessoa minimamente informada com dois dedinhos de testa.

Acerca de Itália o que tem mais piada é como por magia as limitações legais ao desempenho de cargos públicos para Berlusconi desaparecem para lhe permitir ter um papel mais activo na direita italiana. Muito europeísticamente conveniente. LOL

E já agora aquilo que diz não é verdade.
De facto foi a traição da esquerda italiana (PD) aos ideais de esquerda que levou o "populismo" ao poder.

Os déspotas estão mais concentrados em Bruxelas, preocupados com o congeminar um qualquer regulamento que obrigue os outros estados da EU a comprar uma bugiganga qualquer alemã.
S.T.

Anónimo disse...

Não

Apesar de pimentel aonio ferreira dar a mão a JS, a diferença entre os dois é ainda assim abissal.

Como este sujeito discorre sobre um homem novo e depois acrescenta Salazar é um verdadeiro mistério. Um homem já velho antes de o ser Delírium tremens? Do in vino veritas?

A História contada por pimentel ferreira tem destas particularidades. Já há dias tentava colar o capitalismo aos primeiros primatas, numa manifestação de ignorância digna do próprio. Agora dá a mão a facínoras como Hitler e Mussolini e depois diz que "surgiram depois de crises sistémicas no tecido social, estimuladas também pela esquerda, particularmente anarquistas e comunistas"

Uma anedota ou apenas a idiotia?
Ou a aldrabice característica de pimentel ferreira?

Por isso a admiração do sujeito por Goebbels?

Anónimo disse...

Curioso como, a um post excelente ( e demolidor) de João Rodrigues, haja quem vá buscar a URSS em jeito de resposta. Resposta que mais não é que uma não resposta e um babar pavloviano para despertar outros reflexos pavlovianos

Manifestações tão claras de impotência ajudam a perceber a perturbação entre as hostes neoliberais

S.T. disse...

Em relação à imigração a minha doutrina diverge da do que eu julgo ser a maioria das gentes de esquerda deste blog.

A meu ver cometem em nome de um suposto humanismo difuso erros de análise cruciais.

Mais uma vez me parece que uma certa esquerda foi ideológicamente esvaziada das suas ferramentas de análise, o que cria coisas estranhas como a colagem a figuras como o especulador financeiro George Soros.

Há muita confusão deliberadamente criada entre racismo e posições anti-imigragração. São coisas completamente distintas. Podem coincidir e o racismo levar a posições anti-emigração mas posições anti-imigração não são necessáriamente racistas.

Portugal não tem esse problema porque não é pais de chegada e para país de destino é demasiado pobre. Os imigrantes querem é ir para o Norte, apanhar os restos do estado social-democrata. Porque escolheriam um destino pobre como Portugal?

Não nos damos conta do que é receber milhares e milhares de imigrantes clandestinos numa região do pais, o mezogiorno, onde o desemprego já está acima da média nacional italiana que já de si é alta.

Mas se se quiserem entreter a ler um artigo que básicamente espelha a minha maneira de pensar façam favor:

https://zeroanthropology.net/2016/08/03/immigration-and-capital/
S.T.

Anónimo disse...

Primeiro era o elogio da concentração da riqueza e a referência às classes subalternas todas assanhadas

Agora é o desastre soviético mais a aproximação dos extremos,tão cara aos vendedores da banha da cobra do corrupto bloco central.

Perturbam de facto ( e muito ) posts como este. Uma lufada de ar fresco e o chamar os nomes aos bois, leva personagens insuspeitos, como jose and so on a virem dar o dito pelo não dito desta forma tão característica.

Jose mete debaixo da mesa a defesa de salazar mais os tempos em que tinha razão e o seu elogio da pide. Tapará os discursos claros e lúcidos que lhe atapetam as paredes e dirá que é um amante da liberdade individual. Ele logo ele que demonstrara tanto afecto pela tal liberdade individual, com esta sua frase pavloviana: ""Às bestas serve-se a força bruta se forem insensíveis a outros meios". Referia-se na altura a quem contestasse o ideário neoliberal ( e não só, e não só) que abraça, venera e serve.

Anónimo disse...

"E deveria saber que por muito que as «classes subalternas» se assanhem pelo saque..."

Esta referência às classes subalternas, com este tom prosaico de ódio e de desprezo, é partilhada por quem se acha diferente e com direitos a ser mais igual do que os demais. Da que se acha incrustada daquele dom de peralvilho aristocrata superior aos demais.Da que considera que o saque, adquirido por herança, pelo roubo, por herança e pelo roubo, faz parte da sua condição divina. No fundo da que se assanha pela perpetuação do seu poder, chamando de saqueadores quem de facto é saqueado

Parece que na mouche. Tanto que obrigou jose a, apressado, tentar justificar-se com a "arrogância de providenciais dirigentes"

Ahahah

Anónimo disse...

Este sistema "capitalista" defendido desta forma pelo pimentel ferreira aonio apenas trouxe déspotas para o poder...Mas não o fez sem querer! Era mesmo o seu objectivo

É delicioso ver como a reacção aos crimes e barbaridades das ditas crises sistémicas ( não se riam que o rapaz está em transe) ainda é responsável pelo aparecimento dos déspotas de eleição do aonio ferreira

Já vimos métodos mais originais para defender que o seu estimado e amado Passos Coelho se perpetue na toca por muito mais anos. Olha se depois sai um déspota assim à maneira do aonio eliphis ferreira pimentel, esperançado que lhe reconheçam os dotes à poiares maduro?

S.T. disse...

Outra frente do assalto colonialista alemão passa-se surdamente nos gabinetes do ECB:

"The European Union has launched a broad assault on bad loans, which it blames for impeding lending and economic growth. Daniele Nouy, head of the ECB’s Supervisory Board, said last month that levels of nonperforming loans remain far too high in some countries. The problem is most acute in Greece, where 46.7 percent of loans are soured; Portugal stands at 17.8 percent and Italy at 12.3 percent. Italian banks hold 221 billion euros ($273 billion) of bad loans, the largest pile in Europe.

North-South Divide

Euro-area lenders have made progress is reducing nonperforming loans, which stood at 793 billion euros in September, down from 955 billion euros a year earlier. That’s not fast enough for the German-led bloc in the ECB Supervisory Board, however."

https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-04-11/germany-pushes-ecb-to-hit-banks-with-tougher-bad-loan-standards

Se juntarmos a este "zelo" para abocanhar a banca dos países do Sul a candidatura de Weidemann à cadeira de Draghi, percebemos o esforço imperialista do governo alemão.
Há a clara intenção de dominar, comprando em saldo, todo o sistema financeiro dos países periféricos.
S.T.

S.T. disse...

As ameaças ao novo governo italiano não se fazem esperar com o Professor Clemens Fuest, chefe do influente IFO Institute a pedir nada mais nada menos que Itália seja cortada do sistema de pagamentos Target2.

Artigo de Ambrose Evans-Prichard no Telegraph (infelizmente com paywall)

https://www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=21&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjaq7Pz3pLbAhVTrRQKHTi5CyU4FBAWCCcwAA&url=https%3A%2F%2Fwww.telegraph.co.uk%2Fbusiness%2F2018%2F05%2F17%2Fitalys-insurgents-enrage-germany-risk-ecb-payment-freeze%2F&usg=AOvVaw3EdOnxgMCKPJmkRiMoKyx7

Recordam-se da ameaça de cortar o acesso russo ao sistema SWIFT? Ameaça que levou Putin a desenvolver uma plataforma de pagamentos independente que assegurasse que o comércio externo russo não seria afectado.
S.T.

Anónimo disse...

O cerco a Itália aperta-se.

Isto é a UE

S.T. disse...

Pelo interesse de que se reveste o texto de Ambrose Evans-Pritchard, aqui fica o link para uma publicação sem paywall:

http://gata.org/node/18242

Lembram-se das diferentes concepções do que representam os saldos Target2 tal como discutido nos comentários a este blogpost?

https://www.blogger.com/comment.g?blogID=4018985866499281301&postID=21631390848290771&bpli=1

Ora vejam então Sinner a chorar baba e ranho pelos saldos que já considera "irrecuperáveis":

"Hans-Werner Sinn, a celebrated economist at Munich University, said there is no mechanism for Germany to retrieve the vast sums that it has sunk into the eurozone, including the E923 billion of Target 2 credits owed to the Bundesbank. "We will never get the money back. It is already lost," he said.

Professor Sinn said the structure is equally unworkable for Europe's North and South, leaving both in a state of smouldering resentment. "There is no possible solution to this. The catastrophe is happening. This is going to lead to the destruction of Europe, to say it bluntly. It will also bring AfD (Right-wing populists) to power in Germany," he told The Daily Telegraph."

O extraordinário da questão é que estes saldos reflectem capitais que "fugiram" do sul e entraram na jurisdição do Buba ou provêm de exportações alemãs. Queres ver que os alemães queriam ser pagos duas vezes pela mesma máquina de lavar? LOL

Também os planos de Macron estão mortos e enterrados, pelo que as suas políticas de restrição salarial em França são não só nocivas como perfeitamente inúteis:

"The volcanic developments in Italy doom Emmanuel Macron's hopes of a "grand bargain" for the eurozone. The French leader had been gambling that Germany might accept some steps towards economic union, with a eurozone budget and finance minister, if France delivered on economic reform."

E as previsões são danosas para a EMU:

"The resounding German "Nein" means the eurozone will remain unreformed and naked when the next global downturn arrives. Little has been done to avert a repetition of the "doom loop." Vulnerable banks and sovereign states can still drag each other down in a vicious spiral."

Pela direcção que os acontecimentos estão a tomar seriam confirmadas as nossas previsões de que a Itália não procurará sair do euro, mas planeia uma defesa siciliana visando ser expulsa da EMU.
S.T.

Jose disse...

Cuco & Associados, SPL, continuam a poluir este espaço com verborreia e casuística que sempre ignora as questões essenciais.
Como todo o inconsequente, sob a capa do foguetório da autonomia monetária, dispensam-se de articular o que mais conduziria aos desastres típicos da esquedalhada em acção.

S.T. disse...

Para se compreender o desafio que o novo governo italiano coloca à EMU convém também ler este artigo de Marcello Minenna, traduzido para o francês por Vincent Brousseau:


"L’ALLEMAGNE PROPOSE UNE VOIE DE SORTIE DE L’EURO. POUR SE PROTÉGER ELLE-MÊME. = Un article de l’économiste italien Marcello Minenna, traduit par Vincent Brousseau."

https://www.upr.fr/actualite/france/lallemagne-propose-une-voie-de-sortie-de-leuro-pour-se-proteger-elle-meme-un-article-de-leconomiste-italien-marcello-minenna-traduit-par-vincent-brousseau

Boa leitura!
S.T.

Anónimo disse...

S.T.


1) Aos articulistas que gosta de ler, são "análises". Os que não aprecia, fazem "ameaças".

2) Ficamos também a perceber que para o S.T., um homem de esquerda mas com uma visão diferente, os refugiados da Síria deveriam ser deixados morrer no mar, ou deixados à sua sorte sob as bombas de Putin e de Assad, mas também de Trump e outros facínoras europeus e regionais.

E assim se demonstra a tese do comentador de José, que as semelhanças entre a esquerda radical e os fascistas, não é assim tanta. Aliás, basta analisar o que Pacheco Pereira tem a dizer sobre os ciganos.

Em qualquer caso, lerei o artigo que cita.

3) Em Itália, apesar da taxa de crescimento, os salários eram anualmente comidos pela inflação e a população não prosperava mais na altura, do que agora. O único fator que lhe dou como certo, está na taxa de desemprego que era mais baixa na altura. Mas há países muito pobres com baixas taxas de desemprego, por isso, isso por si só, não diz muito sobre a prosperidade de uma população.

Anónimo disse...

A questão que se está a colocar é saber quanto tempo mais vai durar o Euro.

S.T. disse...

Ahhh, pois, coisa e tal são só as taxas de desemprego, rebéu-béu-béu pardais ao ninho. LOL

Tudo isto para escamotear a questão fulcral que é que Itália desde a adopção do euro não sai da cepa torta. O PIB não cresce, pura e simplesmente. E desde a crise de 2008 a coisa agravou-se.

https://pbs.twimg.com/media/DdkVK1LXUAI3ysu.jpg

Muito haveria a dizer sobre as questões dos refugiados e da imigração, mas como é óbvio agora trata-se aqui de Itália, não nos esqueçamos.

E em Itália, se já existe uma pressão para a baixa dos salários pela conjuntura de crise, qual acham que será o efeito da entrada no mercado de trabalho de dezenas ou centenas de milhares de imigrantes? Quem ganhará e quem perderá com isso? Patronato ou assalariados?

É uma pergunta simples e nada difícil de responder.

Quanto à evolução futura da situação em Itália, vai ser controlada por vários factores que determinarão o timing dos acontecimentos:

1º O tempo que demorar a consolidar o governo de coligação no poder, inclusive o timing de criação de uma (não)moeda alternativa e eventualmente um sistema de pagamentos parabancário alternativo.

2º A intensidade das pressões sobre o sistema financeiro italiano.

3º As pressões da EU quando um novo orçamento que contemple as propostas do acordo interpartidário seja discutido e aprovado.

4º A percepção de que pode haver janelas de oportunidade que se abrem e fecham para os diferentes intervenientes: Macron, o governo italiano, Merkel, o sistema financeiro germânico e a sua tentativa de dar o bote nos fragilizados bancos italianos, etc, etc.

Por isso, dependendo destes factores assim a questão se pode arrastar como se pode precipitar no espaço de semanas ou até dias.
S.T.

Anónimo disse...

Diz ainda Jean Tirole, prémio Nobel da economia

"A economia global vai bem, o que, claro, beneficia-nos. Países como a Grécia ou Portugal beneficiam do turismo. Em parte porque são atractivos mas também em parte porque alguns países estão a tornar-se ligeiramente perigosos para os turistas. E, também e isso deve ser reconhecido, tem sido feito um esforço por dezenas de países europeus. Não tanto a Itália, mas a Itália é ainda uma preocupação, especialmente com o novo governo, vai ser um pouco preocupante tenho a dizer. Mas confio nos nossos amigos italianos para reagir. Devemos fazer reformas não apenas quando existe uma Troika, ou algumas políticas restritivas, ou alguma crise de dívida. Penso que as reformas têm que ser feitas. A Alemanha antecipou-o, a Escandinávia fez as reformas quando teve problemas nos anos 90, a Alemanha não esperou para ter problemas, não esperou ter problemas para fazê-las. O Canada fez as reformas quando teve problemas. Mas devemos antecipar-nos mais e tentar ter a certeza. E devemos estar atentos à dívida. Não apenas à dívida pública mas à dívida privada, ter atenção a isso. E depois há muito talento na Europa e não há razões para não termos sucesso."

S.T. disse...

Muito sucintamente em relação aos refugiados que é assunto distinto dos imigrantes:

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria bombardeado a Siria.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria financiado grupos jihadistas.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria conspirado com radicais islâmicos para derrubar um governo eleito.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não se teria associado a um especulador financeiro para promover a migração forçada dos sírios.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria declarado que estava pronto a acolher indiscriminadamente todos os que se apresentassem nas fronteiras da EU.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não entraria em alianças impuras com Erdogan

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria os problemas de infiltração jihadista com que a Alemanha e a Suécia se debatem.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria bombardeado a Líbia.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria derrubado Guadafi.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não teria que andar a pescar corpos nas àguas de Lampedusa.

O "homem de esquerda mas com uma visão diferente" não toleraria a indústria do tráfico humano e o seu conluio com organizações ditas "humanitárias".

Em suma, se tivesse sido "homem de esquerda mas com uma visão diferente" a decidir a maior parte dos problemas simplesmente nem teriam acontecido!
S.T.

Anónimo disse...

Continua o Nobel da economia, que defende por exemplo a contribuição extra das empresas para a segurança social por cada trabalhador despedido.

"De alguma forma, é apenas restaurar os incentivos certos. Atualmente os desempregados recebem um subsídio que é pago pelas contribuições da Segurança Social de empresas que mantêm os trabalhadores e não pelas empresas que despedem os trabalhadores. Num certo sentido, é uma perversão de incentivos, está no sentido contrário. Queremos tornar as empresas responsáveis pelo que fazem e se isso tem custos para a sociedade, devem pelo menos pagar parte disso. Não 100%, mas pelo menos parte disso.
Não é protegendo os empregos, o que penso que é perigoso. Vimos isso no Sul da Europa, pode criar grandes taxas de desemprego, também pode criar outras coisas além do desemprego: a qualidade do emprego é má. A legislação laboral em França e noutros países é muito má, não existe suficiente flexibilidade para as empresas e não existe suficiente mobilidade para os trabalhadores. Não é, então, apenas uma questão sobre desemprego, é uma questão sobre qualidade do trabalho, sobre formação, o que não existe quando se tem um trabalho temporário, e é uma questão de finanças públicas. O desemprego é muito caro para o Estado e para a Segurança Social."

Anónimo disse...

"esquedalhada" em acção.

Lemos a expressão e logo vemos que jose está em acção.

Depois reparamos na palavra "cuco". E logo vemos que jose está perturbado

Jose lastima-se porque nunca se discutem as coisas tidas por este como essenciais?
Como ter os livrinhos dos discursos de Salazar todos da mesma colecção, algo que se lastimava amargamente por o não ter conseguido.

Vemos assim que desapareceu o discurso do elogio da concentração, o assanhamento das classes subalternas pelo saque, o desastre soviético, mais os extremos a aproximarem-se

Jose foi confrontado com a sua defesa de salazar, os seus elogios à pide, as suas ameaças a quem não cumprisse os seus mandamentos ideológicos.

Jose foi confrontado com o seu tom prosaico de ódio e de desprezo, de quem se acha diferente e com direitos a ser mais igual do que os demais. Com o seu tom de peralvilho aristocrata superior aos outros, que se assanha pela perpetuação do seu poder, chamando de saqueadores a quem de facto é saqueado.

Só agora é que jose se lembra do que João Rodrigues escreve e vai de alertar para os perigos bla-bla-bla

Não sem antes e da forma característica de amante da censura, vir falar em poluição deste espaço e da verborreia mais bla-bla-bla.

Mais piruetas. E quando a avalanche de argumentos começa a ser avassaladora toca de in extremis tentar corrigir as suas pequenas manhas.

É pobre.É paupérrimo

Anónimo disse...

O comentário das 13 e 26 é de pimentel ferreira. Tal como outros de resto aqui já assinalados

O estilo é inconfundível. Na forma e na tentativa de manipular. Apanhado a aldrabar de forma inqualificável, usando nicks de outros comentadores para boicotar o debate e para deturpar o que os outros dizem, muda mais uma vez de perfil. Passa pela enésima vez ao anonimato.

E o que vemos ?

1) não gosta pimentel que se tragam textos com análises sobre o que se discute. Não gosta que se seja honesto ao ponto de convocar para o debate textos de outros,com os links respectivos, permitindo que seja o próprio leitor a tirar as suas conclusões. Textos que são tanto mais interessantes, quanto são escamoteados deste lado da Europa

Mas há mais. Parece que fica perturbado quando se denunciam as ameaças feitas pela eurocracia. Não gosta,mais do que o qualificativo "ameaça", do facto destas ameaças serem denunciadas.

Porque quando alguém como o Professor Clemens Fuest, chefe do influente IFO Institute pede nada mais nada menos que a Itália seja cortada do sistema de pagamentos Target2, quer pimentel ferreira que tal seja qualificado como "análise"

Escondendo o que de facto é. Uma ameaça

Anónimo disse...

2) Mais uma vez se assiste à deturpação das palavras de ST. Sem ter que defender, concordar ou interpretar o que este comentador diz, é gritante a enorme diferença entre o que um diz e o que o outro diz que diz.

Onde está escrito que os refugiados da Síria deveriam ser deixados morrer no mar, ou deixados à sua sorte?
( não vale a pena agora debruçarmo-nos sobre aquele preciosismo de começar por citar Putin, como responsável pela vaga de emigrantes. Isso nem mesmo na cabeça do mais fundamentalista dos fascistas islâmicos. Isso só mesmo de aldrabões que mentem e que sabem que mentem.São os piores)

O que taxativamente ST afirma é que "há muita confusão deliberadamente criada entre racismo e posições anti-imigração. São coisas completamente distintas. Podem coincidir e o racismo levar a posições anti-emigração mas posições anti-imigração não são necessáriamente racistas".

A imigração que se processa nestes moldes pode de facto trazer problemas muito graves e atiçar por si própria o racismo mais abjecto. Os problemas dos refugiados têm que ser enfrentados. Mas também denunciada a origem de tais refugiados. Foram as guerras do Iraque, a invasão da Líbia, a guerra na Síria que proporcionou o grosso de tal fenómeno. A que se acrescentaram agora novos focos. Quem desencadeou tais guerras foram, pese o desgosto de pimentel que tal seja dito, os EUA, Grã-Bretanha, França, Países do Golfo e Nato. Havia um idiota que falava na Pax Europeia. Esta é a pax referida, que provoca assim este fenómeno dos refugiados.

Não vale a pena citar os artigos e as opiniões que defendiam que todo este movimento de fuga às guerras era do interesse dos próprios promotores da guerra, que assim pretendiam fomentar o caos noutras áreas, ao mesmo tempo que faziam crescer a xenofobia nessas zonas. Também não vale e pena dizer que o próprio Kadafi alertara para as consequências que poderia trazer para a Europa a destruição da Líbia. "Eles" preferiram falar no Viagra que era dado aos soldados líbios, do que no que de facto se estava a passar.

Outras armas de destruição maciça nunca encontradas.


Anónimo disse...

Mas a desonestidade continua, desta forma ( e mais uma vez) de mãos dadas com jose ( ora, ora), embora se fique sem saber se de facto pimentel ferreira quer escrever o que de facto escreve: "que as semelhanças entre a esquerda radical e os fascistas, não é assim tanta".

Ou pimentel ferreira de facto não sabe o que diz, ou pimentel ferreira se engana ao escrever.
Ou não sabe o que diz e engana-se a escrever

Tirar como conclusões, por causa das posições defendidas por ST, as semelhanças entre a esquerda radical e os fascistas é fundamentalmente um insulto. Um insulto gratuito e desonesto. Porque mente e aldraba sobre o que disse ST. Porque manipula a sua apreciação sobre o que ideologicamente é ST ( de um "homem de esquerda com uma visão diferente" para um da "esquerda radical"). Porque conspurca o debate insultando a esquerda ( e estou a falar na tal esquerda que agora os neoliberais baptizam como de radical)que é inimiga assumida e frontal dos fascistas. De resto este debate já teve lugar com o próprio pimentel ferreira e os resultados foram desastrosos para este.

Anónimo disse...

S.T.


Eu concordo inteiramente consigo na questão do Euro e da Itália.

Mas a pergunta que o S.T. tem de fazer a si próprio, é porque motivo a grande maioria da população italiana não quer sair do Euro. Tanto assim o é, que das primeiras "medidas" do recém governo italiano coaligado foi tirar o referendo do Euro de cima da mesa. E não diga que é receio político, a população simplesmente não quer sair do Euro. E não podemos querer sol na eira e chuva no nabal. Se querem ficar no Euro, e querem, tal como na Grécia no pico da crise 3/4 da população grega quis ficar no Euro, não há outra solução que negociar com os parceiros europeus da Eurozona.

S.T. Em sua casa manda você! No espaço do condomínio mandam todos os condóminos. E se não está de acordo com as regras do condomínio, terá de as mudar com a aprovação dos outros. Caso contrário sai do condomínio e arranja outro. Agora não pode querer ficar no condomínio, com as regras que bem entender.

Denoto em qualquer caso, uma aproximação perigosa de S.T. aos ideais fascistas da extrema-direita, no que concerne ao humanismo preconizado por exemplo por Merkel, no acolhimento de mais de um milhão de refugiados. E não julgo que a Europa, seja grande culpada no conflito sírio, quando comparamos com os EUA, Turquia ou a Rússia.

Anónimo disse...

Cuco


Não é interpretar mal as palavras de S.T.
S.T. já demonstrou aprovação pelas políticas aduaneiras e monetárias de Trump; e agora demonstra ligações perigosas com os ideais da extrema-direita no que concerne à questão humanitária dos refugiados.

Anónimo disse...

Pimentel ferreira atira-nos com o nobel Jean Tirole.

Nobel? Quer dizer NOBELiberalismo?

...para registrar el hecho de que durante las últimas décadas este galardón se otorga estrictamente a los operadores intelectuales de la ideología y el pensamiento neoliberales, sean éstos economistas, matemáticos o ¡físicos!; incluso, tal y como sucedió en 2009, excepcionalmente “cientistas políticos”, como es el caso de la hayekiana Elinor Ostrom. Tal vez el keynesiano usamericano Paul Krugman (quien lo obtuvo en 2008) sea el único Nobel no neoliberal en lo que va corrido del siglo XXI

O nobel en economía en manos de Tirole resulta ser un triple homenaje para el neoliberalismo de hoy en sus versiones de: a) capitalismo financiero (cfr. “Te theory of Corporate Finance”, 2006); b) neoliberalismo académico (al respecto sugiero no dejar de consultar la excelente nota sobre los desempeños “académicos” de Iirole realizada por Laurent Maudit: “Jean Tirole, prix Nobel des ‘imposteurs de l’economie’”, Mediapart
, 13/10/2014), pero, sobre todo y más importante aún, c) la legitimación del pensamiento fondomonetarista de estos tiempos. Más allá de los giros retóricos que se han pretendido por parte del FMI durante los últimos años (recordemos la frase de Strauss-Kahn, por ejemplo) y los supuestos nuevos enfoques en materia de políticas macroeconómicas que promociona el Fondo en una especie de mea culpa(insincero, en todo caso) respecto al pasado (Puello-Socarrás 2010:http://bit.ly/1yoWXTj), el fondomonetarismo neoliberal no sólo intenta sincronizarse con el movimiento hegemónico actual sino que continúa siendo la punta de lanza del neoliberalismo en general, más ahora durante esta etapa de crisis y profundización renovada. "

Aqui
http://www.academia.edu/9490739/El_eterno_retorno_del_NOBELiberalismo._Jean_Tirole_y_el_nuevo_neoliberalismo
José Francisco Puello Socarrás

É este neoliberal que nos traz aqui pimentel ferreira. Mais as "reformas na Alemanha e na Escandinávia...e a ausência da flexibilidade laboral no Sul, pois claro.

Enfim, as tretas do neoliberalismo a tentar fazer-se passar por pessoa de bem. Até o elogio dessa escumalha que se chamou de troika

S.T. disse...

Atenção ao pânico, JPF! Respire fundo, tenha calma, que a coisa resolve-se.

Mas olhe que tenho más noticias para si.

É que a maioria do povo italiano votou em partidos assumidamente críticos do euro . O referendo ao euro foi retirado do programa porque não faz sentido fazer um referendo para depois negociar uma saída. Como o exemplo inglês demonstrou isso coloca os negociadores da parte que sai numa posição extrêmamente frágil. Daí que os politicos do M5S e da Lega tenham optado por outra abordagem.

Uma saída do euro faz-se num fim de semana com os bancos e as praças financeiras fechadas para não haver fugas de capitais e especulação financeira. Capisce?
Não se anda meses e meses a empachanar como fizeram os gregos.

Dois artiguinhos para se entreter. Um do zerohedge:

https://www.zerohedge.com/news/2018-05-20/italy-forming-epicenter-eus-fateful-shift

Outro já referido acima:

https://www.upr.fr/actualite/france/lallemagne-propose-une-voie-de-sortie-de-leuro-pour-se-proteger-elle-meme-un-article-de-leconomiste-italien-marcello-minenna-traduit-par-vincent-brousseau

Este último explica as propostas de uma triade de economistas alemães Sinn-Konrad-Schmidt visando preservar ao máximo as vantagens adquiridas pela Alemanha em caso de saída ou dissolução da EMU.

É sintomático que sintam essa necessidade neste momento porque sabem que se a Alemanha fôr colocada na posição de ter de sair da EMU, seria catastrófico para a máquina exportadora alemã ter de sair também da EU e do mercado único. Ora segundo so tratados teria que assim ser. E, claro, voltam outra vez à carga com os saldos Target2.

Daí a minha insistência na necessidade de se perceber o que representam realmente para não se ser enrolado por estes artistas.

"Et donc, du point de vue allemand, soit que se concrétise le risque d’un Italexit initié par un gouvernement non coopératif avec la discipline fiscale de la zone euro, soit que l’on aille vers une réforme de l’union monétaire qui épouse le principe de la mutualisation des risques [financiers], il conviendrait qu’il existât une procédure bien réglée régissant les sorties de l’euro. À leurs conditions, évidemment."

"La proposition des économistes allemands, cependant, donne la priorité à l’intérêt national sur l’intérêt communautaire, et procure une échappatoire à l’Allemagne lui permettant d’éviter cette Europe des transferts, laquelle jouait le rôle d’une condition préalable au « saut dans le noir » de la monnaie unique. Europe des transferts aussi qui s’était déjà manifestée par l’annulation de la dette allemande, laquelle à son tour avait permis la réunification, sans trop de répercussions, des deux Allemagnes."

Percebe-se portanto o alarme que vai nas hostes da "inteligentzia" (mas pouco) alemã.
S.T.

Anónimo disse...

Mais uma vez a aldrabice institucionalizada em pimentel ferreira não passa. Com as desculpas ao seu terror, um tal Cuco, é necessário mais esclarecimentos:

Começa por inicialmente, como sempre, afirmar que "concordo inteiramente consigo na questão do Euro e da Itália.

Mas então aquelas suas afirmações segundo a qual:

"Em Itália, apesar da taxa de crescimento, os salários eram anualmente comidos pela inflação e a população não prosperava mais na altura, do que agora"

E a taxa da conversão marco-lira?

Desapareceram na voragem da aula dada por ST?

Anónimo disse...

Mais uma vez a aldrabice institucionalizada em pimentel ferreira não passa. Com as desculpas ao seu terror, um tal Cuco, é necessário mais esclarecimentos:

Começa por inicialmente, como sempre, afirmar que "concordo inteiramente consigo na questão do Euro e da Itália.

Mas então aquelas suas afirmações segundo a qual:

"Em Itália, apesar da taxa de crescimento, os salários eram anualmente comidos pela inflação e a população não prosperava mais na altura, do que agora"

E a taxa da conversão marco-lira?

Desapareceram na voragem da aula dada por ST?

Anónimo disse...

Mas depois de concordar com o que antes tinha discordado, pimentel aonio ferreira eliphis questiona-se. Perdão,questiona ST por este não se ter questionado.

Nestes moldes:
"Mas a pergunta que o S.T. tem de fazer a si próprio, é porque motivo a grande maioria da população italiana não quer sair do Euro. Tanto assim o é, que das primeiras "medidas" do recém governo italiano coaligado foi tirar o referendo do Euro de cima da mesa."

A grande maioria da população quer continuar com o euro? Mas a maioria da população escolheu este governo. E houve algum referendo sobre o euro?

Se seguirmos as pistas lançadas por ST a Itália não irá por aí.

Mas há mais. Agora este governo que foi obrigado a fazer o que não queria, fora antes taxado pelo mesmo sujeito como um recente governo de Itália anti-UE, anti-Euro, securitário, pró-Putin e anti-imigrantes.

Mas fora eleito.Pela maioria da população. Aquela que segundo pimentel ferreira diz que se quer manter no euro.A maioria da população em funções é a que resulta dos resultados eleitorais ou a que é repenicada em sondagens por pimentel ferreira que nem sequer sabe interpretar gráficos?

A história parece estar a ser mal contada

S.T. disse...

Claro! O S.T. deve ser um perigoso fascista, para fazer todas aquelas perguntas incómodas:

Se existem tantos desempregados na EU qual é a necessidade que tem o mercado de trabalho da EU de imigrantes?

Quem ganha com a entrada de tantas centenas de milhar de trabalhadores em economias que estão longe de empregar todos os recursos humanos internos disponíveis?

Já terão ouvido falar no "exército de força de trabalho de reserva" e da sua utilidade para limitar o poder negocial dos trabalhadores?
S.T.

Anónimo disse...

É altura de ensinar algumas regras democráticas a pimentel ferreira. (De civilidade é inútil, pela desonestidade que aqui tem dado provas).

Estas regras democráticas tendem a ser sistematicamente esquecidas pela tralha neoliberal e sabe-se como Friedman andou de mãos dadas com um conhecido respeitador das regras democráticas à moda de pimentel ferreira. Um tal de Pinochet.

O referendo na Grécia visava aquilatar da aceitação ou não das condições dos credores do país em troca de ajuda financeira.
O Não ganhou com 61,3% dos votos.

Cabia ao governo grego cumprir a decisão popular, já que estava amarrado aquele voto. Não o fez e traiu a confiança dos eleitores. Argumentar que a maioria da população não queria sair do euro como contraponto ao resultado de um referendo é um disparate e um entorse democrático. Por dois motivos. Porque no referido referendo não estava directamente em causa a permanência no euro,embora as conclusões a tirar da votação apontassem para essa direcção. Porque antecipar os resultados de um referendo a tal questão faz lembrar os prognósticos sobre o próprio referendo grego, sobre a vitória do Brexit e a própria vitória de trump.

Destas aldrabices ditas como se de factos indesmentíveis fossem estamos todos fartos. E mostram o respeito que este tipo de gentes tem pela vontade das populações.

Estes TINAS já tiveram melhores dias. É por isso que pimentel ferreira passa aqui o tempo, multiplicando-se em nicks e até usurpando nicks alheios, numa tentativa de boicotar o debate e dinamitar o esclarecimento.

Isto define um sujeito. Mas também contribui para definir a ideologia que este sujeito perfila

Anónimo disse...

As comparações com os condóminos são assim, perdoe-se o termo, rascas. Muito rascas

São uma espécie de versejar medíocre ( releia-se o patuá) sobre um tema que nunca foi inquirido.

Quem alguma vez ouviu os condóminos? E quando estes são ouvidos, os donos da eurolândia fazem tudo para os calar. Incluindo a mais vil chantagem.

Os factos são tramados

Anónimo disse...

Nobel, os neoliberais do Nobel, com Saramago à cabeça!

Anónimo disse...

Tenho alguns amigos beatos que dizem que os Nobel são atribuídos apenas a comunistas. É consoante o gosto.

S.T. disse...

O "humanismo" de Merkel foram as continhas que fez à mão de obra barata que ia importar a custo zero e que vinha mesmo a calhar para resolver a quebra de natalidade alemã.

Se fôsse realmente por razões humanitárias porque não recebe AGORA os refugiados que ainda estão encalhados nas ilhas gregas, na Grécia continental ou em Itália?

Não terá travado porque percebeu que era um fluxo artificialmente engendrado pelas secretas turcas e pelo especulador financeiro e pseudo-filantropo, George Soros?

Não posso dizer que eu tenha sido dos primeiros a perceber o logro, mas acho que percebi antes de Merkel.
S.T.

Anónimo disse...

Mas a desonestidade maior é a tentativa de colar S T a ideais que não são os seus

Desonestidade maior e canalhice abjecta

(Uma pequena nota a sublinhar a hipocrisia de pimentel. Aquele de quem não tem pejo de assim qualificar é o mesmo a que no início do comentário das 18 e 38 diz estar completamente de acordo, no que se refere ao euro e à Itália

Estranhas concordâncias estas a demonstrar que estamos no reino da farsa).

Dizer mais sobre este assunto é inútil e é compactuar com esta fraude Quem nos lê que tire as suas próprias conclusões

Jose disse...

Comovido por ter lido o treteiro BdC dizer que os sportinguistas são uma mesma família, vou explicar ao mais palavroso membro de Cuco & Associados porque é que a
« Itália desde a adopção do euro não sai da cepa torta».

Quando os populistas não podem, pela inflação, mais que compensar a verborreia da distribuição da riqueza, cai a poupança, aumenta o endividamento, pasma o investimento, e todo o cretino acha que tem direito a não fazer um corno a não ser que muito bem pago.
Mas 'não sair da cepa torta' é situação que exaspera uns tantos e logo aumenta a corrupção, a fuga aos impostos, a emigração de capitais e mais uns tantos mimos de gente inconformada.
Enfim, todo esse lixo tem autores reconhecidos:
Os esquerdalhos que, incapazes de fazerem a p. da revolução, se entretêm a f. o capitalismo, para incremento dos coitadinhos que os levarão ao poder de reservar do capitalismo uma boa fatia, a título patriótico e de esquerda, naturalmente.
Os direitolas, que menos dados a mantras ideológicos do que os 'queridos líderes', querem chegar à camada de cima do poder para revigorarem o capitalismo, mas com uma bica aberta para o lado deles.

A grande dúvida é saber quem estraga mais em menos tempo.

Anónimo disse...

Pelas 22 e 35 e pelas 22 e 36 pimentel ferreira apresenta-nos aos seus amigos beatos

Ele que se deixe disto. Que apresente argumentos em vez de vir com tretas sobre os seus amigos beatos. Falamos do Nobel da economia que nem sequer foi preconizado por Alfred Nobel.

Isto não se trata de conversa entre comadres à moda do versejador aonio eliphis.

"Os prémios foram instituídos em 1895 como o último desejo de Alfred Nobel, industrial sueco, e começaram a ser entregues em 1901 nas categorias de Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz. Os prémios de Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz foram concedidos pela primeira vez em 1901. O Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel foi criado em 1968, financiado pelo Banco Central da Suécia."

Ora o que é posto em causa ( e não pelos amigos do pimentel ferreira que devem ser daqueles fundamentalistas extremistas do género de ver em ST um perigoso extremista de direita) é a atribuição perfeitamente enviesada dos Nobel..que vão parar direitinhos às mãos dos neoliberais de turno.

E podem ser citadas muitas pessoas, muitas organizações que afirmam isso mesmo. E não, não são os amigos beatos do pimentel ferreira nem os seus multiplos nicks,nem os nicks usurpados

Anónimo disse...

A propósito dos prémios Nobel de economia–uma curta nota
"Não é nossa intenção instalar um processo de intenções à Academia Real das Ciências da Suécia sobre a atribuição dos prémios Nobel. Quem seria eu para o poder fazer e, assim sendo, muito menos interesse haveria em expor aqui uma leitura sobre a história dos prémios Nobel em economia . Mas não posso deixar de expressar o meu espanto pela atribuição do prémio de Economia ao longo do tempo. É de resto sintomático o que ouvi em Lisboa a esse respeito da boca de um dos laureados com o Nobel de Economia, Paul Samuelson. Já em tempos bem longínquos assisti na Universidade Nova de Lisboa a uma conferência proferida por Paul Samuelson onde este se referiu ao tema dizendo que se alguém merecia o prémio Nobel não seria ele mas sim Piero Sraffa. Esta foi a sua afirmação. Natural que tenha sido assim, uma vez que a Ocidente Paul Samuelson era um homem facilmente colocável politicamente como estado entre o centro direita e o centro esquerda, embora nos USA era por vezes apelidado de comunista. Eram os tempos da Ku Klux Klan (dita também KKK). Em contrapartida, Piero Sraffa era apelidado de comunista e se o não era directamente era, pelo menos, um compagnon de route dos comunistas, amigo pessoal de Gramschi. Portanto não o poderia receber, nunca mesmo.
João Cravinho num notável prefácio ao livro de Schiller apontava o dedo à Academia Sueca pela sua responsabilidade moral na crise desencadeada, uma vez que a Academia tinha atribuído o Nobel à maioria dos grandes teóricos do neoliberalismo e por via caucionava cientificamente as políticas por estes preconizadas.
Em 2008 e para os muito distraídos a Academia parecia mudar de rumo com a atribuição do Nobel a Paul Krugman. Como nesse tempo Paul Krugman não era politicamente nem carne nem peixe, dizia-se até que este era um Nobel de transição, enquanto a Academia não descortinava economistas “à esquerda” mas não muito críticos a quem o atribuísse. Se há dúvidas do que afirmo relembro aqui a sua posição a defender as Sweatshops, à falta de melhor , para os Bangladesh e outros, relembro aqui o que a sua conferência em Portugal, na Gulbenkian. Relembro ainda aqui a sua intervenção em Portugal a defender a redução salarial como medida de saída para a crise, relembro aqui a coragem, melhor dizendo, a lata, para almoçar com Passos Coelho. Mas com a sua posição de defesa das políticas deflacionistas justificava o almoço com Passos Coelho e este saia caucionado por um Nobel. Nâo há almoços grátis é o que se diz nos mercados financeiros.
Mas em 2008, tratava-se de um prémio Nobel atribuído a um cinzento. Mas 2008 passou, o New York Times convidou-o, possivelmente pago a peso de ouro, para assumir um blog no jornal. Um blog notável, acrescente-se, um blog em que ele quase que atingia a estatura cientifica de Martin Wolf, o campeão do liberalismo que se tornou no mais emblemático keynesiano dos tempos de hoje. E a Academia Sueca com isso aprendeu e passou de novo a atribuir o Nobel de forma quase que predominante aos defensores do neoliberalismo. Exactamente como antes. É assim sem margem para dúvidas com Fama (2013) com Thomas Sargent ( 2011) e agora com Jean Tirole (2014) .
Tudo isto a confirmar neste campo as críticas que Sartre dirigiu a Academia e para o campo das letras.
Sobre este tema dizem-nos em Alternatives Économiques:
“Mais recentemente, há cada vez mais vozes a levantarem-se para reclamar o fim desta comédia, em especial nos meios associados às instituições do prémio Nobel. A atribuição frequente do prémio do Banco Central da Suécia a economistas activamente empenhados numa cruzada contra o Estado-Providência ou em contribuições destinadas a aperfeiçoar os instrumentos financeiros utilizados para a especulação, tem incomodado muita gente. Alguns consideram que, por um perverso retorno das coisas, o prémio do Banco central da Suécia acaba por estar a desvalorizar os verdadeiros prémios Nobel.”
(Júlio Marques Mota )

Anónimo disse...

S.T.


O S.T. está a ganhar mesmo contornos desumanos. Alguma amargura na vida? Solidão? Divórcio? Oh homem, divirta-se, passeie! Então o que queria que se fizesse aos milhões de refugiados que saíam do país em guerra? Podemos argumentar que muita coisa foi mal feita, sendo a Europa a menos culpada, no triângulo EUA, Rússia e UE (podemos ainda incluir Turquia ou países do Golfo), mas havendo guerra o que deveria ser feito? Deixar as pessoas à sua sorte? Agora Merkel recebeu os refugiados porque quer mão de obra barata? Então não seria mais fácil fazer como fazem os EUA e colocar as fábricas na China?

Recuso-me a ler os artigos que cita com carácter unicamente xenófobo e infame ("shit" qualquer coisa).

Se a Itália quiser sair do Euro, que saia. Mas não é isso que as sondagens referem quando se aborda unicamente a questão do Euro.

S.T. disse...

LOL

Não há nada como as "sapientes" explicações de José para desacreditar aquilo que o mesmo José afirma defender:

"Quando os populistas não podem, pela inflação, mais que compensar a verborreia da distribuição da riqueza, cai a poupança, aumenta o endividamento, pasma o investimento, e todo o cretino acha que tem direito a não fazer um corno a não ser que muito bem pago.
Mas 'não sair da cepa torta' é situação que exaspera uns tantos e logo aumenta a corrupção, a fuga aos impostos, a emigração de capitais e mais uns tantos mimos de gente inconformada.
Enfim, todo esse lixo tem autores reconhecidos:
Os esquerdalhos que, incapazes de fazerem a p. da revolução, se entretêm a f. o capitalismo, para incremento dos coitadinhos que os levarão ao poder de reservar do capitalismo uma boa fatia, a título patriótico e de esquerda, naturalmente.
Os direitolas, que menos dados a mantras ideológicos do que os 'queridos líderes', querem chegar à camada de cima do poder para revigorarem o capitalismo, mas com uma bica aberta para o lado deles."

Nada a acrescentar! A deliquescência intelectual fala por si própria!

Haaaaaaa! Tide a lavar e eu a descansar!

Nem é preciso resposta. HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA-HA
S.T.

S.T. disse...

Os refugiados que saem de um país em guerra procuram ficar nos países limítrofes para quando a situação se resolver voltarem e retomarem as suas vidas e as suas propriedades.

No caso da Síria entraram em jogo outros dois factores:

1º A oportunidade que Erdogan não hesitou em aproveitar de usar os refugiados como arma num infâme acto de chantagem política em relação à EU que Merkel transformou por negociação em gordos pagamentos financeiros.

2º A promoção da migração feita pelas ONG de George Soros com o intuito de enfraquecer os estados-nação europeus através de uma migração maciça que quebrasse a homogeneidade cultural e religiosa e abrisse caminho para uma ainda maior penetração do neoliberalismo e do globalismo nos países do Leste europeu.

Esta promoção tomou a forma de guias, mapas, telefones de apoio e até aconselhamento legal por parte das ONG de George Soros.

Portanto esta migração de refugiados não "aconteceu" expontâneamente. Foi orquestrada com objectivos precisos e organizada com grande minúcia e meios.

Da mesma forma que eu não me preocupo com o seu períneo e se usa ou não selins de bicicleta com rasgo, também a minha vida não é da sua conta.

E já que fala no assunto é-me perfeitamente indiferente se lê ou não os artigos para os quais dou links porque os destinatários são os outros leitores que saberão aquilatar da qualidade do que neles se escreve.

Também está desactualizado em relação à China. O movimento de deslocalização para a China cessou.
Aqui tem um artigo que explica porquê:

https://www.reuters.com/article/us-germany-china-insight/boiled-frog-syndrome-germanys-china-problem-idUSKBN1HM03J

Leia se quiser. É à vontade do freguês!
S.T.

Anónimo disse...

Pasma o José. Tanto que arrasta para aqui um dirigente (?)desportivo(?) sabe-se lá com que intuitos.

Vamos lá a deixar as tretas e a passar a assuntos sérios. A idade não pode ser desculpa para tudo.

A Itália não sai da cepa torta. É um facto que deixa desesperado quem andou a vender os manás da UE

Perante a realidade o que lhe resta?

Pregar a conversa da treta da troika, do mais além do que a troika, de Passos, de Cavaco, de Portas, de Cristas, de toda aquela canalhada que se governou enquanto nos governava. E servi- la no prato da cabotinice malcriada.

Um mimo. Parece que lhe acertaram no alvo. É paupérrimo. E não só. Fica para a próxima quando voltar aqui de cabeça perdida a debitar estas tretas desgovernadas

Um da direita-extrema a sacudir a água do capote O cheiro da corrupção e do saque dos donos de Portugal perpetua-se nos seus descendentes como se viu e vê.

Tão amados que foram pelo José.

A que chega a impotência para agora os tentar renegar?

Anónimo disse...

ST


Mas o ST está bem da cabeça com as suas conspirações e "análises"?

Agora os refugiados vieram enfraquecer o estado nação? Aumentar o liberalismo? Bem pelo contrário!

Todos os movimentos populistas anti Europa pró nacionalismo pró estado nação, foram catapultado pela vaga de refugiados. O ST deveria agradecer aos refugiados de joelhos e acolhe-los em sua casa, pois foi graças a eles que os eurocépticos cresceram muito. O caso de Itália é aliás paradigmático. Mas já vi que está cada vez mais faccioso.

S.T. disse...

Pois... Deve ser por isso que a Open Society de George Soros investiu tanto a promover o fluxo de imigrantes.

Exactamente para fazer crescer os eurocépticos. LOL

No papel é tudo muito lindo. O pior são as consequências para os estados que cometam o erro de lhe abrir as portas.

Até ao Parlamento Europeu Soros estende os seus tentáculos, com um terço dos deputados classificados como "friendly", ou seja, constituem uma força de lobby poderosissima no quadro do europeísmo à margem do escrutínio dos partidos a que pertencem.
S.T.

S.T. disse...

Olha o belo do artiguinho a sair para confirmar o que digo:

http://europeanpost.co/leaked-document-reveals-soros-potential-allies-at-the-european-parliament/

S.T.

Anónimo disse...

João ferreira pimentel em vez de aprender alguma coisa, entretém-se a repetir de forma um pouco primária o mesmo choradinho. A cabulice não dá bons frutos, como muito bem sabe pimentel

"Todos os movimentos populistas anti Europa pró nacionalismo pró estado nação, foram catapultado pela vaga de refugiados".
Esta é daquelas boutades que tem marca registada. O que terá catapultado pimentel para tal tarefa?

Jose disse...

HA HA HA HA ha ha
Eis um dos signos distintivo de Cuco & Associados,SPL.

Jose disse...

O debate esquerda/direita é na sua inteireza ideológica um debate socialismo/capitalismo.
Mas não é nesse nível que o debate é mantido pela muito evidente razão de o socialismo só ter desastres ou anémicos sucessos para apresentar.
A esquerda ( a verdadeira, a que quer o fim da propriedade privada dos meios de produção) sempre se refugia no populismo, que mais não é que enumerar uma lista do que definem como Bem (e aqui o fundamento judaico-cristão está presente por inteiro: igualdade-fraternidade, rebéu-béu) ocultando todo o Mal que sempre se lhe viu associado.

Mas o que por aí mais se vê é esquerdalhada ( a quem basta um capitalismo penitente em que possam mamar). Para essa gentinha o debate é centrado na casuística, episódios tornados emblemáticos de sistemas, personagens definidores de ideologias.
E que poluição discursiva...

S.T. disse...

Percebe-se pelo tom dos artigos com origem na Alemanha que as elites germânicas começam a entrar em modo pânico.

Agora são 154 economistas alemães que se manifestam contra o aprofundamento da integração da eurozona.

Temem sobretudo a perda do controle que a Alemanha efectivamente exerce sobre o aparelho financeiro da zona euro e pedem uma via de saída do euro à medida e conveniência das elites alemãs.

http://www.faz.net/aktuell/wirtschaft/eurokrise/oekonomen-aufruf-euro-darf-nicht-in-haftungsunion-fuehren-15600325.html
S.T.

S.T. disse...

Já se fala no "massacre dos MiniBOTs" com picos nos CDS e nos yields. E uma baixa do €/$.

E os danadinhos dos MiniBOTs ainda nem sequer começaram a ser emitidos...

Ou muito me engano ou os acontecimentos vão precipitar-se.

Segurem-se que a barraca vai abanar! LOL
S.T.

S.T. disse...

Já agora o link relevante:

https://www.zerohedge.com/news/2018-05-21/italian-bonds-banks-bloodbath-mini-bot-massacre-continues
S.T.

S.T. disse...

"Simply put, the higher this chart goes, the lower the market 'values' an Italian Euro relative to say a German Euro... and thus it is measuring the risk that the European Union - so long defended by Draghi et al. as indestructible - will break up."

https://www.zerohedge.com/sites/default/files/styles/inline_image_desktop/public/inline-images/2018-05-22_5-38-23.jpg?itok=qARMECp6

Artigo aqui:

https://www.zerohedge.com/news/2018-05-22/most-important-chart-watch-italy
S.T.

S.T. disse...

Salvini:

“The French should look after France and stop poking their nose into other people’s affairs,”

https://www.express.co.uk/news/world/963691/Italy-latest-Matteo-Salvini-Lega-France-La-Meire

S.T.