quinta-feira, 17 de maio de 2018

Que desculpas esfarrapadas, Augusto!

Augusto Santos Silva, Ministro dos Negócios Estrangeiros e número dois na hierarquia do governo, optou por utilizar argumentos muito pouco sustentáveis para justificar a decisão de autorizar o furo para pesquisa de petróleo por parte do consórcio ENI/GALP ao largo de Aljezur, dispensando qualquer estudo de impacto ambiental.

Diz o ministro que “a confirmarem-se reservas de petróleo ao largo de Aljezur, servirão para diminuir a dependência de Portugal das importações do combustível fóssil”. Diz ainda que o Governo "tem interesse em conhecer os recursos petrolíferos na costa portuguesa".

Acontece que o contrato assinado com a ENI/GALP nada diz sobre o destino a dar a eventuais descobertas de petróleo. Como faria qualquer empresa privada, caso descubra petróleo, o consórcio vendê-lo-á nos mercados internacionais a quem pagar mais, guardando para si os lucros e pagando uma miséria ao Estado português (ver mais sobre isto aqui).

Vale a pena também ter presente que o contrato não visa a simples prospecção (para ver se há ou não petróleo no fundo do mar), antes assegura ao consórcio o direito de explorar eventuais descobertas, pagando uma miséria ao Estado português e deixando para este mesmo Estado os custos de eventuais acidentes ambientais de grandes de dimensões (que são raros, mas acontecem).

Não sei se o governo fez tudo o que estava ao seu alcance para cancelar estes contratos lesivos para o interesse público. Se o fez e não foi bem sucedido bastava dizer que os compromissos assumidos têm de ser respeitados. Não precisávamos do resto.

40 comentários:

Anónimo disse...

Caro RPMamede,

Como algarvio, frequentador e habitante da chamada costa vicentina, tenho os maiores receios qt à eventualidade de um acidente que a contamine. Por essa razão fui um dos que há uma boa quinzena de anos me manifestei e apoiei o afastamento dos corredores maritimos ao largo de sagres e a instalação na costa do sistema de vigilancia maritima vts. Mas, dito isso, parece-me haver alguma hipocrisia nesta oposição às prospecções. Veja-se as caravanas automóveis que conduzem os manifestantes aos locais onde se manifestam e começa-se logo a perceber porque o digo. Ou seja,continuamos a usar petroleo; mas os outros que assumam os riscos ? Ou, como dizem os brasileiros, pimenta no cu dos outros, é refresco?

MRocha

Jose disse...

As causas da esquerda.
Querem os benefícios mas nunca os custos.

José M. Sousa disse...

O comentário de MRocha faz algum sentido, do meu ponto de vista. De facto, a oposição à exploração de petróleo na nossa costa só faz sentido num enquadramento mais geral de oposição, por exemplo, à construção de um novo aeroporto e ao turismo de massas assente no transporte aéreo. Contudo, as razões para não fazer mais prospecção de petróleo na costa portuguesa ou outra zona qualquer do planeta são prementes:

«Our results suggest that, globally, a third of oil reserves, half of gas reserves and over 80 per cent of current coal reserves should remain unused from 2010 to 2050 in order to meet the target of 2 °C.» in https://www.nature.com/articles/nature14016

Fossil fuel industry must 'implode' to avoid climate disaster, says top scientist

https://www.theguardian.com/environment/2015/jul/10/fossil-fuel-industry-must-implode-to-avoid-climate-disaster-says-top-scientist

Aónio Eliphis disse...

Excelente posta! O que não teria dito a esquerda caso fosse o governo PSD a formalizar este negócio!

A dependência energética diminui-se não com prospeção de petróleo, mas com incremento dos transportes públicos, com o incremento da ferrovia, com o incremento da mobilidade pedonal e em bicicleta.

Esta posta do pimentel é das melhores que existem sobre o paradigna dicotómico rodovia-ferrovia:
https://www.veraveritas.eu/2014/04/ferrovia-ou-rodovia.html

José M. Sousa disse...

Primeira análise global ao setor mostra que ele é responsável por 8% das emissões mundiais, o que é quatro vezes mais do que se pensava

https://www.dn.pt/sociedade/interior/turismo-tem-pegada-maior-nas-alteracoes-climaticas-9317299.html

The carbon footprint of global tourism

http://www.nature.com/articles/s41558-018-0141-x

Anónimo disse...

https://www.newscientist.com/article/2168847-worst-case-climate-change-scenario-is-even-worse-than-we-thought/

Anónimo disse...

José Sousa,

De acordo com tudo o que diz. Mas então sejamos coerentes e invista-se nas alternativas até às ùltimas consequências ! Agora, ser contra algo usando argumentos como a defesa do turismo na região, como se os turistas viessem aqui passar férias de burro, é ... bizarro, pra dizer o minimo.

MRocha

Anónimo disse...

A exploração faz sentido desde que seja para consumo interno e sem que haja uma qualquer lógica privada.

Aónio Eliphis disse...

Caro José Sousa

claro que o turismo, como qualquer atividade económica, gera problemas ambientais. Ora essa! O problema todavia não está no turismo per se, está naquilo que as pessoas fazem quando viajam: andam de carro, de avião, consomem, etc.

O grande problema ambiental das alterações climáticas vem, por exemplo, de automóveis ou da agricultura através do metano, por isso, prescindir do carro ou de comer carne de vaca, é o melhor contributo que se pode dar ao planeta. Não se esqueça que o CH4 é trinta vezes mais potente que o CO2 para o efeito de estufa.

Muitas das emissões vêm, apenas, da prospeção de petróleo. Tem aqui dados globais, já considerando os diferentes rácios para cada gás, nos efeitos de estufa

https://www.researchgate.net/profile/Geraldo_Cancado/publication/221916800/figure/fig4/AS:393944937582619@1470935200365/Annual-greenhouse-gas-emissions-by-sector-Data-source-Kedar-Karki-Effect-of-Climate.ppm

Agora vem a frase d'oiro: a melhor ferramenta de proteção ambiental chama-se austeridade no consumo. O consumismo incrementado pelo capitalismo e pelas políticas expansionistas idolatradas pela esquerda, são o maior veneno ambiental.

Por isso, como verdadeiro ambientalista que sou, repudia-me a esquerda portuguesa, porque não têm soluções verdadeiramente eficazes para resolver os problemas ambientais, bem pelo contrário. Não passam de burgueses que não passam sem um bom bife e sem "um carrinho modesto"! Já nem menciono o PEV. O PEV é uma burla. Até votou contra a fiscalidade verde do anterior governo!

Sabe quem fez mais pelo ambiente nas últimas décadas em Portugal? A troika! Basta analisar um dado muito simples: o número anual de carros novos vendidos desde 2005 e o consumo anual de combustíveis fósseis desde esse ano.

E assim, se desmonta toda a palhaçada esquerdoide, de que são amigos do ambiente! É a direita amiga do ambiente? Obviamente que não! Para a direita, primeiro está sempre o capital e o lucro, e só depois o ambiente! O que quero dizer é que precisamos de soluções completamente novas para problemas novos! E a esquerda nesta matéria, é um embuste, até é pior que a direita, porque o pior lobo é aquele que se faz passar por ovelha.

Se tiver mais dúvidas pergunte, leio e estudo muito sobre a temática das alterações climáticas, desde há vários anos. E a minha formação académica permite-me compreender alguns conceitos, que "os humanistas" e os "economistas engravatados capitalistas" não conseguem.

Cumprimentos

Alice disse...

Se é para explorar, mais valia ser para nós. É uma maçada o bom ficar para outros, mas para limpar a porcaria depois da festa estão cá os do costume...

O Aonio Eliphis não é a outra personalidade do Pimentel coiso? Tenha lá cuidado com essas bicicletas, porque parece que criam problemas nos tintins.

estevesayres disse...

Ainda dizem que este é, um governo de esquerda, ora se fosse um governo de direita ou da extrema-direita como foi o ex-governo chamado de traição-nacional de Coelho, Portas (processo dos submarinos) e Cristas ( a principal responsável pela lei fascista das rendas de habitação/casas) o que seria...

Aónio Eliphis disse...

Ah, a Alice, mas está porventura a menina preocupada com os meus tintins? Nunca ouviu a menina falar de selins com rasgos perineais?

Demonstra assim a menina Alice a génese verdadeira da esquerda lusa. Austeridade no consumo jamais! Não percebendo a menina que o maior contributo que pode dar ao ambiente é prescindir de comer um bom bife de vaca, devido às emissões de metano (CH4), 30 vezes mais potente no efeito de estufa, que o CO2! Mas isso seria pedir demais à pequeno-burguesia!

É mais fácil transmitir a mensagem acéfala que a culpa da desgraça ambiental porvém apenas "dos porcos capitalistas", quando a menina Alice vive no mundo, não das maravilhas, mas dos automóveis e dos bifes do lombo!

Aónio Eliphis disse...

Diz ainda José Sousa

"Fossil fuel industry must 'implode' to avoid climate disaster, says top scientist

https://www.theguardian.com/environment/2015/jul/10/fossil-fuel-industry-must-implode-to-avoid-climate-disaster-says-top-scientist"

A questão é que o petróleo consegue fornecer energia barata como mais nenhuma fonte consegue. Obviamente quando digo "barata", refiro-me à métrica porca capitalista, que é aquela que não considera as externalidades ambientais.

Por isso, como anteriormente referido, ou procuramos formas muito mais limpas, como fusão nuclear (não confundir com fissão nuclear), para produzir quantidades colossais de energia, ou a solução passa apenas pela austeridade no consumo. E se a indústria do petróleo implodir, resta-nos então, apenas a austeridade.

Anónimo disse...

Desta vez sob a capa do aonio, Pimentel Ferreira vem desbobinar a sua célebre coleccao de ódios contra a esquerda e o seu pretenso posicionamento ao centro alinhado com a extrema direita

Mais uma vez se auto-cita para colecionar visitas aos seus locais onde pontifica.

Aonio é Pimentel Ferreira. Só por isso é pior que uma colecção de metano produzido por todos os nicks que acumula.

O seu endeusamento abjecto à Tróka não passa. Nem as suas continhas de aldrabão a fazer-se passar como coisa séria

S.T. disse...

Vejamos se é possível condensar o muito que haveria a dizer sobre petróleo, sua exploração, implicações ecológicas para o consumo e alternativas.

Para começar a chamada austeridade no consumo é uma burla. E é uma burla porque não é igualitária na sua aplicação. Chega-se ao ridículo de se ver uma personagem do jet-set com grandes preocupações ambientais deslocar-se a uma conferência de ecologia de jatinho particular, rebentando alegremente com a sua pegada ecológica.

Segundo exemplo, a regulamentação europeia de emissões de veículos automóveis que é estruturada em função da manutenção dos interesses dos fabricantes em produzir monstros de luxo que poluem com toda a legalidade europeista muito mais do que os modestos carros de família que chumbam nas inspecções.

Portanto, para o peditório do moralismo ecológico balofo, tenham paciência, mas já dei.

As verdadeiras alternativas estão já nas energias renováveis, já com custos inferiores às energias fósseis, e apenas estão a ser travadas pela irregularidade da sua produção.
Mas mesmo aqui estão a ser feitos notáveis progressos em várias frentes e com vários graus de implementação.

https://phys.org/news/2018-05-coal-life-sun.html

Sendo o principal problema a irregularidade de produção, a solução passa pela acumulação que pode ser feita de multiplas formas com diferentes graus de eficiência.

Ver este exemplo já em funcionamento:
https://techxplore.com/news/2017-12-tesla-enormous-battery-amazes-quick.html

A tecnologia das baterias tem evoluído muito em capacidade, densidade de energia e custos, que têm baixado considerávelmente. Só alguns exemplos do site phys.org :

https://phys.org/news/2018-04-materials-sustainable-low-cost-batteries.html

https://phys.org/news/2018-04-hydrogen-aid.html

https://phys.org/news/2018-04-team-sodium-ion-batteries-copper.html

https://phys.org/news/2018-02-scientists-century-old-speculation-chemistry-high-performance.html

Também a conversão de CO2 em vários tipos de combustivel liquido se mostra promissora como forma de acumulação de energia que até permite a portabilidade.

https://phys.org/news/2018-04-co2-renewable-energy.html

https://phys.org/news/2018-04-catalyst-ammonia-fuel.html

https://phys.org/news/2018-02-method-efficiently-hydrogen.html#nRlv

Portanto, se eu tivesse que apostar no combustível do futuro apontaria para um qualquer composto que transporte hidrogénio que possa ser economicamente sintetizado com a abundante energia electrica eólicamente gerada.
S.T.

S.T. disse...

Mais específicamente sobre este ministro e este contrato, apenas tenho a dizer que a história o recordará pela sua subserviência a um europeísmo ruinoso para o país, e que limita o crescimento em nome de doutrinas económicas comprovadamente falsas.

Claro que o que devia estar a ser feito é qualquer coisa parecido a isto:

https://arstechnica.com/information-technology/2018/03/first-floating-wind-farm-has-performed-better-than-expected/

Mas bons investimentos em energias renováveis com futuro é cousa reservada para os países que não são protectorados do monstro acéfalo que é a EU.
S.T.

Aónio Eliphis disse...

S.T.; produção offshore de energia gera energia elétrica e Portugal praticamente já não tem dependência energética na rede elétrica, devido às eólicas e barragens que temos.

A grande dependência energética que temos está nos transportes.

E mesmo na rede elétrica, produção offshore é muito mais cara que usar petróleo, o que implica austeridade no consumo.

Anónimo disse...

(Aonio eliphis já pediu desculpa aos leitores do LdB por ter tido a baixeza de postar posts em nome de outros?

E aos que directamente foram assim insultados pela ausência de escrúpulos de um sujeito que se porta assim desta forma abjecta?)

S.T. disse...

Se o Aónio Pimentel se tivesse dado ao trabalho de ler o artigo teria constatado que os custos de geração desta windfarm são de $50-74 per MWh, o que compara bem com os custos por exemplo da geração por turbina de gás de ciclo combinado que é da ordem de $50 a 80 per MWh (USA 2015 prices). Ora 2015 começou com o barril de petróleo perto dos $54 e acabou a $37,6.
Se atendermos ao preço actual do petróleo, parece-me um excelente negócio.

O preço do barril de petróleo ultrapassou há pouco a barreira dos $80, o que torna ainda mais competitiva a energia de geração eólica.

Além disso, se a EU não arrastasse os pés na ligação da rede nacional com a rede do centro da Europa com linhas de potência adequadas isso permitiria vender os excedentes de produção eólica que por vezes até já temos.
Só que parece que a EU não está interessada em comprar, só em vender. Mercantilismo até na energia.

Talvez seja altura de abrir a pestana em relação à motorização electrica dos TP:

http://www.businessinsider.com/byd-warren-buffett-expands-facility-electric-bus-2017-10
S.T.

Anónimo disse...

A frase de aonio pimentel ferreira eliphis demonstra muita coisa:
"Não passam de burgueses que não passam sem um bom bife e sem "um carrinho modesto"! Já nem menciono o PEV. O PEV é uma burla. Até votou contra a fiscalidade verde do anterior governo!"

Demonstra por exemplo o desprezo que este tipo de gente tem por quem simplesmente vive modestamente dos seus rendimentos. Que tem apenas dinheiro para comprar um "carrinho modesto".

Curiosamente este era o mesmo sujeito que menorizava o BMW de Paula Brito e Costa

Curiosamente e como bem lembra ST, "a regulamentação europeia de emissões de veículos automóveis é estruturada em função da manutenção dos interesses dos fabricantes em produzir monstros de luxo que poluem com toda a legalidade europeista muito mais do que os modestos carros de família que chumbam nas inspecções".

Anónimo disse...

Mas há mais:

Diz aonio pimnetel ferreira eliphis:
"O PEV é uma burla. Até votou contra a fiscalidade verde do anterior governo!"

Não me cabe aqui defender o PEV. Mas as aldrabices e as mentiras deste calibre de defensor da pulhice do governo de Passos não pode passar impune.

Ouçamos o insuspeito Alfredo Marvão Pereira (AMP), economista, que participou na elaboração da lei da fiscalidade verde e que acaba um ano depois por confessar a sua decepção

-Pergunta (P):Pode falar da sua decepção com a fiscalidade verde?

AMP:Existe um grande voluntarismo e depois percebemos que a realidade é outra. Estive encarregue de coordenar um grupo de avaliação. Obviamente não fazia parte dos dez génios que eram as pessoas da comissão. Eles fizeram um trabalho extraordinário de tentar resolver os problemas, criar consensos, de tentar criar transparência. A distância que vai disso ao que foi aprovado corta-me a respiração. Faço uma pergunta retórica: o que é que foi aprovado? O que é que a lei diz sobre isto?

-P: Vou fazer uma pergunta nada retórica: que interesses intervieram para que fosse aprovada qualquer coisa tão divergente do que tinha sido inicialmente proposto? Essa não é sempre a questão?

AMP: É. Esta minha pergunta não é maldosa, tem a sua razão de ser. Ainda não encontrei ninguém que me saiba responder. E não é que as pessoas sejam ignorantes. O que foi aprovado foi haver neutralidade fiscal, reciclagem das receitas em 2015, apenas em 2015. Não está consignado na lei nada que imponha uma neutralidade fiscal no futuro. A partir de 2015 temos um aumento de impostos puro e simples. Não há nada na lei que sugira que a receita da fiscalidade verde, mesmo em 2015, deva ser aplicada em questões de eficiência energética. Não existe nada que sugira que as receitas sejam usadas nem em reduções da TSU, nem em reduções de subsídios fiscais.

Temos uma lei para a qual contribuí e em relação à qual teria votado contra sem a menor hesitação. É uma lei má. Superficialmente parece-se com o que a comissão sugeriu mas não tem nada a ver uma coisa com a outra."

Este aonio eliphis não é só um aldrabão. É um aldrabão e é desonesto. "Social-liberal" como eufemisticamente se baptiza

Anónimo disse...

Pimentel aonio eliphis ferreira já se gabou de uma série de coisas. Desde ter o Capital de Marx na mesinha de cabeceira, embora não o leia ainda em alemão (, sic)como já se gabou de "comer umas tantas coisas"

Agora tem a lata de acrescentar mais umas flores para o seu curriculum:
" E a minha formação académica permite-me compreender alguns conceitos, que "os humanistas" e os "economistas engravatados capitalistas" não conseguem."

Deixe-se para lá a palhaçada dos "engravatados capitalistas" ( já lá iremos) e tomemos nota da gargalhada que deve pontuar tanta pedantice

Anónimo disse...

Numa primeira performance, aonio pimentel ferreira tenta mostrar-se equidestante: É a esquerda e a direita
Aparece mesmo quase que rebolucionário. Mas quando se observa mais em pormenor, o que vemos?:

-" repudia-me a esquerda portuguesa... Não passam de burgueses que não passam sem um bom bife e sem "um carrinho modesto"
-"E assim, se desmonta toda a palhaçada esquerdoide, de que são amigos do ambiente! É a direita amiga do ambiente? Obviamente que não! Para a direita, primeiro está sempre o capital e o lucro, e só depois o ambiente...( mas ) a esquerda nesta matéria, é um embuste, até é pior que a direita, porque o pior lobo é aquele que se faz passar por ovelha".
- "Alice a génese verdadeira da esquerda lusa. Austeridade no consumo jamais! Não percebendo a menina que o maior contributo que pode dar ao ambiente é prescindir de comer um bom bife de vaca, devido às emissões de metano (CH4), 30 vezes mais potente no efeito de estufa, que o CO2! Mas isso seria pedir demais à pequeno-burguesia!"
"É mais fácil transmitir a mensagem acéfala que a culpa da desgraça ambiental porvém(?) apenas "dos porcos capitalistas", quando a menina Alice vive no mundo, não das maravilhas, mas dos automóveis e dos bifes do lombo!

Alice é assim considerada pior que os "porcos capitalistas" , vivendo veja-se lá, no mundo dos automóveis e dos bifes do lombo. E crismada de "pequeno-burguesa"

Para além do tom insultuoso deste palavreado, ressalte-se que pimentel aonio ferreira extrapola duma forma desonesta. Não sabe nada de Alice, mas vê-a a viver no mundo dos automóveis...(isso é só para os da "formação académica" do dito coiso) E quanto aos bifes de lombo, só deve estar mesmo reservado para os coisos ditos que pelo aspecto com que surgem no youtube se abalançam a serem veros comedores do lombo, do bife, do bife de vaca e de bastas coisas mais

É feio.É à pimentel ferreira

A cereja no topo do bolo do verdadeiro rebolucionário que assim fala em burguesia e em porcos capitalistas e na pequena burguesia é...
A troika que "fez mais pelo ambiente nas últimas décadas em Portugal"

É à verdadeiro troikista. É à pimentel ferreira. É é muito feio

Aónio Eliphis disse...

S.T.


Não podemos comparar o preço do barril de petróleo com o preço do MWh. Não percebi se foi bem isso que tentou fazer, mas presumo que não, que tentou apenas fazer comparativos nas oscilações de preços.

Em qualquer caso, o artigo apenas diz que esses valores são as previsões e intenções para 2030: "By 2030, Statoil says, it hopes to bring the cost of floating offshore wind down to €40-60 per MWh ($50-74 per MWh)."

Neste momento o offshore é caríssimo, não deixa de ser por isso, que a Dinamarca, que é o país que mais o usa, tenha a electricidade mais cara da UE. A única fonte renovável que já é competitiva em termos de preço, é a energia eólica onshore. Em qualquer caso há problemas de estabilidade da rede que não permitem que uma rede elétrica seja toda eólica, porque o consumo é em tempo real, mas o vento é imprevisível. Nós não ligamos a máquina de lavar em função da existência de vento, por isso a rede tem de ser robusta, e uma rede fechada toda eólica não é robusta. Por isso, existe a necessidade uma interação a nível europeu, para que por exemplo, possamos vender a nossa energia eólica produzida durante a noite, para o centro da Europa. Neste momento "vendemos" aos espanhóis por zero € o MWh. Leu bem, zero.

Tem aqui um gráfico com os custos do MWh em função da fonte de energia.
https://www.instituteforenergyresearch.org/wp-content/uploads/2009/05/2.15.13-IER-Web-LevelizedCost-MKM.png

E isso nem tem o fracking, que é uma desgraça ambiental, mas que já consegue preços nos EUA de 30 dólares o MWh.

E mais uma vez saliento, falamos apenas da rede elétrica. E depois temos também os transportes. 1/3 da energia que Portugal consome está nos transportes, 99.9% dos quais movem-se a derivados do petróleo. Aqui, neste ponto, importa reinvestir na ferrovia.

Aónio Eliphis disse...

S.T.


Com o devido respeito, a austeridade no consumo não é uma burla. Uma burla é acreditar que carros elétricos como o Tesla são a solução para o problema, isso sim é uma burla. É uma burla porque, de ponto de vista energético, alocar 90 cavalos para locomover uma pessoa, é extremamente ineficiente. E mais importante até, se quiser, que a austeridade no consumo, é a eficiência energética. Ou seja, qual o máximo proveito que conseguimos extrair de um Joule de energia.

Pelo facto de haver indivíduos que usam jatos particulares, não invalida de todo o que disse. E engana-se, eu que desprezo carros como forma de mobilidade sou imparcial para o afirmar, as normas Euro6, por exemplo, impõem limites de emissões muito mais restritas que as anteriores. Em qualquer caso eu não acho que a solução esteja em carros, como afirmei, está nos transportes coletivos, na pedonalidade e na bicicleta.

Pode ver aqui um gráfico comparativo da eficiência energética para diferentes tipos de transportes.

E mais uma vez, parece-me que confunde, consumo energético na rede elétrica, com consumo energético em geral.

S.T. disse...

Costuma haver um nexo entre o preço do petróleo e o preço do gás natural.
Se o barril de petróleo subir inevitávelmente o gás natural também sobe. Logo também subirão os custos das centrais de geração por ciclo combinado.

E reafirmo, a austeridade no consumo é uma burla porque as limitações são para a plebe e os onepercenters continuam a poluir e a depredar o ambiente em grande estilo e sem qualquer entrave.
S.T.

Anónimo disse...

Aonio pimentel ferreira:

"O que não teria dito a esquerda caso fosse o governo PSD a formalizar este negócio!"?

Voltámos às burlas

(Quem teria votado contra a fiscalidade verde do anterior governo seria o próprio coordenador do grupo de avaliação nomeado pelo próprio governo de Coelho. E ainda bem que a esquerda votou contra tal roubo encapotado)

Vamos agora ver o que faz a esquerda quanto a esta estória toda de Aljezur. Vamos ao público:

"O tema esteve em debate na Assembleia da República por iniciativa do Partido Ecologista os Verdes, que chamou com carácter de urgência o ministro do Ambiente para explicar a decisão da APA, tutelada pelo seu ministério.
A APA dispensou de estudo de impacto ambiental a prospecção de petróleo ao largo de Aljezur pelo consórcio Eni/Galp, decisão anunciada na quarta-feira e justificada pelo seu presidente, Nuno Lacasta, por não terem sido "identificados impactos negativos significativos" na realização do furo.
Para Heloísa Apolónia, do PEV, o ministro "está a fraquejar politicamente" e sem vontade política para alterar a decisão da APA, ao mesmo tempo que o Governo "está a cair em descrédito, designadamente no que se refere a políticas ambientais".
O ministro "está a demonstrar como todos os outros ministros do Ambiente de anteriores governos do PSD, do CDS e do PS que não tem força política no Governo", defendeu, apontando que o governante "não quer avaliar os riscos nem pôr as populações e autarquias a participar".

As críticas do PEV estendem-se à APA que "parece estar a tornar-se na agência das agressões ambientais".
No mesmo sentido, vai a posição do PCP que, através do deputado Paulo Sá, referiu que, mesmo não sendo obrigatório o estudo, "devia fazer-se porque a população assim o exigia".
Tal como o PEV, o PCP entende que o Governo ainda está a tempo de "emendar a mão" e realizar os estudos, suspendendo quaisquer actividades de prospecção de hidrocarbonetos.
Para Jorge Costa, do Bloco de Esquerda (BE), trata-se de "um facto gravíssimo" e questiona o Governo se vai voltar atrás.

Quanto a Augusto Santos Silva...basta ler esta posta de Ricardo Paes Mamede.Que como se sabe não anda pela tralha neoliberal e não partilha os pontos de vista da direita nem da direita extrema

Aonio está enganado no sítio onde pensa que está. O vinho é tramado. Não passa de um aldrabão

S.T. disse...

Não tenho nada contra quem usa jatinhos privados. Se tivesse os meios necessários talvez também os usasse.

O problema é o conflito insanável entre usar um meio de transporte altamente dispendioso e com uma pegada ecológica enorme para ir pregar às massas uma voluntária austeridade no consumo.

Não bate a bota com a perdigota.
S.T.

Aónio Eliphis disse...

S.T.


pode especificar quem é esse "ambientalista" que anda a pregar de jato? Refere-se a Al Gore? Obviamente que é um paradoxo! Ou o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger que se arroga ambientalista, mas anda de SUV/Jeep para todo lado. Ou Heloísa Apolónia, não aprovar a fiscalidade verde, por ser de um governo de direita, mas que por exemplo, baixou drasticamente o uso de sacos de plástico, que são um grave problema ambiental.

O que se está a referir é que existe desigualdade no consumo. Claro que sim. Dou-lhe um exemplo, os EUA, que são 5% da população mundial, consomem 20% dos recursos do planeta. Mesmo nós europeus, consumimos muitos mais recursos naturais que um africano ou indiano. O que lhe digo é que a desigualdade no caso dos recursos naturais, não pode ser tabelada por cima, mas por baixo. O que implica austeridade no consumo àqueles que consomem mais: nós europeus incluindo.

Anónimo disse...

As causas da direita: a esquerda nunca está certa.

Anónimo disse...

Mais uma vez não passa a desonestidade em relação a Heloisa Apolónia.

Pelos vistos quem teria votado contra a fiscalidade verde do anterior governo seria o próprio coordenador do grupo de avaliação nomeado pelo próprio governo de Coelho. Portanto toda a esquerda, parte da esquerda, uma só esquerda poderia ter votado contra aquela espécie de aborto legislativo. Nem os sacos de plástico justificam as pulhices feitas pelo governo neoliberal de Passos e Portas. Não vale a pena vir para aqui com fífias hipócritas de plástico vestido

Portanto o paradoxo é de pimentel aonio eliphis ferreira, um tipo que aldraba e que não tem coragem de pedir desculpa.

Tal como estamos à espera de ouvir desculpas pelo tom escandalizado como comentava os putativos comentários da esquerda sobre o denunciado por RPM

Ou desculpas também sobre aquele linguarejar sobre a "pequeno-burguesa" e o "carro modesto" mais os "bifes de lombo"

Ou ainda mais grave, um pedido de desculpas por ter andado a assinar com outros nicks e a fazer-se passar por outrém. Manipulando, deturpando, aldrabando, insultando assumindo o nickname de outros comentadores

Este é o espectáculo oferecido por um arrivista sem escrúpulos. Que demonstra de que estirpe é feita esta tralha neoliberal

Adiante porque o ar precisa de ser renovado

S.T. disse...

Acerca das off-shore wind farms e seus custos de produção, e até porque a costa portuguesa teria condições para produzir imensa energia, submeto à vossa consideração este artigo que ducumenta custos da ordem de €49.90 per MWh contratualizados para uma windfarm nas costas da Dinamarca.

Parece que os custos das windfarms off-shore estão a baixar e muito devido a importantes economias de escala.

Confluem também factores circunstanciais como a disponibilidade de navios especializados nas operações de plataformas offshore libertos pela indústria petrolifera devido à baixa do preço do barril de petróleo nos últimos anos.

E, ironia das ironias, O dumping chinês do preço do aço também tem ajudado. Isto é, na prática o estado chinês subsidia as energias renováveis europeias. Adoro estas pequenas ironias, embora saiba que são pagas muito caro pela perda de capacidade industrial europeia.

https://www.power-technology.com/features/featuretracking-europes-surge-of-cheap-offshore-wind-power-5725995/
S.T.

Aónio Eliphis disse...

ST


como foi o dumping chinês que fez baixar drasticamente o custo dos painéis solares, sistemas que a China está a investir em força. Em qualquer caso, os EUA, clássicos porcos capitalistas com total desrespeito pelo ambiente, investem em força no gás de xisto, o que faz ainda mais baixar o custo da energia derivada dos hidrocarbonetos, com graves problemas ambientais.

Resultado: as renováveis não são competitivas no mercado atual, onde não se internalizam as externalidades ambientais. Por isso, digo que o ST foge com o rabo à seringa: a solução é austeridade no consumo ou aumento do preço (que pelas leis da oferta e da procura, vai dar ao mesmo).

Anónimo disse...

Que linguagem esta de rebolucionário do aonio eliphis pimentel ferreira?

"Porcos capitalistas" é apenas a expressão de pobreza ideológica. Mas é mais do que isso.É a fraude institucionalizada em pimentel ferreira, porque não corresponde a nada.

A prova?
A prova é a forma como ele, com aquele primarismo de quem tem bastas dificuldades com o pensamento cientifico, defende uma lei, a da "oferta e da procura" ( e ainda por cima tratando-a como equivalente à "austeridade no consumo", algo que já foi feito em fanicos por ST), que só surge como lei pela mão de quem de revolucionário não tem nada.

Ou seja, o rebolucionário afinal não passa de um vendedor das leis de mercado de acordo com a pretensa ciência dos neo-clássicos.

"Os porcos capitalistas" é assim apenas uma expressão para ver se passa. Se passa ele, pimentel ferreira e se passam as suas tretas em torno das suas leis tão científicas como as debitadas em torno das políticas ambientais da tralha passista

S.T. disse...

O masoquismo energético-austeritário pimentélico irá ser relagado para as calendas da história pela evolução tecnológica e por ganhos de produtividade no fabrico de equipamento de geração de energias renováveis.

Deviamos era começar a pensar na mudança de paradigma que ocorrerá gradualmente ao transitar-se de uma forma de produção energética centralizada e baseada numa escassez artificial para uma produção abundante, descentralizada e baseada em sistemas renováveis e de acumulação local ou até doméstica.

Quanto a custos, sabemos que o gás de xisto com o petróleo abaixo dos $40/barril deixa de ser rentável e os poços começam a fechar uns atrás dos outros.
E apesar do apoio explícito de Trump ao carvão não se assistiu a um ressurgir do seu uso nos USA. Porquê? Simplesmente porque mesmo ser ter que pagar as externalidades de que fala o carvão não é rentável.

Outras tecnologias, outros problemas. Por exemplo o tão sábio "mercado" permitiu que a China criasse um quase absoluto monopólio da produção de TERRAS RARAS. Ora acontece que as ditas terras raras são indispensáveis ao fabrico de magnetos de alta intensidade que são o coração dos geradores eólicos.

Na prática a China controla o mercado das turbinas eólicas e como é óbvio vai tentar exportar não as terras raras mas os magnetos ou os geradores, incorporando um muito maior valor acrescentado. Tudo em nome do sacrossanto "mercado". E a EU e os USA a chucharem no dedo!

Mas chega de deambulações. Eis alguns artigos "digest" a ler para se perceber qual vai ser a evolução provável das energias renováveis.

http://www.businessinsider.com/solar-growth-outpaces-coal-oil-fossil-fuels-2018-4

http://www.businessinsider.com/renewable-energy-will-be-cheaper-than-fossil-fuels-by-2020-2018-1

Repare-se que estes artigos ainda não têm em linha de conta os preços recentes do barril de petróleo a perto de $80.
Muito haveria a dizer sobre as estratégias dos diversos actores no campo da energia, mas terá que ficar para outra vez.
S.T.

S.T. disse...

Já agora, talvez o mercado se encarregue de sabotar os planos deextracção de petróleo ao largo de Aljezur.

E explico porquê. As explorações offshore têm custos de extracção superiores às onshore. Não tenho agora à mão valores certos mas por exemplo a Petrobrás brasileira foi duramente atigida porque toda a sua produção era não rentável aos preços de há algum tempo (da ordem dos $40 a $50/barril).

Algumas das análises que vi há tempos apontavam para o facto de que as reservas mais caras de extrair iriam ser "deixadas no solo" porque não fazia sentido explorá-las e depois deixar petróleo mais fácil de extrair no solo.

Recorde-se também que o actual preço é fruto da cartelização dos produtores enão de um mercado livre. Se o mercado funcionasse livremente é possível que os produtores de gás e petróleo de xisto já estivessem todos de pantanas.
Aliás recentemente Putin afirmou que iria abrir a torneira um pouco mais para arrefecer um pouco os preços.
S.T.

S.T. disse...

Já agora um artigo sobre a língua bifida como a serpente da Comissão Europeia:

"For the public, the Commission talks up Europe's renewable energy credentials. Behind the scenes, it is teasing open the back door to fracking, despite overwhelming public opposition across Europe. "

http://www.businessinsider.com/europe-is-publicly-endorsing-renewable-energy-but-is-quietly-moving-towards-fracking-2015-4
S.T.

Anónimo disse...

ST


"O masoquismo energético-austeritário pimentélico irá ser relagado para as calendas da história pela evolução tecnológica e por ganhos de produtividade no fabrico de equipamento de geração de energias renováveis."

Nunca reneguei a tecnologia, muito menos considerando a minha formação académica. Digo-lhe apenas, que na atualidade se não houver incentivos fiscais ou mecanismos levados a cabo pelos estados e de forma concertada, poder que no nosso caso tem apenas a UE (por exemplo, rede elétrica europeia; mercado europeu de carbono), considerando que diversos países não internalizam os custos ambientais, porque "o planeta é de todos e não é de ninguém", resta-nos apenas a austeridade no consumo.

Tenha mais esperança na fusão nuclear. Os franceses estão a apostar em força há anos. É o mecanismo atómico que é o fuel no núcleo das estrelas, tal como o sol.

E mais uma vez, confunde energia elétrica com energia no geral. Vede este gráfico
https://3.bp.blogspot.com/-Et9WLuvBg3s/U1QYMrYti9I/AAAAAAAB7TE/H41M23cL4Mw/s1600/i007727.JPG
Nem tudo é energia elétrica

S.T. disse...

Claro que uma fiscalidade que equilibre as externalidades dos combustiveis fósseis é uma óptima ajuda para facilitar a transição.

Não enjeito a possibilidade da fusão, mas dado que supostamente é uma energia a ser produzida de forma ultra-centralizada a minha preferência vai para a utilização da energia descontínua renovável para sintetizar hidrocarbonetos que podem ser armazenados para utilização quando seja necessário.

O processo já é conhecido, mas a forma rentável de o fazer ainda está em estudo.
Como digo, deposito maiores esperanças nesta linha de pesquisa.

http://www.ibtimes.com/goodbye-oil-us-navy-cracks-new-renewable-energy-technology-turn-seawater-fuel-1568455

https://www.forumforthefuture.org/blog/us-military-creates-fuel-seawater

https://e360.yale.edu/features/using_co2_to_make_fuel_a_long_shot_for_green_energy

S.T.

S.T. disse...

Já agora, tenho algumas suspeitas em relação aos links fornecidos por este senhor Pimentel, pelo que aviso os leitores que podem sofrer tentativas de hacking.

Fica o aviso.

S.T.