segunda-feira, 14 de maio de 2018

Injustiça laboral, injustiça social

No Expresso Curto, Pedro Santos Guerreiro (PSG) cruza oportunamente duas notícias: “Lemos nas edições de hoje do DN e do JN que a diferença dos salários médios dos administradores das empresas cotadas é 46 vezes superior aos dos seus trabalhadores, pensamos de novo em justiça - em justiça social. Como revelava o Expresso no sábado, três quartos dos quase 530 mil empregos criados em Portugal desde 2013 pagam menos de 900 euros por mês.”

Gosto de ver PSG pensar em justiça social. Agora só falta defender as instituições que podem ajudar a remover alguma das injustiças sociais no capitalismo e isto ainda antes dos necessários impostos progressivos e serviços públicos universais: sindicatos fortes e contratação colectiva tão centralizada quanto possível, por exemplo.

A verdade é que continuamos numa sociedade desigual e sem pressão salarial, fruto de uma economia política medíocre, brutalmente aprofundada no tempo da troika, através da redistribuição regressiva de direitos e obrigações entre patrões e trabalhadores. Foram criados incentivos para nos transformamos ainda mais na Florida da Europa e, tal como do outro lado do Atlântico, o resultado não é famoso para quem trabalha.

O “retrocesso evitável” do tempo da troika e do seu governo, para usar uma expressão de um livro que detalha todas as suas malvadezas anti-laborais e as formas de as superar, foi infelizmente aceite pelo governo do PS no essencial, correndo-se assim o risco de estarmos perante um compasso de espera nesta área. Os enviesamentos políticos de classe da integração europeia são conhecidos. E o retrocesso até foi saudado por demasiados jornalistas económicos no momento da sua instituição, bastando lembrar as narrativas dominantes durante a crise e os seus protagonistas.   

15 comentários:

Geringonço disse...

Pedro Santos Guerreiro é apenas mais um dos sobrevalorizados que os média nos apresentam com "especialistas", para além de ser um propagandista daqueles que acumulam o Capital duvido que alguma vez na sua vida tenha feito algo de produtivo!
Pedro Santos Guerreiro devia ser obrigado a viver com o salário mínimo para aprender a dar valor aqueles que realmente produzem a riqueza porque por iniciativa própria não acredito que o faça...

Aónio Eliphis disse...

As "políticas de baixos salários", como vocifera a esquerda, são um mito. Bons salários são pagos por economias pujantes. Ponto! Tudo o resto são fábulas de esquerda!
Os dados do Eurostat não poderiam ser mais claros:
https://www.veraveritas.eu/2018/05/on-myth-of-low-salaries-in-europe.html

Geringonço disse...

Como há gente neste país odeia a ideia de ver Portugal progredir!
Não é por acaso que os apoiantes do governo anterior gostavam tanto de Passos, Passos tinha a missão de punir os "malandros" que se habituaram a um pouco mais de liberdade e decência económica!

Anónimo disse...

Aonio eliphos retrocede e deixa de tentar fazer a porcaria que faz.?

Não .Aonio Pimentel Ferreira pretende outra coisa.

Simultaneamente faz a propaganda a um site desqualificado. É o seu blog. Depois virá comparar visitas a sites como forma de ridicularizar os outros após comparações desonestas

Está -lhe na massa do sangue Os estuduzinhos produzidos dum ignorante em simples matemática foram produzidos nos anos de chumbo da governança neoliberal.

E as suas vociferações são no sentido de apresentar Passos Coelho como o campeão da luta contra o desemprego

Anónimo disse...

A demonstração concreta da forma como pimentel ferreira procede para "incrementar" as visitas aos seus blogs está por aí espalhada. Faz sistematicamente links em tudo o que é sítio para estes - Público , DN, JN, observador, Correio da Manhã,Jornal de negócios,Notícias sapo, Diário das Beiras etc., etc., etc.

Infelizmente o que quer é, a par dos seus "estuduzinhos", tentar comparar sites em número de visitas. E provavelmente ganhar alguma coisa.

Este estratagema do pimentel ferreira (travestido de mascarado carnavalesco do aonio eliphis para dar o toque exótico) está aqui bem documentado

https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2018/05/geringonca-um-acidente-da-historia.html
(14 de maio de 2018 às 16:07)

https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2018/05/aprender-com-china.html
(14 de maio de 2018 às 19:23)

É obra. Bem grosseira, mas vai dando para.

Anónimo disse...

De facto é uma chatice enorme essa dos factos desmentirem inequivocamente as tretas sobre os altos salários.

E como fabulante muito chateado , eliphis aparece mascarado

Jose disse...

Nada como abandonar as indústrias que empregam centos de milhares e ficar à espera de milagres para cumprir o mantra dos 'altos salários'.
As contas são sempre feitas para que cada um possa viver por si com o que ganha...o agregado familiar é coisa burguesa!

Anónimo disse...

Este José deve estar com problemas cognitivos ou então está a fazer-se de.

Quem capitaneou a desindustrializaçao do país foi Cavaco e os seus bons rapazes.

Com a ajuda inestimável da CEE, ávida por desmantelar o nosso tecido produtivo.

José foi apoiante destas coisas. Votou até em cavaco. José sabia o que fazia e porque fazia o que fazia

Muitos não, infelizmente. José passou de colonialista assumido para adepto dos filhos dos donos de Portugal. Agora é um vende- pátrias a pregar os hinos neoliberais para ver se o processo de saque se perpetua.

Vem agora com esta espécie de choramingo com que intuito?

Quererá que se exponha o seu perfil de apoiante do desemprego e do roubo de salários e de pensões?


Anónimo disse...

O patronato tem cada ideia.

Agora quer que uma pessoa ganhe, não de acordo com o que trabalha, mas sim tendo em conta o que ganha a família

Já não têm qualquer vergonha. Não interessa tentar saracotear o agregado familiar como se de coisa burguesa se tratasse. Interessa sim qualificar como de coisa burgessa quem assim quer fazer pagar o trabalho de cada um.

Passa também por aqui não só um conceito de classe, como a menorizaçao dos trabalhadores( suspeita-se que das trabalhadoras) como indivíduos autónomos.

Anónimo disse...

O cuco está com inveja do burlão do pimentel, porque é tão analfabeto funcional que nem sabe sequer usar etiquetas HTML para construir hiperligações. O Doutor S.T. já aprendeu todavia a fazer negritos, mas ainda não chegou à aula das etiquetas "a href" no curso das novas oportunidades.

Anónimo disse...

"Agora quer que uma pessoa ganhe, não de acordo com o que trabalha, mas sim tendo em conta o que ganha a família"

No dia em que os trabalhadores ganharem apenas em função do que trabalham, acaba-se com o salário mínimo, visto que há muitos trabalhadores cuja produtividade não o atinge; e metade dos funcionários públicos teriam cortes salariais dada a sua crónica falta de produtividade.

Por isso, meça bem as suas ideias.

Anónimo disse...

21 e 14 e 21 e 17:

Mais uma vez aonio eliphis pimentel ferreira.

A querer trela. A querer que lhe dêem trela.

Pobre pimentel ferreira: agora verseja em torno das etiquetas HTML e do href. A impotência a querer afirmar-se desta forma tão de "tia"

Não terá um amigo, a Matilde, alguém que lhe diga que o ridículo não mata mas que permite dar umas boas gargalhadas?

Ahahah

Anónimo disse...

De como um neoliberal, assumido defensor da iniquidade, dá a mão a um patrão defensor que uma pessoa ganhe, não de acordo com o que trabalha, mas sim tendo em conta o que ganha a família.

De mãos dadas e todos contentinhos. A mostrar que esta malta não presta mesmo.

( mais o ódio aos funcionários públicos tal como os nazis o tinham em relação aos judeus e comunas)

Fica para depois a história da produtividade. Agora é hora da dieta para o pimentel ferreira

Anónimo disse...

Oh caro amigo Cuco. Sempre defendi que o salário e a produtividade não devem ter uma relação linear. O seu camarada aí em cima é que pensa diferente.

Anónimo disse...

Cuco?
Caro?
Camarada?
Amigo?

Talvez aonio pimentel ferreira não perceba o português tal é o seu enfronhamento no puré holandês

Agora manda mensagens sabe-se lá com que destinatário, quase que encriptadas

Ao menos abandonou o HTML e o href. Calou-se perante a estória dos funcionários públicos.
Mas quer continuar a querer trela.

Não percebeu ainda?