quarta-feira, 2 de maio de 2018

Continua a afirmar Pereira


Pacheco Pereira tentou vir em defesa da disputa política em torno do chamado centro. Na realidade, o tal centro continua bem à direita, como tem a obrigação de saber, até pelas posições concretas do PSD sobre políticas públicas concretas. O cheque-saúde à paisana é só um exemplo. No final da crónica acaba por reconhecer que a sua linha não é sustentável por uma boa razão:

“Se nas próximas eleições o confronto se fizer ao centro, pode haver vantagem para os portugueses. Há apenas um óbice e esse demasiado importante: o centro pode significar o abafamento da questão europeia, debaixo de um consenso ambíguo que há muito existe sobre o seguidismo do PS e do PSD em relação a uma União Europeia que é hoje uma entidade pouco democrática e desrespeitadora da soberania das nações. Esta circunstância pode matar tudo, ao impor a Portugal um modelo de estagnação que a prazo gerará radicalização social, com o risco de populismo. Nessa altura, voltamos à grande simplificação e ao reducionismo político, e o centro nunca se implantará como lugar da democracia.”

O desrespeito da UE pela soberania, condição necessária da democracia, não é de hoje. Vem pelo menos desde Maastricht. Hoje é só brutalmente claro. Temo bem que, em nome do respeito pela UE desrespeitadora e do combate ao espectro de um certo tipo de populismo bem necessário, haja a tentação, por parte do tal centro, de introduzir ainda mais entorses eleitorais à representação proporcional da vontade popular democrática. Tal como a pós-verdade, também a pós-democracia tem origens no centro europeu. No fundo, Pereira acaba por confirmar que o eurocepticismo, em nome da soberania democrática, é hoje em Portugal uma das melhores formas de drenar o pântano intelectual e político do meio.

190 comentários:

Aónio Eliphis disse...

Esta fobia à União Europeia é cega e infame! É aquilo que denomino de populismo eurofóbico, de xenofobia anti-alemã. A esquerda é xenófoba. Repito: a esquerda é xenófoba! Xenofobia vem do Grego, "medo ao estrangeiro", não especificando o étimo helénico a capacidade económica do estrangeiro, nem a sua nacionalidade, se sírio ou alemão. Hoje mesmo o Expresso noticia que Portugal nos últimos anos recebeu de fundos comunitários para as regiões mais pobres, qualquer coisa como 44 mil milhões de euros, e, ainda para mais, para projetos-bandeira da esquerda: escolas, hospitais, saneamento, infraestrutura. Se não fosse a UE, o Alentejo por exemplo, que conheço melhor, estaria ainda pior que Marrocos. O Alentejo, onde os alcaides são quase todos comunas! O €€€ vêm do partido, dirão aos camaradas!

José M. Sousa disse...

Os 44 mil milhões de euros da notícia do Expresso reportam-se a um período de 16 anos, o que dá uma média de 2,75 mil milhões de euros por ano. A este valor seria necessário subtrair a contribuição portuguesa para o orçamento europeu. Ora, este valor colocado em comparação com o PIB português (https://www.pordata.pt/Portugal/Produto+Interno+Bruto+na+%C3%B3ptica+da+despesa+(base+2011)-2283) de uma média de mais ou menos 170 mil milhões o que representa menos de 1.61%.
Isto compara com receitas fiscais do Estado de mais de 20% do PIB https://www.pordata.pt/Portugal/Receitas+de+impostos+do+Estado+em+percentagem+do+PIB-2773
É conveniente ter uma noção das proporções daquilo de que se está a falar. Isto para não tecer mais considerações sobre muitos dos efeitos perversos dos Fundos Comunitários (corrupção, dinheiro fácil mal utilizado, gastos de utilidade duvidosa; prioridades erradas em função da disponibilidade dos fundos (ex. escesso de investimentos em autoestradas) e da contrapartida da abertura apressada dos nossos mercados e da privatização de sectores estratégicos.

Anónimo disse...

A fobia à UE é cega e infame?

Desde quando aonio, dito Pimentel Ferreira,insulta os demais como tendo ódio infame?
E desde quando este Pimentel Ferreira insulta os outros nesta linguagem de infame anti- comuna de trazer por casa?

Pimentel Ferreira já nos habituou a estas cenas acanalhadas. Era bom que se acalmasse e que se soubesse portar como um homenzinho. É difícil mas por aqui estes comportamentos não passam Impunes.

Muito bom o comentário de José M.Sousa. Uma diferença abissal sob todos os pontos de vista

Anónimo disse...

A discursata sobre os fundos europeus e a apologia uberalles da UE já teve lugar.

Com os mesmos argumentos sobre os projectos bandeira e sobre o Alentejo que pimentel ferreira afirma conhecer bem, como se isso justificasse todos os seus desmandos ideológicos neoliberais

Ponto por ponto foram rebatidas as tretas de pafista desiquilibrado

Agora volta com o mesmo paleio. Curiosamente antes tinha desertado do debate ao ver os seus mantras serem desmentidos um a um

Cobardia e mais alguma coisa?


O que fazes-te tipo na vida?

Vitor disse...

Gostei bastante do seu comentário José M. Sousa. A ideia que tinha era que as contribuições da UE eram significativamente superiores em termos relativos e o facto de serem significativamente menores é estuturante do ponto de vista da minha percepção da UE.

Relativamente às prioridades aí não sei até que ponto estou de acordo consigo. Algumas talvez não tenham sido as optimas mas por exemplo o facto de termos investido em saneamento foi muito bom para o país e não tenho dúvidas que se não fosse a UE nunca teríamos a cobertura de saneamento que temos atualmente. É fácil criticar as autoestradas, mas a meu ver mesmo que a rede possa ter sido exagerada o problema é estarmos a pagar uma 5-6x o seu custo de contruçao, não é propriamente o facto de terem sido construídas. As autoestradas são ativos físicos que não poderão ser removidos de Portugal por mais que a situação financeira seja adversa e que criaram muito emprego durante a sua construção.
Como investimentos ruinosos nomearia em primeiro lugar o SIRESP. Algo em que se investiu dezenas?centenas? de milhoes salvo erro e que quando foi necessário direta ou indiretamente falhou quando não podia falhar.
O dinheiro investido na formação que a meu ver foi completamente desbaratado, não porque investir na formação seja errado porque a meu ver é o melhor investimento que se pode fazer, mas porque não foi minimamente assegurado que as centenas/milhares? de milhões investidos efetivamente asseguravam formação aos formandos.
Pareceres jurídicos. Esta é das formas mais incríveis de se estoirar dinheiro público. Por exemplo é incrível que os limites para a adjudicação direta de contratos de prestação de serviços jurídicos no Código do Contratos Públicos seja superior ao da adjudicação de obras...


Anónimo disse...

Aonio eliphis pimentel ferreira:

Estas contas de merceeiro é para mostrar o quê?

Justificar a venda do país a quem deu mais? Em jeito de cumplicidade com Cavaco e todos os outros em processo de conivência?

Servir de porta-voz à Alemanha?

Arvorar-se em capataz dos patrões europeus para ver se lhe cai alguma coisa no colo, nem que seja uma medalhinha ou uma posição em qualquer instituto publico? Português ou europeu?

Tentar-se vitimizar à custa das boçalidades sobre a pretensa xenofobia da esquerda?


Tem graça, os nazis também utilizaram o mesmo método. Diziam que os Judeus e os comunas eram anti-alemães. E que combatiam a pureza de raça

(Só não se entretinham a citar o dicionário para mostrar o significado das palavras. Ainda teriam a noção do ridículo?)

José M. Sousa disse...


Caro Vítor,
Não era minha intenção dizer que os Fundos Comunitários não serviram para nada, mas relativizar a ideia de que sem eles não nos teríamos desenvolvido e referir muitos dos seus efeitos perversos. Seria necessário um estudo exaustivo para avaliar os seus prós e contras e não estou certo de que o saldo seja favorável.
Quanto às autoestradas, repare no quadro anexo

https://www.veraveritas.eu/2013/08/autoestradas-na-europa-por-habitante-e.html

Para um país periférico com apenas uma fronteira, é manifestamente excessivo, quando, ainda por cima, se descurou muito o investimento na ferrovia (pode facilmente aperceber-se disso pesquisando na NET). Talvez a prioridade da França e Alemanha fosse vender-nos carros, digo eu.

Anónimo disse...

Talvez fosse melhor ler melhor o que José M. Sousa escreve:

"É conveniente ter uma noção das proporções daquilo de que se está a falar. Isto para não tecer mais considerações sobre muitos dos efeitos perversos dos Fundos Comunitários (corrupção, dinheiro fácil mal utilizado, gastos de utilidade duvidosa; prioridades erradas em função da disponibilidade dos fundos (ex. escesso de investimentos em autoestradas) e da contrapartida da abertura apressada dos nossos mercados e da privatização de sectores estratégicos."

Quanto ao SIRESP, uma PPP parida com o intuito entre outras coisas de fornecer rendas a interesses privados...
Vejamos o que se passou

Anónimo disse...

O Governo do PSD e do CDS-PP, liderado por Santana Lopes, estava em gestão, e Daniel Sanches, ministro da Administração Interna, assinou a PPP entre um consórcio de empresas – PT, Motorola, Esegur, do Grupo Espírito Santo, e SLN – e o Ministério da Administração Interna para o fornecimento de um sistema de comunicações, o SIRESP, que teve um custo total de 540 milhões de euros, ainda que tivesse previsto um investimento inicial entre 100 e 150 milhões de euros mais 10% por ano, que corresponderia ao custo de exploração.

António Costa, como ministro da Administração Interna do governo de José Sócrates, decidiu pela renegociação do contrato com o consórcio, depois de ter anulado o despacho do governo anterior devido ao parecer da Procuradoria-Geral da República, sendo que o novo contrato teria um valor acumulado em 15 anos de 485,5 milhões de euros.

Em 2015, o governo do PSD e do CDS-PP chegou a um novo acordo preliminar com o consórcio que resultaria numa poupança de 25 milhões de euros até ao final de 2021, 11% do custo total, mas o acordo ficou à espera de ratificação do Conselho de Ministros, e o processo só foi concluído em Dezembro passado pelo actual Governo.

Perante a polémica das falhas do SIRESP na tragédia de Pedrógão, o contrato voltou a estar sob escrutínio. Nele se afirma que o consórcio, que hoje junta a Galilei (ex-SLN, dona do BPN) e a sua subsidiária Datacomp, a PT, a Motorola e a Esegur, não é responsável por falha em casos de «força maior»: «actos de guerra ou subversão, hostilidades ou invasão, rebelião, terrorismo ou epidemias, raios, explosões, graves inundações, ciclones, tremores de terra e outros cataclismos naturais que directamente afectem as actividades objecto do contrato».

No ano passado, o SIRESP pagou mais de 6,6 milhões de euros em dividendos aos accionistas que compõem o consórcio, de acordo com o Jornal de Negócios. O valor cobre largamente as duas injecções de capital que as empresas fizeram em 2015 e 2009, no valor total de 4,38 milhões de euros.

O contrato milionário isenta de responsabilidades a empresa a quem foi entregue a gestão do sistema nos casos em que este falhe, precisamente, por alguns dos motivos para os quais foi criado: situações de emergência por catástrofes naturais ou por intervenção humana.

São os negócios privados alimentados por alguns partidos que servem tais negócios

Anónimo disse...

A auditoria do Tribunal de Contas Europeu a 12 projectos em parceria público-privado (PPP) com co-financiamento da União Europeia tem como primeira recomendação a imediata suspensão de novos projectos nestes moldes, pelo menos até resolvidos os muitos problemas identificados.

De acordo com o Público espanhol, estão em causa «insuficiências generalizadas», «gastos ineficazes», «falta de transparência», «atrasos consideráveis» e «derrapagem nos custos». A análise foi feita a projectos em Espanha, França, Grécia e Irlanda.

O Tribunal dá o exemplo de três auto-estradas gregas construídas em PPP que, por causa da crise económica, acabaram por ter um atraso na sua conclusão entre 37 e 52 meses, que custaram mais 1,2 mil milhões de euros aos cofres do Estado helénico e que acabaram por ser apenas parcialmente construídas (nalguns casos, apenas metade dos troços entraram ao serviço).

A auditoria sublinha ainda que os riscos financeiros pela menor procura dos serviços prestados através de PPP são maioritariamente suportados pelo parceiro público. Ou seja, os privados entram neste negócio com uma certeza, de que nunca vão perder dinheiro.

Anónimo disse...

E em Portugal?

Relembre-se que estas ( PPP) foram introduzidas em Portugal por Cavaco Silva

Em Portugal, a maioria das PPP em vigor são do sector rodoviário. Destas, a primeira a terminar será a da Lusoponte, a quem estão concessionadas todas as pontes sobre o Tejo a sul de Vila Franca de Xira, em 2025. Até lá, as portagens nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama vão para os cofres da empresa – que terá uma palavra a dizer sobre qualquer nova travessia entre Lisboa e a Margem Sul ( negócios entre Cavaco, o PSD e Ferreira do Amaral seu ministro na altura e posterior administrador da Lusoponte)

A maior, em termos de investimento e de quilómetros, é a concessão Brisa. A concessão dos mais de mil quilómetros que estão entregues à antiga empresa pública só termina em 2035. As concessões da Grande Lisboa e do Pinhal Interior, ambas entregues à Ascendi, só terminam em 2040.

A outra PPP de muito longo prazo é o Metro Sul do Tejo, que está entregue ao grupo Barrequeiro até 2032. Apesar de o contrato ter sido assinado em 2002, ainda estão por concretizar as segunda e terceira fases do projecto, que ligariam, respectivamente, Corroios ao Fogueteiro, e o Fogueteiro ao Seixal e Barreiro.

Se nenhum dos contratos for prolongado ou renovado, o Estado português terá encargos com PP até 2042. Os valores anuais vão descendo ao longo do tempo, mas ainda faltam pagar 12 mil milhões de euros, de acordo com a Unidade Técnico de Apoio a Projectos, a entidade do Ministério das Finanças que acompanha as PPP. E isto sem contar com novos projectos já anunciados, como a construção do Hospital Lisboa Oriental, cuja gestão das instalações o Governo pretende entregar a quem o aceitar construir.

No entanto, já nos próximos dois anos vão ter que ser tomadas decisões quanto ao futuro de cinco PPP. Os contratos para a gestão dos hospitais de Braga e de Loures termina no próximo ano e para os de Cascais e Vila Franca de Xira em 2020 – apesar de a gestão dos edifícios continuar entregue por mais 20 anos a várias empresas privadas.

No caso do Hospital de Cascais, o contrato terminava este ano mas foi prolongado por mais dois pelo Ministério da Saúde. Adalberto Campos Fernandes já explicou publicamente que esta extensão tem que ver com um atraso no lançamento de um concurso para uma nova PPP – posta agora em causa pelo Tribunal de Contas Europeu.

Outra concessão que termina no próximo ano é a da Fertagus. A empresa do grupo Barraqueiro opera, desde 1999, a travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril e, em 2010, acordou com o Estado a extensão da PPP até 2019. Neste caso, a questão que se coloca é se se deve manter esta linha nas mãos de privados ou valorizá-la através da CP – que até é a proprietária dos comboios que asseguram este serviço. Este é um dos operadores (tal como o Metro Sul do Tejo, da mesma Barraqueiro) que se colocou de fora do passe social da Área Metropolitana de Lisboa e pratica preços por quilómetro muito superiores aos das linhas suburbanas da empresa pública.

Já há dez anos, a primeira PPP da área da Saúde terminava com o fim do contrato: a do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra). Construído em 1995 e entregue ao grupo Mello Saúde, os resultados foram de tal forma negativas que o mesmo governo do PS que promovia as actuais PPP no sector, com Correia de Campos (actual presidente do Conselho Económico e Social) como ministro da Saúde, acabou por o recuperar para a esfera pública, a partir de Janeiro de 2008.

Aónio Eliphis disse...

@José Sousa
deixe-se de tangas e demagogia barata.

Veja este excelente gráfico da BBC, e clique no botão "net contribution by people"
http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8036097.stm#start

Portugal aprece em penúltimo lugar em contribuições líquidas per capita.

Ou seja, já considerando as contribuições de Portugal para o orçamento comunitário, e considerando as contribuições por habitante, visto que não se pode comparar Portugal com 10 milhões de pessoas, com a Alemanha com 80 milhões.

Portugal aprece em penúltimo lugar em contribuições líquidas per capita.

Aónio Eliphis disse...

Ah e acha que 2,75 mil milhões de euros por ano é pouco! Santa demagogia!
E não tem de ver em % do PIB, era o que faltava, tem de ver em % do Orçamento de Estado ou % das receitas fiscais.

As receitas fiscais em 2016 foram cerca de 40mM€. 2,5 mM dá 6,25% das receitas fiscais.

Anónimo disse...

"Cobardia e mais alguma coisa?"

O Cuco viu-se ao espelho!

Aónio Eliphis disse...

O que é que as PPP ruinosas têm a ver com os fundos comunitários? A UE fornece parcialmente o dinheiro para um obra, e tem culpa que o governante luso tenha sacado metade para os amigos? Xenofobia primária anti-alemã, de que esta esquerda padece!

José M. Sousa disse...

Em suplemento ao que alguém disse acima sobre a auditoria às PPP, a press release:

https://www.eca.europa.eu/Lists/ECADocuments/INSR18_09/INSR_PPP_EN.pdf

José M. Sousa disse...

Ah, e esquecia-me desta notícia: Peso das PPP nacionais no PIB é de 10,8%, o maior da União Europeia:

https://www.dn.pt/dinheiro/interior/peso-das-ppp-nacionais-no-pib-e-de-108-o-maior-da-uniao-europeia-9214002.html

Conjugando as duas coisas, podemos ter uma ideia das tais perversidades de que falava.
Ao sr. Aónio, já vi que nem vale a pena responder!

Aónio Eliphis disse...

@José Sousa

Temos muitas autoestradas? Temos! Mas tal foi uma decisão soberana e nacional.
A UE também financiava uma grande parte do TGV e nós não o fizemos. Não delegue para os outros, tarefas e responsabilidades soberanas. A UE não nos obrigou a fazer autoestradas. Há países que prescindiram esses fundos e os alocaram para outros investimentos mais produtivos, como a Holanda. A questão é cultural, no sul da Europa valoriza-se carros e estradas. Ademais, as AE foram apenas parte dos fundos!

E o apoio à formação profissional?
E o apoio à atividade sindical?
E a construção de escolas?
E a construção de polidesportivos?
E a construção de piscinas municipais?
E a construção de ETARs
E a construção de Centros de tratamento de lixo?
E a construção de estradas regionais?
E a reabilitação da linha férrea?
E a construção de hospitais?

Os fundos comunitários foram todos direitinhos para as AS GRANDES BANDEIRAS POLÍTICAS DA ESQUERDA. Não há por aí uma expressão popular qualquer que refere que pessoas assim "são pobres e mal agradecidas"?

Jose disse...

«um modelo de estagnação que a prazo gerará radicalização social»
O povo diz «não há pão pr'a malucos» e «não há pão pr'a malandros»!

Mas o que está a dar é chamar «direito soberano e democrático» à manifestação de todo o disparate ou irrealismo. E os políticos que não podem trabalhar nesse registo sentem-se soberanamente privados e democraticamente frustrados.

José M. Sousa disse...

https://books.google.pt/books?id=msexCwAAQBAJ&pg=PA216&lpg=PA216&dq=low+deficits+stimulated+PPP&source=bl&ots=AJshHxECav&sig=xeBxc_X_tP9lW5I_aUMRuMIXRjg&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwifo9iF4efaAhWDcRQKHVICATYQ6AEISzAE#v=onepage&q=low%20deficits%20stimulated%20PPP&f=false

«PPP/PFI is an opportunity to 'pump up the market demand' by having additional expenditures, without running immediately deeper into deficit» O controlo do défice público imposto pela Europa estimulou as PPP (mesmo que depois se revelassem ruinosas, o que não perturba a Europa) e a privatização que, aliás, favoreceu o capital das grandes potências europeias (basta ver que controla os nossos aeroportos, telecomunicações,banca, etc.). Evidentemente que isto não isenta a parte nacional, muito pelo contrário. É típico do Terceiro Mundo, as elites económicas dominantes aliam-se ao exterior para lixar a classe média!

Anónimo disse...

Esta dos 44 mil milhões de Euros já é rábula velha de Aónio pimentel.

Como José M. Sousa bem demonstrou, isso em relação ao PIB anual são peanuts.

Recordo mais uma vez que as estimativas de Jacques Sapir para as necessidades de compensar as distorções causadas pelo Euro se cifravam à volta de 17 mil milhões de Euros anuais de transferências, ou seja, cerca de 10,11% do PIB português, isto já a preços de 2012.

Le coût du fédéralisme dans la zone Euro
https://russeurope.hypotheses.org/453

Por mim continuo a perguntar:

Onde está o cheque???

Mas os governantes alemães julgam que os outros são parvos e tentam todas estas conversetas da treta.

O espantoso é como a comunicação social portuguesa alinha acríticamente nestas manobras de propaganda em tudo lesivas do interesse nacional. Cambada de vendidos!

Merkel também foi contar a Trump contos da carochinha acerca do número de carros alemães exportados para os USA versus os carros fabricados por empresas alemãs nos USA e exportados a partir daí, mas Trump não foi no conto do vigário (ou da filha do vigário (LOL)).
Como é óbvio o que conta são os valores da balança de transacções correntes, e esses indicam claramente um superávit alemão.

Donald Trump’s trade war with Europe looks inevitable
https://www.ft.com/content/ba483178-4a10-11e8-8ee8-cae73aab7ccb
S.T.

José M. Sousa disse...

Já agora, lembram-se da Carillion? https://www.socialeurope.eu/carillion-synonym-for-the-failure-of-the-states-creative-power

«Public Private Partnerships, in which profit is privatised but loss socialised, are all the rage now. From a commercial point of view, a lucrative business model: This is how the so-called Juncker Plan (European Fund for Strategic Investment) also functions.»

Vitor disse...

Sr. Aonio Eliphis
parece-me que tanto a comparação em percentagem do PIB como e pervcentagem de orçamento de estado ou receitas fiscais são interessantes. De qualquer forma em qualquer dos casos fica sempre abaixo dos 10% o que pelo menos para mim é uma novidade pois achava serem superiores.

A meu ver até a comparação mais interessante seria com o montante que pagamos de dívida atualmente que penso andar pelos 8 mil/milhões. ou seja o que recebemos em fundos equivale "apenas" a 35% do nossos custos financeiros (e isto com os juros baixos atuais). Ou seja caso entrassemos em incumprimentos total da nossa divida financeira e a UE cessasse as transferências mesmo assim ficariamos com um saldo liquido de uns 5 mil milhoes. Haveria aqui um efeito a considerar que seria a divida publica detida por investidores portugueses mas que penso ser abaixo do 10% pelo que o saldo mesmo assim seria significativamente positivo. Isto a meu ver é um ponto a favor da nossa soberania e reforça o nosso "poder" para uma eventual renegociação da dívida ou exigência de aumento das contribuições de Bruxelas.

Por curiosidade qual foi a alocação que a Holanda deu aos fundos da UE?


Caro Antonio M. Sousa,
Eu não discordo que as autoestradas possam ser excessivas mas basicamente face a outros investimentos alternativos como o SIRESP. Segundo o post das 17:31 teve o SIRESP um custo de 510 milhoes de euros, o que praticamente equivale ao custo de 2 autoestradas Lisboa Porto.
Sinceramente, numa hipotese de redução ao absurdo, preferia que esse dinheiro tivesse sido gasto em mais 2 autoestradas Lisboa Porto do que na inutilidade do SIRESP.
Com isto apenas queria fundamentar que apesar de se falar muito das autoestradas houve a meu ver investimentos muito mais ruinosos e que passam por entre os "pingos da chuva" por serem imateriais. Caso não fosse o escândalo dos incêndios este ano que expôs completamente a inutilidade do SIRESP muito poucas pessoas falariam dele apesar de ter um custo equivalente ao de duas autoestradas. Não tenho dúvidas que existem muitos outros investimentos similares mas que ainda não foram "expostos".



Anónimo disse...

Quando se despejam subsídios num país que usa uma moeda sobreavaliada que favorece o consumo e desincentiva o investimento o resultado é que os fundos fluem através da economia para os produtos de consumo vendidos precisamente pelos países que "deram" esses fundos.

Este movimento para o consumo desequilibra a balança de transacções correntes e transforma-se num subsídio às empresas exportadoras dos países "doadores".

É aquilo que eu chamo um subsídio com bilhete de ida e volta.

O que resulta deste mecanismo perverso é que se não existem incentivos REAIS ao investimento sob a forma de uma taxa cambial equilibrada que incentive os investimentos e a exportação, os efeitos dos subsídios são mais benéficos para o país "doador" do que para o país "receptor".

A analogia é uma serra queimada por um incêndio. Como não existe coberto vegetal que diminua a velocidade da água e retenha a chuva, esta não se infiltra e arrasta a já muito fina camada de solo fértil causando enxurradas e desertificando ainda mais os solos.
S.T.

Anónimo disse...

O aonio eliphis insiste,insiste. Melhor, o pimentel ferreira insiste insiste, flecte, flecte

Parece que um cuco ou vários cucos o assustam.

Fará a apologia dos pobres e mal agradecidos, tal como as dondocas que assim procediam com a sua legião de pobrezinhos por estes recusarem pactuar com a degradação da vida humana.

E fala nas grandes bandeiras de esquerda como um néscio aos berros.

Lol. Bandeiras de esquerda? Bandeiras de esquerda são outra coisa.Fica para o pimentel ferreira ir estudar.

E para ir meditar sobre essa grande bandeira da tralha neoliberal envolvida até ao tutano nas fraudes aos fundos sociais europeus.


Anónimo disse...

Infelizmente é sempre assim. Há sempre quem se alie às elites coloniais e neocolonias e faça o trabalho sujo aqui revelado desta forma tão sucinta:

"governante luso tenha sacado metade para os amigos". O governante luso que assim procede faz parte da tralha neoliberal que se fez corrupto com os corruptores alemães.

Por exemplo o caso dos submarios.

Eis o aonio pimentel ferreira a ir ao fundo.Como os submarinos do seu amigo portas

Anónimo disse...

Mas a sabujice perante os novos colonizadores não fica só patente nestes disparates de pimentel ferreira, versejador emérito e néscio cantador dos predicados das suas "namoradas", tratadas de forma vil como prostitutas.

https://www.youtube.com/watch?v=1KvlJHinE_M

( a Matilde dos versinhos também é pobre e mal agradecida pelo que o pimentel ferreira fez por ela?)

Fica patente também na forma de agir aí em cima denunciada. Culpabilizar as vítimas foi (é) um método muito utilizado pelos nazis e pelos violadores, incluindo os pedófilos

Os xenófobos de todos os tipos, os racistas de todos os matizes, a extrema-direita de todos os tons, a tralha neoliberal de todos os cantos tenta atirar para os demais a responsabilidade pelo seu comportamento de racistas em acção.

Os racistas não são eles. São os outros que não aceitam o direito a eles serem racistas.

Anónimo disse...

O mito de que é a Alemanha que financia a União Europeia

http://resistir.info/e_rosa/ue_alemanha_07fev15.html

Anónimo disse...

Mas o link apresentado pelo aonio ferreira é de 2007?

É este o tal "excelente gráfico"?

Mas este tipo é um aldrabão.

Jaime Santos disse...

Não sei muito bem quais possam ser esses entorses eleitorais. Nenhum Partido quer sacrificar a proporcionalidade e à Esquerda não há margem para a redução do número de deputados, o que provavelmente é impensável até à Direita depois dos incêndios do ano passado, já que os círculos que seriam mais sacrificados seriam os com menos população, no interior.

O que têm BE, PCP-PEV e CDS a temer de um modelo que dê a possibilidade às pessoas de escolherem os seus deputados diretamente e sem passar pelos diretórios partidários e respeite a proporcionalidade (eventualmente aumentando-a até em relação ao modelo presente, que beneficia PS e PSD)?

Se calhar, para um Partido como o PCP, o problema é esse mesmo. E se a questão é esta, então tem muito pouca moral para vir falar de soberania nas grandes coisas quando não a respeita nas pequenas...

E depois, de novo, é muito bonito vir falar de soberania em abstracto, mas seria preciso explicar como a recuperar no concreto de preferência sem rebentar com a nossa Economia. E em relação a isso, acho que vamos esperar sentados e continuar a ouvir estes lamentos de carácter generalista.

Pena é que alguém como Pacheco Pereira se sinta também atraído por este tipo de discurso... Explicar quais os sacrifícios que é preciso fazer para recuperar a soberania normalmente só faz perder votos...

Anónimo disse...

Dizia joão pimentel ferreira, vulgo aonio eliphis (às segundas, quartas e sextas), que a "A UE é como um bom casamento, é para os bons e maus momentos!"

Esta era a versão anterior. Agora a versão é a de "pobres mas mal agradecidos".

Porque motivo os casamentos medievais ainda são apregoados desta forma de machista marialva? Porque motivo se lisonjeiam os ladrões que oferecem apenas uma parcela do que roubaram?

Mistérios

Suspeito que este tipo ainda negue o direito ao divórcio. E ainda por cima quando um dos conjuges lucra tanto com o Euro como um proxeneta lucra com a exploração do corpo alheio

Este tipo também defenderá a penalização da intervenção voluntária da gravidez?

Pois é. "Pobres e mal agradecidos".

Por não levantarmos a mão na saudação de agradecimento típica em uso outrora na Alemanha?

Anónimo disse...

Portugal tem muitas auto-estradas.

E tem porque foi uma decisão "soberana e nacional"

Os submarinos também foram uma decisão "soberana e nacional"?

E as PPP que serviram de suporte a tanto saque também foram decisões soberanas e nacionais?

Começamos a ver as relações promíscuas e perigosas entre as PPP e estas "decisões soberanas e nacionais"

E começamos a suspeitar que estas "decisões soberanas e nacionais" estão ligadas umbilicalmente a quem arruinou o nosso aparelho produtivo...precisamente para servir os interesses dos construtores de auto-estradas e outros investimentos prioritários ...para os outros, como a Alemanha, que sabe e bem tomar "decisões soberanas e nacionais

E estas decisões"soberanas e nacionais", tomadas por quem se amancebou precisamente com os interesses dos que os compraram estão ligadas indissociavelmente a quem andou a fazer as PPP fontes de renda para os seus interesses particulares

Começamos a ver que os ditos fundos comunitários foram um pretexto para dar com uma mão para depois se tirar com as duas mãos, as duas garras, os pés e as mandíbulas

Anónimo disse...

Infelizmente todo este aparato discursivo apologético-insultuoso de aonio eliphis já teve lugar no LdB.

Pela mão então de joão pimentel ferreira, que agora aparece aqui travestido de mascarado e sob o nickname de aonio.

Quem quiser dar-se ao trabalho de verificar como se repetem os mesmos chavões, quer versando o Alentejo, quer abordando os fundos comunitários, quer impingindo a contribuição alemã, quer fazendo o papel duvidoso de incensar os donos europeus como os donos disto tudo, pode fazê-lo por exemplo aqui

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2018/04/por-quem-o-sininho-dobra-no-eurogrupo.html

Repare-se como um a um são desmontadas as odes germanófilas uberalles de aonio pimentel ferreira

E repare-se como JPF, vulgo aonio qualquer coisa, resolve no final a questão: metendo o rabinho entre as pernas e insultando os interlocutores.

(Talvez aquele seu aspecto típico resulte precisamente nas porções indigestas de quem come salchichas alemãs e puré holandês. )

Anónimo disse...

O interesse do vitor pela Holanda é comovente. A tentar dar uma margem para as locubrações apologéticas do seu outro eu?

Chama-se a isso gato escondido com rabo de fora.

Porque vitor é , infelizmente, uma das muitas caras de pimentel ferreira. Para usar como voz pretensamente autónoma e cumprir os seus desígnios ideológicos. Assim deste jeito um pouco ignorante e um pouco servil, a estabelecer pontes e a tentar dar credibilidade a quem já a não tem nenhuma

Porque infelizmente este é o modo de actuar de pimentel ferreira que procura através da multiplicação no espelho arranjar número para os seus números publicitários.

Basta estar atento. Basta apreciar o que não é dito, as discordâncias superficiais com aspecto de profundas e as concordâncias profundas apresentadas como superficiais

Anónimo disse...

Jaime Santos não sabe o que são entorses eleitorais?

Benza-o Deus.

O que ele foi inventar para responder a este texto de João Rodrigues... a velha tecla anti-soberanista , agora misturada com a tecla da moral.

Benza-o também o europeísmo, que como se vê é incapaz de demonstrar qualquer ideia galvanizadora. É este pântano em que nos afundamos, convertido agora num outro TINA.

E que como todos os outros TINAS vai acabar por juntar-se ao som da moral, dos bons costumes e da hipocrisia dos seus servidores

José M. Sousa disse...

Vitor, exactamente em relação aos juros da dívida pública,

https://www.pordata.pt/Portugal/Despesas+das+Administra%c3%a7%c3%b5es+P%c3%bablicas+total+e+por+classifica%c3%a7%c3%a3o+econ%c3%b3mica+(base+2011)-2791

Jose disse...

Que enfadonho rosário de inanidades à volta de soberania e política monetária!

Os paladinos dos trabalhadores falam de tudo menos de trabalho, e nada mais tirará o país da miséria em que chafurda!

Anónimo disse...

Diz Jaime Santos:

"Pena é que alguém como Pacheco Pereira se sinta também atraído por este tipo de discurso... Explicar quais os sacrifícios que é preciso fazer para recuperar a soberania normalmente só faz perder votos..."

Pena é que sejam silenciadas na comunicação social as vozes que denunciam os sacrifícios que é preciso fazer por se ter perdido a soberania monetária.

Quem é cumplice do esbulho a que o país é submetido deveria explicar os prejuízos que o euro causa à economia e ao nível de vida dos portugueses.
Mas sobre isso Jaime Santos nada diz.
S.T.

Anónimo disse...

É sempre giro ver os ex-soviéticos e os neomarxistas a defender as soberanias nacionais.

O que lhes desagrada é que:

1) A sede do poder supranacional está em Bruxelas e não em Moscovo (se estivesse em Moscovo não haveria pruridos soberanistas)

2) A sede do poder é democraticamente eleita (Parlamento Europeu eleito diretamente pelos cidadãos), e Comissão (eleita pelo Parlamento), e Conselho (formado pelos governos democraticamente eleitos). Se fosse todos nomeados por um comitê central, já não haveria qualquer problema.

Aónio Eliphis disse...

@ST

E o apoio à formação profissional?
E o apoio à atividade sindical?
E a construção de escolas?
E a construção de polidesportivos?
E a construção de piscinas municipais?
E a construção de ETARs
E a construção de Centros de tratamento de lixo?
E a construção de estradas regionais?
E a reabilitação da linha férrea?
E a construção de hospitais?

Onde é que nestes investimentos os fundos comunitários incentivaram a dívida externa?

O ST volta "a fazer as contas" às contrapartidas financeiras, como se não tivesse havido contrapartidas comerciais. Quando um cidadão português compra uma máquina de lavar alemã, porque a sobrevalorização do Euro assim o permite (nunca o neguei), ele fica com a máquina de lavar em casa, usufruindo-a. Logo, como anteriormente explanado, as suas contas não fazem sentido nenhum. As do Jackes Sapir muito menos!

@Jaime Santos
A Holanda soberanamente alocou os fundos para microcrédito, apoio às empresas e desenvolvimento regional.
http://erionet.org/site/basic100160.html
E a prova é que a alocação de fundos para AEs não foi apenas em Portugal, é endémica à cultura automóvel de todo o sul da Europa. A UE delega aos estados soberanos o que fazer com os fundos.

Anónimo disse...

Obrigado ao Aónio Eliphis por com a sua treta da máquina de lavar permitir que se esclareçam as externalidades do dumping exportador alemão.

É que quando se compra uma máquina de lavar alemã não se está só a comprar um produto "mais barato do que deveria ser".

Como é que uma máquina de lavar pode ser transformada numa arma mercantilista de destruição maciça do tecido empresarial nacional??

É que, juntamente com a máquina de lavar mas de forma invisível vêm também as chamadas externalidades: A falência de uma fábrica portuguesa de electrodomésticos, o desemprego de dezenas ou centenas de trabalhadores, a perda de negócio dos fornecedores de componentes dessa fábrica e o agravamento do défice da balança de transacções correntes.
É claro?

Usando essa arma mercantilista de destruição maciça do tecido empresarial nacional os exportadores alemães eliminam a concorrência e asseguram mercado para os seus produtos.

Não se pode, no entanto, culpabilizar o consumidor pelas escolhas acertadas do ponto de vista individual mas desastrosas a nível colectivo. Essas decisões é suposto serem tomadas ao nível macroeconómico quando existem ferramentas ao dispor para isso e cabeça para as usar.

Mas claro, os tótós só vêm a vantagem para o consumidor.

Quanto a todas as outras "dádivas" da EU, é como soe dizer-se, "dar uma chouriça a quem se roubou um porco"

Os fundos comunitários, por serem despejados numa economia que nunca alcançou um nível satisfatório de indústrialização e cuja moeda é inimiga do investimento geram a cada passo importações. Desde os filtros e maquinaria de ETARs e piscinas, passando pelos carros do lixo (todos importados!) até aos lucros dos empreiteiros que são transformados em... mercedes!

Sem falar nas empresas de distribuição estrangeiras que vêm cá "aspirar" a procura interna que os subsídios criaram.
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

A sério, eu ia mesmo ler o texto de Eugénio Rosa atrás referido, mas parei no segundo parágrafo tal a tamanha falta de honestidade intelectual. Escreve o Rosa (a negrito é meu):

"Para compreender isso, é preciso ter presente que a Alemanha, contribuindo apenas com 27,14% para o " Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira " , que é responsável pelo apoio aos países da U.E. em dificuldades; e com apenas 17,99% do capital do BCE, e somente com 13% do capital do FMI, no entanto, devido à submissão/vassalagem dos governos e dos " opinion-makers" que dominam os media dos países da União Europeia está a conseguir alcançar, utilizando os mecanismos financeiros subtis, aquilo que não conseguiu com as armas e guerras mas que sempre ambicionou, que é o de impor a sua vontade e domínio a toda Europa, tirando disso elevadas vantagens. A sra. Merkel, à semelhança de Ricardo Salgado, quer ser a "dona de tudo isto" , que é a União Europeia."

O Eugénio Rosa quando diz que a Alemanha contribui apenas com 27,14% para o " Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira não nos diz que a população da Alemanha representa apenas 16.13% da população da UE. Um detalhe que o Rosa, se esqueceu de mencionar!

Anónimo disse...

João pimentel ferreira está enxofrado.

Muito.

Às 13 e 53 aparace sob anonimato a expelir barbaridades.

Imagine-se naquela figurinha de declamador de versinhos adequados ao seu perfil. Primeiro a engalinhar com os "ex-soviéticos e os neomarxistas"( ???)
Depois a assumir o seu lugarzinho como vulgar vende-pátrias ao serviço do poder pos-democrático dos eurocratas.

Desta forma deliciosa ( a inteligência não é o seu forte)
" A sede do poder supranacional está em Bruxelas"

Eis a confirmação da localização da sede do poder. Eis desta forma tacanha o seu apontar todo contentinho para onde reside o poder. A referência a Moscovo é o apontamento néscio e desesperado a pensar que todos são como ele, vulgares lambe-botas a vender o país ( e a sua Matilde ) a quem der mais

Anónimo disse...

Parou no segundo parágrafo?

Coitado do pimentel ferreira.

Deu-lhe a azia no seu estômago delicado de comedor de puré holandês.
É que vale a pena ler. Por mais comichão que dê ao versalhador em causa.

Já lá iremos, esfregando na cara e a sério, o a sério do pimentel aonio ferreira

(Algum desespero para no mesmo post aparecer com 4 nicks não?
A sério, agora a sério, ahahaha)

João Pimentel Ferreira disse...

O ST apenas nos apresenta fraudes e ardis.

Oh Cuco, onde andas tu, quando o teu camarada ST anda a defender aqui publicamente as políticas do Trampa? Ou vale tudo para atacar Merkel? Onde andas tu Cuco das cucadas?

Diz então o camarada ST:

"É que, juntamente com a máquina de lavar mas de forma invisível vêm também as chamadas externalidades: A falência de uma fábrica portuguesa de electrodomésticos, o desemprego de dezenas ou centenas de trabalhadores, a perda de negócio dos fornecedores de componentes dessa fábrica e o agravamento do défice da balança de transacções correntes."

O ST confunde por certo a concorrência alemã com a concorrência do sudeste asiático. Na Alemanha os trabalhadores têm mais proteção social que em Portugal e salários mais altos, logo, ao contrário do modelo chinês, não se trata de dumping laboral, dumping salarial nem dumping ambiental, mas de ganhos de produtividade provindos unicamente da eficiência e tecnologia, pagando salários mais altos ao proletariado.

O que o ST defende para Portugal, isso já foi claro há muito, é o modelo chinês dos baixos salários para promover os lucros do patronato exportador à custa da depauperação dos salários, como se uma máquina de lavar fosse um luxo, e assim, alegadamente, ficar esperançado que a balança corrente melhore.

Como já explanei com dados objetivos, o Euro melhorou bastante a capacidade económica real das pessoas com menores rendimentos.
https://www.veraveritas.eu/2017/12/o-euro-uma-leitura-de-esquerda.html

Anónimo disse...

Mas a submissão ao projecto pós-democrático da UE posposta por aonio pimentel ferreira também se manifesta na sua apologia ( servil ) da "sede do poder"

"Democraticamente eleita" dirá num arremesso um pouco tonto. E avança por aí fora, falando num Parlamento, numa comissão e num conselho e tentando atribuir-lhes democraticidade onde não a há.

A transferência de soberania não foi outorgada pelos portugueses. a transferência de soberania não pode ser decidida por um qualquer governo ou uma qualquer maioria governamental conjuntural.

E as provas indirectas aí estão. Sempre que há referendos sobre as bases democráticas da UE, os europeístas sofrem em geral banhadas.

e Confessemos que estes hinos idiotas à alegada legitimidade democrática da UE parecem hoje em dia os discursos idiotas da brigada do reumático que governava Portugal antes de Abril de 1974. Ninguém lhes liga e o cheiro nauseabundo da hipocrisia afasta qualquer cidadão honesto

Anónimo disse...

Depois é patética a pressa do aonio pimentel ferreira em arrumar a Comissão como sendo eleita tout court pelo Parlamento.

Como é eleita tal comissão?

O candidato a Presidente selecciona ( selecciona?) potenciais ( potenciais?) Vice-Presidentes e Comissários com base em propostas( porpostas?)dos países da UE. A lista dos seleccionados tem de ser aprovada pelos Chefes de Estado e de Governo no âmbito do Conselho Europeu ( tem? e ultrapassa a decisão nacional da escolha? É esta a democracia destes trastes?)
( repare-se que neste particular o aonio pimentel se esqueceu de reivindicar mais uns tantos para as salsichas alemãs que tanto gosta)

Cada um dos seleccionados faz uma exposição perante o Parlamento Europeu e responde às perguntas dos deputados. A equipa de Comissários é depois submetida à votação do Parlamento Europeu. Por fim, o Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada, procede à nomeação

Ora a composição da Comissão Europeia, bem como as nomeações do Presidente do Conselho Europeu e da Alta Representante, são mais uma prova da insistência de um rumo caracterizado por ataques e retrocessos sociais sem paralelo no pós II Guerra, por um processo cada vez mais vincado de concentração e centralização de poder económico e político nas grandes multinacionais e no directório de potências comandando pela Alemanha, e pela imposição de relações de tipo colonial no seio da UE.

Repare-se quem foi parar à comissão europeia, a tal eleita pelo parlamento, quando passos coelho governava o país da forma sinistra como o fez?

Exactamente um dos seus homens de mão, Carlos Moedas, que faz jus ao seu nome na forma como assumiu as suas funções como Secretário de Estado Adjunto do coelho no XIX Governo Constitucional entre 2011 e 2014. Sacava todas as moedas que podia ao mundo do trabalho e aos pensionistas
Um dos períodos negros da história de Portugal. Um vendilhão do templo, que por cumprir daquela forma acéfala as políticas neoliberais dos chefes, foi recompensado com um lugar na tal comissão, assim eleita tão democraticamente.

Carlos Moedas que como se sabe também pontuava por uma total ausência de pensamento ou trabalho específico anterior sobre as áreas da Ciência, Investigação e Inovação.


Anónimo disse...

Mas aonio pimentel ferreira descai-se e fala num "comité central".
Mas fá-lo de forma assaz superficial.

Fez mal. Porque é preciso que se aponte o dedo a tal comité central. Eis o eurogrupo, órgão não eleito, marcado pelas críticas à sua falta de transparência, supostamente um fórum informal, mas no qual foram e são tomadas das decisões mais importantes na crise económica e financeira.

Um esquecimento fatal do aonio pimentel eliphis ferreira naquela sua historiazeca apologista da UE e da sua democraticidade uberalles?

Até o próprio comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, denunciou o que classificou como "défice democrático" do Eurogrupo, juntando-se a um coro de vozes cada vez mais numeroso, sobretudo desde as tomadas de posição muito duras durante a crise grega em 2015, em reuniões que, segundo muitos, eram fundamentalmente "presididas" pelo mais poderoso ministro na sala, o alemão Wolfgang Schäuble.

"Há que reconhecê-lo: o Eurogrupo, tal como o conhecemos, é uma imitação extremamente pálida de um órgão democrático", declarou Moscovici, que, enquanto comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros, tem também lugar à mesa do fórum.

Ainda mais famosas foram as críticas do antigo ministro grego Yanis Varoufakis, que escreveu mesmo um livro, "Adultos na Sala", sobre a sua "batalha" de cinco meses contra a 'troika' e, designadamente, o que classificou como "autoritarismo" do fórum de ministros das Finanças da zona euro, com Schäuble à cabeça.

O Eurogrupo, que se reúne na véspera do Conselho Ecofin (ministros das Finanças da União Europeia), na prática decide e pré-aprova as decisões referentes à zona do euro, o que justifica o protagonismo que ganhou com a crise e as condições impostas para os "resgates" a países como Grécia, Irlanda e Portugal.

É a "democracia" made UE. A democracia feita poema épico para os servidores da UE tal como hoje a conhecemos

Anónimo disse...

Quanto ao anónimo das 13:53, são tantas as atoardas que até é difícil decidir por onde pegar.

Primeiro, o Parlamento Europeu é uma anedota. É mais uma gaiola dourada de "emprateleirados": Ex-ministros, distintas figuras da oposição, ex-senadores, "atravessadores de desertos", etc. Básicamente gente que é incómoda no seu país mas cuja notoriedade ainda é alta e precisa de terapia ocupacional.

E no meio disto tudo o Parlamento Europeu não pode tomar iniciativas legislativas. É portanto uma espécie de galo capado, que cacareja como galinha, engorda e não tem os tintins.

E ainda bem que não os tem (os tintins) porque como a EU não é uma nação e o PE tem representação proporcional à população é fácil os paises mais populosos imporem as suas decisões aos países pequenos. Mais uma vez se lembra que não existe um demos europeu. Logo não se pode considerar este arranjo do PE como demo-crático.

Segundo, o autor parece não saber que Moscovo já não é a sede internacional do comunismo, o que dá a entender que esteve a dormir numa catacumba qualquer desde antes da queda do muro de Berlim.

Terceiro, a eleição da Comissão por um parlamento NÃO-DEMOCRÁTICO é uma rábula pelos arranjinhos das três multinacionais partidárias envolvidas.
Eleger como presidente da Comissão o ex-primeiro ministro do maior paraíso fiscal da "União" não lembrava ao diabo.
S.T.

Anónimo disse...

Esperemos sinceramente que o aonio eliphis pimentel anónimo ferreira esteja a aprender alguma coisa.

Já terá pensado fechar o seu blog e passar a fazer uma resenha dos temas expostos por S.T?
Pedia desculpa pela própria superficialidade das suas "análises", pelo seu carácter enviesado, pelo cariz publicitário...

Só tinha que prometer era abandonar essa maneira pouco séria de se espalhar por vários nicks num mesmo post. Faz lembrar procedimentos bem sombrios de criminosos ministros de propaganda.

(Ah e já agora ...Jackes ?

Para um tipo que do alto da sua ignorância se gabava de conhecimentos em línguas variadas, o francês não deve concerteza ser uma delas...
...embora seja patente o destrambelhamento emocional face a Sapir)

Anónimo disse...

E então és excelentes gráficos da BBC? Faltam os de 1985

João Pimentel Ferreira disse...

Os carros do lixo e os filtros das ETAR, um verdadeiro luxo. Este tipo não existe.

Anónimo disse...

E o apoio à formação profissional, actividade sindical, construção de escolas, construção de polidesportivos, construção de piscinas municipais, construção de ETARs, construção de Centros de tratamento de lixo, construção de estradas regionais, reabilitação da linha férrea, construção de hospitais, tudo à custa dos fundos comunitários?

Portugal é Portugal devido ao apoio dos fundos comunitários. Portugal não tem 8 séculos de história, Portugal só conseguiu ser Portugal após os fundos fornecidos para fechar para obras e poder ser pasto dos interesses alemães. Ai o país nasceu e aguarda ansiosamente por mais fundos que permitam justificar a teoria da relatividade, o sermão de Carlos Moedas aos tubarões, os versos livres sobre partes adequadas e a importação de puré holandês.

Pensa-se até que foram os fundos comunitários que contribuíram para o florescimento das adiposidades entre os funcionários dos institutos públicos, institutos públicos que só funcionam claro está, devido à boa vontade dos fundos comunitários

Pensa-se mesmo que as chuvas que nos têm libertado da seca foram ocasionadas pelos fundos comunitários, embora se suspeite que as rezas de Cristas tenham contribuído para a vinda de tão ansiadas águas, perdão, de tão ansiados fundos comunitários

Anónimo disse...

Carros do lixo e filtros das etar.

eis os paradigmas emocionais que justificam todo este esforço deste coitado do pimentel ferreira a tentar justificar os seus fundos comunitários.

Admire-se o perfil de declamador épico desta UE post-democrática

Atente-se naquele olhar embevecido ( já tem uns bons anitos mas enfim) e como subserviente declama os amanhãs que cantam do modelo alemão que o inspira.

Sublinhe-se a irmandade quase que amorosa com jose mais os seus cucos que também o desatinam, desta forma tão deliciosa.

Anónimo disse...

Depois admire-se a "javardice" ( pede-se desculpa pelo termo,mas de momento não me ocorre outro) como debita autênticos disparates sem sentido, sistematicamente desmentidos e que teimosa e germanicamente tenta papaguear.

Admire-se estas rezas de neoliberal em acto de contrição, perdão, de desespero:

"confunde por certo a concorrência alemã com a concorrência do sudeste asiático...não se trata de dumping laboral, dumping salarial nem dumping ambiental"...

o coitado do pimentel nem sequer sabe o que é dumping e na sua posição de cócoras perante a Alemanha subverte os termos e as equações. A Alemanha engorda e este tipo puxa-lhe o lustro

Os ganhos de produtividade bla-bla-bla mais os submarinos alemães e a corrupção do Deutsche Bank...percebe-se o motivo porque este tipo parou no segundo parágrafo do texto de Eugénio Rosa. Embatucou. Engripou. Teve medo. Acagaçou. Já lá vamos

E depois a importação do modelo chinês e mais umas patacoadas xenófobas para, à custa desta xenofobia ( agora será preciso explicar ao coitado a origem etimológica do termo e a sua relação com os sírios e os alemães?), esconder que o que ele pimentel aonio ferreira pretende é exportar o modelo da exploração desenfreada para Portugal que pode assim fornecer uma mão-de-obra barata para os altos desígnios alemães.

Depauperação dos salários foi o que a tralha neoliberal pugnou durante o consulado de Passos e companhia. Para o qual contribuiu pimentel ferreira com os seus berros em prol de cortes salariais e roubos de pensões. Em prol do pafismo mais abjecto e dos projectos da tralha neoliberal. Quando via um funcionário público pimentel persignava-se e lançava-lhe um anátema à mistura com aqueles comentários racistas sobre os países do sul da Europa.


Anónimo disse...

Mais dois pormenores deliciosos:

O primeiro é como se auto-cita naquela espécie de "in vino veritas". E como todo catita, de declamador em tirocínio, teima em fazer daquelas afirmações que qualquer ser com um mínimo de testa evita:

"Como já explanei com dados objetivos, o Euro melhorou bastante a capacidade económica real das pessoas com menores rendimentos".

Este reflexo narcísico de pimentel ferreira faz soltar uma gargalhada. Tanto mais que os seus dados objectivos são pura e simplesmente uma fraude. Uma fraude do tamanho da egocentrismo oco de aonio pimentel ferreira

Como aqui se comprova de forma tão patética:

Eis os dados objectivos de pimentel. Dixit:
" desde 2010 emigraram para Inglaterra mais de 700 mil Portugueses"
700 000 emigraram para Inglaterra?

Para Inglaterra?

E como obteve este seu dado objectivo?

Somando o número de residentes portugueses em cada ano, desde 2010, como se de emigrantes novos se tratassem e obtendo assim um número cinco vezes superior

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/10/pressoes-ha-muitas_30.html?m=1

É à Pimentel, lolol

Anónimo disse...

Mas os dados objectivos de pimentel aonio ferreira continuam:

Por exemplo quando ele nos tenta convencer que Passos não fez crescer a dívida.
Citemos o próprio:
"facilmente desmonta o embuste que Passos Coelho fez subir a dívida. Aliás este gráfico é claro como a água!"
http://2.bp.blogspot.com/-daDaCUcj7ZA/VfiW1JhbcKI/AAAAAAAAH2A/tAheAHOa0O8/s1600/Varia%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Bda%2BDivida%2BValores%2BAbsolutos%2B1992-2015.png

De forma grosseira pimentel remete-nos para um gráfico a sua autoria,baseado segundo ele no Pordata/INE. Não vale a pena inquirir o rigor da construção de tal gráfico , sendo pimentel ferreira especialista em aldrabices do género.

Mas o que é de realçar é que o que pimentel faz é mostrar a velocidade de crescimento da dívida pública. Não mostra rigorosamente nada que Passos Coelho não tenha subido a dívida pública. Não mostra, esconde, tapa o crescimento da dívida pública. Esconde assim o crescimento da dívida pública sob as ordens da tralha neoliberal ( já agora, Sócrates foi à época considerado o primeiro ministro mais neoliberal na altura em funções....ainda não ocorrera a crise de 2007)

Os dados objectivos de pimentel ferreira assemelham-se tanto aos dados objectivos de um aldrabão de feira. Se não for insultuoso para este, claro está

Anónimo disse...

Mais dados objectivos do pimentel ferreira.

A 11 de Março, tonitroante, afirmava sem margem para qualquer dúvida:
"Segundo o Eurostat, em percentagem do PIB, gasta-se o mesmo em saúde em Portugal e na Holanda"

Tentava mais uma vez usar a Holanda como um modelo a seguir face ao despesismo de Portugal. Até na saúde.

Teve azar nos seus dados objectivos.

Dados do Eurostat saídos em finais de Agosto de 2017 e respeitantes ao ano de 2015 revelavam que Portugal gastou 6,2% do PIB na saúde (abaixo da média europeia)
A União Europeia despendeu 7,2% do PIB na saúde, o que faz com que o nosso país tenha gasto 1% a menos do que o total do bloco.
E os países que lideram a tabela são a Dinamarca (8,6%), a França (8,2%) e a Áustria e a Holanda (ambos com 8,0%)
Segundo também o Eurostat, os países europeus que gastaram mais de 3.000 por habitante foram o Luxemburgo (4112 euros), a Dinamarca (4094 euros), a Holanda (3194 euros), a Suécia (3170 euros), a Áustria (3149 euros), a Irlanda (3138 euros) e o Reino Unido (3020 euros).

http://oje-50ea.kxcdn.com/wp-content/uploads/2017/08/portugal-768x576.jpg

6,2% do PIB é muito diferente de 8 % do PIB.

Para todos. Menos para os dados objectivos de Pimentel

Anónimo disse...

Mas esta adoração quase que animalesca em relação à Holanda e à Alemanha permitem ver um outro pormenor delicioso dos textos de pimentel ferreira

JPF, dixit citando Jaime santos:
"@Jaime Santos
A Holanda soberanamente alocou os fundos para microcrédito, apoio às empresas e desenvolvimento regional.
http://erionet.org/site/basic100160.html
E a prova é que a alocação de fundos para AEs não foi apenas em Portugal, é endémica à cultura automóvel de todo o sul da Europa. A UE delega aos estados soberanos o que fazer com os fundos."

Deixemos para lá a baba que cai sempre sobre os países do sul da europa. Atentemos neste pormenor.

Quem interroga pimentel ferreira sobre a tal alocação dos fundos não é Jaime Santos.É nem mais nem menos do que "vitor" que lhe dá destacada, entre dois parágrafos, a deixa para meter o seu chouriço em prol da sua holanda

Nestes termos precisos de quem tem a lição bem ensinada

Vitor dixit:
"Por curiosidade qual foi a alocação que a Holanda deu aos fundos da UE?

E temos aí em cima a resposta em formatura pirilau do próprio JPF

O interesse do vitor pela Holanda é comovente. A tentar dar uma margem para as locubrações apologéticas do seu outro eu? Que não é outro senão pimentel ferreira

Anónimo disse...

Mas esta posição de subserviência face ao poder e ao grande poder, face à Alemanha e à Holanda, associada aos dotes poéticos de Pimentel ferreira, trazem à memória por antonímia, um poema de um enorme poeta

Poeta Castrado, Não!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:

Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegada poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
De fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia !
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:

Poeta castrado, não!


Ary dos Santos

Anónimo disse...

Diz JPF:

"O ST confunde por certo a concorrência alemã com a concorrência do sudeste asiático."

Não, não confundo! Mas ainda bem que fala nisso! É que ter uma moeda sobreavaliada não ajuda nada a combater as importações baratas do extremo oriente.

E bem sabemos quem lucra com essas importações!

O produto é desenhado em ateliers alemães, produzido no sudeste asiático para explorar a mão de obra barata e as moedas fracas, importado por empresas alemãs ou holandesas e distribuído por toda a Europa.

Uma variante é usar os países do Leste Europeu para o fabrico.

https://www.etuc.org/press/workers-poland-hungary-and-czech-republic-worse-today-2008-compared-german-workers
S.T.

Anónimo disse...

Eis um artigo com mais detalhes sobre a colonização do Leste Europeu pelo império industrial alemão:

https://mondediplo.com/2018/02/04germany

"The creation of this economic backyard was a good deal for German industry. A significant proportion of European funding to the new member states ended up benefiting Germany: ‘Germany was by far the largest beneficiary of investments in the [Visegrád] states from the EU’s cohesion policy [and] able to rely on additional exports to these countries ... of €30 billion in the period 2004-15. Germany gained not only directly ... but also indirectly; a significant proportion of these funds was spent on infrastructure ... This was of great importance for German automotive companies, for whom good transport networks were a condition for building modern production facilities in the [Visegrád] states’ (5)."

Olha como a Alemanha também emprega com os países de leste o mesmo truque dos subsídios com bilhete de ida e volta.

S.T.

Anónimo disse...

Este JPF é um falso naif, mas por vezes a máscara cola-se-lhe à pele.

"Os carros do lixo e os filtros das ETAR, um verdadeiro luxo."

Claro que não é um assunto com "glamour".

Talvez não saiba, mas os "negócios do lixo" movimentam somas astronómicas e são óptimos para actividades menos lícitas porque ninguém quer meter o nariz no lixo. Fede!
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

O Cuco é uma fraude intelectual. Diz-nos como funcionava a democracia na tua idolatrada União Soviética.

O Parlamento Europeu tem uma parcela proporcional à população mas a relação não é linear. A Alemanha não tem 8 vezes mais deputados que Portugal.

E no Conselho, cada estado-membro é um voto.

O cuco é uma fraude, é um aldrabão, é um trol, um ocioso parasita do erário público. Há aqui um bairro em Amesterdão que foi originalmente concebido para resolver essas suas frustrações. É tem a cor do partido!

Lowlander disse...

JPF, presta bem atencao: larga o vinho.

João Pimentel Ferreira disse...

Portugal tem em 2014, 21 lugares no Parlamento Europeu. A Alemanha tem 96 lugares, ou seja, 4,5 vezes mais. Mas a população da Alemanha é cerca de 8 vezes superior. O Parlamento Europeu funciona numa representatividade regressiva, para valorar as posições dos estados mais pequenos. Já no Conselho, cada estado membro vale um voto.

Mas os comentadores já não se indignam pelo facto do distrito de Portalegre eleger apenas 2 deputados, quando o de Lisboa elege 47. O círculo de Lisboa tem 1,9 milhões de eleitores e o de Portalegre tem cerca de 100 mil, ou seja, um rácio perto de 19. Mas o rácio da representação eleitoral é ainda maior, ou seja, 23,5.

Conclui-se que podemos acusar as instituições europeias por muitas maleitas, considerando as posições ideológicas no domínio da economia política. Mas não podemos de todo acusar a UE de falta de representatividade democrática. Talvez falte no meu entender, uma eleição directa para o presidente da Comissão. Julgo que não avança por receios de tribalismo, ou seja, cada cidadão a votar apenas no candidato compatriota.

Anónimo disse...

A representatividade democrática tem a sua razão de ser no quadro de um estado.

A EU NÃO É UM ESTADO. A EU NÃO É UM POVO. A EU NÃO É UMA NAÇÃO. Nem nunca será!

É apenas um conjunto de países que estabeleceram entre si um mercado sem barreiras alfandegárias.

Por isso, regressiva ou não, não faz qualquer sentido câmaras em que se tenha em conta o tamanho do país.

Se por absurdo fôsse constituída uma união ibérica nada senão a paridade de poderes de Portugal e Espanha garantiria que a maioria constituída por espanhóis não esmagaria por maioria parlamentar "democrática" a vontade e interesses portugueses.

Basta a constatação do que sucede com a Espanha e a Catalunha para demonstrar como maiorias podem "democráticamente" esmagar minorias que no entanto são um povo e uma nação a que apenas falta o estado.

Portanto, do ponto de vista político o PE é uma farsa e a "união europeia" uma quimera, no sentido de ser um híbrido, um frankenstein político de que a crise veio revelar a profunda esquizofrenia.
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

A UE não é um estado, mas é uma federação de estados, como tantas outras federações. Na União Soviética também não havia um povo, uma cultura e uma língua. Um Cazaque nada tinha a ver com um Estónio. Nos EUA não há um povo, há dezenas de povos e culturas, o denominado "melting pot". E línguas. Não imagina a quantidade de americanos que fala apenas Espanhol entre si.

A nacionalidade é um formalismo jurídico. A não ser que queira adotar o modelo do salazarismo/fascismo. Há todavia denominadores comuns intangíveis, como o hino ou a bandeira, uma cultura aproximadamente comum, ou uma História. A Europa tem-nos. Temos a cultura e a história dos clássicos greco-romanos, posteriormente influenciados pelo cristianismo e pelo iluminismo laico. Todos estes processos são comuns à civilização europeia. Temos a nacionalidade europeia desde o Tratado de Maastricht que é cumulativa à nacionalidade do estado-membro. Temos um mercado de trabalho único e comum. Temos liberdade de circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, e já temos uma quantidade enormíssima de jovens que se sentem de facto europeus, do ponto de vista da nacionalidade.

E repare que são os jovens, os que se sentem europeus, que mais sofreram com a crise. Mas em vez de atacarem o projeto europeu, usufruem dos seus direitos. 80% da emigração de jovens portugueses durante a crise foi para países da UE. Logo, o mercado de trabalho comunitário funciona.

Por isso caro ST, a União Europeia é muito mais que um conjunto de países que aboliu barreiras alfandegárias. Isso foi com o tratado de Roma. Mas muito surgiu posteriormente.

João Pimentel Ferreira disse...

O ST cita artigos mas não os lê. Pois eu leio.

"One reason for the growing east-west inequality within the EU is that collective bargaining between trade unions and employers has been weakened in central and eastern Europe, whereas it remains strong in Germany."

Ou seja, o código de trabalho desses países de leste a partir de 2008 enfraqueceu a contratação coletiva. Já agora caro ST, está a Polónia, a Hungria ou a República Checa no Euro?

Anónimo disse...

Um dos estratagemas de que o europeísmo se tem servido até à exaustão para criar a ilusão de que os pequenos países são representados é escolher para cargos de destaque personalidades de seguro alinhamento político eurófilo e neoliberal oriundos de países periféricos ou de pequena dimensão que são vistos como "inofensivos" e tornam menos óbvia a dominação efectiva das grandes potencias europeias.

Foi nesse contexto que Durão Barroso, Juncker, Tusk e tantos outros foram catapultados para lugares de destaque nas instituições europeias.

A outra táctica de iludir as opiniões públicas nacionais é a rotação dos cargos entre países, mas usando sempre personalidades com o mesmo alinhamento político eurófilo e neoliberal para fingir uma supranacionalidade e isenção que é só cenário.
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

É o estratagema usado por todas as federações desde os tempos remotos. Nikita Kruschev era ucraniano, Estaline era da Geórgia, Barack Obama é do Hawaii e os Bush são do Texas.

João Pimentel Ferreira disse...

E se os cidadãos europeus quiserem mudar as políticas, alegadamente, neoliberais, ao nível europeu, escolham outros partidos para o parlamento europeu, e para os seus governos que por sua vez formam o Conselho. Chama-se Democracia. As críticas que fez, da subjugação ao grande capital, são exatamente as mesmas aplicáveis ao parlamento nacional.

Unabomber disse...

Para aqueles que gostam de dar o exemplo Argentino para a saida do euro e o incumprimento da divida, aquim ficam as noticias recentes desse país:

"Argentina volta a surpreender e eleva juros para 40%"
in https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica-monetaria/detalhe/argentina-volta-a-surpreender-e-eleva-juros-para-40

"Como o dólar mais caro fez juros na Argentina subirem a 40%"...
in Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2018/05/04/como-dolar-mais-caro-fez-juros-na-argentina-subirem-a-40---e-qual-o-risco-para-o-brasil.htm?cmpid=copiaecola

Anónimo disse...

O Sr JPF é muito novo e inexperiente e portanto não sabe que o truque dos subsídios com bilhete de ida e volta foi aplicado a Portugal antes do Euro porque não depende desses mecanismos perversos.

Pelo contrário, de facto as moedas fracas nos países de leste ajudam, tal como ajudaram a China a tornar-se a fabrica do resto do mundo.

O código do trabalho foi enfraquecido na miragem de atrair os investimentos alemães, o que aconteceu, só que foi aconpanhado da compra de grande parte do parque indústrial desses países.

Básicamente os alemães são os patrões e os autóctones os empregados desprotegidos pela legislação. A cereja em cima do bolo são os impostos baixos que permitem à Alemanha repatriar gordos proventos deixando esses estados desprovidos de recursos, e os seus nacionais como escravos das elites alemãs.

A frase:
"One reason for the growing east-west inequality within the EU is that collective bargaining between trade unions and employers has been weakened in central and eastern Europe, whereas it remains strong in Germany."

Não é novidade nenhuma mas não é inteiramente correcta. Na realidade o governo alemão e as confederações patronais usaram a chantagem da deslocalização para os países do grupo de Visegrado para obter dos sindicatos alemães a concordância com as reformas Hartz, que criaram um mercado de trabalho a duas velocidades:

Os empregos de longa duração em sectores altamente sindicalizados manteveram as prerrogativas mais ou menos intactas. Os jovens e aqueles que caíram no desemprego por qualquer razão foram forçados aentrar nos esquemas dos mini-jobs e outras manhozisses escrafulosas, precárias e mal pagas. Há alemães de primeira e alemães de segunda categoria, sendo que os primeiros se concentram na antiga RFA e os segundos na antiga RDA.

Se a nacionalidade é um formalismo jurídico porque não têm os cidadãos portugueses direito ao mesmo nível salarial dos países do centro da Europa?

Se a nacionalidade é um formalismo jurídico porque não faz a Alemanha transferências para Portugal à altura do que se prepara par fazer com os landers da antiga RDA?

Se a nacionalidade é um formalismo jurídico porque se recusa Merkel a uniformizar as garantias bancárias em toda a zona Euro?

E não compare o grau de integração do melting pot americano com o saco de gatos Europeu.
Basta lembrar a forma miserável, absurda e criminosa como a Grécia foi tratada!

http://www.keeptalkinggreece.com/2018/04/27/greece-economic-crisis-2/

Pela forma como foi tratada a Grécia e pelas pressões sobre a Itália o respeito pela "cultura e a história dos clássicos greco-romanos" é só conversa fiada.

Os jovens que se devem sentir mais "europeus" devem ser os desempregados que a EU condena a uma situação de limbo e estagnação. LOL
Não diga disparates!

A União Soviética implodiu em parte porque não conseguiu assegurar o progresso a todas as repúblicas e seus habitantes. A EURSS vai pelo mesmo caminho...
S.T.

Anónimo disse...

Para se perceber melhor a colonização alemã da estrutura produtiva dos países de leste, este artigo fornece dados interessantes no que se refere a fluxos de capital e impostos:

https://www.bloomberg.com/view/articles/2018-02-09/piketty-thinks-the-eu-is-bad-for-eastern-europe-he-s-half-right

E também explica ainda outra via que os subsídios seguem para voltar a mãozinhas germânicas.
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

"Se a nacionalidade é um formalismo jurídico porque não faz a Alemanha transferências para Portugal à altura do que se prepara par fazer com os landers da antiga RDA? Se a nacionalidade é um formalismo jurídico porque se recusa Merkel a uniformizar as garantias bancárias em toda a zona Euro?"

Pelas mesmas razões que um português no Alentejo aufere menos que um português em Lisboa: desempenho económico da região. Isso não invalida em nada o estatuto de nacionalidade.

"E não compare o grau de integração do melting pot americano com o saco de gatos Europeu. Basta lembrar a forma miserável, absurda e criminosa como a Grécia foi tratada!"

A Grécia foi tratada como seria tratado qualquer estado-membro naquelas condições. No tempo mais agudo da crise, foi convidada a sair do Euro, exatamente para sanar os problemas que o caro ST aqui tanto evoca. O governo de esquerda de então não quis, talvez alicerçado pela opinião pública, cuja grande maioria queria continuar no Euro.

Anónimo disse...

Diz JPF:

"Pelas mesmas razões que um português no Alentejo aufere menos que um português em Lisboa: desempenho económico da região. Isso não invalida em nada o estatuto de nacionalidade."

O seu raciocínio está errado! É precisamente por serem regiões com um desempenho económico mais baixo, (as com melhor desempenho não precisam, não é?) que precisam de investimentos em infraestruturas ou básicamente transferências para equilibrar as maiores assimetrias. Já para não falar do regime injusto que criou e mantém essas assimetrias.

A lógica seguida foi a que enforma, ou melhor, deforma o seu pensamento: A punição do mais fraco, a exploração desenfreada, a ganância e o auto-interesse. Sem cuidar de entender que uma corrente só é tão forte como o mais fraco dos seus elos.

Na realidade essas crenças têm por base uma concepção profundamente racista bem patente na forma como os povos dos países periféricos são apontados na imprensa germânica como corruptos e preguiçosos.

Como é possível pensar-se sequer que possa ser constituído um demos europeu baseado em tais fundamentos racistas?
S.T.

Anónimo disse...

O raciocínio do JPF está errado e é muito fácil perceber porquê.

Suponhamos por absurdo que o governo decide pagar aos funcionários públicos salários mais baixos no interior do país do que em Lisboa a pretexto de que o custo de vida na província é menor.

A consequência disso seria o cavar do fosso entre Lisboa e o interior porque diminuía o fluxo de dinheiro proporcionado ao comercio e serviços do interior pelos salários dos FP aí residentes.

Mutatis mutandis, se não houver transferências sob qualquer forma que seja para os países da periferia, o fosso de rendimentos e desenvolvimento em relação ao centro da Europa aprofunda-se. E basta dar uma vista de olhos ao gráfico das transferências Target2 para verificar que os fluxos de capital desde a entrada do Euro têm sido sempre da periferia para o centro.

Recorde-se mais uma vez que a promessa mil vezes repetida foi que o Euro traria convergência.

Estranhamente (ou talvez não) os europeístas mantèm um silêncio tumular sobre essa mentira de que o Euro traria convergência.
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

Onde é que os meus comentários ou as concepções europeias têm subjacentes premissas racistas? A única xenofobia, e racismo anti-alemão, que aqui se vislumbra é da parte de V. Exa. Na Alemanha há milhões de imigrantes. Porque motivo seriam "racistas" contra os do sul da Europa?

ST diz:
"precisam de investimentos em infraestruturas ou básicamente transferências para equilibrar as maiores assimetrias"

É exatamente o propósito dos fundos estruturais, que dependem das assimetrias regionais. O Alentejo recebe muitos mais fundos que Lisboa.

Anónimo disse...

Se o Alentejo recebe fundos estruturais a prova de que os fundos estruturais são insuficientes está na divergência de crescimento e no cavar de assimetrias desde a criação do Euro.

Não se faça despercebido! Quando os jornais alemães classificam os povos dos países periféricos de corruptos e preguiçosos isso é uma claríssima manifestação de racismo.
E desde o estalar da crise fizeram-no repetidamente.

Acha mesmo que se houvesse um demos europeu isso aconteceria ou seria sequer tolerado?
No entanto, como isso servia os interesses do complexo bancário-exportador alemão esses propósitos racistas foram usados como arma de arremesso político sem qualquer pudor.

Portugal também acolhe milhares de alemães. Eu até saliento como uma significativa parte do povo alemão sofre as diatribes da sua elite política. Será por isso que sou xenóbo?

Quem me lê sabe bem que repetidas vezes, ou melhor, SEMPRE defendi os interesses da grande maioria do povo alemão, portanto a sua acusação não colhe.
S.T.

Unabomber disse...

Disse o ST:
" E basta dar uma vista de olhos ao gráfico das transferências Target2 para verificar que os fluxos de capital desde a entrada do Euro têm sido sempre da periferia para o centro."

- O ST MENTE, pois o saldo CREDOR do Bundesbank, e de outros bancos centrais do norte, resultam precisamento do contrário: transferências e vendas a crédito dos paises do norte da UE para a periferia.

João Pimentel Ferreira disse...

Caro ST

Os funcionários públicos portugueses representam apenas 5% da população portuguesa. E tirando a questão do salário mínimo, por norma os salários dependem do mercado laboral, dependendo quase diretamente do PIB per capita da região. Aliás, eu próprio fui aos dados do Eurostat e numa simples regressão linear, demonstro que existe uma forte correlação entre PIB per capita e salário médio.

https://www.veraveritas.eu/2018/05/on-myth-of-low-salaries-in-europe.html

Os funcionários públicos são um caso particular, visto que, presume-se, têm níveis de produtividade similares para as mesmas funções, independentemente da região do país. Além disso, não produzem riqueza direta, visto que o estado subsiste apenas com as receitas fiscais.

Mas os funcionários públicos europeus de nacionalidade portuguesa recebem exatamente o mesmo que os alemães, não havendo discriminações nacionais.

Em relação à questão da convergência, é pura retórica política, tal como quando se fala em Portugal de "coesão territorial". Pura retórica política! Pessoalmente nunca achei que o Euro viesse a trazer convergência, da mesma forma que o dólar não traz convergência nos EUA, e da mesma forma que o Escudo nunca trouxe convergência territorial em Portugal. Não é a divisa que cria ou gera convergência, é o trabalho, a produtividade, a fiscalidade e a economia, que por sua vez, geram bons salários e bom nível de vida para o proletariado local.

Um alentejano não deixa de se sentir português, porque os de Lisboa auferem em média, bem mais que si. E milhares de milhões de euros gastos de investimento público no interior do país, em infraestruturas por exemplo, e o fosso regional acentuou-se. Isto serve para que reflita, que a riqueza das economias modernas não provém da divisa, mas da produtividade e do valor acrescentado, que num clima de desvalorização cambial seriam ainda muito mais difícil de obter.

João Pimentel Ferreira disse...

Em relação aos jornais alemães, como sabe, nenhum dos grandes jornais de referência alemão cataloga os povos de sul de "preguiçosos e corruptos". Diga-me por favor uma referência para tal, mas não uma fonte secundária, mas uma fonte primária para o jornal em causa. Não nego todavia que haja jornais menos relevantes que o façam, como também há jornais, pouco relevantes, no sul da Europa que catalogam todos os alemães de nazis.

Anónimo disse...

Óbviamente o Sr. Unabomber não percebe patavina de saldos Target2.

É normal, pouca gente entende, e mesmo economistas calejados já têm armado grandes confusões.

O ponto que nos interessa é que quando é feito um pagamento de um artigo importado da Alemanha ou quando alguem transfere os seus capitais para a Alemanha, no sistema interbancário europeu esses montantes são debitados ao Banco de Portugal e creditados ao Bundesbank.

Logo, o fluxo do capital é de Portugal para a Alemanha.

Esse movimento tem ocorrido desde a criação do Euro e é corroborado pelo saldo da balança de transacções correntes a que um défice português corresponde um superavit alemão.

Portanto este desequilíbrio dos saldos Target2 e fruto em grande medida do mercantilismo alemão.

Posto o que aguardamos um pedido de desculpas da parte do Sr. Unabomber.
S.T.

Anónimo disse...

Muita conversa fiada do Sr JPF para tudo espremido confirmar que a convergência que nos prometeram "é pura retórica política".

O que torna a questão ainda mais grave. Porque podia-se supor que a divergência que se verificou tivesse sido uma "falha imprevista". A forma como o Sr JPF fala denota premeditação.

É a diferença que vai entre o homocídio involuntário e o homicídio premeditado. Ficamos informados que desde o início as belas palavras dos europeístas eram só uma maneira de nos vigarizarem. Tomamos nota.

Contráriamente ao que diz, e como lho demonstrei já até à exaustão a cotação da divisa gera convergência ou divergência pelos mecanismos que já noutros comentários explicitei.

Continua a não perceber ou finge que não percebe como funciona uma moeda. Paciência! Há sempre aqueles alunos tão limitados que não há nada a fazer.

Unabomber disse...

Para ST:

Disse o ST: "O ponto que nos interessa é que quando é feito um pagamento de um artigo importado da Alemanha ou quando alguem transfere os seus capitais para a Alemanha, no sistema interbancário europeu esses montantes são debitados ao Banco de Portugal e creditados ao Bundesbank".

- Tal Significa que o Banco de Portugal fica com uma DIVIDA ao Bundesbank no valor do artigo importado.
Logo, não há aqui nenhum fluxo de capital de Portugal para a Alemanha.
De facto, só haveria fluxo caso Portugal (e os outros países deficitários) pagassem os permanentes saldos acumulados devedores que devem ao Bundesbank.
....
O target 2 prática é um sistema de crédito.

Anónimo disse...

@Unabomber

Não se faça despercebido.

Apesar de haver um crédito e um débito contabilisticos entre o BdP e o Bundesbank isso REFLETE uma transferência essa MUITO REAL de fundos de Portugal para a Alemanha.

Na realidade esses créditos e débitos contabilisticos significam que o BdP CRIOU dinheiro a partir do nada e o Bundesbank o destruiu.

Mas do ponto de vista da economia real o dinheiro passou de uma conta num banco português para outra conta num banco alemão. No caso que descrevi a empresa alemã recebeu o pagamento pelo seu artigo e o capitalista passou a ter os fundos à disposição na Alemanha.
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

Como é óbvio o ST na sua contabilidade aparenta estar a considerar os deveres e haveres, sem considerar de facto as transferências reais e os ativos financeiros.

Quando peço dinheiro ao banco, o meu balanço não se altera, porque recebi um ativo (o dinheiro), mas fiquei com um passivo (a dívida), de valor igual e de sinal contrário.

Mas na "vida real" fiquei com dinheiro à minha disposição para gastar, que antes não tinha.

Pergunta de leigo, considerando as objeções pertinentes do @Unabomber: estará por acaso o ST a ter estes considerandos?

João Pimentel Ferreira disse...

"Muita conversa fiada do Sr JPF para tudo espremido confirmar que a convergência que nos prometeram "é pura retórica política"."

E o Escudo algum dia criou convergência territorial no país? Acha que o Alentejo algum dia poderá ter o PIB per capita do distrito de Lisboa, considerando as assimetrias de serviços e de indústria?

É ainda interessante, que desde que entrámos na UE, que tivemos os fundos estruturais para as regiões mais pobres do país, desde que entrámos no Euro, que a convergência territorial em Portugal diminui.

https://www.pordata.pt/Municipios/Poder+de+compra+per+capita-118

Pois é caro ST, o Escudo nunca promoveu a convergência em Portugal, como se a convergência fosse um desígnio de uma divisa, mas os fundos estruturais e a UE, fê-lo de forma mais eficiente.

E eu, ao contrário do ST, prefiro os números e os factos, aos opinion-makers de artigos sacados da net.

O PIB per capita de Lisboa era 60% superior ao do Alentejo em 2001,
e é apenas 40% superior em 2011
https://www.pordata.pt/Municipios/PIB+per+capita+(base+2011)-896

Unabomber disse...

Disse o ST:
" No caso que descrevi a empresa alemã recebeu o pagamento pelo seu artigo e o capitalista passou a ter os fundos à disposição na Alemanha "
- É verdade amigo ST o exportador recebeu o dinheiro pelo artigo que exportou, só que quem fez o pagamento ao exportador foi o Bundesbank, e não o Banco de Portugal (que ficou a devê-lo ao Bundesbank no Target 2).
.....

Mais, convinha p amigo ST explicar bem explicadinho (para quem não percebe nada do target2) como é que chegou a esta sábia conclusão: "Na realidade esses créditos e débitos contabilisticos significam que o BdP CRIOU dinheiro a partir do nada e o Bundesbank o destruiu"

...
Mais ainda, convinha também o ST explicar como são feitos os pagamentos aos exportadores Americanos das importações feitas por empresas Portuguesas: também são feitas a crédito num sistema similar ao target 2?

Unabomber disse...

Disse o ST:
"No caso que descrevi a empresa alemã recebeu o pagamento pelo seu artigo e o capitalista passou a ter os fundos à disposição na Alemanha"

- É verdade amigo ST que o exportador Alemão recebe o pagamento pelo artigo que exportou, mas quem fez o pagamento (ao exportador) foi o Bundesbank, NÂO foi o Banco de Portugal (o qual no sistema target 2 ficou a dever ao Bundesbank tal pagamento).
POr isso, não houve nenhuma transferência de fundos de Portugal para a Alemanha, esta só existiria se Portugal pagasse o saldo acumulado que tem em divida no target 2 - até este saldo não ser pago apenas há compras (importações)a crédito (em divida) à Alemanha.

Anónimo disse...

Ahahaha

De cabeça um pouco perdida o joão ferreira pimentel delicia-nos com aqueles comentários que mostram que se acertou no alvo

Vejamos: cuco? Não será o josé que tem assim tantos complexos com esses tais cucos?

Fraude? Qual fraude? As documentadas em relação ao joão ferreira pimentel ( é bom deixar o rasto do trafulha) em relação ao numero de emigrantes do coitado do pimentel vitor aonio? Ou o Passos, o desemprego e as fabulosas contas do dito pimentel?

Anónimo disse...

Mas a série do peralvilho que aparece aqui já com 5 nicks diferentes continua:

Fala em idolatrada

Idolatrada? Quem? Já sabemos o que aonio ferreira é. Mas por mais palhaçadas rancorosas em estado de estupor do pimentel ferreira, o desafio mantém-se sempre. Quando fala em idolatrada, está a referir-se concretamente a quê?Aquela sua Matilde? É que neste capítulo há documentação que o atesta, enquanto do resto,lol....

Alemanha mais a relação não linear?

E então a democracia europeia reduz-se à proporção não linear e ao conselho em que cada estado tem um voto...?

É a "isto" que está reduzido aquele papaguear todo pimpão a falar da democracia e do conselho e do parlamento? Ó aonio pimentel ferreira então e o comité central?

Que desgraça e que desgraçado destino

Isso é como aqueles versos sobre o poeta castrado. Tanta impotência mete dó



Anónimo disse...

Mas pimentel não está satisfeito:

"O cuco é uma fraude, é um aldrabão, é um trol, um ocioso parasita do erário público. Há aqui um bairro em Amesterdão que foi originalmente concebido para resolver essas suas frustrações. É tem a cor do partido!"

Lá está mais uma vez pimentel ferreira a assumir-se como o tal poeta tão bem definido pelo Ary dos Santos. E pimentel sabe quem foi o Ary? Foi um tipo que antes do tempo denunciou fraudes como o pimentel. Seria também um cuco?

Porque o que dana Pimentel é que pode coleccionar os adjectivos que quiser. Pode bater no peito e choramingar ou pode bater no peito e insultar Mas isto é apenas espuma da sua impotência obesa. Não traduzem nada, não consubstanciam nada.Não provam nada

Enquanto no que se refere a pimentel ferreira, toda a sua classificação nosológica está documentada

Lolol.

Pobre pimentel ferreira.

Anónimo disse...

Vamos agora expor algumas fifias:

"Mas os comentadores já não se indignam pelo facto do distrito de Portalegre eleger apenas 2 deputados, quando o de Lisboa elege 47?

Não, não se indignam

O que se indignam é ver como se tenta vender o produto made in germany tentando convencer que um puré holandês ou que uma salsicha alemã tem poder de cidadania sobre um português em Portugal

Anónimo disse...

Mais fífias;

"O Parlamento Europeu funciona numa representatividade regressiva"

Como? Esta representatividade dita regressiva é uma anedota.

E donde o pobre ferreira tira tal anedota?

Dum folheto de propaganda dos eurocratas em busca de justificação para as suas teorias de burocratas.

Está certo. A propaganda sempre corroeu pimentel ferreira como um bichinho. Chegou até a citar o tal ministro da propaganda alemão...

Anónimo disse...

Mais fífias:

"Julgo que não avança por receios de tribalismo"

Não avança não é por esta pilhéria tribal do ferreira pimentel

É que se avançasse mesmo, revelar-se-ia de facto quem domina e quem é dominado

E isso era péssimo para a imagem que os lambe-botas dum europeísmo que já teve melhores dias querem oferecer.

Os negócios de bastidores são muito melhores para fazer os cozinhados que se pretendem E permitem ofuscar o que se passa nesses mesmos bastidores

Anónimo disse...

Mais fífias:

"Na União Soviética também não havia um povo, uma cultura e uma língua. Um Cazaque nada tinha a ver com um Estónio"

Já bastas vezes foi dito mas é necessário repetir. Um repetente precisa sempre que lhe repitam a matéria.

A URSS já não existe. Existem só estas coisas apostadas em dar argumentos assim enfeitados desta forma.

Nem um povo, nem uma cultura nem uma língua. Os outros interesses que os ligavam fica para uma segunda leitura

Anónimo disse...

Mais fífias:

"Nos EUA não há um povo, há dezenas de povos e culturas, o denominado "melting pot".

Os EUA foram palco duma guerra civil duma extrema violência. Os EUA foram palco de extermínio de povos e de culturas.

Genocídio com data e hora marcadas

O melting pot do pimentel é assim um treta. É aquela treta que ainda se impinge em que os negros têm os mesmos direitos que os brancos ou que os hispânicos são cidadãos de primeira.

Houve um tempo em que estas idiotices ainda serviam em muita discussão. Hoje em dia sabemos melhor o que se passa. E na imensa mole de gente que se afogou na treta dum país em que predomina a superioridade rácica. E de rifle.

Mas há mais. O caminho dos EUA enquanto país é o de um puto imberbe. Como lhes falta memória histórica tentam comprar castelos na Escócia e roubar quadros na Europa. E como têm do devir histórico a noção exacta da de um pimentel ferreira, arrasam os países com todo um peso cultural e histórico muito superiores ao seu. Como sucedeu no Iraque.

Anónimo disse...

Mais fífias a rondar a escolástica das telenovelas em uso:

"Não imagina a quantidade de americanos que fala apenas Espanhol entre si."

E?

São os chamados cidadãos de segunda.É ouvir qualquer idiota neoliberal a arengar sobre o que pensa dessa "gente"

Anónimo disse...

"A nacionalidade é um formalismo jurídico"

Isso pimentel ferreira bebeu directamente nas teorias de goebbels quando este afirmava que a nacionalidade dos demais países (que não o da raça superior) era apenas mera formalidade.

E avançaram pela Europa toda para demonstrar tal facto

Essa tendência pimentel ferreira...

Anónimo disse...

Mais fífias do pimentel ferreira

"A nacionalidade é um formalismo jurídico. A não ser que queira adotar o modelo do salazarismo/fascismo."

A junção destas duas frases é um mistério. Porque é que negar a primeira afirmação é dar de burrinhos na água do adoptar o modelo salazarento do amigo do pimentel ferreira?

É de idiota mesmo ou de alguém a querer fazer passar os demais como idiotas?

Anónimo disse...

Mais fífias:
"Há todavia denominadores comuns intangíveis, como o hino ou a bandeira, uma cultura aproximadamente comum, ou uma História. A Europa tem-nos. Temos a cultura e a história dos clássicos greco-romanos, posteriormente influenciados pelo cristianismo e pelo iluminismo laico. Todos estes processos são comuns à civilização europeia".

Isto é o que se chama a missa beata dum beato tresloucado a fazer o que pode para vender peixe podre

Não se admitem estas palhaçadas dum tipo que andou por aí a soltar urros contra a Grécia quando foi sufocada pela Alemanha de Schauble e Merkel. Nessa altura a cultura grega foi atirada para debaixo da cama onde rebolavam os donos do Euro e da Europa. Pimentel declamava na altura poemas a quem?

Pimmetel pensará que temos falta de memória?

E também não passa a treta da tradição cristã mais a cultura europeia vista assim como um todo. A europa foi sobretudo um palco de lutas entre impérios. E entre fés religiosas.


Quanto à menção ao dito "iluminismo laico"...

Foi por tal iluminismo que os povos europeus se afundaram em duas guerras mundiais? E que se reacendeu a guerra nos balcãs, ao som destas missas de beatos?

E é ver a extrema-direita holandesa ( a que descende directamente dos colaboracionistas holandeses, que apoiaram hitler e os seus verdugos) a debitar sobre a tolerância entre povos, culturas e religiões

Anónimo disse...

As fífias continuam.

Sem o mínimo de pudor. Em tom apologético de vendedor de banha da cobra:

"Temos a nacionalidade europeia desde o Tratado de Maastricht que é cumulativa à nacionalidade do estado-membro".

Foi o que se viu. Alguns fdp vomitaram o seu ódio aos gregos e aos países do sul , os tais que viviam acima das suas possibilidades.

Quando chantajavam estes povos e os ameaçavam como os ameaçaram também falavam em "nacionalidade europeia"?


Mas o que é esta coisa de nacionalidade europeia? A França é a França diria um chefe de fila, presidente da França para justificar os seus privilégios de francês

Pimentel ferreira pensará que está na sua escola de repetente a impingir-nos histórias da carochinha?

Anónimo disse...

As fífias continuam:

"Temos um mercado de trabalho único e comum. Temos liberdade de circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, e já temos uma quantidade enormíssima de jovens que se sentem de facto europeus, do ponto de vista da nacionalidade".

Não há nada mais desprezível do que alguém a propalar as virtudes dos donos. O dito mercado comum em termos de trabalho foi apunhalado pelas costas pela Grã-Bretanha ainda em vésperas do referendo sobre o Brexit/Remain.

Aquilo que as estruturas europeias aceitaram quando às exigências inglesas envergonharia qualquer europeísta decente

A hipocrisia parece que também emparelha nas "qualidades" a desprezar




Anónimo disse...

Mais fífias:

" já temos uma quantidade enormíssima de jovens que se sentem de facto europeus, do ponto de vista da nacionalidade.
E repare que são os jovens, os que se sentem europeus, que mais sofreram com a crise"

Mais uma vez a náusea perante estas certezas de ignorante. Ignorante do que é o método científico, ignorante da vida, toleirão pedante a pôr-se em bicos dos pés

Donde tira as conclusões que foram os jovens que se sentem europeus, os que mais sofreram com a crise?

E os jovens que não se sentem europeus?

E porquê os jovens?

Donde tira esta conclusão? Dos frequentadores das camas dos purés holandeses e das salsichas alemãs que pimentel se gabava de partilhar?

Quem mais sofreu com a crise foram os povos que se viram pilhados. Mas e dentro destes povos? Terão sido os jovens mesmo? Que idiotice manhosa e desonesta afirmar que foram os mais jovens que?

Quem sofre mais?Quem parte ou quem fica? Quem pode recomeçar ou quem não pode recomeçar? Que idiotas comparações a fazer lembrar outro idiota maior dum sacana neoliberal que falava na geração grisalha enquanto pugnava pelo roubo institucionalizado?

Anónimo disse...

Mais fífias?

Muitas mais:

"em vez de atacarem o projeto europeu, usufruem dos seus direitos. 80% da emigração de jovens portugueses durante a crise foi para países da UE. Logo, o mercado de trabalho comunitário funciona."

Eis a demonstração do usufruto dos direitos de cidadania europeus

Terem que fugir da sua pátria para irem procurar trabalho onde o há.

Nos anos 60 do século passado também os nossos emigrantes usufruíam dos seus direitos. Logo o mercado comunitário também funcionava... mas era o francês

Este lambe-botismo à juventude, assim proclamado desta fora acéfala, é uma miséria.

(Porque diabo não terão ido para as Antilhas holandesas?)

Anónimo disse...

E mais fífias:

"a União Europeia é muito mais que um conjunto de países que aboliu barreiras alfandegárias. Isso foi com o tratado de Roma. Mas muito surgiu posteriormente."

Não há pior figura que um vendedor de banha da cobra a tentar demonstrar que o seu produto é o melhor e que até cura os esquentamentos apanhados com as salsichas alemãs e com os purés holandeses ( na Holanda há quem considere que este é que é o seu prato típico, veja-se bem)

Pois é. Estas imposições das denominadas elites sobre os povos podem ter consequências drásticas.

Tal como os tratados.

Aqui há 10 anos não precisávamos de ter que aguentar um apologista da Europa tão primário como este pimentel ferreira.

As coisas eram quase que consensuais. Fizeram-na pela calada e pela calada ficaram. Só que....só que cada vez que os povos eram consultados, esses mesmos povos demonstravam o que pensavam desta Europa. assim cozinhada segundo os sacrossantos princípios germânicos

E então assistiram-se a vários fenómenos engraçados. Um deles foi a fuga para a frente por parte de quem se sentiu ameaçado. Só que o salto em frente foi talvez contra-producente, já que levou mais pessoas a abrir os olhos

E muito surgiu posteriormente. De facto

Por exemplo o Brexit.

E o pimentel ferreira a passar o tempo a vender o seu produto como se fosse coisa séria

(Antes passava-o a vender a Matilde...estará aflito?)

Anónimo disse...

Mais fifias:

"É o estratagema usado por todas as federações desde os tempos remotos. Nikita Kruschev era ucraniano, Estaline era da Geórgia, Barack Obama é do Hawaii e os Bush são do Texas."


Federações? A UE já é uma federação?

Sob que tratado?

Mais uma vez esta mania de confundir desejos com realidades dá cabo do vetusto pimentel ferreira.

( e a propósito, qual o significado que este sujeito dá à expressão "tempos remotos"? Ou o que serão as federações de tais tempos?

Pimentalices...)

Anónimo disse...

Fífias:

"E se os cidadãos europeus quiserem mudar as políticas, alegadamente, neoliberais, ao nível europeu, escolham outros partidos para o parlamento europeu, e para os seus governos que por sua vez formam o Conselho"

Lá está. Lá está a venda de ranço como se fosse coisa legítima.

Quem defende os interesses dos grandes fá-lo por variados motivos. Quase nenhum nobre ou respeitável. A prova é que para aumentar a sua voz, pimentel ferreira se faz passar por uma miríade de personagens. Note-se que dentro de um mesmo post.

Mas não vamos aqui desancar agora nesta forma de se estar.A coluna vertebral é um assunto do pobre pimentel e se ele quiser ser o que é , isto é com ele.

O que não pode é,em virtude de tal posicionamento ideológico, levar-nos a comprar os seus ideais germanófilos.

Não, os cidadãos querem decidir das suas políticas.E não querem que as suas políticas sejam decididas nem pela força nem pela força dos votos de outros. Ainda não chegámos ao reino do puré e da salsicha.

O exemplo de Espanha e Portugal é simplesmente brilhante. Se recuarmos alguns séculos vemos que quem pregava pela rendição a Espanha era precisamente a dita elite, toda catita, todas desempoeirada, a apelar ao uso da gamela comum com os invasores e à partilha da cama e do bordel com quem massacrava a arraia miúda.

Outros miguéis de vasconcelos

Anónimo disse...

Ainda fífias:

"Chama-se Democracia. As críticas que fez, da subjugação ao grande capital, são exatamente as mesmas aplicáveis ao parlamento nacional".

E ele a dar-lhe. Chamar democracia a isto de convocar os alemães para decidirem o nosso destino só mesmo de gente desequilibrada. Ia dizer outra coisa mais objectiva mas fica para depois

Nem as tretas sobre o grande capital e o parlamento nacional o salvam. Discute-se soberania, este arenga ao lado, para ver se não vemos o espectáculo de travesti que executa, para não se chamar o nome aos bois

Anónimo disse...

Para aliviar um pouco a série interminável de fífias do jpf, repesque-se algo bem mais salutar:

"Básicamente os alemães são os patrões e os autóctones os empregados desprotegidos pela legislação. A cereja em cima do bolo são os impostos baixos que permitem à Alemanha repatriar gordos proventos deixando esses estados desprovidos de recursos, e os seus nacionais como escravos das elites alemãs"

Não fique assim , jpf. Há quem os tenha e quem os não tenha. Há os que estão com os senhores e com os donos e os que lutam pelos direitos dos mais fracos. As odes de jpf à Matilde já adivinhavam a posição em que este se iria encontrar

Anónimo disse...

Voltamos às fífias:

"Pelas mesmas razões que um português no Alentejo aufere menos que um português em Lisboa: desempenho económico da região".

O desempenho dum europeísta a impingir-nos o desempenho económico como destino e como justificação.E a impingir-nos estas manhas de uma forma dupla. Para nos vender (sobre a forma de similitude) o processo de desenvolvimento desigual da UE. E para nos confrontar com os factos do desenvolvimento desigual ser uma consequência inapelável e irreversível do "desempenho económico" da região

(Será que este tipo faz parte da horda neoliberal pafista ? E ainda por cima racista? Já reparáramos que os preconceitos contra as mulheres raiava o inqualificável, mas agora acentua-se)

E mais uma vez e de forma serena S.T. mostra a classe e a serenidade de quem tem razão.
Tudo dito e os pontos nos is.

Que levam no entanto a mais fífias de jpf

Anónimo disse...

Uma fífia estrondosa:

racismo anti-alemão"

Por se denunciar os donos do euro somos racistas?

Por se denunciar a crapulice dos que vivem à custa da riqueza produzida na periferia somos racistas?

Por se não pactuar com o directório alemão somos racistas?

Serenamente:
Por denunciarem o racismo dos nazis, estes tinham o direito de chamarem racistas aos que assim os denunciavam?

A forma como pimentel ferreira deturpa as coisas é outro dos seus mister.. A forma como se vitimiza faz lembrar outras vitimizações de tão triste memória

Confere

Por trás de um neoliberal está geralmente uma figura bem sinistra

Anónimo disse...

Ainda mais fífias:

"Porque motivo seriam "racistas" contra os do sul da Europa?"

Basta ter lido e ler o que a canalha disse sobre os países do sul. Basta também ler os vómitos de ódio que pimentel ferreira disse sobre os que viviam acima das suas possibilidades

Anónimo disse...

Ainda fífias:

" Na Alemanha há milhões de imigrantes. Porque motivo seriam "racistas" contra os do sul da Europa?"

Uma delícia.

Nos EUA, ainda no esclavagismo, parece que existiam milhões de escravos. Porque motivo seriam racistas os tais esclavagistas?

Mais pimentalices

Anónimo disse...

Ainda e tão só fifias:
""precisam de investimentos em infraestruturas ou básicamente transferências para equilibrar as maiores assimetrias.É exatamente o propósito dos fundos estruturais, que dependem das assimetrias regionais. O Alentejo recebe muitos mais fundos que Lisboa"

Resposta serena de S.T.( mais uma vez o ar puro , para limpar este ar pesado de alcova de alguém que priva com o puré holandês e a salsicha alemã):

"Se o Alentejo recebe fundos estruturais a prova de que os fundos estruturais são insuficientes está na divergência de crescimento e no cavar de assimetrias desde a criação do Euro.

Não se faça despercebido! Quando os jornais alemães classificam os povos dos países periféricos de corruptos e preguiçosos isso é uma claríssima manifestação de racismo.
E desde o estalar da crise fizeram-no repetidamente".

E o que diz a isto jpf?

Mais fífias

Anónimo disse...

E como se representam agora as fífias?

Em torno duma série de nulidades, que mal escondem as suas texturas ideológicas. São os funcionários públicos mais as regressões lineares, é a produtividade ( o fulano não gosta de falar nas funções sociais do estado), e são os funcionários europeus e a pura retórica política, a pura retórica política a pura retórica política.

Ensandeceu ou senilizou o pobre pimentel ferreira ?

Porque a seguir à pura retórica política, à pura retórica política, à pura retórica política o que vem?

De novo um desbobinar de beato a fazer render o peixe das prédicas fora de uso.
É simplesmente confrangedor tal banha da cobra que nada diz e que o que diz é apenas uma forma de fuga ao que se discute e se debate

Saia aí uma regressão linear daquele blog in vino veritas em que se demonstrava que Passos não tinha feito crescer a dívida.

(Esperemos que pimentel ferreira não fique de novo fora se si perante esta pequena lembrança das suas anedóticas regressões lineares)

Anónimo disse...

De repente irrompe unabomber.

Aos berros. Tremendista. Acusador e cego de raiva.

"Mente S.T."

Olha-se para o lado, para este curioso personagem que alterna entre o endeusamento alemão e os diminutivos que o acompanham em jeito de prosaica figura à Conde de Abranhos. A compostura destas coisas altera-se, como o perfume francês se altera no corpo de um senil não cuidado ?

Que fazer?

Pedir para este tipo saído da selva alemã,aprender a ser civilizado?

E observar deliciado a mão apressada do pimentel ferreira a agarrar a do seu compatriota por afinidade

( o jose não ficará com inveja?)

Anónimo disse...

Mais fífias:

"Mas na "vida real" fiquei com dinheiro à minha disposição para gastar, que antes não tinha"

É de mestre.
De leigo-mestre.
Um espanto

( a vida real será alguma referência prosaica à vida real do pimentel ferreira na cama do puré holandês e da salsicha alemã?)

Anónimo disse...

E as fifias continuam agora em clara forma de desonestidade:

"E o Escudo algum dia criou convergência territorial no país?"
"o Escudo nunca promoveu a convergência em Portugal, como se a convergência fosse um desígnio de uma divisa,
"prefiro os números e os factos, aos opinion-makers de artigos sacados da net".


Toda este cacarejar para quê?

Para não responder ao que é sibilinamente apresentado

É que quem nos prometeu a convergência com o euro, não foi o escudo ( o escudinho na linguagem do vetusto unabomber), não foi o S-T, não fui eu

Foi a tralha europeísta que repetiu mil vezes a promessa que o Euro traria convergência.

Confessemos que uma dançarina em qualquer bar de má fama faria melhor figura a executar a dança do ventre do que a deste pimentel ferreira só para não ser confrontado com a realidade dos factos.

(Também aqui se revela a cobardia?)

Mas voltaremos à transferência da riqueza dos países periféricos para a Alemanha, ao tema da Grécia mais as suas relações com o directório europeu e aos fundos europeus.

Os fundos europeus que já tanto se debateram mas a que sistematicamente regressa o jpf. (Quiçá a defender o pagamento dos proxenetas alemães?)

Anónimo disse...

Vejamos...

O que os Srs JPF e Unabomber me estão a pedir é uma explicação detalhada de como funcionam os sistemas de pagamentos do ECB, o que está claramente para lá do escopo das caixas de comentários dos LdB.

Para mais, quem não entende que quando é feita uma transferência do BdP para o Buba através do eurosistema há efectivamente uma fuga de capital de Portugal para a Alemanha e que isso não é uma venda a crédito mas uma operação instantânea, parece-me que é inútil gastar latim com quem me insulta e não tem coluna vertebral para apresentar desculpas. Para o peditório dos invertebrados já dei.

Para beneficio dos outros leitores fica um link para um artigo da Sra Frances Coppola e algumas observações que ajudam a compreender o sistema de funcionamento de um banco central

http://www.coppolacomment.com/2012/04/it-doesnt-work-like-that-target2.html

O sistema Target2 funciona para transferências entre bancos da zona Euro. Não é uma instituição de crédito e não concede crédito.

O conjunto de bancos centrais mais o ECB pautam-se por regras diferentes das dos bancos comerciais. Na realidade os bancos centrais nacionais são apenas agências do ECB.

Por exemplo, o ECB tem o direito seigneuriage, isto é, de criar dinheiro a partir do nada enquanto os bancos comerciais só criam dinheiro "a partir do nada" como resultado das suas operações de crédito.

Quando é feita uma transferência Target2 de um banco português para um banco alemão para pagamento de um carro, por exemplo, isso não é uma operação de crédito, é uma operação "settlement".
S.T.

Jose disse...

Tanta conversa acerca de tão pouco!!!

A esquerdalhada só se sente com boca para abocanhar aqui o retângulo, e esquecem o internacionalismo que lhe deu o ser ideológico e querem a todo o custo criar a sua coutada de desmandos e pesporrências.
A memória de 1975 ainda lhe humedece os sonhos e a tanto se limita o seu antieuropeísmo.
Obviamente que esperam que da miséria que daí venha não lhes toque coisa alguma...

João Pimentel Ferreira disse...

O Cuco é assim, hiberna, e quando acorda manda três ou quatro metralhadas!
Para sua satisfação não leio o que escreve, ganhei uma enorme miopia às suas "análises políticas".

Anónimo disse...

O cuco e jose. Mais o jose e o cuco

Uma má notícia para o pimentel ferreira aonio eliphis vitor NM .

Estas aldrabices e este modo de actuar da tralha neoliberal não passam impunes.

Por mais que jpf se arme em virgem puritana em processo de fuga, arrastando as suas fífias atrás de si.

E da sua figura no espelho

Anónimo disse...

E a seguir ao pimentel ferreira vem jose

Pafioso:
"Tanta conversa acerca de tão pouco!!!"

(O espírito de censor? Confere com os seus elogios a estes torcionários)


Mas continua. Ainda pafioso. Mas sobretudo desonesto:

"a esquerdalhada só se sente com boca para abocanhar aqui o retângulo, e esquecem o internacionalismo que lhe deu o ser ideológico e querem a todo o custo criar a sua coutada de desmandos e pesporrências"

Pafioso pela prédica e pelo tom: "esquerdalhada"

Desonesto porque este tema já foi aqui bastantes vezes discutido. Também com jose, que desapareceu montado quiçá na sua pileca
Por exemplo aqui:
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2015/05/de-que-e-que-tem-medo-e-de-que-e-que.html
E aqui:
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/precisamos-de-explosoes.html
E aqui:
http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/04/normal-0-21-false-false-false-pt-x-none.html
E aqui:
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/02/o-passado-e-um-pais-que-fica-la-em-cima_5.html

Como disse João Rodrigues " Nacionalismos há ainda mais e os melhores são os que se articulam com o internacionalismo sempre necessário e que não se confunde neste continente com a União Europeia realmente existente".

Escusadas são as lágrimas de jose sobre os "esquecimentos" alheios.Basta assim destas pequenas fraudes que alimentam o quotidiano de jose

Como basta de suspiros dengosos A memória de 1975 ainda lhe humedece o que jose bem sabe? A tanto se limita a sua pusilanimidade de outrora?

Unabomber disse...

Para o ST:

“No sistema de pagamentos interbancários europeus, o Target2, os bancos portugueses são DEVEDORES de 51 mil milhões de euros” (correspondem a mais de 25% do PIB de Portugal).
(…)
“Por isso se (os países periféricos) saírem do euro e não garantirem o pagamento destas dividas, o BCE e os bancos centrais registarão PERDAS”.

In “A Solução Novo Escudo” de João F. Amaral e Francisco Louçã
......
Será que para o amigo ST o João F. Amaral e o F. Loução também não percebem nada do target2 ?!!

Anónimo disse...

Para quem genuinamente queira entender como funcionam os saldos Target2 também há à disposição este artigo de Bill Mitchell:

http://bilbo.economicoutlook.net/blog/?p=35239

O que é curioso é como nas alturas estratosféricas dos bancos centrais os diversos intervenientes têm opiniões contraditórias e actores de primeiro plano usam tácticas de obscurescimento e desinformação para manter o público e até os eleitos na ignorância e limitar as escolhas dos eleitores através do medo.
S.T.

José M. Sousa disse...

É lamentável que mais de metade dos comentários a esta publicação sejam de insultos mútuos. Há dúvidas legítimas de parte a parte sobre uma série de questões relacionadas com o Euro a a Europa. Bem sei que há intervenientes que se comportam como trolls, que deveriam ser ignorados ou até censurados pela moderação deste blogue. A continuar assim, este blog perderá audiência de quem queira de facto aprender alguma coisa ou buscar opiniões informadas.

Anónimo disse...

Vejamos...

Segundo a tese de alguns como Weidemann os créditos e débitos Target2 deveríam ser saldados em caso de saída do euro ou dissolução. Mas o Target2 não é um sistema de financiamento bancário, é um sistema de "settlements", tranferências instantâneas.

Estas operações de "settlement" ocorrem dentro do perímetro do Eurosistema, constituído pelos bancos centrais nacionais e pelo ECB. Dentro desse perímetro, como soe dizer-se "é tudo cabelo do mesmo cão", isto é todos os bancos centrais nacionais são apenas agências do ECB. Esse serviço é posto à disposição de todos os bancos comerciais que operam na zona euro ou até fora mas que tenham aderido ao sistema.

Quando é operada uma transferência o banco comercial do país de origem é debitado no montante especificado e o banco comercial do país de destino é creditado no mesmo montante. Portanto ao nível dos agentes económicos o dinheiro "pré-existente" sai de uma conta num país e aparece noutra conta noutro país. Tudo de forma transparente. Não há qualquer operação de concessão de crédito.

O sistema Target2 regista operações como as tranferências feitas por investidores amemães para compra de imobiliário em Espanha e Portugal e até as compras de "bonds" que são registadas neste ou naquele país apenas por conveniência dos traders envolvidos. Segundo alguns analistas antes de 2008 não se notava a nivel de Target2 as vultuosas transferências devidas aos desequilíbrios da balança comercial entre a Alemanha e a periferia porque havia um fluxo de investimento a fluir em sentido contrário. Esses dois movimentos contrários faziam com que os saldos Target2 quase se equilibrassem.
S.T.

Unabomber disse...

Disse o ST:
"Não há qualquer operação de concessão de crédito."

- Amigo ST, se como diz não à concessão de crédito, então pergunto de onde vêm as DIVIDAS que falam o João F. Amaral e o F. Louçã? :
- “No sistema de pagamentos interbancários europeus, o Target2, os bancos portugueses são DEVEDORES de 51 mil milhões de euros” (correspondem a mais de 25% do PIB de Portugal).
(…)
“Por isso se (os países periféricos) saírem do euro e não garantirem o pagamento destas dividas, o BCE e os bancos centrais registarão PERDAS”.

In “A Solução Novo Escudo” de João F. Amaral e Francisco Louçã
......
Repete-se: Será que para o amigo ST o João F. Amaral e o F. Loução também não percebem nada do target2 ?!!

Anónimo disse...

Vejamos2...

Suponhamos que eu compro um Mercedes a pronto pagamento.

Pago por transferência bancária dinheirinho que me saiu do pelo e a minha conta é debitada e a do concessionária creditada. O concessionário vai pagar ao fabricante na Alemanha. Como?
Simplesmente a conta do concessionário é debitada e a conta do BdP creditada. A partir daqui, por meio do sistema Target2 a conta do BdP é debitada e a do Buba é creditada. O Buba em seguida debita a sua própria conta e credita a conta da Daimler AG num qualquer banco comercial alemão. Portanto tratou-se de uma simples operação de transferência de valores operada transparentemente.

Em termos de Target2 a operação que acabei de descrever é contabilizada como aumentando o crédito do Buba e o débito correspondente do BdP. Mas qual é o fundamento material desse crédito e desse débito?

Entre os agentes económicos envolvidos as contas estão saldadas.

Não houve nenhum financiamento envolvido.

A única diferença em relação a uma operação de transferência multibanco foi que o dinheiro passou de uma área geográfica sob a alçada do BdP para outra área geográfica sob a alçada do Buba. Foi esse o serviço proporcionado pelo sistema Target2.

Segundo os tratados dentro da eurozona os cidadãos e empresas têm o direito de movimentar os seus capitais como e aonde lhes aprouver.

Porque teria o BdP de pagar o correspondente saldo Target2 daquilo que é apenas uma consequência da liberdade de circulação de capitais dentro da zona euro?

Isto é, o meu país ganha mais uma lata em circulação nas estradas mas perde liquidez, fica mais pobre, isto é, perde massa monetária que é transferida para a Alemanha e ainda teria de pagar outro tanto por isso?

Mas... Por alminha de quem?

Por isso, em meu modesto entender os saldos Target2 são apenas um registo contabilistico dos movimentos de capitais entre sub-territorialidades da eurozona sem qualquer respaldo físico e não correspondem de modo algum a uma "dívida"(quando negativos) nem a um "crédito" (quando positivos).
Se alguém tiver algo a objectar ao acima exposto que o faça, mas não tolerarei desaforos de unabombers nem de pimenteis ferreiras.
S.T.

Anónimo disse...

Vejamos3...

Suponhamos que eu sou um daqueles empresários que não vê uso para os seus capitais numa economia periférica e com falta de poder de compra e pensa que lhes dará melhor uso em economias que, apesar de serem mais maduras e não oferecerem muitas oportunidades de negócio, mas apesar de tudo o poder de compra é muito melhor. Em suma, pretendo exportar alguns capitais para a terra dos choucroutes.

Para isso vou fazer uma transferência para uma conta num banco alemão que segue o mesmo percurso que o pagamento do meu imaginário mercedes do comentário anterior.

Tal como no exemplo anterior não há financiamentos nem operações cambiais envolvidas. E tal como no exemplo anterior a operação é contabilizada no sistema Target2 como um débito do BdP e um crédito do Buba.

O dinheiro continua a ser meu e continua na zona euro, estando apenas guardado num banco sob a alçada do Buba em vez de num banco português.

Pergunto: Com que fundamento o meu país, através do BdP, teria que pagar, em caso de saída do euro, por um capital que "fugiu" de forma perfeitamente legal mas não menos lesiva dos interesses nacionais?

Recordo que um dos problemas crónicos desde 2008 é a falta de liquidez na periferia e excesso no centro, ou seja na Alemanha.

Mas mais uma vez se alguém tiver objecções ao meu raciocínio, queira por favor exprimi-las.
Mas, mais uma vez, não estou para aturar cretinices.
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

@ST

E quando um banco alemão compra títulos de dívida portuguesa, como fica registado?

@Jose
Não há Trolls, há apenas um trol que dá pelo nome de cuco. Tal como um cuco, multiplica-se em aparições sucessivas, inaudíveis, ilegíveis, sem qualquer conteúdo e significado. Aquilo que denominamos em engenharia de ruído branco.

Anónimo disse...

Embora neste video não se aborde os saldos Target2 considero-o interessante o suficiente para publicar o link. Provávelmente já é do conhecimento de alguns de vós mas paciência.

http://videos.sapo.pt/vuZuItZiumTI01zjubRn

S.T.

Anónimo disse...

O sistema Target2 processa as transferências independentemente do fim a que se destinam. Que seja para comprar um Lamborghini ou títulos da dívida pública pouco importa. Só interessa o valor da transferência, a origem e o destinatário. Apesar de ser um título de divida e um dos intervenientes ser um banco é simplesmente um fluxo de dinheiro de um banco alemão para a conta do Tesouro português num banco português. Pode-se interrogar é o que vai depois o banco alemão fazer com esse título, mas isso já é outra história.

Portanto, neste caso o saldo Target2 do Buba é debitado e o do BdP é creditado.
Só que a meu ver estes saldos têm apenas o valor de indicadores.

Este artigo, referenciado no artgo préviamente mencionado da Sra Frances Coppola também merece a vossa atenção:

https://reszatonline.wordpress.com/2011/12/11/the-fuss-about-target2/

Estes assuntos são muito vastos e como já referi há variadas cortinas de fumo destinadas a obscurecer a percepção do público, pelo que não me espanto que a alguns autores tenha escapado a real natureza destes saldos Target2.

Acresce a paranóia ordoliberal criada e propagandeada por quem beneficia do presente estado de coisas, a quem não convém que o verdadeiro preço do bilhete de saída do euro seja do conhecimento público.
S.T.

Anónimo disse...

O ruído em engenharia tem muitos tons

Os repetentes mediocres, como joão Ferreira Pimentel também os têm. Mas embora o tema do cuco e do José sejam muito interessantes, mais a sua multiplicação em aparições sucessivas, que parece que são típicas dos cucos da terra de Pimentel ( não vale a pena rir) solicita-se que Pimentel aonio Ferreira não interrompa com a sua desonestidade as verdadeiras lições serenas e pedagógicas de S.T .

São sempre bem vindas e bem úteis. Pelo que se espera que Pimentel deixe de fazer estas fitas deploráveis e aprenda qualquer coisinha que muitíssima falta lhe faz

E claro está que também aprenda alguma cidadania e que tenha um mínimo de coragem

José M. Sousa disse...

Nesse aspecto concreto "O BCE registará perdas", João Ferreira do Amaral e F. Louçã, se afirmaram tal coisa, estão errados. O BCE pode decidir ter perdas, mas não é por uma razão técnica, pela simples razão de que o BCE tem recursos ilimitados.

Ver resposta de Draghi à pergunta: "Can the ECB run out of money?"
https://www.youtube.com/watch?v=Xda78gNm72o

Ler também Paul de Grauwe: https://www.economist.com/blogs/freeexchange/2015/01/quantitative-easing-and-euro-zone

«There is the fear that if the ECB buys government bonds from countries like Greece, Italy and Portugal, German taxpayers risk having to foot the bill. This, the argument goes, will happen if one or more of these countries defaults on their debt. Such a default will create a loss on the balance sheet of the ECB. The other member countries in the euro zone, especially Germany, will then have to step in to cover the loss. The fear that taxpayers may be forced to cover future losses of the ECB has become the main reason why the ECB has waited so long to begin QE.

What to think of this fear? I think it is unfounded. In fact it is surprisingly easy to implement QE without creating risks for taxpayers of the "strong" countries of the euro zone. The way to do this is as follows: the ECB buys a portfolio of government bonds in proportion to the economic weight of each country in the euro zone, as represented by the equity share of these countries in the ECB. Thus, the ECB buys 27% German bonds, 20% French bonds, 18% Italian bonds, etc. As long as these bonds are kept on the ECB’s balance sheet the governments of these countries pay interest to the ECB. The ECB could then apply a rule of “juste retour”, ie, it reimburses the same amounts to each of these governments. No fiscal transfers between member-states occur.

If one of the governments, say the Italian government, were to default on its bonds, the Italian government would stop paying interest but at the same time (applying the “juste retour”) it would not get any interest refund. Again there would be no fiscal transfers.

What about the need for the ECB to write down the Italian bonds? Would that not lead to a fiscal transfer? The answer again is negative. Such a write-down is purely an accounting operation, without any implication for the taxpayers of other countries.

This is not often well understood. When the central bank writes down the Italian bonds, the value of its assets declines. The counterpart on the liabilities side of the central bank’s balance sheet is a decline in equity. A central bank, however, does not need equity. It can easily live with a negative equity. When the equity of the central bank declines there is no need to call upon taxpayers “to foot the bill”. There is no bill to be paid.

Unfortunately, the ECB (and many other central banks) keep this fiction of the need for equity alive, by asking the participating governments to “recapitalise” the bank. But such a recapitalisation is also a purely accounting convention without implications for taxpayers. It implies that governments place bonds on the ECB’s balance sheet. These bonds then create the same circular movement of interest payments, ie, the governments make interest payments to the ECB and the latter refunds these back to the same governments. No taxpayers are involved.»

Anónimo disse...

Só para não deixar pontas soltas...

Eu não iria tão longe como dizer que o ECB não pode registar perdas. Mas, devido ao seu estatuto é pouco provável que as sofra.

Primeiro porque em quase todas as situações é sénior creditor, quer dizer, tem precedência na colecta de divídas.
Segundo, porque enquanto regulador do sector bancário tem acesso a informação que lhe permite fazer avaliações de risco no sector bancário melhor que qualquer agência de rating.
E terceiro porque mesmo que as sofra como é o dono da fábrica do dinheiro pode varrê-las para debaixo do tapete.

Apesar disso houve uma empresa sul-africana de mobiliário e colchões de que o ECB comprou titulos no âmbito do QE que está em grandes dificuldades devido a fraudes contabilisticas onde é provável que o ECB registe perdas. Mas desconfio que por portas travessas vai ser arranjada uma maneira de recuperar a empresa "para salvar a honra do convento". :)

Mas voltando à "vaca fria" dos Target2, a confirmar-se a minha tese, a factura de uma saída do euro tem um desconto "substancial" em relação a outras estimativas.
Como dizia o outro: "Porreiro, pá!"
S.T.

João Pimentel Ferreira disse...

@Jose

Nesse caso, como se incentivaria os estados membros a não ser perdulários, caso o BCE pudesse absorver quaisquer "insolvências" sem consequências? A questão é sempre a mesma.

@ST

No balanço taget2, qual a maior fatia de produtos e serviços que sai do país? É o taget2 o reflexo da balança de pagamentos dentro da eurozona? Ou há Registos do taget2 que não vão à balança de pagamentos?

Anónimo disse...

Como José M. Sousa lembra e bem, o ECB tem muito mais constrangimentos auto-impostos do que reais e é obrigado a atamancar políticas monetárias porque o principal "dono" professa crenças completamente idiosincráticas e contrárias à teoria e prática da gestão de bancos centrais e das finanças de nações modernas.

José M. Sousa já escreveu noutros comentários sobre o "schwarze null", que é uma perfeita idiotice mas que constitui doutrina económica oficial na Alemanha.

Ainda recentemente Wolfgang Munchau zurziu o ordoliberalismo alemão nas páginas do FT.

"Germany’s budget is an accident waiting to happen"

https://www.ft.com/content/bbd9bf52-4ef2-11e8-9471-a083af05aea7

Boa leitura!
S.T.

Unabomber disse...

Para o José M. Sousa e para o ST:

Nas páginas 130 e 131 do livro, "A Solução Novo Escudo", o João Ferreira do Amaral e o Francisco Louçã dizem isso mesmo:
“No sistema de pagamentos interbancários europeus, o Target2, os bancos portugueses são DEVEDORES de 51 mil milhões de euros” -(correspondem a mais de 25% do PIB de Portugal).
(…)
“Por isso (os países periféricos) se saírem do euro e não garantirem o pagamento destas dividas, o BCE e os bancos centrais registarão PERDAS”
....
....
- Todos sabemos que o João Ferreira do Amaral e o Francisco Louçã são dois professores catedráticos de economia, e que NÂO fazem parte da "paranóia ordoliberal criada e propagandeada por quem beneficia do presente estado de coisas, a quem não convém que o verdadeiro preço do bilhete de saída do euro seja do conhecimento público" de que fala o ST.
Pelo contrário, ambos defendem a saida do euro - é disso que trata o livro "A Solução Novo Escudo".
-----
Perante isto, julgo que o ST devia pensar melhor sobre o que o realmente traduz o registo contabilístico contido nestas suas afirmações:
" Portanto, neste caso o saldo Target2 do Buba é debitado e o do BdP é creditado.
Só que a meu (do ST) ver estes saldos têm apenas o valor de indicadores".

Lowlander disse...

A explicacao do S.T. acerca de como o systema target2 funciona e muito informativa e clara.
O amigo Unabomber deve um pedido de desculpas ao amigo S.T. a bem da honestidade intelectual.

Unabomber disse...

Para o José M. Sousa e para o ST:

Nas páginas 130 e 131 do livro, "A Solução Novo Escudo", o João Ferreira do Amaral e o Francisco Louçã dizem isso mesmo:
“No sistema de pagamentos interbancários europeus, o Target2, os bancos portugueses são DEVEDORES de 51 mil milhões de euros” -(correspondem a mais de 25% do PIB de Portugal).
(…)
“Por isso (os países periféricos) se saírem do euro e não garantirem o pagamento destas dividas, o BCE e os bancos centrais registarão PERDAS”
....
....
- Todos sabemos que o João Ferreira do Amaral e o Francisco Louçã são dois professores catedráticos de economia, e que NÂO fazem parte da "paranóia ordoliberal criada e propagandeada por quem beneficia do presente estado de coisas, a quem não convém que o verdadeiro preço do bilhete de saída do euro seja do conhecimento público" de que fala o ST.
Pelo contrário, ambos defendem a saida do euro - é disso que trata o livro "A Solução Novo Escudo".
-----
Perante isto, julgo que o ST devia pensar melhor sobre o que o realmente traduz o registo contabilístico contido nestas suas afirmações:
" Portanto, neste caso o saldo Target2 do Buba é debitado e o do BdP é creditado.
Só que a meu (do ST) ver estes saldos têm apenas o valor de indicadores".

Unabomber disse...

Para o Lowlander:

Será que para o amigo Lowlander o João Ferreira do Amaral e o Francisco Louçã também devem "um pedido de desculpas ao amigo S.T. a bem da honestidade intelectual"?
..
Amigo Lowlander tem a certeza que eu, o João Ferreira do Amaral, e o Francisco Louçã, estamos errados sobre o target2?
...
....
- Relativamente à explicação do ST "informativa e clara" do target2, por acaso o amigo Lowlander saberá que, esta operação contabilística descrita pelo ST: "(...) por meio do sistema Target2 a conta do BdP é debitada e a do Buba é creditada", vai dar lugar a isto:
“No sistema de pagamentos interbancários europeus, o Target2, os bancos portugueses são DEVEDORES de 51 mil milhões de euros"

José M. Sousa disse...

the paper makes the critical point that losses made by a central bank do not lead to the bank needing to be recapitalized, or the bank becoming insolvent. The ECB makes this point in a footnote on page 10 (pág. 14 do PDF):

“Central banks are protected from insolvency due to their ability to create money and can therefore operate with negative equity.”

Referem-se a este documento: http://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/scpops/ecbop169.en.pdf

De qualquer maneira, uma vez que mais de 90% da moeda (meios de pagamento) em circulação nas economias modernas é criada pelos bancos comerciais, talvez o foco devesse ser outro. Nunca se fala do potencial inflacionista desta.

Anónimo disse...

Os saldos Target2 são dos instrumentos bancários mais incompreendidos e sobre os quais as mais díspares e fantasiosas interpretações já foram aventadas em artigos de imprensa e outros textos.

Como já referi até Mário Dragui e Weidemann se pronunciaram sobre o assunto. Mário Dragui com mais nuances.
Vincent Brousseau também é de opinião que em caso de saída, os Target2 têm que ser saldados, embora sem explicar porquê.

Já Bill Mitchell, Frances Coppola, parecem não atribuir um significado imperativo aos ditos T2.

Em minha modesta opinião não faz sentido porque nos casos que mencionei isso seria juntar o insulto à injúria, isto é, penalizava-se um país que tinha sofrido com fugas de capitais e que ainda por cima os tratados impedem de exercer sobre isso qualquer controlo.

Por outro lado as verdadeiras dividas já estão contabilizadas em detalhe nos balanços dos bancos comerciais envolvidos, e, essas sim, são bem reais e válidas.

Paradoxalmente capitais que tenham fluído no sentido Alemanha -> Portugal por via de empréstimos a bancos comerciais portugueses aparecem como débitos ao Buba e créditos ao BdP, isto é, diminuem as obrigações T2 de Pt, o que não faria sentido.

As dívidas dos bancos comerciais ao ECB relativos a todas as operações de financiamento são registadas nas contas que todos eles têm no banco central.

Também não pode ser uma questão de seigneuriage porque qualquer operação dessa natureza gera proveitos que são repartidos de acordo com as participações (%) dos BC nacionais no ECB qualquer que seja o país onde ocorram.

Se alguém conhecer pessoalmente João Ferreira do Amaral ou Francisco Louçã que lhes peça que se pronunciem se quiserem.

Como já disse não estranho que tenham tomado como boas as afirmações do governador do Buba que afinal era suposto ser uma autoridade na matéria (embora eu pessoalmente o considere muito suspeito em matéria de doutrina económica!).

O FT tem um artigo (The ECB’s story on Target2 doesn’t add up) onde se faz a decomposição dos saldos Target2 por items mas não consegui localizar os gráficos originais do BdP nem as tabelas de dados que lhes deram origem.
S.T.

Anónimo disse...

"como se incentivaria os estados membros a não ser perdulários"?
A questão é sempre a mesma:
Ou seja,e depois como castigar estes preguiçosos países do Sul que andam a viver acima das suas possibilidades? E manter obrigatória a transferência da riqueza da periferia para o centro?

Anónimo disse...

Aprender, aprender, aprender sempre

José M. Sousa disse...

O Paul de Grauwe também é Professor de Economia e ex-conselheiro da Comissão Europeia, se é esse o tipo de argumentação. De qualquer modo, eu centrei-me sobre a questão das eventuais perdas do BCE e não sobre se deveríamos ou não 51 mil milhões.

Anónimo disse...

@unabomber sempre serviçal aos interesses do neocolonialismo de frau Merkel. Ferreira do Amaral e Francisco Louçã fazem parte da tralha ordoliberal. Estão inseridos no sistema, não fosse o Louçã ser empregado nessa teia de vampiros que é o banco de Portugal.

Anónimo disse...

Recordo a frase de Unabomber:

"- O ST MENTE, pois o saldo CREDOR do Bundesbank, e de outros bancos centrais do norte, resultam precisamento do contrário: transferências e vendas a crédito dos paises do norte da UE para a periferia."

Embora possam persistir dúvidas sobre T2 e sobretudo sobre o seu real significado, penso ser óbvio que esta frase não tem qualquer fundamento.

Primeiro porque os T2 funcinam em "real time", isto é, têm efeitos imediatos. Por exemplo, no caso de um financiamento, o movimento da entrega do capital para utilização de quem contrai o empréstimo não tem qualquer conexão com o pagamento subsequente das tranches da dívida em sede de T2. Em sede de T2 apenas interessa o que se está a fazer no "agora".

Não há "vendas a crédito" em T2!

Segundo, porque o movimento que descreve de "transferências (...) dos paises do norte da UE para a periferia" é contabilizado em T2 como um débito do Buba e um crédito do BdP ou doutro qualquer banco central da periferia.

Se o Sr Unabomber se desse ao trabalho de realmente ler os artigos que aponto em link escusava de escrever disparates e insultos.

Terceiro, não estou de modo nenhum a chamar mentirosos aos autores de "A Solução Novo Escudo". Disse e repito, que o assunto é vasto e complexo, com muita gente, alguma dela altamente colocada a dizer insanidades do alto dos púlpitos (por ex. Weidemann) ou a criar cortinas de fumo (por ex. Dragui). Que estes autores portugueses tenham seguido opiniões de supostas "autoridades" no assunto não é particularmente chocante nem razão para lhes chamar mentirosos.

Recomendo mais uma vez a leitura do texto da Sra Frances Coppola.

http://www.coppolacomment.com/2012/04/it-doesnt-work-like-that-target2.html
S.T.

Anónimo disse...

Para que fique claro, eu não digo que os bancos não devam os tais 51 mil milhões.

Podem até devê-los em virtude dos financiamentos que tenham acordado ou dívidas que tenham para com bancos alemães ou até do ECB.

Mas devem-nos em virtude das obrigações contratuais que subscreveram, não em resultado dos T2.

S.T.

Anónimo disse...

Muito obrigado pela necessária clarificação do eventual pedido de desculpas devido por unabomber. De forma insultuosa e aos berros este agora ainda por cima tenta limpar as mãos ( como sempre, aliás), disparando para o lado e arrastando outros para as suas palavras inqualificáveis.

A incapacidade de pedir desculpa tem algo de sobranceria mas também de cobardia. A forma como se não reconhecem os factos acrescenta o carácter de desonestidade à equação

Anónimo disse...

Já agora não faz qualquer sentido incorporar Ferreira do Amaral e Francisco Louçã no grupo dos serviçais ao neocolonialismo de Merkel and so on

As diferenças com unabomber são óbvias, até pelo que se disse anteriormente. E as posições daqueles estão num patamar claramente diferente do dos ordoliberais.

A não concordância com este ou aquele em um ou vários pontos não faz destes inimigos do outro lado da barricada ou interlocutores a não ouvir com atenção.

Quase que parece uma provocação o comentário das 8 e 48.

Anónimo disse...

S.T. a dar o dito por não dito na defesa da tralha neoliberal. Unabomber, sempre serviçal ao capitalismo eurofórico, como se a moeda única não representasse as amarras de uma teia ao serviço de frau Merkel e herr Schäuble.

Francisco Louçã lida com os vampiros diariamente no BdP, por isso deixemo-nos de sobrancerias. Ferreira do Amaral é irmão de um dos maiores agiotas do estado através dos negócios ruinosos da Lusoponte.

Lowlander disse...

Amigo Unabomber,

Disclaimer: sobre o target2 sei muito pouco. Agora. Antes deste debate, nada ou quase nada sabia.
Quanto ao Joao Ferreira do Amaral e ao Francisco Louca, nao li o livro deles, logo nao posso comentar o que escreveram. Todavia, estao confiante que nao terao escrito em lado algum que o S.T. e mentiroso, assim sendo, a sua pergunta sobre se tambem eles devem pedir desculpa a resposta e: Obviamente que nao.

Sobre a sua pergunta acerca de se o amigo Unabomber esta certo ou errado acerca do target2, e por arrasto os ilustres economistas que cita, a minha resposta e: Em rigor absoluto, nao sei. Mas seguindo os links que os amigos S.T. e Jose M. Sousa disponibilizaram e lendo a pagina wikipedia o que me parece e que e target2 e um sistema complicado (e, para mim, um tema chato de ler) que gera confusao entre economistas. Mas se fosse forcado a apostar diria que provavelmente o amigo Unabomber e por arrasto os economistas que cita estao errados.

Por fim, quanto a explicaoes, tenho-lhe a dizer que as explicacoes dos amigo S.T. (e tambem do amigo Jose M. Sousa acrescento) sao, de facto, muito mais informativas e claras que qualquer uma que o amigo Unabomber tenha voluntariado, ate por dois motivo muito simples: (1) deram-se ao trabalho de ao menos tentar explicar e fundamentar as suas posicoes ao contrario do amigo Unabomber e, (2) foram claros na mensagem e os textos elencados sao informativos.
Em resposta a sua ultima pergunta: Remeto-o para o meu disclaimer. Nao, nao sei. Mas o S.T. entretanto ja escreveu um comentario a abordar essa pergunta.

Lowlander disse...

Posto isto: todas as perguntas que o amigo Unabomber me dirigiu sao laterais ao repto que lhe lancei em comentario anterior.
Seria extremamente lamentavel se se revelassem meras tentativas de obfuscacao, sobre isso reservo o meu diagnostico apos fazer mais alguns testes de despistagem.
Lamentavel tambem seria, se fossem o resultado de falta de claridade acerca da materia que me leva a dizer que deve o amigo Unabomber deve um pedido de desculpas ao amigo S.T.
Sejamos claros entao:
A frase ofensiva do amigo Unabomber foi, "- O ST MENTE, pois o saldo CREDOR do Bundesbank, e de outros bancos centrais do norte, resultam precisamento do contrário: transferências e vendas a crédito dos paises do norte da UE para a periferia."

Independentemente de quem tem razao acerca do que e que o target2 realmente representa, dizer que o S.T. mente implica uma acusao de deliberadamente induzir as pessoas em erro.
Ora em primeiro lugar, a mim parece-me que a explicacao do S.T. sobre o que o target2 e e realmente representa faz mais sentido, em segundo lugar ele fundamentou a posicao dele com varias fontes; em segundo lugar mesmo que a explicacao do S.T. seja, afinal errada, ele fundamenta-a profusamente ficando a impressao de que a posicao dele resulta de uma interpretacao apos se debrucar sobre o assunto e nao uma tentativa de enganar o leitor.

Assim sendo a acusa-lo de mentiroso e no minimo desonesto intelectualmente ao colocar um processo de intencoes perfido e no maximo desinformado e desonesto intelectualmente.

Por ultimo, repare o amigo Unabomber que se me dou ao trabalho lhe escrever isto tudo e porque reconheco em si interlocutor muito mais informado, leal e honesto nos debates que enceta nestas caixas de comentario do que a media. Reconheco em si um interlocutor com valor e nao um mero pombo. Como ja disse repetidamente, eu nao jogo xadrez com pombos.

O amigo Unabomber deve um pedido de desculpas ao amigo S.T., a bem da honestidade intelectual.

Anónimo disse...

Infelizmente pombos há vários.

E o das 8 e 48 é o mesmo das 14 e 23. E não é outro senão o próprio João Pimentel Ferreira.

A confirmação a chegar da Holanda.

É muito triste. Mas sumamente explicativo

Unabomber disse...

Amigo Lowlander:

Cada um tem a liberdade de acreditar em quem quer.
Mas o amigo possivelmente conhece (da televisão) muito melhor o João Ferreira do Amaral e o Francisco Louçã, do que conhece a mim ou ao ST.
Por isso, se estivesse na sua situação (diz que sabe muito pouco do target2) eu acreditaria muito mais naquilo que escreveram dois professores universitários de economia num livro, do que aquilo que escrevem aqui no blog alguém sob os nomes de "ST" e "Unabomber".

Unabomber disse...

Amigo Lowlander:

Quanto a explicações, tomo a liberdade de deixar aqui a ultima do ST seguida das frases do livro do João F.Amaral e do F.Louçã:

....
Disse o ST:
"Para que fique claro, eu não digo que os bancos não devam os tais 51 mil milhões.

Podem até devê-los em virtude dos financiamentos que tenham acordado ou dívidas que tenham para com bancos alemães ou até do ECB.

Mas devem-nos em virtude das obrigações contratuais que subscreveram, não em resultado dos T2."
.....
.....

Disseram o João F. Amaral e o Francisco Louçã nas páginas 130 e 131 do livro, "A Solução Novo Escudo":

“No sistema de pagamentos interbancários europeus, o Target2, os bancos portugueses são DEVEDORES de 51 mil milhões de euros” -(correspondem a mais de 25% do PIB de Portugal).
(…)
“Por isso (os países periféricos) se saírem do euro e não garantirem o pagamento destas dividas, o BCE e os bancos centrais registarão PERDAS”

Anónimo disse...

Quem mais não do que aónio vitor ferreira pimentel para defender a discursata dos pafistas e dos interesses de herr Schäuble, impondo políticas de saque de salários e pensões aos assalariados. S.T., de uma forma pedagógica e serena, bem diferente da tralha pafista composta por herr jose, ferreira pimentel e unabomber, deu uma verdadeira aula aos ineptos serviçais da direita. Temos pena todavia que S.T. tenha também decidido defender afincadamente dois vampiros, inseridos no covil de vampiros, que são Louçã e Ferreira do Amaral. O primeiro é consultor do BdP, sendo o BdP uma sucursal dos serviços senhoriais do BCE, logo Louçã está impregnado no covil das cobras. Ferreira do Amaral é irmão de sangue e de negócios de um dos maiores abutres da seita cavaquistão. Por isso, deixemo-nos de pruridos.

Anónimo disse...

Renovo o apelo a que quem tenha contacto com João Ferreira do Amaral ou Francisco Louçã lhes solicite uma clarificação.

A primeira frase citada só podem ser entendida como uma simplificação. Da mesma forma que vulgarmente se diz "os alemães" para designar o governo alemão ou as autoridades alemãs.

Neste caso é fácil de perceber que se atribua por abreviação de linguagem os saldos T2 "aos bancos" (comerciaias portugueses) porque são estes os utilizadores do sistema de pagamentos T2.

A segunda frase é fácilmente compreensível no contexto das teses (que muitos economistas refutam) em que os saldos T2 teriam de ser liquidados em caso de saída do Euro.

Veja-se por exemplo a minha frase anterior. A rigor não se pode "sair do euro". Sai-se da European Monetary Union, mas por comodidade e simplificação fala-se em "sair do euro".

Unabomber está, como é óbvio a agarrar-se a opiniões datadas e à letra de frases que não podem ser interpretadas literalmente. E é claro que também pretende semear a confusão entre quem advoga uma saída do euro.

Já é tempo de se acabar a rábula com as frases dos distintos autores portugueses e passar-se ao essencial que seria a compreensão dos T2.

Podemos ir ao site do ECB ( https://www.ecb.europa.eu/explainers/tell-me/html/target2.en.html ) onde encontramos a seguinte explicação:

"How does TARGET2 work?

The platform is owned and managed by the Eurosystem. Put simply, it works as follows:

Bank A and Bank B both have accounts with a central bank
A payment in euro is to be made from Bank A to Bank B
Bank A submits the payment instructions to TARGET2
Bank A’s account is debited, and Bank B’s account is credited – the payment is settled
TARGET2 transfers the payment information to Bank B"

Vêm alguma referência a financiamentos ou empréstimos? Não, porque o Target2 é tão sómente um sistema de pagamentos.

"TARGET2 is a payment system owned and operated by the Eurosystem."

Os financiamentos para os bancos portugueses podem ser transferidos via T2 quer por bancos privados do centro da Europa onde há excesso de liquidez quer pelo próprio ECB através dos seus programas de financiamento e cedência de liquidez.

"TARGET2 is a payment system that enables EU banks to transfer money between each other in real time. This is known as real-time gross settlement (RTGS)."

A frase anterior explicita bem que não há "pagamentos diferidos" ou "vendas a crédito". Os pagamentos são processados EM TEMPO REAL.
S.T.

Anónimo disse...

Há qualquer coisa de surreal. (para ser simpático) na espécie de argumentação tipo pastilha elástica de unabomber

Mais uma vez objectivamente se foge a uma questão concreta que passa pelas desculpas a um insulto concreto. Um insulto dito aos berros, como de resto unabomber é repetente

Adiante que quanto a isto já se disse muito e já cheira mal.

Há todavia um outro dado que agora surge.

O acreditar ou o não acreditar Uma espécie de fé no direito canónico a pensar se não deveria sair um Índex com a lista seriada e por ordem decrescente dos créditos no “acreditar.”

Como se a argumentação racional não fosse permeável sempre à crítica e ao contraditório. Como se quem recebe a informação não fosse racional para fazer juízos de valor e de confrontar argumentos. sem necessitar de Deus, de Santos, do Eurogrupo ou da Alemanha.

Nem da repetição macaqueado, a ver se assim passa

Anónimo disse...

Não é só um gadji que usa as iniciais S.T. que diz que os saldos Target2 não são "dívidas".

Pelo critério do Unabomber "aparecer na televisão" a Sra Frances Coppola qualifica-se por múltiplas aparições na televisão do UK como perita em sistemas bancários, inclusivamente sistemas de software bancário, jornalista e conhecedora do funcionamento dos bancos centrais.

Do seu blogpost "It doesn't work like that - TARGET2 edition" ( http://www.coppolacomment.com/2012/04/it-doesnt-work-like-that-target2.html ):

"And I repeat - these balances are accounting representations of trade imbalances, not actual money that has to be paid. The exports have ALREADY BEEN PAID FOR."
S.T.

Anónimo disse...

Quem "perceba do riscado" poderia ter notado que cometi um erro num dos comentários acima.

A bem do rigor devo rectificar o meu erro.

Trata-se do comentário de 7 de maio de 2018 às 10:04 em que eu digo:

"Na realidade esses créditos e débitos contabilisticos significam que o BdP CRIOU dinheiro a partir do nada e o Bundesbank o destruiu."

De facto funciona inversamente. Isto é, quando é feita uma operação de transferência T2 de fundos de um banco da jurisdição do BdP para outro da jurisdição do Buba o BdP "destrói dinheiro" e o Bundesbank "cria dinheiro" a partir do NADA. Mas como é óbvio são operações sincronizadas.

A explicação pela Sra Frances Coppola do mesmo mecanismo:

"The intra-Eurozone payments mechanism relies on base money creation and destruction (seigniorage) by central banks. When an importer in Greece buys a consignment of BMWs from Germany, no physical funds are transferred between the central banks: the Greek central bank reduces base money in Greece by the value of the import, and the Bundesbank increases base money in Germany by the same amount. In each central bank, that takes place as a double-entry accounting entry: the increase in base money in the Bundesbank is balanced by an increase in its assets (its TARGET2 claim). Conversely, the decrease in base money in the Greek central bank (liability) is balanced by a decrease in its assets."

E continua a Sra Frances Coppola:

"The end result is that the Bundesbank appears to have lent money to the Greek national bank. But this is simply a representation of the trade flow between the two countries and a consequence of double-entry accounting. It is not, in any sense, a "debt"."

Recordo que todas as operações de seignoriage do ECB e dos bancos centrais nacionais seus agentes reportam perdas ou ganhos de acordo com as percentagens de participação de cada um no ECB. Neste caso específico é irrelevante porque uma operação de destruição é compensada por outra simétrica de criação, só que numa outra jurisdição bancária.

E é esta a chave para se perceber que os saldos Target2 não são dívidas, são a mera representação contabilistica de fluxos de dinheiro.

Menciono isto até para provocar os tótós que têm do mundo da alta finança uma concepção materialista e simplista que nada tem a ver com a realidade.

Estes processos raramente são expostos em público por medo que este perceba até que ponto é que o dinheiro que usamos é uma mera convenção.
S.T.

Anónimo disse...

Não tenho que defender ou atacar João Ferreira do Amaral e Francisco Louçã.

Mas faço notar que da última vez que vi em video João Ferreira do Amaral este não tinha a cabeça do irmão colada à sua, e como pessoas separadas e distintas é incorrecto atacar um pelos actos do outro.

A não ser que se postule que a genética determina as crenças e a culpa, e nesse caso como explicariam os irmãos Portas?

Quanto a Francisco Louçã, ainda não lhe ouvi nada que revele que se tenha transformado em vampiro. Alguém já lhe viu a marca da mordida no pescoço?

Vamos manter as cabeças limpas e refrigeradas, está bem?
S.T.

Anónimo disse...

Persiste aonio joão ferreira pimentel no seu labor.

Sob anonimato às 8 e 48, 14 e 23, 11:25. Nas ultimas 30 horas

Sem qualquer prurido (?):

De como pelas 14 e 23 a frase "S.T. a dar o dito por não dito na defesa da tralha neoliberal" se converte em "S.T., de uma forma pedagógica e serena"

Ou de como os arremedos idiotas de um linguarejar tido por "rebolucionário" se apresenta em toda a sua nudez de aldrabão de feira. Vampiro aqui só há ele.

Só mesmo um traste ( neste caso concreto, ainda por cima neoliberal) qualifica um ser em função de "ser irmão de"

Ó joão ferreira pimentel, isso só mesmo na direita baixa. Da direita mesmo muito baixa

Anónimo disse...

João pimentel ferreira a tentar passar por aquilo que não é?

Parece que de facto sim

A impotência argumentativa é tramada. E em vez de aprender, tenta outras formas de actuar.
"Pretende semear a confusão entre quem advoga uma saída do euro"como alguém diria aí em cima.

Ferreira do Amaral ( de facto só um fulano assumidamente de direita invoca o sangue - irmão de sangue- como argumento) e Francisco Louçã, por pequenas ou grandes divergências que se tenham com eles, são merecedores de respeito e de consideração

O mesmo não se passa com joão pimentel ferreira.

Também está aqui a prova, que se torna de novo evidente para demonstrar novas provas:

https://www.youtube.com/watch?v=1KvlJHinE_M

Anónimo disse...

Unabomber, crédulo convicto e piedoso da tralha comentarista que se difunde na televisão. Prefere acreditar em dois vampiros como Louçã e Amaral, a acreditar em comentários bem redigidos e bem fundamentados, com fontes credíveis, por parte de S.T. Uma verdadeira Aula.

Ferreira aónio pimentel segue a tática vil e baixa de qualquer trol da direita pafista.

S.T. a revelar então, en qualquer caso, pouco dinamismo no ataque à tralha neoliberal e senhorial composta por Louçã e os seus séquitos no Banco de Portugal. Porque motivo aceitou então Louçã uma posição de relevo no ninho das cobras, capitalistas e vassalas do BCE?

Unabomber disse...

Para o Lowlander:


"How does TARGET2 work?"

Bank A and Bank B both have accounts with a central bank
(...)
Bank A’s account is debited, and Bank B’s account is credited – the payment is settled
TARGET2 transfers the payment information to Bank B"
...
- Depois destes débito e crédito, os saldos das contas do Banco A e Banco B ficam inalterados no Banco Central? Óbviamente que não.
- E, os balanços dos Bancos A e B, depois desses registos, não têm alterações? Óbviamente que têm.

Unabomber disse...

Disseram o João F. Amaral e o Francisco Louçã nas páginas 130 e 131 do livro, "A Solução Novo Escudo":

“No sistema de pagamentos interbancários europeus, o Target2, os bancos portugueses são DEVEDORES de 51 mil milhões de euros” -(correspondem a mais de 25% do PIB de Portugal).
(…)
“Por isso (os países periféricos) se saírem do euro e não garantirem o pagamento destas dividas, o BCE e os bancos centrais registarão PERDAS”
....
Disse o ST:
"Para que fique claro, eu não digo que os bancos não devam os tais 51 mil milhões.

Podem até devê-los em virtude dos financiamentos que tenham acordado ou dívidas que tenham para com bancos alemães ou até do ECB.

Mas devem-nos em virtude das obrigações contratuais que subscreveram, não em resultado dos T2."

Disse o ST:
" Renovo o apelo a que quem tenha contacto com João Ferreira do Amaral ou Francisco Louçã lhes solicite uma clarificação.

A primeira frase citada só podem ser entendida como uma simplificação. Da mesma forma que vulgarmente se diz "os alemães" para designar o governo alemão ou as autoridades alemãs.

Neste caso é fácil de perceber que se atribua por abreviação de linguagem os saldos T2 "aos bancos" (comerciaias portugueses) porque são estes os utilizadores do sistema de pagamentos T2.

A segunda frase é fácilmente compreensível no contexto das teses (que muitos economistas refutam) em que os saldos T2 teriam de ser liquidados em caso de saída do Euro.

Veja-se por exemplo a minha frase anterior. A rigor não se pode "sair do euro". Sai-se da European Monetary Union, mas por comodidade e simplificação fala-se em "sair do euro" (...)

(....)

Anónimo disse...

Vejamos...

Se tentar demonstrar o infundado de uma suposta dívida de largos milhares de milhões de Euros do Estado Português em que aparentemente ainda muitas alminhas acreditam piamente é falta de dinamismo, que mais querem? O Super-Homem? Ou o Obi-Wan Kenobi?

LOL
S.T.

Anónimo disse...

Ahahah.

Pobre pimentel ferreira das 17 e 19, reduzido a esta escrita catatónica:
"crédulo convicto e piedoso mais os vampiros mais a aula táctica vil e baixa mais o pouco dinamismo no ataque no ninho das cobras capitalistas e vassalas."

Os vampiros ficaram, apareceram os ninhos de cobras, desapareceu o "irmão-de-sangue" como prova de ignomínia maior.

Não, não é isso que se discute. O que se discute são outras coisas e bem mais elevadas. Mas percebe-se que tal incomode o pimentel aonio vitor ferreira, a ponto de aceitar fazer estas figuras, quiçá na esperança de boicotar o debate ou duma intervenção superior a cortar este.

Recusa-se a aprender. Prefere estas cenas.

Está certo. A falta de escrúpulos sempre foi um dos cunhos identificadores dos neoliberais ambiciosos

Anónimo disse...

Este pimentel aonio ferreira é mesmo um marialva sem-modos. Provávelmente deve receber dinheiro dos eurocratas de Bruxelas, esse saco de gatos.
S.T.

José M. Sousa disse...

Fixemo-nos então na obsessão do Unabomber, os 51 mil milhões à data do livro "A Solução Novo Escudo". Em primeiro lugar, os autores do livro não consideram esse obstáculo inultrapassável, sugerindo vinte anos para o ultrapassar, algo perfeitamente razoável. Mas coloquemos aquele valor em perspectiva. Em 2017, as exportações de bens foram de, aproximadamente 55 mil milhões e as importações cerca de 69 mil milhões. Se contarmos os serviços (sobretudo turismo), a taxa de cobertura das importações pelas exportações foi superior a 100% desde 2012!

https://www.pordata.pt/Portugal/Taxa+de+cobertura+das+importa%C3%A7%C3%B5es+pelas+exporta%C3%A7%C3%B5es-2819

Se reduzíssemos as importações em cerca de 8% (a desvalorização com a saída do euro deveria ser mais que suficiente), em 10 anos anularíamos aquela dívida, com a vantagem de recuperarmos a soberania.

Talvez o Unabomber não tenha a noção do que implica "salvar" o sistema financeiro quando não se tem soberania monetária.


«A generalidade dos valores aqui utilizados, constam deste e de anteriores Pareceres do Tribunal e apontam para que, em termos brutos no período 2008-2016, as despesas públicas com o sector financeiro tenham atingido € 20.836,1 M (11% do PIB de 2016), e gerado receitas no montante de € 6.229,7 M (3% do PIB de 2016). Nesse período os fluxos líquidos para o sector financeiro atingiram € -14.606,4 M (8% do PIB de 2016).

pág. 171 do parecer da Conta Geral do Estado 2016»

Entretanto, parece que se agravou, https://www.dn.pt/dinheiro/interior/ajudas-a-banca-ja-custaram--17-mil-milhoes-a-contribuintes-9216204.html

Com soberania monetária, teria sido possível recuperar o sistema bancário com um custo mínimo (eventualmente, alguma inflação)

Anónimo disse...

Isto esta a ficar interessante! Muito interessante!

Alguem esta a tentar fazer-se passar por S.T.

Eu sou S.T. e nao fui eu que escrevi o comentario de 13 de maio de 2018 às 19:51

Simultaneamente registo perturbacoes no computador...

Alguem esta a ficar perturbado com a conversa... Muito perturbado... Optimo!
S.T.

Unabomber disse...

Disse o JMSousa:
"Fixemo-nos então na obsessão do Unabomber, os 51 mil milhões à data do livro "A Solução Novo Escudo (...)"

- OBVIAMENTE que não há nenhuma obsessão nos 51 mil milhões, pois, eu li o livro: "A solução Novo Escudo" e, além disso, sei qual é a posição de investimento internacional liquida de Portugal.

Unabomber disse...

Disse o ST:
"Se tentar demonstrar o infundado de uma suposta dívida de largos milhares de milhões de Euros do Estado Português..."

- O J.F.Amaral e o F.Loução dizem que a divida É DOS BANCOS (e não do Estado), e apenas acrescentam que se sairmos do Euro, e ninguém a pagar, o BCE e os bancos centrais registarão perdas

Anónimo disse...

Peço desculpa pela falta de precisão.

As "dividas" dos saldos T2 em caso de saída do euro seriam, na tese que para simplificar chamaremos "weidemann", do BdP, ou seja do estado.

As dívidas do sistema bancário ao ECB ou a outros bancos comerciais da EMU nada têm a ver com os T2 a não ser por pelo sistema T2 terem transitado, e nesse caso estou, pelo menos até melhor esclarecimento, em desacordo com J.F.Amaral e F.Louçã.
Sublinho que nesse caso se trata de dívida privada.

E estamos a falar então de coisas diferentes, porque como esses financiamentos foram transferidos (supõe-se) de bancos do centro da EU para PT originaram créditos do BdP em sede de T2.

Não têm nesse caso nada a ver com o que se discutia: Os saldos Target2 e se eram ou não uma "dívida".
S.T.

Anónimo disse...

De facto reina alguma perturbação por este debate. Talvez pelo facto de haver substância para pensar e reflectir? E quando um homem se põe a pensar...

Entretanto ficamos um pouco mais sossegados pela não obsessão de Unabomber. Como ele próprio expressa: " OBVIAMENTE que não há nenhuma obsessão nos 51 mil milhões, pois, eu li o livro: "A solução Novo Escudo" ..."

Ficamos sem saber o porquê da leitura do livro ser a garantia (óbvia ainda por cima) da não obsessão do unabomber

Se ele lesse um livro sobre os "berros" em blogs, também deixaria de estar obcecado por estes?

Anónimo disse...

Unabomber deveria por conseguinte pedir desculpas e tomar uma atitude crítica naquilo que lê. Deveria também analisar as frases inseridas no contexto, mostrando assim algum cuidado na análise dos dados. Denota-se que nada percebe de Target2
S.T.

Lowlander disse...

Amigo Unabomber,
Quanto ao seu comentario de 13-05-2018 00:30
Mas pretende sustentar a sua posicao com um argumento de autoridade? E que Paul de Grauwe e a Frances Coppola nao sao menos ilustres e conhecidos para mim que Joao Ferreira do Amaral ou Francisco Louca.
E agradecendo o Unabomber pelo aconselhamento recordo-lhe que nao esta na minha situacao. Taopouco reconheco sequer a situacao em que o Unabomber me situa... por exemplo, tanto o "Unabomber" como o "S.T." tem historial aqui por estas caixas de comentarios, ora o S.T. em outros assuntos de economia que realmente percebo alguma coisa so vi do S.T. comentarios leais, honestos e geralmente muito bem informados e fundamentados. Correctos em resumo.
Porque pensar agora que neste debate a postura dele seria outra? A de um mentiroso ademais?

Lowlander disse...

Amigo Unabomber,
Quanto aos seus comentarios de 13-05-2018 00:57 e 13-05-2018 18:27

Agradeco a explicacao:

Recordando-me do ponto de partida deste debate, o seu comentario de 06-05-2018 18:59

"" E basta dar uma vista de olhos ao gráfico das transferências Target2 para verificar que os fluxos de capital desde a entrada do Euro têm sido sempre da periferia para o centro."

- O ST MENTE, pois o saldo CREDOR do Bundesbank, e de outros bancos centrais do norte, resultam precisamento do contrário: transferências e vendas a crédito dos paises do norte da UE para a periferia."

Deixe-me la ver se percebo:
1 - Entao o pomo de discordia nao era se o target2 reflecte uma balanca de pagamentos ou um balanca de creditos e debitos entre paises da EMU?
2 - O meu entendimento da definicao dada pelo ECB e que o target2 e um sistema em tempo real de registo de transacoes entre bancos pertencentes ao EMU, e isto?
2.1 - Portanto, os balancos que la estao inscritos nao descriminam que pagamentos foram feitos com recurso a credito ou o que foi feito com pagamento em debito nem quem concedeu o credito certo?
3 - Presumo tambem que isto reflecte balancas de pagamentos entre instituicoes privadas? Porque a contabulidade publica sera registada noutro sistema?
4 - Entao como e que se pode calcular quanto e a divida privada portuguesa ao centro da Europa com base no target2 que nao discrimina como os pagamentos foram financiados?

Lowlander disse...

Finalmente, amigo Unabomber,
Sera assim tao dificil reconhecer que, independentemente sobre quem tem razao sobre a natureza do target 2 o amigo Unabomber se excedeu quando chamou mentiroso ao amigo S.T.? De reconhecer que dado o historial do S.T. nesta e outras caixa de comentarios deste blog foi injusto?
Nao e por um pedido de desculpas que lhe caem os parentes na lama caramba!

Anónimo disse...

Tá giro!

Agora anda outro comentador a "assinar" S.T.

O comentário de 14 de maio de 2018 às 10:01 não foi escrito por mim.

Portanto temos alguém a tentar fazer-se passar por S.T.

Como tenho intenção de preservar o anonimato a todo o custo e até por vezes uso o TOR, antevejo um problema.
S.T.

Anónimo disse...

Segundo julgo entender é possível saber a que se refere cada um dos movimentos T2. Até supostamente há estatisticas no BdP que agregam os movimentos por classes ou tipos. E sobretudo o BdP deve ter, através do acesso que tem à contabilidade dos bancos, outras ferramentas para calcular com maior precisão as contas externas nacionais.

Os T2 a meu ver têm a enorme utilidade de darem uma visão de conjunto dos fluxos financeiros que entram e saem do país. Para se saber quais deles correspondem ao pagamento de dívidas, quais se referem ao pagamento de importações e quais se referem a transferências de capitais para investimento externo já se exigem ferramentas de análise mais finas.

Note-se que há movimentos que não passam pelos T2, o que até pode ser útil em determinadas circunstâncias que não cabe aqui específicar, mas tanto quanto julgo saber toda a movimentação dos cabedais do estado é feita através do BdP e através de T2 quando se dirija ou tenha origem nos países aderentes. Para quase todo o resto do mundo existe o SWIFT.

Como curiosidade acrescente-se que a Rússia, perante a ameaça de ver cortado o acesso ao SWIFT por razões políticas (eventuais sanções) está a implementar ou já implementou um sistema concorrente do SWIFT.
S.T.

Unabomber disse...

Disse o Lowlander:

"Disclaimer: sobre o target2 sei muito pouco. Agora. Antes deste debate, nada ou quase nada sabia.
Quanto ao Joao Ferreira do Amaral e ao Francisco Louca, nao li o livro deles, logo nao posso comentar o que escreveram. Todavia, estao confiante que nao terao escrito em lado algum que o S.T. e mentiroso, assim sendo, a sua pergunta sobre se tambem eles devem pedir desculpa a resposta e: Obviamente que nao.

Sobre a sua pergunta acerca de se o amigo Unabomber esta certo ou errado acerca do target2, e por arrasto os ilustres economistas que cita, a minha resposta e: Em rigor absoluto, nao sei. Mas seguindo os links que os amigos S.T. e Jose M. Sousa disponibilizaram e lendo a pagina wikipedia o que me parece e que e target2 e um sistema complicado (e, para mim, um tema chato de ler) que gera confusao entre economistas. Mas se fosse forcado a apostar diria que provavelmente o amigo Unabomber e por arrasto os economistas que cita estao errados."

Unabomber disse...

O amigo ST tem as respostas para estas perguntas do Lowlander:

"1 - Entao o pomo de discordia nao era se o target2 reflecte uma balanca de pagamentos ou um balanca de creditos e debitos entre paises da EMU?
2 - O meu entendimento da definicao dada pelo ECB e que o target2 e um sistema em tempo real de registo de transacoes entre bancos pertencentes ao EMU, e isto?
2.1 - Portanto, os balancos que la estao inscritos nao descriminam que pagamentos foram feitos com recurso a credito ou o que foi feito com pagamento em debito nem quem concedeu o credito certo?
3 - Presumo tambem que isto reflecte balancas de pagamentos entre instituicoes privadas? Porque a contabulidade publica sera registada noutro sistema?
4 - Entao como e que se pode calcular quanto e a divida privada portuguesa ao centro da Europa com base no target2 que nao discrimina como os pagamentos foram financiados?"
....

Lowlander disse...

Amigo Unabomber,
As perguntas eram dirigidas ao amigo Unabomber e nao ao amigo S.T.
Bizarro ve-lo a fazer sub-contratacao das respostas a alguem que adjectiva como mentiroso.
Bizarro e extremamente lamentavel. Fica registado para memoria futura.