quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Quando há 4 anos o desemprego era bom...



Foi há 4 anos.

Pedro Passos Coelho anunciava as alterações à TSU como "contributo equitativo" (9'50''): aumentava a dos trabalhadores de 11 para 18% e reduzia a das empresas de 23,75 para 18% (10'34''). Era uma medida para combater o desemprego (!). Sim, porque nessa altura - aliás, tal como hoje, embora envergonhadamente - Passos Coelho achava que a subida do desemprego não se estava a dever à "austeridade dita excessiva"... mas apenas à falta de financiamento à economia (5'50'') e à "reestruturação da economia que está a ter lugar". Na sua opinião, tudo estava a mudar para melhor. Se havia desemprego e se subia tão rapidamente, isso devia-se ao facto de, no passado, a economia ter assente em sectores que "cresceram em condições e expectativas desajustadas da realidade do país e que sofrem agora uma retracção súbita" (6'22''). Ou seja, o desemprego era um sinal positivo da mudança.

É bom, de ora em quando, reviver o passado. E agora ouvir Passos Coelho, exigir a António Costa emprego sustentado...

7 comentários:

Filipe Martins disse...

Há clara má fé em trazer à baila vídeos do passado tenebroso do sr. Coelho. É que o homem virou social-democrata desde que perdeu as eleições!

Jose disse...

Era um BOM desemprego de facto.
Milhares de lojecas de toda a quinquilharia para um consumo bombado a dívida, fecharam.
Num país em que todo o R/C deixou de ser habitação, o vazio é bom sinal.

Anónimo disse...

Passos Coelho acha que deixou o português comum numa situação melhor!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E que a geringonça está a destruir tudo o que ele fez!

Se ele ainda estivesse no poder a economia estaria a bombar!!!

Anónimo disse...

Filipe Martins tem razão no que diz. E fá~lo com evidente humor

Mas JRA faz bem em reviver o passado recente. Desde a cúpula até ao aparelho mediático, passando pela legião de seguidores da tralha neoliberal, verifica-se uma mudança de paleio espantosa e acintosa.
Um há pouco queixava-se da miséria do desemprego e da precariedade, quando nem há dois anos pedia mais desmprego e mais precariedade.O mesmo que antes exigia cortes nos salários e nas pensões e que agora chora hipocritamente pelo estado das remunerações de quem trabalha e de quem tem trabalhou.
A falta de vergonha e o perfil ideológico justificam tais comportamentos?

Anónimo disse...

Milhares de lojecas com quinquilharia?

Que arrogância a deste, a espadanar contra o que não lhe cabe nem nos horizontes nem no pensamento?

Que ódio mesquinho, que transtorno familiar, que traumatismo infantil sobra a este tipo para arremessar cronicamente contra os putativos R/C que deixaram de ser habitação? Atingem-lhe aquilo que não tem e reivindica as rendas por cobrar?

Eis a defesa canalha do desemprego. Um bom desemprego , escrito daquela forma histérica, mas que atesta uma outra cosia. A fidelidade canina ao ideário neoliberal.
Antes levantava a mão e dizia : "Angola é nossa".

Anónimo disse...


Corro o risco de ser mal interpretado, mas na verdade, em tempos da ditadura as coisas eram mais fáceis de entendimento, de certo modo, pois ou se estava do lado dela ou contra ela. Então as definições eram mais simples.
Hoje vivemos um momento em que a situação permite confusões maiores. Olhai que apos o 25 de Abril e com o avançar da “democracia” os meios de comunicação social e seus protagonistas – patrões, jornalistas e comentadores mostraram como serviram e servem o Poder porque eles fazem parte desse mesmo Poder. Com a entrada na CEE reforçaram ainda mais o seu poderio. Tornando-se indignos de se autoproclamarem de jornalistas…
Espero a cada hora que passa um abalo político forte o suficiente para mudar a estrutura do poder, para mudar as relações, as correlações, enfim, para alterar o rumo da história. Enquanto não houver este abalo político, o poder permanecerá na mão das mesmas pessoas e a imprensa, a radio e a TV continuarão a ser o que é. De Adelino Silva

ricest disse...

O JN refere, hoje, citando o ME sobre as matrículas no 1º ciclo «O menor número de alunos em quinze anos». Eis aqui a política do paços coelho. Os alunos portugueses, que deveria estar e ser registados nas nossas escolas, foram emigrados compulsivamente pela turminha dos neos-qualquer-coisa...isto vai ser bem pior, para o futuro do país, que o défice e a divida...