sábado, 3 de outubro de 2015

A brincar sem complexos às maiorias...

Está o mainstream político muito preocupado com a possibilidade de o Partido Socialista, não sendo o primeiro partido, não dever formar governo.  Mas aquela que é considerada a mais velha democracia europeia - e não falo da Grécia - parece não ter quaisquer complexos dessa ordem. Veja-se como a BBC brinca sobre a possibilidade de se formarem coligações, desde que tenham os 326 MP necessários para manter estável o Governo... 

Na realidade, tudo é usado para criar obstáculos ideológicos à possibilidade de um Governo de Esquerda. Todos estes comentaristas cheiram demasiado a bafio. Digo: por serem pouco arejados.

36 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Ramos de Almeida, é, antes de mais, o próprio PS que cria obstáculos, ideológicos e não só, à possibilidade de um governo de esquerda.

Para já, era preciso que tivesse um programa de esquerda. Mas já nem falo nisso. Também não falo das alianças sistemáticas à direita, de que uma das expressões mais emblemáticas foi a chamada da troika, em conjunto com o PSD e CDS.

Admita a possibilidade, sugerida pelas sondagens, de a coligação PSD/CDS ser a mais votada, mas longe da maioria absoluta. É garantido que um deputado PS não viabilizará, por exemplo abstendo-se, a recondução de um governo do mesmo tipo do atual, ainda que minoritário?

Com o deputado que vou eleger em Beja é certo que isso nunca sucederá, com os deputados do PS fica a legítima interrogação (e preocupação).

Pior ainda, é garantido que os deputados do PS recusarão a constituição de um governo do “bloco central”, PS + PSD, ou mesmo PS + CDS? Não é nada que nunca se tenha visto, como sabe muito bem.

Anónimo disse...

O PSD/CDS mesmo que tenham mais votos que o PS só conseguem formar governo se o PS se abstiver na votação do programa de governo.

Caso contrário, aplica-se o art. 195, d) da CRP:


1. Implicam a demissão do Governo:

d) A rejeição do programa do Governo;


Nesse caso, então depois o PS poderia formar governo.

Jose disse...

Sem dúvida que a questão é de falta de ar!
Sem dinheiro para estragar, com austeridade contractualizada, o sufoco de um governo de esquerda é total!

Jaime Santos disse...

Basta olhar para a Dinamarca, onde o Partido que formou o Governo foi o Venstre, o terceiro mais votado, com o apoio do DFP, o segundo mais votado, e do restante bloco maioritário da Direita. O problema, João Almeida, é a possibilidade da formação de uma coligação parlamentar ou de Governo de Esquerda. Tal não acontecerá porque aquilo que separa hoje o PS dos Partidos à sua Esquerda (Tratado Orçamental e a Pertença ao Euro, Renegociação da Dívida, etc) é objetivamente mais do que aquilo que o separa da Direita (que é muito, mau grado a propaganda da Esquerda da Esquerda). Se existisse menos purismo ideológico e menos conservadorismo no PCP e no BE, eles admitiriam uma coisa simples, não têm neste momento condições para implementar o que propõem, porque não sabem sequer como fazê-lo. Mas exigiriam do PS que deixasse claro aquilo que os seus documentos programáticos admitem, que se o crescimento continuar a ser débil, precisamos mesmo de arranjar uma maneira de sair da moeda única. Isto exigiria um debate nacional alargado, com um programa de medidas, muitas contas e pouca retórica (e em que participaria também aquela Direita que não olha para Berlim como o 'Nec Plus Ultra', que os há) E, claro, no dia-a-dia da Governação contribuiriam para melhorar as condições de vida do seu eleitorado. Só que isto comporta um risco se as coisas correrem mal e eu não acredito que o BE e o PCP o queiram correr quando é mais fácil esperar que a Coligação forme Governo com a tolerância parlamentar do PS para depois continuarem a acusar este último de todos os males de que padecemos...

meirelesportuense disse...

Não acredito que a esquerda à esquerda do PS seja tão cínica como o Jaime Santos indica, aquilo que a esquerda à esquerda do PS pode vir a fazer se o PS for Governo e mostrar um Programa adequado, é abster-se e esperar que os restantes Partidos à direita do PS façam o mesmo ou então arrisquem na aventura de fazer cair um Governo Socialista, com a possibilidade de serem convocadas novas eleições e tudo voltar ao início...Se o Partido Socialista apresentar um Programa de Governo minimamente aceitável à esquerda, esta quando muito abster-se-á.
Amanhã falaremos melhor.
Se o Partido Socialista apresentar um Programa que agrade à direita, esta de certeza que o deixará passar, portanto o Partido Socialista se vier a ser convidado a formar Governo só tem que tomar o rumo político que lhe for mais conveniente.
Não estará entalado por nada, a não ser pelas suas próprias incertezas.

antónio m p disse...

Mas alguém acredita que o PS iria reclamar o Governo a favor de António Costa, se a coligação PSD/CDS tivesse mais votos? A primeira preocupação do PS seria correr com António Costa, isso sim, a favor da grande irmandade histórica.

Jose disse...

A comunada que prolifera neste país é o sinal mais evidente do atraso mental e do conservadorismo existente.
Até que desapareçam a velhada que acha dever fidelidade à luta anti-fascista mais os cooptados de Abril e Março, e que os pronósticos metropolitanos percam a esperança de se acoitarem na função pública, teremos esta cena de demagogia incapacitante e presunção paranóica.

Anónimo disse...

O PCP e o BE "não têm neste momento condições para implementar o que propõem". É verdade, mas não é "porque não sabem sequer como fazê-lo", como alega o adepto do PS.
O PCP e o BE não têm ainda "condições para implementar o que propõem" porque, não dispondo de maioria parlamentar para isso, não podem contar com o PS para uma política que contrarie as estúpidas regras - essas sim, "radicais" - impostas por quem manda nas famílias políticas europeias a que o PS e o PSD/CDS-PP pertencem. Contudo, em futuras eleições legislativas - talvez já em 2016 ou 2017 -, é bem possível que uma coligação PCP/BE/PEV consiga ultrapassar o PS em votos e mandatos, no contexto de uma Europa em mudança, com "pasokização" generalizada dos membros da família pseudo-socialista.

João Ramos de Almeida disse...

Caro anónimo e Jaime,
Tudo o que dizem é bem verdade. Há demasiados obstáculos a uma aliança à Esquerda. Mais não fosse históricos e de memória, nacionais e internacionais.

Mas o problema que se coloca é o que devemos nós fazer em relação a isso. Há solução sem as pessoas que votam no PS? E conseguir-se-á convencer todos os eleitores do PS, a maioria da população, a votar nos partidos mais à Esquerda do PS? Não me parece em tempo útil.

Portanto, a alternativa é o quê? Manter a posição ideológica e técnica correcta defendida pela ESquerda à Esquerda do PS e ver Portugal rebentar ainda mais porque o PS não adopta - por si só - essa política? Ou tentar - e tentar sempre - encontrar os pontos comuns que permitam uma alteração de políticas. Lenta agora, mais acentuada depois.

Diz-se que a solução passa por uma ruptura económica. E é bem verdade. Mas e se a maioria dos eleitores do PS não a quiser, o que se faz?

Política é um trabalho de paciência. Requer capacidade para estabelecer plataformas - pacientemente traçadas, todos os dias, todos os dias, todos os dias -, mesmo com o risco de tudo ser traído a meio caminho.

Qual é a alternativa estratégica? Correr por fora? Até quando? Até termos 5 milhões de habitantes?

meirelesportuense disse...

A alternativa é o PS passar a ser verdadeiramente Socialista ou então mudar de emblema e de cores. Enquanto o PS for um Partido de continuidade das políticas realizadas pela Direita Nacional não oferece garantias de ser alternativa credível. Quem está à esquerda do PS espera por uma oportunidade de verdadeira unidade de Esquerda há mais de 40 anos. O PS quer esses votos mas também olha para a extrema Direita e ziguezagueia continuamente. Abram as portas e as janelas do entendimento.

Anónimo disse...

Há solução sem as pessoas que votam na CDU ou no BE? E conseguir-se-á convencer todos os eleitores destas forças políticas a votar no PS ou num partido - como o Livre (directo ou indirecto) - que faz da viabilização incondicional de qualquer governo do PS o eixo da sua posição política? Não me parece em tempo útil.

Portanto, a alternativa é o quê? Manter a posição ideológica e técnica defendida pelo PS e ver Portugal rebentar ainda mais porque o PS - por si só - dela não se demarca? Ou tentar - e tentar sempre - encontrar os pontos comuns à esquerda digna desse nome que permitam uma alteração de políticas. Lenta agora, mais acentuada depois.

Política é um trabalho de paciência. Requer capacidade para estabelecer plataformas - pacientemente traçadas, todos os dias, todos os dias, todos os dias -, mesmo com o risco de tudo ser traído a meio caminho.

Qual é a alternativa estratégica? "Avançar" atrás do PS? Até quando? Até termos 5 milhões de habitantes?

António Pedro Pereira disse...

Caro João Ramos de Almeida:
Não há Esquerda à Esquerda do PS.
Há duas esquerdas à esquerda do PS, que são como a água e o azeite: não miscíveis poderem estar num governo.
Uma, que só lhe interessa manter o «statu quo» para sobreviver (veja-se o Porto, de Rui Rio, e Loures, de Bernardino Soares, onde se coligou na maior das calmas com o PSD, no 1.º caso, a troco de um vereador, no 2.º, para governar com maioria).
Consegue manter esse «statu quo» à conta do Estado, que suga através da franja de poder que administra (os rendimentos dos deputados, dos funcionários com que atulha as suas autarquias e os lugares que sobram onde quer que seja e onde mete os seus que o sustentam).
Daí que abomine a palavra reforma, nunca concorda com nenhuma.
Se pudesse multiplicava as estruturas de Estado «ad infinitum», onde haveria sempre um lugarzinho para os seus.
É o PCP, evidentemente.
A outra é de um lirismo tal que nem sequer consegue ver a realidade mais crua: ver o que aconteceu ao Syriza, que tinha outro substrato que o BE nunca teve, e dirigentes com outro nervo que os do BE nunca tiveram.
É com estas esquerdas que o país pode contar?
O PS é o saco de gatos e o alfobre de interesses dos grupos e grupinhos que conhecemos, independentemente de algumas pessoas decentes que por lá há, e com os pés assentes na terra, mas bastante marginalizadas: ex. Ribeiro Mendes, um dos nossos melhores especialista em Segurança Social, que administra magistralmente o Inatel.
E com muita cegueira sobre a realidade, de que a ausência de uma profunda autocrítica sobre o seu passado recente na governação é exemplo.
Resta a Direita troglodita que temos, canibalizada pelos novos turcos neoliberais, qual Robin dos Bosques sempre a ver quantos cêntimos há no bolso dos pobres para os transferir para o bolso dos ricos.
É este um retrato bastante negro, desiludido, mas fiel, creio, da nossa realidade política.
Portanto, não tenho grandes esperanças quanto ao futuro, infelizmente.
Mas admiro o seu optimismo.
E eu até gostava de estar errado.

meirelesportuense disse...

E prontos aconteceu o que eu imaginava possível, o Governo perdeu, ganhando e o Partido Socialista ganhou, perdendo...O Partido Comunista foi apanhado pelo Bloco de Esquerda e o futuro governo será à esquerda ou à direita, como o Partido Socialista quiser.

Anónimo disse...

Já está!

Aos membros da Esquerda Pura, que preferem ver a direita no poder a admitirem a possibilidade de contribuirem para uma vitória do PS, os meus parabéns. Conseguiram aquilo com que sonharam.

Pela minha parte, que nunca fui filiado em partido algum, será amanhã, 5 de Outubro, que me dirigirei a uma das secções do PS para me filiar.

Quanto a vós, quando os Joses e outros da mesma laia se sentirem suficientemente seguros, sob a égide destes assassinos da coligação Porcos a Fuçar para deixarem de vos tolerar, não contem, da minha parte, com qualquer compreensão.

Bomber Harris

Anónimo disse...

Como se previa, como se sabia, lá vão os deputados do PS deixar que Passos Coelho volte a ser 1º ministro. Era este o voto útil no PS? Era esta a "maioria de esquerda" donde poderia sair a alternativa?

Não me venham mais com histórias. O problema da esquerda é o PS. Ponto.

Anónimo disse...

Até o PAN elegeu! O Livre/Tempo de Acabar teve uma derrota avassaladora. Esquerdas foleiras, com medo de existir dão nisto. Esquerdas medrosas, que só querem agradar aos troikistas. O Livre é a versão do Dimar em Portugal. Uma inexistência. Nem sei como pessoas que estavam em outras esquerdas foram parar num projeto tão inútil, tão pouco mobilizador e centrado numa figura agonizante como é o Rui Tavares. Não queriam ser vassalos num coletivo mas o são num partido unipessoal. O Livre/Tempo de Avançar (LTDA) até ficou sem subvenção. Ficou atrás até do MRPP em Lisboa.

Anónimo disse...

E agora falta o PS se posicionar. Mas algumas vez vão querer comprar uma guerra contra os poderes instituídos. O António Costa até deve ter vergonha de colocar a possibilidade de governar Portugal com os partidos de esquerda. Mais fácil é aceitar ser chefe de gabinete de Passos Coelho e Paulo Portas.

Jose disse...

Tanta parvoeira neste mundo!!!
O problema é o PS!
'Democratas' que sempre vêm o povo como uma carneirada ululante atrás de uma bandeira,não alcançam a evidência de que no momento em que o PS aderir aos estúpidos parâmetros da 'verdadeira esquerda' desaparecem-lhe os eleitores e passa a garantir maiorias permanentes à direita.
Quando muito, Esquerda é um rótulo social-democrata, não é sinónimo de comunada.

José M. Sousa disse...

De acordo com o Bomber Harris, nós todos devíamos era passar um cheque em branco ao PS. o PCP, o BE, o Livre, etc. deviam mesmo anular-se, desaparecer, para deixar o terreno livre ao PS para fazer o que entenda... Acontece que os eleitores é que não ficaram convencidos com o PS. Porque será?

Anónimo disse...

Este é o blog dos apoiantes do Livre, Tempo de Avançar, não é? Já posso rir? Por que motivo não se coligaram com o PS? Porque o PS não quis, não foi? Então, qual a razão da vossa existência? Por que não dar o voto directamente ao PS? Estratégia estúpida a vossa. Dizem que o Pais Mamede é um tipo brilhante. A mim, parece-me uma afirmação muito duvidosa. Saem do Bloco para quê? Para não existirem? Parece-me a mim que com um bocadinho mais de diálogo poderiam ter evitado a cisão. Mas não.... diálogo é com o PS. Tenho pena da Drago, porque foi sempre uma óptima deputada.

Anónimo disse...

Ao contrário do que é afirmado no comentário das 17:25 de ontem - e em muitos outros comentários oriundos da Direita troglodita que temos -, há mesmo Esquerda à esquerda do PS; e o BE de Mariana Mortágua (Catarina Martins, etc.) é mesmo miscível com a CDU de João Oliveira (Jerónimo de Sousa, etc.). É tempo de perceber que não é viável um Governo de Esquerda em Portugal sem esta Esquerda à esquerda do PS, com excelentes provas dadas no Poder Local e no Poder Legislativo Central (Assembleia da República). É também tempo de perceber que o PS que temos - saco de gatos e alfobre de interesses dos grupos e grupinhos que conhecemos, incapaz de uma profunda autocrítica sobre o seu passado recente na governação - faz parte do problema e não da solução.

Anónimo disse...

Portanto, José M. Sousa, vamos ver se eu percebo.

Abdicar de votos que não elegeram ninguém para contribuir para constituir uma maioria inequívoca de deputados de um partido à esquerda (já sei, a esquerda começa apenas onde vocês próprios estão), que permitisse formar um governo que, NO MÍNIMO, fosse capaz de estancar esta corrida para o abismo em que todos estamos metidos, corresponderia a fazer soar as trombetas do apocalipse.

Mas passar, de facto, o tal cheque em branco ao Cavaco e aos "Porcos a Fuçar" para terminarem a sua obra de destruição do país, de escravização dos portugueses e de implementação, de facto, mesmo que não de jure, de uma versão requentada do Estado Novo, já é perfeitamente razoável e não vos deslustra o puro esquerdismo.

Ora obrigado, por mim e pela geração dos meus filhos, que assim são privados de futuro.

Bomber Harris

José M. Sousa disse...

Nem lhe respondo, tamanha é a sua lata!

António Pedro Pereira disse...

Ao Anónimo das 15:28, de 5/10:
O que antes se assinava como DE (e que é um claro militante do PCP).
Agora assina como Anónimo, o que, além de dar muito jeito para quem se lhe queira dirigir, é sintomático de muita coisa.
Como já polemizou comigo neste blog acerca daquilo a que chama a excelência do Poder Local do seu partido (uma mentira muito bem vendida, mas que nem por ser repetida à exaustão se torna verdade, basta vive-se como eu vivo desde 1982 numa autarquia PCP sempre de maioria absoluta, embora obtida com 17,98 % dos votos do corpo eleitoral do concelho: que grande maioria. Mas o S. Método de Hondt transforma estas minorias muito minoritárias em gordas maiorias absolutas, por milagre, até parece as eleições dos gringos americanos, tão criticadas pelos do PCP), dizia eu, se vivesse numa dessas autarquias saberia o que é pagar impostos e taxas autárquicas das mais altas do país e nem ter rede de esgotos em muitos locais nas barbas da câmara, ter ruas e estradas miseráveis, ter caixotes do lixo lavados de 8 em 8 meses, etc., e uma dívida razoável contraída para alimentar devaneios ditos culturais e os desvalidos do partido.
É a isso que o senhor DE chama excelentes provas dadas no Poder Local?
E o BE e o PCP são mesmo miscíveis, nota-se, só não vê quem andar distraído.
E razoáveis e responsáveis nas suas propostas.
É evidente que PS tem todos os problemas que conhecemos, mas ao menos mete as mãos na massa da governação, tendo feito muita porcaria mas também muita coisa boa: SNS; Passe Social; Rendimento Mínimo; Programa de Desenvolvimento da Ciência (de Mariano Gago, por isso estamos a exportar licenciados, mestrados e doutorados, não analfabetos como no salazarismo), etc., etc., etc.
Quem não quiser reconhecer isto, apesar de toda a merda que o PS têm feito, é cego ideológico.
Daqueles que só vê o mal dos outros e o bem dos seus.

Anónimo disse...

Ele há malta que entrou em delírio total. Agora o Ladrões é o blog do LTA. ahahahahah

E o Jose é o porteiro, não? ahahahaahahah

Anónimo disse...

Já tenho a minha resposta.

É a mesma de sempre, aliás. Há falta de argumentos, fazem-se de virgens ofendidas.

Passar bem.

Bomber Harris

meirelesportuense disse...

Bomber:
-O Partido Socialista se quiser, repito, se quiser, pode formar Governo sozinho com o apoio da esquerda à esquerda dele, mas com um Programa decente, isto é um Programa de Esquerda e não um Programa de Direita, se quiser um Programa de Direita, nem precisa de ter o trabalho de Governar, basta abster-se e assim aprovar o Programa do "Portugal Ao Fundo"!...Como vê é simples e até lhe poupa o encargo de ter de pagar futuramente as cotas do Partido Xuxialista.

Anónimo disse...

O comentador das 20:46 do dia 5 assina como "Manuel Silva" - um nome como há muitos em Portugal -, talvez para não parecer anónimo. Referindo-se ao meu comentário das 15:28 do mesmo dia, acusa-me de ser "um claro militante do PCP" e de antes assinar como "DE".

Sucede que nem sou militante do PCP nem antes assinei como "DE" fosse o que fosse. Sou apenas um dos muitos portugueses que, não sendo militantes do PCP nem assinando como "DE", vota habitualmente na CDU em eleições autárquicas, pelo menos no que diz respeito às assembleias municipais (nas últimas não votei porque estava de férias no estrangeiro). Se todos os que assim procedem tivessem anteontem votado na CDU, esta força política teria obtido cerca de 12% dos votos, e não apenas os 8.3% que obteve .

Ser apontado como "militante do PCP" foi um problema durante várias décadas, até ao dia 25 de Abril de 1974. Ao contrário deste "Manuel Silva", não tenho saudades
desses tempos.

Anónimo disse...

o texto com título "Não há nem haverá acordos com esta direita" não está disponível aqui no blogue.

José Luís Moreira dos Santos disse...

Foi, politicamente falando, há muitos anos que Álvaro Cunhal, com a intencionalidade afiada, descobriu uma "maioria de esquerda". Penso que desde então Portugal vive um tempo de contradição politica tão profundo como pouco verdadeiro, mesmo reconhecendo ao autor do "conceito" toda a autoridade intelectual e politica para tal "invenção". Assim, quando para formar uma maioria de esquerda seja indispensável somar a percentagem do PS, NUNCA SE PODE DESIGNAR DE ESQUERDA TAL ARRANJO, visto o PS não ter comportamento politico compatível. Ou seja, engajado a uma família politica que desde da morte de Olof Palme perdeu qualquer referência social democrata, passando a ser prática dos partidos trabalhistas, social democratas e socialistas um referente liberal indesmentível, pela primazia económica em desfavor da politica. Ademais, no caso do PS, há na sua composição interior uma facção eminentemente neoliberal, outra de cariz conservo/social e uma outra, ainda assim pouco representativa, parcialmente social democrata, e digo parcialmente uma vez que politicamente se limita a seguir qualquer das facções anteriores que normalmente disputam o poder interno e que destinam as politicas a seguir. E, bem pensado, por isso esta terceira facção não representa nada alem de umas "figuras" que se estrelam em discursos. Portanto, e segundo o meu pensar e sentir acerca da esquerda, é que de há muito é minoritária, mesmo quando teve capacidade de levar outras forças, por uma questão de oportunidade, a dar algum contributo aos avanços de uma politica claramente de esquerda. Durou, porém, pouco um ou outro diatribe politico dessa ordem. Então, mesmo contra minha vontade e desejo, à esquerda cabe se-lo antes só do que mal acompanhada. Com todos as consequências politico/sociais conhecidas e nada desejadas por quem gostaria de ver outro mundo em construção. Aliás, mesmo o BE, que recebeu de mão-beijada uma porção de votos vinda das contradições internas do PS com origem, é o que penso e sinto, nos seguristas que não estão dispostos a esquecer certo momento histórico do PS, não se deve esquecer de tal facto, pois mesmo partindo de uma visão politica fundada em grande medida nas teses originais da social democracia, nada garante que estamos diante de uma divisão inultrapassável do PS, pois o poder faz milagres que nem os três "pastorinhos" podiam sonhar ver.

Anónimo disse...

6 de outubro de 2015 às 12:19, você é novo aqui. o Nelo é um claqueiro monomaníaco do PS e oscila entre os ataques à esquerda e as acusações de que todos os anónimos são o, que não tenho visto, comentador "De"

não se preocupe que quando o Nelo não toma o lítio anda nisto e sempre está mais seguro aqui que a cravar cigarros nos semáforos da lisboeta avenida do Brasil.

Anónimo disse...

5 de outubro de 2015 às 13:54 é algo estúpido.

o blogue tem gente que em tempos apoiou o Livre, mas parece-me que se ditanciaram sucessivamente.

Mas tb tem gente que nestas eleições apoiou a CDU, e possivelmente o BE.

leia mais e não abata aliados a etá amigos.

António Pedro Pereira disse...

O Anónimo de 6/10 das 12:19 é o DE do PCP.
O de 6/10 das 13:31 é o DE do Partido Ecologista Os Verdes.
Típico, arranjam sempre um ventríloquo para passar a cassete duas vezes parecendo que dizem coisas diferentes e que são pessoas diferentes.
Mas a coisa já tem bolor e já ninguém a papa.
Mudem de leitor de cassetes e de cassete.
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Nota: Eu tenho 4 nomes no Cartão de Cidadão, dois dos quais são os que constam nos meus comentários: Manuel Silva.
Estou disponível para o comprovar num local idóneo e por gente idónea.
O gestores do blog podem tomar a iniciativa se assim o desejarem.
O contrário não se pode fazer com os anónimos, que ora assinam Anónimo, ora DE, ora outra coisa qualquer.
Como comprovar quem são?
É a impunidade dos cobardes.

Anónimo disse...

Há muitos cidadãos portugueses em condições de assinar "Manuel Silva", e até tenho muito respeito por alguns deles. Dou como exemplo o cidadão Manuel Carvalho da Silva (um nome de 4 palavras), hoje com 66 anos de idade:

- Secretário-geral da CGTP entre 1986 e 2011, membro da Comissão Permanente de Concertação Social e do Comité de Direcção da Confederação Europeia de Sindicatos;

- Doutorado em Sociologia pelo ISCTE, em 2007, professor universitário e investigador, presentemente Coordenador do pólo de Lisboa do Centro de Estudos Sociais.

Este cidadão poderá vir a ser, em breve, o candidato da Esquerda (PCP/BE/PEV) ao cargo de Presidente da República ou ao cargo de Primeiro-Ministro.

Anónimo disse...

Vês, ó Anónimo de 6 do 10 às 12:19, o Nelo Silva tem quatro nomes como o outro Silva, o Cavaco, outro que discursa e que sabe escolher os lugares e melhor, a gente idónea.

António Pedro Pereira disse...

O bem conhecido comentadeiro deste blogue que se assina como DE volta sempre ao local do crime.
E nem tem noção do ridículo.
Volta a pôr um comentário como DE, militante do PCP, e outro como DE, militante do PCP destacado numa coisa a que teimam em chamar Partido Ecologista Os Verdes.
Esta mania já está de tal modo entranhada nas mentes desta gente que já não passam sem ouvir o eco do que disseram.
Fosca-se.