sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O que fica dos tempos que correm

Miguel Vale de Almeida escreveu, em posta, a melhor reflexão política, moral e pessoal que eu li sobre a trajectória do ensino superior em Portugal: «A universidade caminha para deixar de ser universal. Passará a ser uni-versal: um só verso, um só lado». Os tempos seriam menos sombrios se a esquerda conseguisse sempre transmitir a ideia de que o combate à «neoliberalização» de esferas essenciais da vida social não pode nunca ser confundido com a simples defesa do que existe. A esquerda tem que ter muito mais «saudades de futuro».

2 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Muito bem, é esse o caminho correcto. A universidade tem apenas que levar em conta a escolha de quem entende valorizar o seu curriculum. Como investimento em si próprio, nada mais justo do que ser o próprio a investir na sua futura prosperidade.

O ensino universal leva as multidões ao engano, pois os estudos a custo zero (para o próprio) levam pessoas a enverdar por anos de desperdício numa carreira sem mais valia.

É muito preferível estudar num só verso: o meu. No harm done portanto.

João Melo disse...

hoje em dia a universidade é tão universal que no acesso à mesma não se destinge o trigo do joio e entra todo o bicho careta