domingo, 29 de junho de 2025

Há sempre dinheiro


Em Portugal, não há dinheiro para as pessoas terem casa, não há dinheiro para investir na saúde, não há dinheiro para melhorar a qualidade de vida. Mas há dinheiro para baixar impostos dos ricos, para esbanjar a mando de Trump e comprar armas estimulando a economia dos EUA. 

Pedro Prola não costuma falhar. É um intelectual brasileiro, militante do PT e coordenador do seu núcleo de Lisboa, que nos mostra como a social-democracia a sul não está contaminada pelo vírus eurocêntrico liberal. E isto ao contrário do que acontece por aqui, dentro e fora do PS. 

Prola cultiva um internacionalismo que começa pela identificação do sistema imperialista, comandado pelos EUA, como inimigo principal dos povos e da autodeterminação coletiva, primeiro direito humano, condição necessária para todos os outros direitos. 

Pela minha parte, lembro a regra número um numa economia monetária de produção capitalista: há sempre dinheiro, sobretudo para o que a classe dominante acha útil e que geralmente é inútil para a maioria. 

A combinação entre duas teorias práticas, mesmo, ou se calhar sobretudo, nas suas versões mais simples – teoria marxista e teoria monetária moderna – permite conhecer as regras deste jogo enviesado e a forma como podemos jogar outros jogos.

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