Na véspera do início da cimeira da NATO, dois antigos banqueiros, um da Rothschild e outro da Goldman Sachs, apoiantes do genocídio perpetrado pelo colonialismo sionista na Palestina, escreveram um artigo conjunto no Financial Times. Prestam vassalagem a Trump, anunciando que vão gastar 5% do PIB (3,5% diretamente e 1,5% indiretamente) no desperdício da corrida armamentista que aumenta a probabilidade da catástrofe.
Confirmam que há sempre dinheiro para aquilo que as classes dominantes querem fazer: continuar a erodir os Estados de bem-estar social e reforçar os Estados de mal-estar social para a imensa maioria. O capitalismo sem freios e contrapesos exige, uma vez mais, o keynesianismo militar para ricos, permitindo à indústria automóvel alemã, em grandes dificuldades e em processo de reconfiguração, encontrar novas e garantidas fontes de procura, por exemplo. A UE converge com os EUA. Sempre esteve no plano da integração europeia desde o americanista Monnet.
Por cá, Luís Montenegro segue cada vez melhor aluno de mestres cada vez piores, do pedido para excluir o desperdício armamentista das regras do défice, com apoio do PS, à autorização para o uso da base das Lajes pelos bombardeiros norte-americanos que atacaram ilegalmente o Irão.
Soberano é quem define a exceção às regras, sabemo-lo há muito, e as elites do poder em Portugal não querem ser soberanas. Há lugares principescamente pagos à sua espera. Durão Barroso mostrou o caminho para a Goldman Sachs, oferecendo as Lajes para a infame cimeira que decidiu destruir o Iraque e causar centenas de milhares de mortes.
Entretanto, o urgente movimento pela paz e pelos Estados de bem-estar faz o seu caminho, de Haia a Lisboa. Haja clareza político-ideológica, político-partidária, na matéria mais crucial. Escolher o silêncio é ser ruidosamente cúmplice. E nunca tudo esteve tão ligado, sem terceiras vias: é mesmo sistémico.
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