Perante as consequências dramáticas da guerra na Ucrânia para o sector energético, e de modo a evitar que a escalada de preço do gás natural contagie o preço da eletricidade, os governos ibéricos lançaram uma discussão no Conselho Europeu que viria a redundar num estatuto de exceção para a Península Ibérica.
A designada “exceção ibérica” permitirá aos governos de Portugal e Espanha implementar um mecanismo extraordinário e temporário (cuja entrada em vigor foi anunciada para o mês de maio) para controlar a subida de preço da eletricidade, estabelecendo um teto máximo para o custo do gás natural utilizado na sua produção. Infelizmente, foi necessária uma guerra para que Portugal se aliasse a Espanha e ousasse reclamar algum controlo sobre este sector estratégico, ainda que para isso tenha de pedir autorização a uma Comissão Europeia sempre zelosa das regras da concorrência.
O resto do artigo pode ser lido no setenta e quatro.
3 comentários:
Num mercado comum, comum regras de concorrência.
Tudo vem ao caso de que o projecto transPirinéus do gás sempre foi boicotado pelos interesses franceses e a aposta alemã em engordar a besta russa.
Que aceitem suportar as consequências é de elementar justiça .
o José é como aquele tipo de gente muito ingénua - para não dizer mais - que confunde "regras de concorrência" com "igualdade de concorrência".
Diz mais, não te acanhes... a começar pela explicação do que seja «igualdade de concorrência».
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