Tendo tido o prazer de apresentar este livro na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), escrevi uma breve nota no último Mil Folhas, o boletim da sua excelente biblioteca:
Já alguém disse que a economia deixou de ser a resposta para passar a ser a questão. Hoje, quase ninguém duvida que a economia substantiva é política do princípio ao fim e que a ciência económica convencional, quando reduzida a uma racionalização matematicamente sofisticada do privilégio mais grosseiro, é certamente parte do problema.
Na melhor tradição da economia política com experiência parlamentar, de David Ricardo a Gunnar Myrdal, dois economistas também académicos oferecem-nos neste manual uma atualizada introdução à fronteira do conhecimento nesta ciência apesar de tudo plural e conflitual – da economia comportamental à das desigualdades. Fazem-no com atenção ao contexto histórico-geográfico, num livro culto e com lastro, das ideias aos factos económicos.
Dirigido a estudantes de economia, pode ser lido e consultado com proveito por outros cientistas sociais e por todos os outros cidadãos portugueses interessados, até porque nele abundam os exemplos da realidade nacional. Este manual contrasta com abordagens convencionais aparentemente desenraizadas, mas na realidade tributárias de fracassados consensos, forjados algures entre Washington e Frankfurt.
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