Os pobres não trabalham porque têm demasiados rendimentos; os ricos não trabalham porque não têm rendimentos suficientes. Expande-se e revitaliza-se a economia dando menos aos pobres e mais aos ricos.
De vez em quando, muito de vez em quando, o Público dá-nos a ver o capitalismo realmente existente, depois da institucionalização da desordem neoliberal, cujo princípio motivacional foi tão bem resumido pela pena irónica de Galbraith.
A Oxfam recomenda algumas medidas modestas, colocando alguns freios fiscais ao poder deste capital tão grande. Fá-lo em Davos, um dos seus centros de articulação. Há-de ter muita sorte com este pedido e logo neste sítio.
Apostado em não “hostilizar”, a expressão é do Ministro da Economia, as Paulas Amorins e Azevedos desta vida, o Governo português nada fará. Ou, ainda pior, fará: os assalariados perderão poder de compra e haverá uma transferência para o o capital. E os mais pobres receberão um pagamento único de 60 euros e já têm muita sorte.
Ajustar ou revoltar?
2 comentários:
Viva o socialismo e a social democracia.
A sensação que dá é que os governos são eleitos para manter e ampliar as desigualdades entre os cidadãos. Outra coisa não menos interessante é o facto de parecer que o rendimento do trabalho não tem um propósito essencial no que diz respeito à manutenção da vida humana.
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