sexta-feira, 13 de maio de 2022

Preços dos combustíveis: a guerra sem cartel dos liberais

Imagem: João Fazenda (Expresso)

Depois de dois meses em que os preços dos combustíveis subiram para máximos históricos, o anúncio da redução do ISP suscitou uma grande expectativa em relação à descida. O Governo garantiu uma redução de 15 cêntimos por litro no preço da gasolina e do gasóleo em resultado desta medida. A direita aplaudiu a medida e a Iniciativa Liberal (IL) chegou mesmo a decretar uma “vitória liberal”. Mas quando as pessoas se dirigiram às bombas para encher o depósito na segunda-feira seguinte descobriram que muitas gasolineiras tinham mantido os preços ou reduzido menos do que o anunciado.

A IL (quem mais?) saiu em defesa do mercado, dizendo que as margens de comercialização das gasolineiras não se têm afastado da média recente. Só que até as próprias empresas são mais honestas em relação à sua atuação. O presidente da Galp, Andy Brown, reconheceu recentemente que a empresa tem registado lucros extraordinários à boleia da crise. “O mercado da energia está num estado de perturbação que nunca vi. Mas sim, estamos a ganhar dinheiro e a guerra fez subir os preços”, explicou.

O resto do artigo pode ser lido no Setenta e Quatro.

 

4 comentários:

Anónimo disse...

O PS não entende como urgente baixar os preços dos combustíveis ou conter a inflação porque quem vive do salário realmente não importa, é uma questão de classe, o desprezo pela generalidade dos portugueses é total e absoluto. Um governo contrário à constituição é ilegítimo e como tal não deve ser respeitado.

Anónimo disse...

Medina vem hoje explicar que se não fossem os apoios do estado o litro de combustível custava mais 27 cêntimos por litro, é caso para se dizer obrigado Medina pela sensibilidade social, se não fossem vocês o litro já ia nos 2.27 euros, a quanto é que está o petróleo?

Anónimo disse...

O governo não aumenta salários nem fixa preços ou margens no que diz respeito aos combustíveis pela mesma razão para garantir lucros máximos.

André Campos Campos disse...

Neste momento, toda a Europa já está sob ameaça de colapso. Crise do gás, crise do petróleo, inflação galopante, crise alimentar ligada aos produtos agrícolas, a maior parte dos quais são produzidos pela Rússia e Ucrânia.
A Índia acaba de tomar a decisão de proibir a exportação privada do seu trigo, etc.


No final de Julho de 2022, o fim da "ajuda" do Estado aos preços dos combustíveis, acrescenta-se a isso o embargo ao petróleo e à escassez e inflação russa, etc., e este Verão teremos um litro de gasóleo e gasolina que será superior a 3 euros...
Mas isso pode muito bem ser a menor das nossas preocupações...


A Europa consumirá gás de xisto dos EUA e o carvão mais poluente em vez de poupar energia nuclear. Os Ecolos não protestam! Quem é o tolo?
Putin não tem problemas em vender o seu gás em todo o mundo e o rublo que é obrigado a exigir em pagamento faz a sua moeda subir. Seria errado sentir-se envergonhado.



Há um grande jogo de póquer de mentiroso a decorrer sobre este problema de trânsito. A Ucrânia relatou um problema num dos gasodutos de trânsito para a Alemanha e pediu à Gazprom para encaminhar o gás para outro local.
A Gazprom diz não ter detectado nada de errado e, portanto, não vê porque deve encaminhar o gás para outro lado, sabendo que os outros gasodutos não serão capazes de levar o excedente.

Desde o início das hostilidades, os russos têm evitado cuidadosamente tocar no gás. Teria de ser estúpido para destruir a sua própria conduta. Aposto que a Ucrânia, vendo a situação desesperada, está à procura de qualquer forma de trazer a UE para o conflito. Eles fecham a torneira e dizem "a culpa é de Putin".