segunda-feira, 26 de junho de 2017

Exame viciado

O Homem que matou Liberty Valance, John Ford
Mário Draghi, presidente do Banco Central Europeu, veio a Lisboa, ao Instituto Superior de Economia, para dar uma aula. Segundo a RTP, as perguntas dos estudantes foram seleccionadas pelo Banco de Portugal. Draghi deve ter tomado conhecimento prévio das perguntas...

Não parece um exame justo.

15 comentários:

Anónimo disse...

A voz do dono sabe o que faz

A miséria também ética desta cambada

Anónimo disse...

"veio a Lisboa ...para dar uma aula ... Não parece um exame justo."
Frase sem lógica: quem vem vem dar aulas não vem ser examinado.

"... as perguntas dos estudantes foram seleccionadas ... Draghi deve ter tomado conhecimento prévio das perguntas ..."
Duplo processo de intenções:
- Seleccionar perguntas nestas circunstâncias é perfeitamente normal, não indica só por si que fossem excluídas perguntas incómodas;
- Qual o fundamento para achar que Draghi deve ter tomado conhecimento prévio? Mais, tratando-se de uma aula e não de uma emboscada típica do jornalismo português (Quanto é 3% do PIB? Sabe o preço de um litro de leite?) até seria admissível que o professor se preparasse devidamente para responder às questões. Se o objectivo de uma aula for aprender e não embaraçar o professor.

Anónimo disse...

Um dos amigos de Dragui, e vice-versa, o Dr Pedro Passos Coelho

"Este homem não é flor que se cheire
Um abutre como nunca se tinha visto !"

http://ptjornal.com/autarca-pedrogao-diz-passos-um-boateiro-177715

Anónimo disse...

Vergonhoso.

Jose disse...

O dia seguinte...

Anónimo disse...

Existe um guião que tem que ser seguido!

Anónimo disse...

O dia seguinte transforma todos estes personagens em "proletários" quando são apanhados com a mão na massa e quando se revelam todas as suas qualidades de grandes burgueses, prenhes de "honestidade e de decência".

Dragui e jose. Mais um "dia" a tentar esconder a trampa, não é mesmo?

Anónimo disse...

Um anónimo - 23 e 01- vem defender Dragui.

Mas fá-lo desta forma canhestra. E se tem todo o direito de o fazer desta forma tão solidária com aquele, tem também que se sujeitar ao contraditório

Comecemos pelo princípio
"Frase sem lógica: quem vem vem dar aulas não vem ser examinado."

Desde quando? Quem dá aulas é avaliado pelos que recebem tais aulas. Mandam as boas práticas que haja um feedback de todo este processo. Até há métodos de avaliação do "professor".

Para todos os efeitos estes são mesmo "examinados".

A lógica (ou a falta dela) do anónimo desaparece no meio da sua ignorância.

Acontece

Anónimo disse...

"... as perguntas dos estudantes foram seleccionadas ... Draghi deve ter tomado conhecimento prévio das perguntas ..."

Fala o referido anónimo de duplo processo de intenções"

Mas porquê?

"- Seleccionar perguntas nestas circunstâncias é perfeitamente normal, não indica só por si que fossem excluídas perguntas incómodas"

Porque é perfeitamente normal? Porque temos que aguentar esta pedantice de quem se julga com direito ao estrelato? Porque temos que admitir que uns são mais iguais do que outros? Porque esta submissão rasteira e canina aos "senhores", quando qualquer professor, qualquer palestrante , qualquer orador com eles no sítio e de forma quotidiana não tem esta espécie de "privilégio"?

Desde quando apontar a hipocrisia de classe de tais gentes é um processo de intenções?

Este anónimo deve estar a brincar.

Porque temos um facto concreto: "Segundo a RTP, as perguntas dos estudantes foram seleccionadas pelo Banco de Portugal"

E a pergunta que se impõe é: Porquê?

Anónimo disse...

E o segundo "processo de intenções" vem a seguir.

Com esta incrível retórica:

"tratando-se de uma aula e não de uma emboscada típica do jornalismo português (Quanto é 3% do PIB? Sabe o preço de um litro de leite?)"

Eis aqui em todo o seu esplendor todo um processo de intenções. Ao "jornalismo português".Mas também a quem escuta a aula.

Será que este anónimo pensará que quem ouve é de todo "parvo"? Será que o juízo crítico fica pelo arrulhar de processos de intenção a Dragui? Será que a audiência não saberá distinguir as "emboscadas" de que se quer proteger o convidado?

Anónimo disse...

Infelizmente há mais:

-"até seria admissível que o professor se preparasse devidamente para responder às questões"

Aqui está plasmada a mediocridade das ditas "elites".
Como é possível que Dragui tenha que se preparar para uma "aula" dada a estudantes de economia? ( ainda por cima dum país intervencionado pela troika, diminuído pela troika, chantageado pela troika?)


-"Se o objectivo de uma aula for aprender e não embaraçar o professor".

Para quem fala em processo de intenções, não está mesmo nada mal

Anónimo disse...

O que ressalta no comentário solidário com Dragui é o medo. Mais a referida mediocridade das ditas "elites".

O que é verdadeiramente espantoso é que não haja uma palavra sequer para essa coisa estranha do BdP poder seleccionar as perguntas dos estudantes dirigidas ao "professor".

E em nome dum duplo processo de intenções e duma cabotina ignorância sobre aulas assistimos a outra coisa espantosa.

É o achar-se normal proceder-se de tal forma.

Daqui, disto e do já dito, radica a acusação sobre o medo. Medo de um debate livre ( mesmo que o orador imponha limites temporais ou funcionais às questões) e aberto. Medo de discutir serenamente os processos ( mesmo que o orador imponha balizas à discussão).

Estamos reduzidos a isto. A uma espécie de menoridade , servida pelos referidos senhores, que revela um resvalar do tipo de democracia entendida por esta gente. Com direito à subserviência obrigada e um pouco nauseante de quem acha que a orquestra tem que estar afinada para não permitir qualquer debate sério sobre o balanço do passado, a avaliação do presente e o questionar do futuro.

"Eles" têm medo. Tal como têm medo da avaliação democrática das instituições europeias.

E é confrangedor observar como as ditas "elites" se refugiam nestes processos cobardes e como há quem , a pretexto dum juízo de processos de intenções pífio, dê cobertura a tal cobardia e a tais desprezíveis posturas

Jose disse...

Esta cena dos anónimos haveria de pelo menos ser numerada.
A consequência é não poder-mos evitar iniciar leituras que são puro prolixo repetitivo.

Anónimo disse...

O que faz herr Jose para fugir do que se debate.

Agora lastima-se pelos anónimos. Se Passos sabe ainda o crisma de piegas.

Anónimo disse...

Quanto so prolixo...

Ele lá sabe como o qualificavam.

Mas " poder-mos"?

De facto, um lixo. Mas isso tem a ver com a escolaridade do dito.