O povo grego deve cumprir as reformas, independentemente do resultado das eleições. Disse o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, em declarações à Associated Press.
Aproveito a citação de Mark Twain, publicada no Público: “If voting made any difference, they wouldn't let us do it.”
Tão claro, não é?
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3 comentários:
Ainda bem que o ministro alemão (ainda) não manda na Grécia.
A democracia existe. É esperar e ver.
Estou a ver com apreensão o Syriza a adocicar cada vez mais o discurso.
Claro que não se contava que tivesse a coragem de cortar com as amarras monetárias à zona euro. Mas, apesar da insistência numa solução europeia para a reestruturação da dívida das periferias, solução talvez desejável embora de duvidosa plausibilidade, seria de esperar que, como alternativa, como recurso, um eventual governo Syriza avançasse com uma reestruturação unilateral, sem o apoio do BCE.
Agora nem isso... O Tsipras já veio afiançar que não haverá unilateralidade, que tudo será conseguido com negociação, em cooperação com o BCE e os parceiros europeus.
Assim sendo, o mais provável, em caso de vitória, é, para usar os termos do post abaixo do João Rodrigues, a cooptação do Syriza. Ou seja, reestruturação haverá, pois ela é inevitável, mas, como a anterior, será feita a defender os interesses dos credores e não do povo grego, sem resolver problema nenhum.
Tsipras arrisca-se a ser o novo Hollande da impropriamente chamada "esquerda radical", que, exatamente, não sabe atacar os problemas pela raiz.
É o sistema político monolítico que está a ser implantado na Europa onde impera a Alemanha com os seus peões da Eurocracia de Bruxelas apoiados por sua vez pelos Governos das classes dominantes como é o caso do actual Governo Português.
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