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Não surpreende, mas os números do INE, noticiados
aqui por Sérgio Anibal do Público, confirmam como o ajustamento da economia nacional está a ser feita à custa dos salários. O rendimento líquido médio dos trabalhadores por conta de outrem foi de 720 euros em 2007. Um aumento de um euro face a 2006. Isto em termos nominais. Se descontarmos a taxa de inflação, o rendimento médio dos trabalhadores diminuiu. Por outro lado, os lucros das 500 maiores empresas nacionais não financeiras, responsáveis por 60% do PIB,
aumentaram 41% no ano de 2006 (ainda não há dados para 2007). Este duplo movimento não é só trágico do ponto de vista da repartição da riqueza nacional. Mostra também como os salários baixos continuam a ser a aposta competitiva dos nossos empresários.
3 comentários:
A primeira frase é a incorrecta no post. A questão não tem nada a ver com ajustamentos económicos...eu diria que antes tivesse...
Dá vontade de pintar nas paredes,
"Os ricos que fazem as crises."
Pelos vistos estas 500 empresas que são responsáveis por 61,1% do PIB empregam apenas 6% dos trabalhadores nacionais! Quer dizer que os outros 94% dos trabalhadores produzem apenas 38,8% do PIB, talvez seja por isso que não recebem muito!
Gostava de saber quanto aumentou o salário dos tais 6%, será que foi 41%?
Realmente, não percebo onde é que anda a crise, mesmo que só estas 500 tenham tido esta subida nos lucros e as outras tivessem mandido, já não era mau, talvez o dinheiro ande mesmo mal distribuído.
Eu sou um leigo, não percebo nada disto, é só curiosidade minha sobre o assunto.
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