Da minha parte quero apenas aproveitar para partilhar uma pequena, recente e acessível apresentação (legendada em português aqui) da Stephanie Kelton, uma das principais figuras da MMT e a sua maior divulgadora. O grande mérito da MMT é a forma como desmistifica muito do que nos é apresentado como inevitável e esta apresentação é um primeiro passo dirigido a quem pouco ou nada sabe do assunto. Claro que esta desmistificação pode ter outro impacto em países com soberania monetária, e para um pequeno país numa união monetária as consequências práticas imediatas são praticamente nulas.
No entanto é fundamental que esta enquadre e informe as nossas reivindicações políticas, a nossa visão de futuro, quer a nível nacional quer a nível europeu, quando, por exemplo, avaliamos questões tão díspares como a proposta de uma rede de creches gratuita ou o financiamento das dívidas públicas pelo Banco Central Europeu. Feito este breve enquadramento deixo-vos então com a Stephanie Kelton que fala disto muito melhor do que eu.
2 comentários:
Um boa oportunidade para lembrar a natureza dos constrangimentos é também quando a expressão “bancarrota” é utilizada.
A “bancarrota” de 2011 está muito mal explicada, e o conhecimento sobre o que são Estados monetariamente soberanos é essencial para, de uma vez por todas, acabar com a mentira que o Estado Português estava falido.
Embora MMT tanto sirva um sistema económico capitalista ou socialista a disseminação de como o dinheiro funciona pela generalidade da população gera a possibilidade desta mesma população ser mais exigente com quem tem o poder, como o dinheiro criado é utilizado e como são mobilizados os recursos.
Vai haver tremendas consequências quando o conhecimento incluído na MMT se disseminar pela população. Nós vamos começar a pensar em termos reais e não fictícios como fazemos por enquanto, o que interessa são os recursos reais não a ficção do dinheiro, e isto assusta imenso a classe dominante. A classe dominante utiliza a ficção do dinheiro para controlar os recursos reais, para impedir que sejam distribuídos de forma mais equitativa.
Muito difícil explicar que a economia de um país não funciona como a de uma casa.
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