Carlos Moedas tomou ontem posse como presidente da Câmara Municipal de Lisboa. E a mim não me sai da memória esta imagem aqui ao lado (clicar para ampliar), que consta do seu programa eleitoral, com os principais compromissos que apresentou em campanha («Lisboa em 12 ideias»).
Já nem digo nada sobre coisas como a «Fábrica de Unicórnios», tão caraterística das trends da inovação-porque-sim, o «Centro Mundial da Economia do Mar na Cidade» ou a «eliminação da barreira ferroviária entre a cidade e o Tejo», entre outros projetos que dificilmente resistem ao soprar da espuma mágica que os envolve, numa avaliação mínima sobre a sua relevância, real impacto e viabilidade.
Tal como não há muito a dizer, para lá de um deprimido encolher de ombros em «novos tempos» de retrocesso, sobre a visão tão «anos oitenta» da cidade - para citar a expressão certeira do meu amigo António Leitão - associada por exemplo ao regresso do popó, à alienação de fogos de habitação social ou à subsidiação pública dos preços em alta das casas, numa apenas parcial e temporária (e por isso ilusória), melhoria das condições de acesso à habitação.
O que também impressiona no programa eleitoral de Moedas é a tónica latente de descontrolo, vinda de uma coligação de partidos que gostam de acusar os outros de incompetência. Se não, tentem lá fazer as contas, entre aumentos da despesa e perdas de receita, decorrentes das más medidas (descontos no estacionamento, isenções de IMT, devoluções de impostos e criação de seguros de saúde, entre outras). E digam lá se isto não parece um programa eleitoral marcado pela vontade de pensar em negócios, à mistura com o desespero demagógico de quem não esperava ser eleito.
Já nem digo nada sobre coisas como a «Fábrica de Unicórnios», tão caraterística das trends da inovação-porque-sim, o «Centro Mundial da Economia do Mar na Cidade» ou a «eliminação da barreira ferroviária entre a cidade e o Tejo», entre outros projetos que dificilmente resistem ao soprar da espuma mágica que os envolve, numa avaliação mínima sobre a sua relevância, real impacto e viabilidade.
Tal como não há muito a dizer, para lá de um deprimido encolher de ombros em «novos tempos» de retrocesso, sobre a visão tão «anos oitenta» da cidade - para citar a expressão certeira do meu amigo António Leitão - associada por exemplo ao regresso do popó, à alienação de fogos de habitação social ou à subsidiação pública dos preços em alta das casas, numa apenas parcial e temporária (e por isso ilusória), melhoria das condições de acesso à habitação.
O que também impressiona no programa eleitoral de Moedas é a tónica latente de descontrolo, vinda de uma coligação de partidos que gostam de acusar os outros de incompetência. Se não, tentem lá fazer as contas, entre aumentos da despesa e perdas de receita, decorrentes das más medidas (descontos no estacionamento, isenções de IMT, devoluções de impostos e criação de seguros de saúde, entre outras). E digam lá se isto não parece um programa eleitoral marcado pela vontade de pensar em negócios, à mistura com o desespero demagógico de quem não esperava ser eleito.
2 comentários:
Não tem o PRR para apregoar, coitado. (Quem não tem cão caça com gato)...
Falta ainda ver se Carlos Moedas segue pelo mesmo caminho de Costa e Medina, em relação ao aumento das taxas na factura da água dos comerciantes da cidade. Com António Costa, aumentou 100%. Com Medina, aumentou 150%. E com Carlos Moedas, como será?
Enviar um comentário