«Medina Carreira está agora mesmo na TV a defender que a aposta do Governo na investigação científica e no aumento dos doutorados é um disparate porque a esmagadora maioria das empresas portuguesas não precisa de doutorados para nada. "Se você tem um armazém de bacalhau precisa é de uma balança e de um pesador para pesar o bacalhau, não precisa de doutorado nenhum para nada"... Esta é a ideia que Medina Carreira tem do que deve ser Portugal e como devem ser as empresas portuguesas... Portanto, tudo a aprender a pesar bacalhau, ou a acartar baldes de cimento, que este país não é para doutores, isso é para os alemães e escandinavos... Já abandonei o programa, não se aguenta, um ataque pegado à ciência e à cultura, porque também criticava com especial verrina os doutorados em Ciências Humanas, algo que para ele parece evidente que é pura perda de tempo e dinheiro...».
Zé-António Pimenta de França (facebook)
Medina Carreira continua a falar como se estivéssemos em 2010. Como se nada se tivesse passado entre 2011 e 2015. Como se nada se tivesse aprendido com as falácias do «ajustamento» e das «reformas estruturais», do «viver acima das possibilidades» e dos «direitos adquiridos», da competitividade por baixos salários e da sangria migratória, da austeridade salvífica e do desinvestimento nas pessoas e nas qualificações, do «empobrecimento» e do desprezo pelo Estado e pelas políticas públicas. A imperturbável economia das trevas, no seu eterno murmúrio. Como sempre em horário nobre e sem contraditório.
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13 comentários:
Medina Carreira é um velho ressabiado, provavelmente desde que Pina Moura meteu na gaveta a sua proposta de reforma fiscal em 2000. Mas convém não esquecer que o Ricardo Paes Mamede chamou a atenção aqui atrasado, neste mesmo espaço, para a necessidade do investimento na investigação e desenvolvimento ser o adequado às necessidades do País, e àquilo que o nosso tecido empresarial pode quer absorver, quer suportar. E que chamou, há mais tempo, atenção para a falácia da 'reindustrialização'. Goste-se ou não, um regresso à Economia Industrial dos anos 70 não é possível. Seria bom que quem contesta os pontos de vista de um Medina Carreira não caia igualmente na demagogia. Portugal é uma economia aberta que, de acordo com o Pedro Lains, tem défices da balança comercial desde os anos 50 e que precisa de financiamento e de investimento externo como de pão para a boca e essas são as condições objetivas. Ora isso determina em grande medida o esforço para controlar as contas públicas, com Euro ou sem ele. E não sairemos disso tão cedo...
Medina Carreira sofre de nostalgia. Nostalgia do tempo das crianças, jovens mulheres que migravam para servir. As que criavam os filhos dos senhores doutores e engenheiros, crianças como elas, as a quem tinham retirado o privilégio de ser criança. Doença grave que infesta uma franja da sociedade portuguesa, que não se conforma de ter perdido a criada de todo serviço. Do criado sempre disponível em troco do prato de sopa. Era regressado o tempo em que um trabalho não permitia a subsistência. Da referência, Sr. Doutor, Sr. Engenheiro, e a respectiva vénia. Medina Carreira não é deste tempo, do tempo dos Srs. Anónimos, o refrão proferido é “Oh tempo volta para trás”. Por momentos – superior a quatro anos - deslumbrou em Belém e Restelo os saudosos tempos. Era feliz, o regresso da cunha, o privilégio, o favor dos governantes, a corrupção de estado a bofaria tomava e cimentava-se. Ele era ouvido, tinha o seu tempo de antena, os fiéis ouvintes, era a glória. Depois veio o terror fez-se democracia. Não chegou um grupelho ter mais votos, foi preciso uma maioria de deputados. Não caiu bem nos supostos democratas que a democracia funcionasse.
Aquela cabeça está formatada por e para uma ideologia e não para o racional e lógico. É pura perca de tempo qualquer esforço para mostrar a realidade a este empedernido pafioso.
“Medina Carreira continua a falar como se estivéssemos em 2010.”
Errado, o Medíocre Carreira fala como se estivéssemos em 1960…
É bom lembrar porque razão deram palco ao comentador PAGO Medíocre Carreira, Medíocre Carreira foi encarregado de disseminar o sentimento de culpa na população portuguesa pelas porcarias do neoliberalismo.
Já repararam como ele (não só ele) insiste em explorar os estereótipos? Isto não revela apenas uma mentalidade atrasada e alienada mas também a típica mesquinhez dos saudosistas de um determinado regime…
Portugal, se quer seguir o caminho de futuro que valha a pena pode e deve apostar em ciência.
O que o Medíocre Carreira e outros bafientos advogam para Portugal é um passado de má memória.
Quando neoliberalismo for finalmente ultrapassado, e acreditem vai acontecer, espero que o Medíocre Carreira ainda cá esteja, até lá, que o ódio que tem pela prosperidade da população portuguesa o consuma!
Sobre a Falácia da Investigação como factor crítico de crescimento económico.
Nada é dito sobre, as percentagens das humanidades nos doutorados 4?%, ou a mais baixa percentagem de doutorados nas empresas, ou a mais elevada despesa por patente na Europa.
E essas são as questões que devem informar o investimento no acrescer da massa de doutorados existente.
.
Mas certo é que:
- promover bolsas e investigadores em Institutos e Universidades Públicas sem contrapartes nas indústrias relacionadas é essencialmente aumentar a mama às elites e exportar mão-de-obra.
- e num todo mais amplo, mantendo a estúpida proporção ‘humanidades’ é pura propaganda e distribuição de mamas a clientelas políticas.
Por mim não vejo mal ao mundo português que Medina Carreira fale do que sabe e se exponha publicamente. Não terei de acordo com tudo que ele expõe, mas a sua presença na TV faz pensar muita gentinha, ola´ se faz!
E´ que ele foi e e´ capaz de por questões controversas ate´ aos comentadores sabichões que não se mostram capazes de fornecer alternativas a´ actual situação do país.
Quando ele pergunta: que foi feito das duas centenas ou mais de milhares de milhões que entraram em Portugal nos últimos 15 anos, a resposta e´ o silêncio. Assim não vale! de Adelino Silva
Em segunda versão_
"Coitado do Jose.
Não mete pena este choradinho apressado com que tenta esconder a mediocridade aflitiva, pesporrenta e senil dum Medina Carreira?
Profundamente emparelhados na defesa duma economia das trevas ao serviço dos maiorais de sempre, este Jose e este Medina Carreira fazem lembrar uma novel brigada do reumático"
Mais uma, em segunda versão:
"Depois dá gozo ver um representante dum patronato objectivamente catalogado como inculto, medíocre e analfabeto vir falar em percentagens de doutorados nas empresas.
Nas empresas de medíocres cabotinos salazarentos e caceteiros patrões, que fogem ao fisco e frequentam bordéis tributários, aceitarem-se assim doutorados que tornariam ainda mais evidente a boçalidade dum patronato desqualificado?"
E já agora.
Este ódio pestilento pelas "humanidades" tem algo ver com o desconforto sentido pelos medíocres face a outras disciplinas que os obriguem a pensar e a enquadrar um mundo, para lá da taxa de lucro saqueada? Mais a raiva para com quem tem méritos e conhecimentos muito para além do cavalo e do desempenho e da peritagem deste sujeito agarrado narcisicamente às suas mamas?
A Educação não deve servir apenas para desempenhar uma função com a qual se ganhará o pão!
A Educação, deverá servir para elevar o espírito, a crítica para nos iluminar um pouco mais nos caminhos das trevas! Depois, como ganhamos o pão é secundário! Pena é que, infelizmente, ainda prevaleça a "cultura" da grunhice e dos abusos dos prazeres etílicos entre os nossos jovens...
Medina Carreira, como ele gosta de bacalhau (que exemplo mais estúpido!)
Ele que é licenciado em Direito (nem economista é, o autor dos gráficos manhosos...) porquê este acinte com os doutorados em Ciências Humanas?!
Esta gente saudosista devia aproveitar o sol nesta fase da vida, e deixar de poluir o espaço público.
parece-me já ser uma questão de senilidade, que, como é sempre, cristaliza o pior ou mais primitivo das pessoas.
Quantos "medinas-carreira" fazem diariamente a sua propaganda, ou melhor, a propaganda de quem beneficia com tais propagandices.
Nunca esquecerei a "tareia" que Hernâni Lopes lhe deu sobre o que Portugal precisava e não era das críticas dele. Magistral!
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