terça-feira, 2 de maio de 2017

O diário de um complexo

Para quem não gosta de investimento público, aconselha-se a consulta da página do Departamento da Defesa norte-americano.

Em poucos dias, que vão de 18 a 28 de Abril foram lançados concursos envolvendo 7108,9 milhões de dólares...E só na Defesa.

Comece-se pelo dia da nossa revolução. Veja-se o relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos do dia 25/4 deste ano. Ao todo, foram 492,7 milhões de dólares autorizados num único dia. Se dúvidas há, se não se tratará de uma coincidência, os relatórios continuam quase diários.

A 18/4, tinha havido um outro boletim com mais um total de 260 milhões de dólares. A 19/4, mais contratos: agora no valor de 317,3 milhões de dólares. O relatório de apenas 20/4 passado foi quase mais mil milhões de dólares. O relatório de 21/4  lançou concursos no valor de 296,7 milhões de euros. Depois, houve uns dias sem aprovações, e logo se voltou ao ritmo anterior. Mais o relatório de 24/4 autorizou com 313,6 milhões de dólares. Depois do 25/4, o relatório do dia 28/4 relatório do dia 27/4 foi um maná: 3424 milhões de dólares. O do dia 27/4 lançou concursos para 1004,6 milhões de dólares.

Claro que o armamento sempre foi um negócio florescente. E está em expansão. As exportações de armas passaram de 6120 milhares de milhões de dólares em 2015 para 15700 milhares de milhões em 2013 e continuaram a subir - para 14,5 milhares de milhões em 2015 e 15 milhares de milhões em 2016. Nós tínhamos dado por isso.

Impressionante? É a expressão quotidiana daquilo a que se chama o complexo industrial-militar. E como se vê é muito poderoso. Talvez um dia, a direita e uma certa esquerda hesitante comecem a pensar que haveria vantagem na criação de um complexo industrial nacional, soberano e interveniente, com um papel directo do Estado, capaz de gerar riqueza e prosperidade a um país. E, já agora, em paz!

29 comentários:

Jaime Santos disse...

Os americanos adoram uma espécie particular de keynesianismo chamado keynesianismo militar. Considerando que foi o responsável direta ou indiretamente por uma boa parte do progresso tecnológico em áreas como a eletrónica e a informática, compreende-se. Também é co-responsável pelo aumento da dívida e por muito desperdício (veja-se toda a treta da SDI de Reagan, por exemplo). E aí a porca torce o rabo. Primeiro, os EUA de facto não podem falir fruto do seu tamanho e de o petróleo estar denominado em dólares. Portugal pode. E depois, em que será que Portugal irá investir, quando a construção de tal base industrial leva décadas e as pouca grande indústria que tínhamos estava toda obsoleta? No complexo industrial da cortiça ou do calçado ;-) ? Mais a sério, nas energias renováveis, quando toda a tecnologia vem e virá de fora, porque no mundo moderno a inovação tecnológica nunca é obra de um só País? Esqueça os seus sonhos de autarcia, João Ramos de Almeida. Um País pequeno como o nosso não tem sequer dimensão para isso. O melhor a que podemos aspirar é ser como a Dinamarca, mas lembre-se que as indústrias lá são privadas e que colaboram ativamente com as Universidades e Centros de Investigação, esses sim públicos. Ora, para os financiar, é preciso meios (que a Dinamarca tem). Nós temos usado e bem aqueles que ficaram disponíveis pela entrada na UE. Mas há quem ache que estaríamos melhor fora dela...

Jose disse...

«criação de um complexo industrial nacional, soberano e interveniente, com um papel directo do Estado, capaz de gerar riqueza e prosperidade a um país. E, já agora, em paz!»

Colchas de Castelo Branco e Tapetes de Arraiolos e Portalegre são duas excelentes oportunidades para a tecnologia nacional.
Pode não dar lucro mas talvez não dê prejuízo de monta.

Anónimo disse...

Jaime Santos magnânimo e paternalista:
"esqueça os seus sonhos de autarcia".

E fugindo entre os pingos da chuva de quem tem medo dela e se recusa a ver o banho que levou:

"Nós temos usado e bem aqueles (fundos) que ficaram disponíveis pela entrada na UE"

Precisamente para quê? Para também dar cabo do nosso tecido produtivo. Estava tudo mesmo obsoleto não era mesmo?

Anónimo disse...

A capacidade de distorcer as coisas tem limites amplos. Tal como os convites mais ou menos paternalistas à submissão.

Um exemplo de tal é o escrito aí em cima pelo Caro Jaime Santos. Mas há mais exemplos.

Hoje Miguel Esteves Cardoso denunciava no seu brilhante estilo que a histeria em torno de Mélenchon é uma farsa. Que o rei vai simplesmente nú. E duma penada apresenta a indigência de Thomas Piketty

Eis o texto que nem todos podem ter acesso no Público:

"Numa entrevista a Sonya Faure no Libération, Thomas Piketty demonstra a facilidade (e a coragem) dos economistas com os números. Estima ele que a extrema-direita, a direita liberal e a esquerda tem 30% cada uma.

Piketty queria (mas não conseguiu) umas primárias de esquerda para escolher um candidato que unisse a esquerda. Era uma boa ideia. Se tivesse pegado Macron não seria o candidato a enfrentar Le Pen.

Depois apoiou Hamon, do PS, que teve 6%. Se os eleitores de Hamon tivessem votado em Mélenchon (que teve 20%) teria passado este à segunda volta, ultrapassando Macron.

Piketty quer que os eleitores de Mélenchon votem em Macron em vez de abster-se. Diz, com razão (embora lapallissianamente) que um resultado 70-30 seria uma derrota determinante para a extrema-direita, comparada com uma vitória 55-45 que poderia contribuir para normalizar a ideia da extrema-direita chegar ao poder.

Toda a gente quer redistribuir os votos de quem votou Mélenchon. Até Le Pen tentou engatá-los. Mas cada um deles pertence a alguém que votou em Mélenchon. É insultuoso e irracional tratá-los como um rebanho. Eles já votaram contra Macron e contra Le Pen. Contra Le Pen já estão os votos a favor de Mélenchon contados. Eles já votaram em quem queriam.

Para mais, como mostra Piketty, os votos deles não são necessários para derrotar Le Pen. Basta que não votem nela. E não irão certamente votar nela. E alguns votarão, sim, em Macron. Porque querem. É essa a importância. E é essa a diferença. Pacífica."

Uma vergonha que seja necessário vir MEC expor a vacuidade das teses dos europeístas ultra-ortodoxos e chantagistas

Anónimo disse...

Independentemente de se acreditar ou não, ate´ Cristo acreditou na possibilidade de uma “Paz Milenar”. E no entanto, a humanidade fez da guerra a sua escola e prática de vida! Os complexos militares industriais aí estão para o provar.
Einstein, Oppenheimer e Fermi criaram a Bomba Atómica (segundo dizem por necessidade contra o Nazi-Fascismo Hitleriano); bomba que havia de destruir duas cidades japonesas e seus 250 mil habitantes. Estava então criado o primeiro complexo industrial da era moderna. Ate´ Eisenhower, cabo-de-guerra e presidente estadunidense a aceitou embora mais tarde deixasse como testamento um anátema contra esse mesmo complexo militar industrial. Sério, podemos criticar e ate´ repudiar as máquinas de guerra, mas o que não podemos e´ negar a essência humana íntima do “ser predador”. de Adelino Silva

Anónimo disse...

"Colchas de Castelo Branco e Tapetes de Arraiolos e Portalegre"?

O sujeito preferiria pins da mocidade portuguesa e fraldas descartáveis para a brigada do reumático.

Mais umas joelheitas para se arrojar pelo chão enquanto se vergava, submisso.

Uma questão também de monta

Anónimo disse...

( por acaso foi o tipo que agora fala em colchas que andou de Cavaco na boca e de rosário na mão a defendê-lo sobre todas as coisas.

Aquele que liquidou a nossa agricultura e pescas. E que deu uma machadada no nosso "complexo industrial nacional".

É bom que a memória volte. E que a propaganda néscia não passe)

José Sousa disse...

Jaime Santos, ia escrever um comentário a este artigo que me parece confuso e de quem não está ciente de como a força do dólar surge, mas li o seu comentário e não tenho mais a acrescentar. Queria felicitá-lo. Aí está um comentário-resposta para um artigo destes

RNunes disse...

"No complexo industrial da cortiça ou do calçado ;-)"
e porque não? não são sectores importantes? não há possibilidades de serem sectores âncora para outros? Não precisam de inovação? de tecnologia? não há mercado para sapatos com materiais inovadores? melhor ergonomia?
O problema é a pequena dimensão das empresas portuguesas, que não conseguem suster internamente inovação, e portanto tornam-se obsoletas. Isso combatia-se bem se as associações sectoriais funcionassem não apenas como grupos de pressão mas sim como hubs de inovação, centralizando investimento em tecnologia, com investigação, privada ou em parceria com as universidades, e distribuindo os resultados pelos seus associados. As empresas podem competir a um nível, mas cooperar a outro.

Anónimo disse...

Mas se Portugal e os portugueses são tão pequeninos, tão faltos de produção atualizada, porque teimam os “Economistas e outros comentaristas de TV” falar tanto em incrementar as exportações?
Algo me diz que não bate a bota com a perdigota…
Fazem lembrar (no bom sentido) o José de Carvalho e Melo, mais conhecido por Marquês de Pombal, aquando da derrota dos piratas argelinos que saqueavam a Bacia do Tejo e da reedificação da cidade de Lisboa pós terramoto… com a permissão real, ele obrigou os ricos a pagar as crises de então, lato senso.
Hoje, passados mais de século e meio, não estou a ver o Presidente da Republica, nem o 1º-ministro da Republica virados a fazer o mesmo.
de Adelino Silva

Anónimo disse...

Uma sugestão para musicar este post e o investimento estadounidense na indústria da guerra: Elvis Costello / Robert Wyatt - Shipbuilding

Jose disse...

« nosso "complexo industrial nacional"» foi-se com a água do banho da descolonização e com a desvalorização da moeda (imagine-se que a Setenave tinha vendido navios em escudos, moeda forte mas fascista!!).
O que podia ter sobrado foi-se com nacionalizações, poder 'operário' e outros mimos da cretinice esquerdalha.

Jose disse...

«O problema é a pequena dimensão das empresas portuguesas»
Claro que a isso estão destinadas. Logo que crescem partem-se em sectores: imobiliário, serviços, produção, logística... Quem está na disposição de se afirmar grande e nacional? Passa a ser alvo de cobiças e chantagens da esquerdalhada, dos direitos e garantias, do fisco predador, da retórica de ódio ao que é grande.

Jose disse...

Mas como diz o das 15:18: enquanto houver ricos há esperança!

Anónimo disse...

"A água do banho da descolonização"?

Isso aqui é o registo duma pós-verdade ao sabor dum aficionado do colonialismo , tentando escamotear a responsabilidade directa de Salazar e do fascismo pela guerra colonial?

Uma espécie de faduncho piegas e semi-encoberto em jeito de saudades de quem lucrou com o regime colonial?

Ou apenas ( ou para além) da tentativa de esconder o papel daquele Cavacal personagem que liquidou a nossa agricultura e pescas e que deu uma valente machadada no nosso complexo industrial?

Por acaso o tipo que agora falava em colchas andou com Cavaco na boca e de rosário na mão a defendê-lo sobre todas as coisas.

Anónimo disse...

Não se percebe todavia aquele arremedo sobre a desvalorização da moeda e do imaginar-se que a "Setenave tinha vendido navios em escudos, moeda forte mas fascista".

Aprecie-se o dislate. A patetice. A treta. O descabelamento. A frase é todo um rosário de ressabiamento, de aldrabice e de ignorância.

O Escudo português, cujo símbolo é o cifrão ($), foi a moeda de Portugal, por ocasião da proclamação da República. República. O regime derrubado por um golpe que conduziu ao fascismo.

Percebido e aprendido?

Anónimo disse...

Mas o despautério do sujeito das 23 e 53 não acaba por aqui.

Ainda mais perturbado, mais fora-de-si, depois da defesa envergonhada do colonialismo, eis a reivindicação do produto do saque. Adquirido nos tempos do fascismo, por um patronato que vivia à sombra do estado Novo. Patronato inculto, medíocre, boçal, pato-bravo. Com profundas ligações mafiosas e sustentado pela pide e restante aparelho opressor

Daí que as nacionalizações lhe façam espécie. Daí que tenha celebrado as privatizações pelo regresso para as mãos daqueles "terratenentes " (como "cantava" a tralha dos banqueiros e dos donos de Portugal, com outras tretas paridas em versalhada solta e deprimente).

Foi o que se viu.

Quanto ao poder operário faz-lhe insónias. Não poderia depois usar os bordéis tributários como meio de fuga e como mediador de actividades criminosas.

(Entretanto desistiu das colchas e dos tapetes? Alguém mais avisado avisou-o da indigência argumentativa e do perigo que isso podia representar para a Cavacal figura)

Anónimo disse...

"Retórica do ódio"?

Ó jose, retórica do ódio e mais alguma coisa. Então como qualifica os seus disparates sobre o escudo fascista e sobre a água do banho da descolonização?

É não só ódio puro, duro e revanchista. É também um ódio cego e perturbado, traumatizado, vindo do fundo da lama, como atestam os disparates aí plasmados em cima.

Que melhor exemplo este para mostrar à evidência que existe mesmo luta de classes?
Há os que defendem quem trabalha. Há quem defenda os ricos e os seus saques.

Veja-se como se admite sem rebuço os truques do capital para o aumento da concentração da riqueza. Utilize-se as palavras do dito cujo: "Logo que crescem partem-se" ( as empresas). Para fugirem à chantagem e às ameaças e ao fisco.

Sério? mas não foi isso que fizeram os ladrões do BES? E da EDP? E da CP? E doutros tantos oligopólios? Só que nessa altura não utilizavam estas pieguices rascas e indignas sobre "invejas" e "cobiças" e fisco.

Ah e a este propósito. O depósito de ódio que este tipo deposita sobre quem trabalha e vive do seu trablho como se conjuga com o convite despudorado do mesmo à utilização dos bordéis tributários por parte da trampa de quem anda a saquear os demais?

Anónimo disse...

"E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?”

A frase é de Alemida Garrett. Conhecia já de gingeira os abastardados dos que enriqueciam à custa do suor alheio e os seus sequazes. Conhecia os seus processos, a sua avidez, a sua torpeza.

Não é por nada que a governança de Passos Coelho nos quis conduzir de novo ao século XIX.

Não é por nada que este tipo que uiva contra os "direitos e garantias", berrava alto e bom som, histérico e de forma forma pesporrenta, com um gozo animal e sedento de sangue, em louvor dos tempos que se avizinhavam:

" 2012: o ano do fim dos direitos adquiridos".

Anónimo disse...

"Enquanto houver ricos à esperança"

Segundo um estudo apresentado em Setembro de 2016 pela Fundação Francisco Manuel dos Santos que se debruçou sobre os últimos anos de ajustamento da nossa economia, entre 2009 e 2014, conclui-se que a desigualdade na distribuição dos rendimentos aumentou em Portugal. E como corolário, o número de pobres cresceu.

Vejamos os números mais expressivos do estudo. No referido período em análise houve uma quebra média de 12% nos rendimentos dos portugueses (menos 116 euros por mês), mas os dados mostram que os 10% mais pobres perderam 25% do rendimento, enquanto os 10% mais ricos apenas perderam 13%. E uma das conclusões mais preocupantes a que se chega no retrato sobre quem são hoje os pobres em Portugal é a de que um posto de trabalho continua a não ser suficiente para fugir da pobreza. É que se 20% dos pobres são desempregados, 22% têm emprego. A percentagem de trabalhadores pobres, tanto em postos de trabalho permanente como temporário, também aumentou entre 2009 e 2014.

Fica assim evidente aos olhos de todos qual foi o grupo social mais atingido pelo infortúnio nos últimos anos de crise. No debate, tantas vezes enviesado, sobre quem mais perdeu com a crise – se a classe média, se os mais ricos ou os mais pobres – o estudo da insuspeita Fundação do dono da rede Pingo Doce vem demostrar, preto no branco, que foram os mais pobres. E entre eles – já somam dois milhões 116 mil – foram as crianças e os jovens o grupo mais afectado pela pobreza. As razões desta regressividade social são múltiplas, mas a quebra nas prestações sociais e o aumento do desemprego dos pais ou a instabilidade do seu vínculo laboral conduziram a que, durante a vigência da tróica e da Paf, uma em cada quatro crianças tenha caído na pobreza.

Em Portugal, as mil famílias mais ricas (ou seja, as que acumulam 25 milhões de euros de património ou recebem 5 milhões de euros de rendimento por ano) pagam menos impostos que a generalidade dos cidadãos. Quem o revelou, aliás publicamente, foi o antigo chefe da Direção Geral de Impostos, o ribatejano Azevedo Pereira. Dizia ele que, em qualquer país que leva os impostos a sério, este grupo garante 25% da receita de IRS, enquanto que no nosso país, assegura apenas 0,5%, isto é, paga 500 vezes menos do que seria suposto."

Anónimo disse...

Por isso, pelo facto de ter denunciado a situação, o antigo chefe da Direção Geral de Impostos, o ribatejano Azevedo Pereira, não foi perdoado pelos que fugiam assim ao fisco

E quando denunciou a trampa que grassava ao tempo de Paulo Núncio, governante de Passos Coelho e do PP e advogado especialista em escrita fiscal criativa, foi alvo de insultos soezes e patibulares. Por parte das famílias ricas e graúdas, quantas delas ligadas ao BES, que assim procuravam proteger o dinheiro ganho nas trafulhices do capital.

Um dos que mostrou mais encarniçadamente o seu ódio a Azevedo Pereira foi precisamente quem invoca a "inveja" e o fisco e põe em causa os direitos e garantias dos demais

E de forma esbaforida e histérica dizia o referido tipo sobre o ex- chefe dos impostos :

"TODOS os indicadores de um lambe-botas, serventuário de quem chega, coirão maior de acobardado funcionário público".

Mais tarde Paulo Núncio reconheceu que a responsabilidade fora dele. E inocentava completamente o tal "funcionário público" sobre o qual caira o ódio de classe e a baba repugnante deste tal jose.

Nunca este último se retratou.Nunca pediu desculpa pela sua bílis de classe desta forma expelida. Nunca teve a coragem e os tomates de assumir a porcaria abjecta que fez.

Pelo contrário. Tentou empurrar com o ventre a responsabiulidade para outrém. E continua a fazer o seu papel ideológico ao serviço da classe de abutres que defende.

Jose disse...

Cuco, gostei do teu «ódio cego e perturbado, traumatizado, vindo do fundo da lama».
Quando passas tanto tempo a multiplicar por 10 as poucas linhas que escrevo fico certo de ter referido factos que sabes ser a realidade que procuras esquecer.

Finalmente, vou dar resposta à tua cobarde má língua.
Quando chamei «...lambe-botas...acobardado...», como referes, era notícia que havia obrigação legal de publicar e que o Núncio dizia nada ter dito.
Ambas as notícias vieram a saber-se falsas. Concretamente, o Núncio mentiu e a lei da publicação nasceu hoje.

Desde sempre o sabes - ou serias mais estúpido do que o admissível - mas o teu «ódio cego e perturbado, traumatizado, vindo do fundo da lama» sempre se compraz a uma arenga que, sem me divertir, me deixa indiferente até que esteja particularmente benevolente. Hoje é esse o caso.

Anónimo disse...

Herr jose?
Cuco?

Mas quando deixa esses traumatismos familiares ?

E as tentativas de engate barato de frequentador de bordéis suspeitos tipo offshores rascas?

Traduzidos nessa enjoativa familiaridade de quem anda à pesca desesperado?

Anónimo disse...

Vamos aos factos concretos em relação ao que herr jose tenta vender. E à denúncia duma forma de actuar que vai de paralelo com o perfil ideológico e com a falta de escrúpulos éticos que acompanha infelizmente este tipo de coisas.

Ponto prévio:

Registe-se o silêncio perene e absoluto de herr jose sobre o que é denunciado aqui em cima:

-O "investimento público " e o complexo industrial-militar.

-A retirada apressada do registo idiota das "colchas de Castelo Branco e Tapetes de Arraiolos e Portalegre" que comprometia ainda por cima o "amigo" Cavaco, mais o seu contributo para o descalabro do nosso complexo industrial nacional.

-As saudades de um colonialista por um colonialismo tosco e criminoso, tentando escamotear a responsabilidade directa de Salazar e do fascismo pela guerra colonial.

-A patetice em directo e em letra de forma traduzida nesta esclarecedora frase "Setenave tinha vendido navios em escudos, moeda forte mas fascista". Não se sabe o que espanta mais. Se a ignorância pasmosa e inacreditável, se a tentativa destrambelhada de fazer propaganda aos seus ídolos de antanho.

-A reivindicação do produto do saque, adquirido nos tempos do fascismo, por um patronato que vivia à sombra do estado Novo. Patronato inculto, medíocre, boçal, pato-bravo. Com profundas ligações mafiosas e sustentado pela pide e restante aparelho opressor.

-As insónias provocadas pelo poder operário. Lá se ia a venda às escondidas da maquinaria fabril para negociatas sujas bem como o desvio de verbas para os bordéis tributários, vulgo offshores.

-A confirmação sem rebuço dos truques do capital para o aumento da concentração da riqueza. As empresas que "logo que crescem partem-se", para fugirem à chantagem e às ameaças e ao fisco. Que foi e que é realizado desde há muito pelos conhecidos donos dos oligopólios.

-A frase de Almeida Garrett que conhecia já de gingeira os abastardados que enriqueciam à custa do suor alheio e os seus sequazes. Conhecia os seus processos, a sua avidez, a sua torpeza. E do longínquo século XIX interpelava-os com tal categoria que fez calar o pobre herr jose.

-Os berros em voz alta, histéricos e de forma pesporrenta, com um gozo animal e sedento de sangue, contra os direitos e garantias, traduzidos nessa ameaçadora e desejada frase - "2012: o ano do fim dos direitos adquiridos".

-O escândalo vergonhoso que entre 2009 e 2014 a desigualdade na distribuição dos rendimentos aumentou em Portugal. E como corolário, o número de pobres cresceu. Dados, números.Factos.Indesmentíveis.E a denúncia do antigo chefe da Direcção Geral de Impostos, Azevedo Pereira que as mil famílias mais ricas (ou seja, as que acumulam 25 milhões de euros de património ou recebem 5 milhões de euros de rendimento por ano) pagam menos impostos que a generalidade dos cidadãos. Este grupo garante 25% da receita de IRS, enquanto que no nosso país, assegura apenas 0,5%, isto é, paga 500 vezes menos do que seria suposto.

Anónimo disse...

Ora é exactamente o confronto com esta frase de Azevedo Pereira que despoleta também o ódio cego e perturbado, traumatizado, vindo do fundo da lama, por parte dos que fugiam assim ao fisco. E de herr jose

Deixemos de lado a convocação da multiplicação dos peixes, perdão, das linhas, como argumento do que quer que seja. Argumento tolo e tonto porque em si não confere qualquer critério válido e racional. Argumento idiota também porque não contabilizável. Argumento ainda por cima risível porque os comentários que herr jose escreve já são passiveis de enumerar, pelo menos em dois dos seus nicknames ( jose e JgMenos) e é sabido que se desdobra em múltiplos blogs, numa azáfama tão ideologicamente empenhada como destrambelhada e treteira. E que vai de sítios de extrema-direita fétida e mal cheiros, onde dá livre curso ao seu ódio acima referido, até blogs como o LdB.

Mas se ele quer fazer o choradinho farsante sobre "as poucas linhas" que escreve, isso é lá com ele

Anónimo disse...

Já não é a primeira nem a segunda nem a terceira vez, nem a quarta,...que herr jose tenta reescrever aquilo que disse.

Por exemplo, aqui tão bem documentado:
https://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/04/25-de-abril-sempre.html

Refere o dito cujo que havia uma "notícia que havia obrigação legal de publicar e que o Núncio dizia nada ter dito".

Tentará justificar desta forma o seu ódio de classe e a sua baba repugnante? Achará que pelo facto de ter vindo a público uma "notícia" isso lhe dá direito ao insulto soez e miserável e à calúnia de esgoto?

Anónimo disse...

Infelizmente a coisa não acaba aqui.

Por motivos de higiene pública não se publicou na íntegra os insultos de herr jose. Atendendo à sua desonestidade aqui patenteada, vamos então ser mais concretos na revelação do destrambelhar cívico de herr jose. Que acusava assim o ex-funcionário do fisco:

"TODOS os indicadores de um lambe-botas, serventuário de quem chega, coirão maior de acobardado funcionário público.
Ou talvez mais provavelmente, coirão prudente,..."

Uma forma abjecta e caluniosa de "comentar" qualquer notícia. Menos para a ala extremista da nossa sociedade

Anónimo disse...

Mas e mais uma vez a "coisa" não acaba aqui.

É que confrontado com o que disse herr jose continuou a insistir:
"Não tenho nada a alterar ao que disse"

E continuou:

"És uma besta! é a parte publicável.
Não precisava mas mandou um papel que ao que se diz ficou a marinar.
Toda a carta tem resposta é regra base da burocracia".

"Ninguém senão um lambe-botas pede autorização para cumprir a lei, quando muito pede-se instruções quanto ao modo de a cumprir.
És uma treteira ignorante e talvez amanhã alguém consiga meter alguma clareza nesse faccioso bestunto"

E quando instado directa e repetidamente a emitir um pedido de desculpas pelos insultos proferidos e pela falsidade das suas declarações, o que disse herr jose?

Nada, niente, rien. Calou-se e deu de frosques

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/ponha-ponha-dramatico-nisso-dr-nuno-melo.html

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/um-offshore-e-um-offshore.html

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/03/regresso-ao-futuro.html

http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2017/04/toda-gente.html

Mesmo após lhe ter sido esfregado o significado daquela doce palavrinha que aprendeu sabe-se lá onde:

1. Em Portugal o termo "coirão" é usado genéricamente para insultar violentamente alguém do sexo feminino que vive de expedientes, que não tem objetivos. Tomado à letra indicaria - mulher que vive na prostituição.
2. Mulher promíscua ou mesmo prostituta.

Anónimo disse...

Uma última luz sobre como estas coisas manipulam e aldrabam:

"Quando chamei «...lambe-botas...acobardado...», como referes, era notícia que havia obrigação legal de publicar e que o Núncio dizia nada ter dito.
Ambas as notícias vieram a saber-se falsas"

Ambas as notícias? Concretamente o que se sabe é que Nuncio mentiu. Azevedo Pereira disse a verdade. E foi caluniado desta forma miserável por herr jose.


"Quanto ao enjoativo " desde sempre o sabes- ou serias mais estúpido do que o admissível -é apenas a confirmação da tentativa de colagem duvidosa mas sobretudo cobarde fazendo passar por sabedoria de outrém o que não passa afinal duma evidência: o ódio cego e perturbado, traumatizado, vindo do fundo da lama por parte de herr jose.

Como inequivocamente ficou demonstrado. Apesar da diversão, benevolência e indiferença mais as poucas linhas que este invoca, pusilâmine e pateticamente, em sua protecção.