terça-feira, 23 de maio de 2017

Quando a bomba explode


  Conservative   Labour   UKIP  Liberal Democrats  SNP   Greens


Eis os resultados das sondagens a 21/5/2017  (Wikipedia), ainda sem ter em conta a recente revelação do programa político conservador que deixou Theresa May sob fogo cerrado (como é bem visível aqui).

Qual o efeito eleitoral de uma bomba que mata mais de uma vintena de pessoas à porta de um recinto de concerto, logo duas semanas antes das eleições (8/6/2017)? Qual o efeito eleitoral junto do eleitorado mais jovem?

Veremos daqui a uns tempos.

Mas já houve momentos, na História recente do Reino Unido, em que certos acontecimentos foram usados eleitoralmente, com o uso de recursos públicos. Veja-se as sondagens dos anos 80, quando o Partido Conservador estava em queda e como os acontecimentos nas Malvinas galvanizaram a população britânica em torno de um inimigo externo...   

6 comentários:

Miguel Madeira disse...

"a recente asneira política de May"??

"Qual o efeito eleitoral de uma bomba[?]" - pela lógica, UKIP e Conservador, mas quem sabe...

João Ramos de Almeida disse...

Caro Miguel,
Tem razão, foi uma passagem demasiado vaga. Já mudei.

Jaime Santos disse...

O atentado em Paris antes da primeira volta, se bem que de uma magnitude inferior (e toda a perda de vida humana é de lamentar), não parece ter provocado grandes mudanças nas intenções de voto. Os Britânicos, que vivem com o terrorismo há mais tempo que a generalidade dos Europeus e que são um povo resiliente, provavelmente nunca deixaram de considerar que estavam sob ameaça terrorista e se há coisa que não deixarão é que quem quer que seja manipule este acontecimento para benefício eleitoral (lembram-se do que aconteceu depois de Atocha e da vergonhosa manipulação pelo PP?). Mas May é demasiado inteligente para isso e o UKIP não conta, vai ser engolido pelos Tories, que adotaram parte do seu programa relativamente ao Brexit. Por outro lado, neste contexto, as posições passadas de Corbyn relativamente ao IRA serão repetidas 'ad nauseam' pelos media, isso é fatal como o destino... E os políticos também são julgados pelo seu passado, justa ou injustamente... E, seguramente, a mudança de posição de May relativamente ao chamado 'dementia tax' (o humor dos Britânicos além de seco é áspero) ficará agora em segundo plano nas notícias, pelo menos nos próximos dias... É preciso esperar para ver, mas tudo isto não irá provavelmente beneficiar este Labour...

Anónimo disse...

http://www.abrilabril.pt/o-corbyn-ainda-esta-vivo

Eis um excelente artigo de Agostinho Lopes

Corbyn ainda está vivo?

"Se está vivo, já não devia estar, a acreditar nas proféticas e tenebrosas profecias de correspondentes em Londres, em correspondência com os correspondentes articulistas em Portugal dos nossos principais órgãos de comunicação social".

Anónimo disse...

" Se até há 15 dias, o partido de May parecia ter garantida uma maioria absoluta esmagadora, as mais recentes sondagens colocam-no ainda em vantagem, mas por margens mais modestas. Uma sondagem YouGov, divulgada no fim de semana, colocava os conservadores com apenas sete pontos percentuais de vantagem sobre os trabalhistas. Com alguns analistas a recordarem que após os ataques de Paris, em 2015, a popularidade do presidente François Hollande, que estava nos 13%, subiu para 35%. De forma ainda mais significativa, em 2001, na sequência do 11 de Setembro, a popularidade do recém-eleito George W. Bush, que estava pouco acima dos 50%, alcançou a fasquia de 90%. Resultado oposto tiveram os ataques de 11 de Março de 2004, em Madrid, que acabaram por produzir a derrota do Partido Popular (PP), de José Maria Aznar, então no poder. Mas, neste caso, não foram as repercussões dos ataques que levaram à derrota do PP, mas sim a forma errada como geriu a crise, atribuindo a responsabilidade aos separatistas da ETA, quando se tornara claro desde cedo que a organização basca não estava envolvida nas ações que provocaram 192 mortos.

Assim, projetava-se ontem que os conservadores voltarão a subir nas sondagens e que o sucedido em Manchester pode, igualmente, beneficiar formações como os eurocéticos e populistas do UKIP, hoje com mau desempenho nas sondagens."

Abel Coelho de Morais no DN

Anónimo disse...

É provável que o UKIP volte a subir... mas talvez com poucos resultados em termos de MPs eleitos