quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Memória (X)



«O problema é que o governo está a prometer alienar participações como quem vende os anéis para ir buscar dinheiro. (...) A política de privatizações em Portugal será criminosa, nos próximos anos, se visar apenas vender activos ao desbarato para arranjar dinheiro.»

Pedro Passos Coelho (Fevereiro e Junho de 2010)

«A concessão da exploração do metro do Porto e do serviço da STCP é a pedra no sapato que sobra ao secretário de Estado dos Transportes. (...) Como Sérgio Monteiro tem pressa, livrou-se do incómodo do Porto com uma decisão mirabolante: um ajuste directo feito no prazo de 12 dias (oito dias úteis), a escassas seis semanas das eleições. Um pouco mais de sensatez poderia tê-lo impedido de avançar à pressa num processo que dispensou até a consulta às autarquias, que controlam 40% do capital da empresa do metro; um pouco mais de pudor levá-lo-ia a deixar para o próximo Governo o ónus de tão pesada decisão. Sérgio Monteiro não foi por aí e, para se explicar, recorreu a argumentos dignos do mais profissional compêndio de camuflagem semântica (para evitar palavras mais drásticas).»

Manuel Carvalho, Um ajuste directo, mas mal contado

23 comentários:

Dias disse...

“ um ajuste directo feito no prazo de 12 dias (oito dias úteis), a escassas seis semanas das eleições”

Constatações e mais constatações…
Tudo isso é verdade, mas a impunidade é total.

pvnam disse...

O CONTRIBUINTE/CONSUMIDOR TEM DE SER DOTADO DUMA MAIOR CAPACIDADE NEGOCIAL
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Existem empresários que compram empresas concorrentes com o objectivo de obter um certo domínio num determinado segmento do mercado... depois... ao alcançarem um certo domínio no seu segmento de mercado, forçam os fornecedores a baixar os preços, isto é, ou seja, reduziram a capacidade negocial do fornecedores.
Existem políticos/marionetas que fazem o mesmo tipo de trabalho: leia-se, privatizam empresas estratégicas com o objectivo de reduzir a capacidade negocial do contribuinte/consumidor... beneficiando, desta forma, certos grupos económicos.
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Exemplo 1: Há alguns anos atrás quiseram introduzir taxas em cada levantamento multibanco... todavia, no entanto, o banco público C.G.D. apresentava lucros sem ser necessário mais uma taxa... o pessoal que queria introduzir mais uma taxa lá teve de amochar!...
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Exemplo 2: A EDP Renováveis vende a energia eólica a 60 euros o MWh em Espanha, nos Estados Unidos a cerca de 50 euros, e em Portugal vende a 100 euros... o contribuinte/consumidor, de mãos-atadas, tem de comer e calar!
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RESUMINDO: uma empresa pública em concorrência no mercado, a apresentar lucro, confere ao contribuinte/consumidor uma elevada capacidade negocial!
CONCLUINDO: por meio de referendo o contribuinte/consumidor deve decidir em que segmentos de mercado deve existir a concorrência de empresas públicas, isto é, ou seja, o contribuinte/consumidor deve decidir em que segmentos de mercado deve possuir uma maior capacidade negocial.
{http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/}
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P.S.
Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.

Jose disse...

Público/Privado é um debate que dispensa casos.
Para uns é uma questão de fé, para outros de poder/tachos, para outros é meramente uma alternativa entre gerir e regular.

Neste episódio fica lamentávelmente por dizer que o ajuste directo se fará, eventualmente, com uma das 12 empresas que participaram num concurso público, com toda a troca de informação que tal processo implica.
Também é claro que se o negócio não se fizer o Estado vai ter que incluir uns bons milhões no próximo orçamento. É certo que o voluntarismo contributivo leva muita gente a desvalorizar este pormenor, o que atesta um elevado espírito cívico e de solidariedade social, para dizer o mínimo de um tal voluntariado.

Anónimo disse...

Portugal esta´ num triangulo perigoso – E´ a crise económica capitalista – e´ a invasão migratória forçada pelas guerras capitalistas, através do Mediterrâneo e, se não bastasse temos de enfrentar a guerra cambial capitalista encetada pelo yuan chines… os distúrbios sociais ou culturais que se avizinham e o aumento da divida. E os políticos governantes deste País, teimam em se manter fiéis a um sistema que corrompe o mais sagrado.
Vivi sessenta e tal anos sem euros, passei por depreciações várias do escudo, já era para ter aprendido alguma coisa…E no entanto, me perdoem, estou a nadar no seco. E la dizia o velhinho – “antes de mergulhar na piscina certifica-te se ela tem agua” -.
Os dirigentes políticos portugueses não tem capacidade de prevenção nem de previsão futuras.
Tenho para mim que o pior esta para vir. Já passei por muito, mas palpita-me que a coisa não fica por aqui.
Os novos riquinhos de hoje parecem ser mais parolos que os de antanho e por isso mesmo, cegam mais facilmente perante a luminosidade do Bezerro de Ouro.
Sei que a humanidade vai percorrendo o seu percurso sem entraves. E sei também da rebelião do homem face as sociedades humanas por si criadas. Só queria num último desejo que acabassem com as guerras de todas as espécies.
De Adelino Silva

Anónimo disse...

Adelino Silva, atenção, não existe invasão migratória. o que existe é uma invasão de refugiados, criada pelas guerras que a direita abriu. refugiados que agora em mais um processo de novilíngua foram transformados pela direita dos noticiários em migrantes, como se as causas de fugirem fossem somente económicas e económicas para todos

Anónimo disse...

Manuel carvalho fala agora, depois de anos de cumplicidade com os sérgios monteiros e outros.

Abraham Studebaker disse...

Privatizar,pois claro! A ANA,desde que foi privatizada,já aumentou 8 vezes as tarifas que cobra. Isto é que é o verdadeiro ajuste directo sincronizado! Roda um mês e,hop!,outro ajuste mensal! Como é difícil ser admnistrador numa empresa sem concorrência mas,sempre,sempre,a servir o país e o Povo! Bem hajam!

Anónimo disse...

Memória e água fria....
Por entre apelos patéticos à confiança dos portugueses não se foge da bipolarização e do rotativismo como forma de garantir o prosseguimento dos 39 anos de retrocesso e afundamento do país.

Anónimo disse...

Ao anonimo do 26 de agosto de 2015 às 13:26
Sr. Sou um seu semelhante não um seu igual. Não tenho que ter atenção a coisíssima alguma.
Escrevo como me da´ na real gana sem ofender o meu semelhante, que não e´ igual!
Nunca, em tempo algum, aceitei correctores do pensamento humano.
Em tempos difíceis da censura, do lápis azul, nunca me verguei aos ditames da ditadura salazarenta.
Militar de Abril, sempre pugnei pelas amplas liberdades para todos os portugueses e naos só para alguns!
Leia bem o que escrevi e deixe para la´ a semântica!
Como não meti nenhum requerimento pra nascer, tem de aturar um homem liberto de peias e preconceitos. Com todo o respeito de Adelino Silva

Anónimo disse...

Eles gostam é de ter a faca e o queijo na mão. Assim não precisam de pensar muito.
Filipe

Anónimo disse...

Pela boca morre o peixe.

Anónimo disse...

Adelino Silva, não seja burro e não se arme em cão com pulgas. entrou-lhe a novilíngua no bestunto e nem percebeu.

chato quando se arroga nunca se ter vergado ao ditames da ditadura salazarenta. só mostra quem nem sempre sabemos bem a natureza daquilo a que não nos vergámos.

Nesta espécie de não-democracia verga-se aos migrantes inventados pelos cultores e herdeiros da ditadura salazarenta e ainda rabeia por lhe chamarem a atenção para a inconsitência de aceder a usar um termo fascista, dinamitando parte do que escreveu ao aceder a que aquela gente não é refugiada.

O Adelino Silva é que parece não ter lido o que eu escrevi antes de disparar e aceitar agora o usos de termos inventados pelos a quem antes se opôs e que formatam noticiários.

E nem estou sozinho como pode ler em http://manifesto74.blogspot.pt/2015/08/migrantes-ciganos-e-untermensch.html

Jose disse...

Adelino Silva,
Apesar das suas proclamações progressistas, tem de admitir alguma desactualização linguística.
A 'Agenda dos Coitadinhos' é o que está na moda e não se surpreenda de aí encontrar à mistura: vítimas de guerra, políticos perseguidos, desempregados, ciganos, oportunistas e tudo o mais que venha na rede!

Anónimo disse...

O pai do José era cigano? Ou era o amigo muito muito próximo da sua mãe que o era?
A agenda dos coitadinhos engloba assim o pai ou o amigo muito muito próximo da mãe e assim está explicado uma parte do percurso do José.

Jose disse...

17.54: Nada como permaneceres anónimo para esconderes a merda que tens na cabeça e o estofo de pulha no carácter.

Anónimo disse...

Bendito o país onde as maiores falcatruas se apresentam como se de actos de bondade extrema em prol da grei se tratassem. Não há coisa mais linda e inteligente do que praticar tropelias dentro da... Lei. Pergunta inocente de quem só cá veio ver a bola: se o outro está agora arrecadado em Évora, para onde irão estes senhores quando abandonarem o Executivo? Palpite de um inocente observador acidental: cheira-me que a única "pulseira" que estes excelentes elementos alguma vez usarão na vida será um discreto "Rolex" no pulso direito...

Anónimo disse...

Pois é, Herr "José", os ciganos ainda por cá andam... Infelizmente, os sacanas dos bolcheviques não deixaram o tio Adolf acabar convenientemente a tarefa de os exterminar a todos. Uma pena, Herr "José", uma pena...
Esses, os tempos do amante de ópera austríaco, é que eram os bons tempos, germaníssimo Herr "José": em vez da "Agenda dos Coitadinhos", havia uma outra "Agenda" - a "dos "Queimadinhos" - em que ciganos, judeus, eslavos, comunistas e outros "indesejáveis" em geral subiam levemente aos céus para nunca mais serem vistos.

Anónimo disse...

Caríssimo anónimo das 05 e 04. Mais uma vez na mouche.

"o objectivo racista da palavra «migrantes» é ressuscitar o conceito nazi de untermensch, ou sub-humanos, equiparando os refugiados a «ciganos» e legitimando a barbárie ilimitada" . Cito o António Santos no artigo referido aí em cima.

Jose prefere usar o termo " agenda dos coitadinhos"

Por exemplo aqui:"A 'Agenda dos Coitadinhos' é o que está na moda e não se surpreenda de aí encontrar à mistura: vítimas de guerra, políticos perseguidos, desempregados, ciganos, oportunistas e tudo o mais que venha na rede!"

A culpabilização das vítimas é típica dos violadores e abusadores. Foi um dos muitos processos usados pelos nazis.É um processo utilizado sistematicamente por este fulano que se assina como "jose" ( ou JgMenos ou ...quando calha)

De

Jose disse...

Faltava a aparvalhada Deolinda juntar-se ao coral dos invocadores de nazis para tentarem dar ares de lutadores por liberdades que não prezam.

Anónimo disse...

Adelino Silva, ainda sobre semântica não inócua, migrantes e refugiados leia-se aqui

http://www.ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2015/08/as-palavras-sao-importantes.html

Anónimo disse...


O silêncio sobre o denunciar de métodos utilizados pelo jose como métodos já utilizados pelos violadores e abusadores de todos os tipos, em que os nazis foram cabeça de cartaz, merece "apenas" isto. Um esbracejar em torno da deolinda (o amigo flamengo?) e o silêncio mai-la fuga

Ficam para depois as pieguices do dito sobre as "liberdades"e a contragosto cito,"a merda que tens na cabeça e o estofo de pulha no carácter".

De

Anónimo disse...

Ao mesmo tempo que Herr "José" acusa os outros de tomarem libertárias dores que, verdadeiramente, não sentem, demonstra, à saciedade, o amor desvairado que tem pela única liberdade que deveras preza: a liberdade de demonstrar a todos que por aqui passem a sua inenarrável psicopatia.
Herr "José" confunde a "migração" que sazonalmente faz com a fuga desesperada de seres humanos (homens, mulheres e crianças) à morte que lhes traz a guerra que nunca desejaram. Em rigor, essa josesística "migração" dá pelo nome mais tecnicamente adequado de "transumância". E há uma diferença que nem à paulada Herr "José" conseguirá entender: poderá ele chamar "migrantes" às cabras e aos cabrões seus "compagnons de route" nas suas andanças em rebanho pelas escarpas da Serra da Estrela; aqueles que fogem ao caos plantado nos seus países pelos EUA+UE=NATO têm dignidade humana para serem chamados de "refugiados".

Anónimo disse...

mais sobre migrantes e refugiados em http://www.ionline.pt/409195