sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Liberdade e serviços públicos


Uma grande frase, hoje proferida em Coimbra pelo mandatário nacional do Partido Socialista e «pai» do Serviço Nacional de Saúde. Uma frase que se aplica com igual relevo na defesa da escola pública e dos sistemas públicos de segurança e protecção social.

6 comentários:

Anónimo disse...

E ainda assim o PS propõe fazer regressar as taxas moderadoras ao nível de 2011. quando devia era acabar com elas. Nessa altura, já eu adiava idas ao médico.

Mário Reis disse...

Mas foi o governo do PS que lançou as bases para a verdadeira liberalização/privatização da saúde. Vulgarizou no discurso o termo "utente"; continuou com PPP para a gestão privada dos hospitais e acentuou a mercantilização contraditória com o desenvolvimento da qualidade da prestação de cuidados de saúde; engendrou um sofisticado plano de privatização dos hospitais fazendo entrar empresas privadas no capital social dos hospitais EPE's; etc.
Quanto mais privados houver maior será a despesa em saúde. Não deviam ter privatizado. Fizeram o contrário e Portugal tem um SNS a caminho da destruição (como em Inglaterra que é paupérrimo e inspirado na doutrina da Tatcher) tomado pelos privados. Nos hospitais os serviços de apoio são por outsourcing, muitos dos exames e medicamentos são comprados a privados. Muitos serviços hospitalares são pagos a privados com os subsistemas como fonte principal de receita. Para não falar das famosas listas de espera que são um grande negócio para os privados.
O SNS é garante de cidadania e de liberdade e está consagrado na Constituição. Em vez de palavras temos de solucionar corrigir alguns dos erros.
Não é o caso do Arnaut que sempre se opôs aos desvarios socialistas sobre o SNS, mas o PS dá uma cambalhota agora, defendendo o contrário do que quando governou, fazendo coisas que a direita não conseguiu fazer antes, coisas do agrado dos Mellos e das empresas do grupo Espirito Santo.
Coerência e alerta é preciso.

Jose disse...

Quem foi a mãe do SNS?
Quem é que meteu o SNS no reformatório?
Quem é que paga o SNS?

Essa do pai até parece que não temos serviços de saúde pública há séculos.

Anónimo disse...

Um muito bom comentário de Mário Reis.

Não , não temos um serviço nacional de saúde há séculos.A alarvidade não pode passar impune.
Uma das características que são imanentes ao capitalismo é "o propagar da mercantilização (commoditisation) numa escala até agora nunca vista. De particular relevância aqui é a mercantilização de sectores como educação e saúde."

Privados aumentam lucros na Saúde:
O volume de negócios das unidades privadas de saúde em Portugal cresceu 6,7 por cento em 2014, fixando-se nos 1345 milhões de euros, indica um estudo da Informa D&B divulgado dia 13.
As receitas do segmento hospitalar em regime convencionado aumentaram 7,6 por cento em 2014, depois de já terem crescido 16,2 por cento em 2013, totalizando 370 milhões de euros.
Quanto às unidades privadas de saúde com fins lucrativos, a faturação atingiu os 975 milhões de euros, o que representa uma subida de 6,3 por cento face a 2013, ano em que o crescimento foi de 4,6 por cento.
O estudo constata que o sector foi «impulsionado pelo desenvolvimento do modelo de gestão privada nos hospitais públicos, pelo recurso às entidades privadas por parte dos serviços públicos de saúde de forma a reduzir as listas de espera, e pelo aumento do número de utentes particulares».

Entretanto os cortes orçamentais efectuados entre 2010 e 2014 colocaram Portugal na cauda da Europa.Em termos de despesa absoluta per capita em saúde e em medicamentos, o nosso País ocupa hoje a segunda mais baixa da União Europeia, concluiu um estudo divulgado, dia 18 de junho em Lisboa.Portugal tornou-se ainda «o país da UE com menor acesso a novos medicamentos». Até Setembro de 2014, apenas 29 por cento dos fármacos entrados no mercado foram comparticipados, contra 78 por cento em Espanha ou 90 por cento na Dinamarca.

(Quanto à figura materna assumida por este jose parece que esta é mesmo uma fixação do próprio. É melhor crescer porque isso de usar fraldas agora só mesmo por incontinência)

De

Anónimo disse...

Quanto ao paraíso na saúde em Portugal sob as botas do idolatrado por este Jose compare-se com os numeros do SNS:

Em 1971 a despesa nacional com a saúde representava 2,6% do PIB e a grande maioria da população não tinha acesso aos cuidados de saúde. Era o tempo das Misericórdias onde a prestação de cuidados era gratuita mediante a apresentação de atestado de pobreza e dos postos da “Caixa” criados pelos regimes de segurança social das diversas actividades económicas e profissionais. E apenas acessíveis aqueles que descontavam para a “Caixa”.
Alguns indicadores de saúde expressam bem a realidade daquela época e a realidade actual.
A taxa de mortalidade perinatal, o número de óbitos fetais de 28 ou mais semanas de gestação e óbitos de nados-vivos com menos de 7 dias de idade, era em 1960 de 42,2 por mil e em 2012 baixou para 4,2 por mil.
A taxa de mortalidade neonatal, número de óbitos de crianças com menos de 28 dias de idade, era em 1960 de 28 por mil e em 2012 baixou para 2,2 por mil.
A taxa de mortalidade infantil, número de óbitos de crianças com menos de 1 ano de idade, era em 1960 de 77,5 por mil e em 2012 baixou para 3,4 por mil.
A taxa de mortalidade materna, número de óbitos de mulheres devido a complicações da gravidez, do parto e de puerpério, era em 1960 de 115,5 por 100 mil e em 2012 baixou para 4,5 por 100mil.
Os novos casos de tuberculose por 100mil habitantes eram em 1960 de 194,5 e em 2011 baixaram para 22,6.
A esperança de vida à nascença, número médio de anos que uma pessoa à nascença pode esperar viver, era em 1970 de 67,1 anos e em 2011 aumentou para 79,8 anos..

Ficam para depois mais pormenores macabros do mundo macabro defendido por este jose

De

Anónimo disse...

"Até parece que não temos serviço público de saúde há séculosa". Oh José, onde é que tens vivido? Aqui em Portugal não é certamrnte ou então és muito novito e não viveste os tempos de antes 25 Abril! Ou então és pago para intoxicar as caixas de comentários!...