sexta-feira, 28 de agosto de 2015
As palavras são importantes
Segundo o jornal espanhol El Diário, 73% das quase 300 mil pessoas que chegaram à Europa pelo Mediterrâneo nos primeiros oito meses de 2015 vêm da Síria (43%), do Afeganistão (12%), da Eritreia (10%), da Nigéria (5%) e da Somália (3%). Isto é, a maioria dos que chegaram à Europa até Agosto deste ano foge da guerra e da violência, das detenções arbitrárias e da tortura, da perseguição, dos abusos sexuais e da repressão das liberdades cívicas e políticas. Não são imigrantes, são refugiados, como o Alexandre Abreu oportunamente assinalou, em artigo recente no Expresso. São pessoas que fogem da guerra e não da paz, como lembra José Manuel Oliveira Antunes, ex-consultor jurídico do ACNUR e ex-membro da direcção do CPR, em artigo hoje assinado no Público.
Nada disto impede contudo que políticos como José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia e mordomo da Cimeira das Lages, trate a situação como se estivéssemos a viver tempos normais. Como se o que está em causa fosse pacificamente subsumível no quadro da «problemática» das migrações e das mobilidades no contexto europeu e mediterrânico. Isto é, num quadro analítico que permita ao antigo presidente da Comissão Europeia dizer que «os Governos europeus não estão a ser capazes de dar uma resposta à imigração» (sublinhado nosso), defendendo - perante os contornos dramáticos da situação actual - uma Europa de «portas abertas, mas não escancaradas». E tudo isto sem fazer qualquer referência ao silêncio cúmplice das instituições europeias relativamente ao que se passa na Hungria.
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18 comentários:
Podem os ilustres progressistas especificar o que deveria ser feito e porque processo burocrático (se é que não se trata de abrir portas e deixar fluir) em vez de acenar com espantalhos e fazer exercícios linguísticos de duvidosa honestidade?
Antes de mais nada um impropério
"Duvidosa honestidade" o tanas. "Duvidosa honestidade" da parte de quem,qual virgem ofendida, quer atirar para debaixo do tapete o seu próprio bolsar racista e xenófobo não pode passar. E dessta forma desonesta e ofensiva para os demais é que de todo não
De
Jose, está bom tempo, aproveita! Dá descanso ao computador onde todos os dias insistes em disseminar os teus ideais fascistas e vai dar uma volta, pode ser que um pouco de sol na cachola afugente o demónio salazarento que te possui o corpo...
Pode o José explicar-nos como Roma conseguiu impedir a entrada dos bárbaros? Dou-lhe um docinho se estes da UE conseguirem fazer melhor que os romanos do século III em diante. Não há nada a fazer, ponto. Melhor que entrem do que morram dentro de barcos e carros.
Aceito o repto de Herr "José". Digo-lhe já, ó insigne humanista de costela (de esqueleto?) salazarista, o que se poderia fazer em prol de toda a grei portuguesa no que a este assunto diz respeito: podemos trocar 50.000 sírios por um só Herr "José" (até o poderíamos entregar já previamente feito em postas). Juntaríamos o útil ao agradabilíssimo: salvaríamos muitíssima gente, teríamos um acréscimo de população (e sabe Deus o quanto disso precisamos), e ver-nos-íamos livres de um inútil e malcheiroso resquício do Portugal do santinho do Botas. Pense nisso.
Quem está a olhar para estas "coisas" com ar sobranceiro e arguto, serão talvez os... Estados Unidos!
Foram lá - com os acólitos de costume, desta vez, mais papistas que o Papa ! - desestabilizar a "coisa", estraçalharam aquilo tudo e agora, até parecem muito pesarosos com a situação mas, fazem de conta, que a desgraça caiu do céu!
O "post" de Nuno Serra começou bem, continuou bem, mas acabou menos bem. Ó Nuno Serra, explique-me lá, se essa atenção lhe não puser problemas de maior, que raio de autoridade moral tem a UE para criticar as acções do Governo húngaro. Aqueles que, juntamente com os EUA, destruíram criminosamente o Iraque, aqueles que fizeram retornar a Líbia à Idade da Pedra, aqueles que armaram até aos dentes assassinos jihadistas na Síria chamando-lhes "democratas", aqueles que convidaram para desfilar numa marcha contra o terrorismo o terrorista assassino de 500 crianças em Gaza, são esses os que se vão mostrar ofendidíssimos com a construção de um muro?
É conveniente não descontextualizarmos os fenómenos, procurando-lhes, a um mesmo tempo, a causa mais profunda. O começo de toda esta tragédia deu-se mais próximo do que os "media mainstream" nos querem fazer crer. A UE criou latrinas perto do seu território, cuidando que o cheiro que ulteriormente lhe chegaria seria o de um suave aroma a malva e maresia. Foi assim que o Kosovo foi amputado à Sérvia, e onde os EUA/UE viam mais um êxito das suas teorias de "nation building" foi parido um Estado falhado onde a criminalidade, os assassinatos, as armas e os tráficos de toda a natureza são tão abundantes quanto a fome. Resultado: uma vaga imensa de albaneses do Kosovo assaltou - atravessando a Sérvia ( os sérvios, claro está, rememorando contas antigas, lá devem ter dito para os seus botões: "Ai gostam de "kosovares"? Pois fiquem com eles todos... e que vos façam bom proveito!") - a Alemanha.
Os génios que governam esta UE sabem nada de História e ainda menos conhecem de Geografia. Essa gentalha julga-se a dirigente de um castelo inexpugnável, mas esqueceram-se de olhar para um simples mapa. Não contentes com as javardices já feitas, criaram uma nova cloaca ainda mais à beira da porta, a Ucrânia. Começam agora a circular umas esparsas e mui comedidas notícias de que há não poucos ucranianos "pró-Europa" a abandonarem o país antes que lhes dê a excêntrica pulsão (que a alguns deles deu, sabe-se lá porquê) de se armarem em passarinhos e "saltarem" de sétimos andares. E ainda a sangrenta procissão vai no adro...
Concluíndo, caríssimo Nuno Serra, nisto de "muros" há que não ser precipitado e há que recusar os juízos taxativos, pois desconfio que, não tarda nada, essas mesmas liberais democracias que nada opinam acerca do muro húngaro de extrema-direita estarão, elas mesmas, a erigir os seus domésticos muros. Ou, então, estarão a ensaiar mais uma "intervenção humanitária" que ocupará as costas líbias, uma espécie de muro neocolonial armado até aos dentes que nada mudará: quem hoje morre afogado no Mediterrâneo, morrerá amanhã à míngua de água no Sahara.
Anda tudo a atirar ao lado. Se querem realmente resolver o problema só há uma solução:
O que se fez para desocupar os territórios açambarcados pelo Japão e pela Alemanha. Ou começamos a ir e a mandar os nossos filhos de arma na mão e mochila ás costas para libertar os PAÍSES ocupados ou isto está tudo fodido (passe o pleonasmo).
A matilha treteira sempre adopta a solução que é bálsamo universal - como tudo é culpa do capitalismo e do Ocidente, todas as consequências são merecidas e espera-se que sejam as piores.
Vivem os palhaços no Ocidente e, por Alá, bem que merecem um jihadista que lhes ate uma bomba ao bestunto encardido de esquerdalhos.
Jose
és mesmo um cagalhão
é certo que respiras mas não és um ser humnao
aposto que és adepto do muro hungaro
para ti tudo é resolvido à pedrada
tu ainda não morreste mas já estás morto, Jose
o ódio consome-te a existência
até metes dó, sabujo
---------------------------
fazes parte do problema não da solução
Jose, és mesmo um cagalhão
até a tua mãe chora em vão
pois não tem culpa de teres um cérebro anão
- para ser cantado em modo rap sírio
Por favor digam aí ao herr jose para parar de fazer estas cenas tristes de pieguice insuportável quando se lastima que "tudo é culpa do capitalismo e do ocidente"
Agravada por essa bacorada ensandecida sobre "todas as consequências são merecidas e espera-se que sejam as piores"
Um ruminar a lembrar as cenas de lamúria das carpideiras sem coluna vertebral e sem dignidade, arrostando com cenários e com afirmações criadas na sua doentia imaginação.
De
Mas as palavras são de facto importantes.
"73% das quase 300 mil pessoas que chegaram à Europa pelo Mediterrâneo nos primeiros oito meses de 2015 vêm da Síria (43%), do Afeganistão (12%), da Eritreia (10%), da Nigéria (5%) e da Somália (3%). Isto é, a maioria dos que chegaram à Europa até Agosto deste ano foge da guerra e da violência, das detenções arbitrárias e da tortura, da perseguição, dos abusos sexuais e da repressão das liberdades cívicas e políticas.
Não são "migrantes" são refugiados. Refugiados das guerras de pilhagem promovidas pelo próprio mordomo das lages e seus sequazes
"Curioso" como a este propósito haja a tentativa de colar a tais refugiados termos como jihadista. (Utilizo o termo "curioso" para não ultrapassar a decência mínima nos comentários)
E é bom lembrar que quem assim procede é aquele que objectivamte defende o papel dos torturadores. Cito ipsis verbis a posição deste "jose" perante o tema: "vem armado em moralista condenar a tortura que visa obter a verdade sobre acções que ameaçam quem o torturador tem o dever de defender."
O que fica também é esta defesa proto-animalesca de um qualquer carrasco (islâmico, cristão,judeu ou de qualquer outro credo ou seita), tão patente nesta frase em que se presta a devida homenagem a quem inveja o modo de ser ou de estar: "o torturador tem o dever de defender."
No fundo um panegírico compreensivo prestado pelo jose aos que decapitam ou aos que torturam. Tudo uma "questão de dever".
De
Como eu o entendo, Herr "José", como eu o entendo... Boa, mas mesmo boa, é a direita (e certa "esquerda" equivocada) ocidental: uma vez feita a sangrenta borrada, e face aos catastróficos resultados das suas criminosas acções, olha para o céu, assobia e sai de fininho, porque o monstruoso rebento, afinal de contas, não tem pai nem mãe.
Anda a História toda a ser mal redigida e faltava cá a reencarnação, revista e piorada, de José Hermano Saraiva, para nos iluminar o caminho: o clarividente Herr "José". Do Tratado Sykes-Picot ao colonialismo francês e espanhol no Norte de África, passando pela intervenção no Canal do Suez e culminando na destruição do Iraque, da Líbia e da Síria, não há mão ocidental que se enxergue no cozinhar do desastre. Na verdade, tudo isso foi obra do torcionário braço do defunto Gengis Khan. Foi ele, ressuscitado e convertido ao comunismo, que lançou o caos e a mortandade no Médio Oriente e no Norte de África.
Já to disse, mas volto a repeti-lo: és um triste, Herr "José", não sabes nada de nada; és um pacóvio pedante e imbecil, um labrego de aldeia tido por génio pelos seus iguais só porque se não borra pelas pernas abaixo sempre que dá um passo; devias aparecer no "Guiness", pois és a verdadeira capícua em forma aparentemente humana: o que te sai da boca é da mesmíssima natureza daquilo que te sai pelo traseiro.
E olha, Herr "José", quando a "matilha treteira" te passar por perto, agacha-te, homem, agacha-te, e lambe-lhe as partes baixas que talvez por via oral consigas que algum raio de luz te penetre essa cloaca fétida e tenebrosa a que chamas de cérebro.
Que sejam chicos-espertos armados em desentendidos, manipuladores de citaçãos incompletas e fora de contexto, retorcedores de ideias claras, obstinados detractores de tudo que não invoque a meia dúzia de dogmas que estruturam a débil mente - tudo isso cabe na dialéctica de treteiros.
Mas a chungíce reles, o mau-gosto, o piroso ...não havia necessidade!
De facto é mesmo bom seguirmos com o debate.
Mais sobre migrantes e refugiados em http://www.ionline.pt/409195 (link de um anónimo aí num post atrás)
(Mas porque as palavras são importantes é bom relembrar
Que Jose ou JgMenos seja chico-esperto armado em desentendido, "arrependido" (apenas superficialmente) de ter dito o que disse por estarmos em campanha eleitoral, retorcedor de ideias claras, obstinado detractor de tudo que não invoque o sacrossanto poder do dinheiro - tudo isso cabe, não na dialéctica do treteiro, mas nas suas convicções profundas de ser ou de não ser
Mas a chungíce reles, o mau-gosto, o piroso de jose, transcrito aqui e mais uma vez ipsis verbis:
"Se era riquíssimo, (o avô do sócrates, nota minha) nunca lho contei, mas que a mãe esteve em serviço doméstico depois do divórcio (não era própriamente "sopeira" ) é seguro. E tudo o mais é confirmado.
Quanto ao filhinho, (o sócrates, nota minha), é um bom coirão".
Palavras mais para quê. Sem qualquer laço que me una ao dito sócrates, esta forma de debate dum personagem real e concreto diz o que este tipo por vezes não tem a coragem de se assumir
De
Ó caro De, há que compreender que no conceito muito "sui generis" que Herr "José" tem de "chungíce"(sic),de "mau-gosto",de "piroso", não entra a muito elevada e educada prenda de chamar puta à senhora progenitora de um ex-primeiro-ministro de Portugal. E essa elevação vem de quem, há uns tempos, foi aos arames quando alguém lhe perguntou se era filho de algum cigano. Desconfio que a indignação do punhos-de-renda Herr "José" seria equivalente se lhe perguntassem se era filho de algum negro, de algum indiano, de algum árabe...Palavras para quê, quando estamos na presença de um fabuloso pulha e de um eminente racista dos sete costados?
E "coirão" não deixa de ser, caro De, um belo qualificativo, quando aplicado à pessoa de um ex-primeiro-ministro. Ver o inútil trambolho que é Herr "José", um néscio de insulto pronto e gratuito sempre na ponta da língua, rasgar as vestes de indignação pela "falta de elevação" da linguagem é hilariante. Herr "José", Herr "José", quantas mais voltas dás a tentar lamber o próprio rabo, mais demonstras à saciedade que, picado e enlatado, nem uma sofrível ração para cães davas.
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