domingo, 24 de março de 2013

A quem serve o euro?


Uma imagem muito expressiva, ontem publicada na Business Insider (via Shyznogud, a quem agradeço a partilha), encimada por um título não menos sugestivo: «Veja num só gráfico porque é que nada está a ser resolvido na Europa».

A explicação, dada no artigo, é tão simples como o gráfico: «Nada pode ser feito sem a aprovação da Alemanha e, francamente, a Alemanha comportar-se-ia de forma insane se alterasse o actual estado de coisas. (...) O acesso difícil ao crédito, a baixa inflação e a austeridade funcionam de modo perfeito para o país que detém o poder», mesmo que «uma desvantagem para a Alemanha pudesse ser mais facilmente acomodada, através de um BCE mais interventivo e de um sistema de maiores transferências entre países. (...) Uma zona euro mais coesa poderia significar um euro mais forte, mas isso poderia prejudicar as exportações alemãs».

O que significa que quem aposta em pensar na saída da crise exclusivamente pela via das mudanças na arquitectura da zona euro (rejeitando desse modo considerar e aprofundar a reflexão sobre possíveis cenários de saída da moeda única), não poderá, honestamente, negligenciar as avultadas dificuldades políticas que subjazem a essa opção.

4 comentários:

Anónimo disse...

Estou a viver na Alemanha... e a crise ainda não se sente.. no entanto as empresas estão a começar a reduzir nos investimentos.. portanto é uma questão de tempo..

Anónimo disse...

O EURO foi projectado para servir os interesses do eixo Paris- --Berlim , da Áustria que é um Satélite da Alemanha e do Benelux.
a Alemanha domina actualmente de forma imperialista toda a UE. com a colaboração de alguns Governos fantoches.

brancaleone disse...

O eixo Paris-Berlim, há varios anos, é um "não-eixo" entre um devedor e um crededor... a seguir a Slovenia a França é proximo pais que se junta ao clube.
A Alemanha está a cortar o ramo sobre o qual está sentada, e vai machucar-se também.

Anónimo disse...

brancaleone: espero que quando cortarem o ramo que os amparam que tenha uma queda valente e que façam grandes "dói dóis"