quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Crítica do Pacto de Competitividade


"A procura da competitividade a qualquer preço pode tornar-se contraproducente se for baseada na redução dos salários em vez dos aumentos da produtividade. Por um lado, os ganhos em termos de quotas de mercado que ela permitiria fazem-se necessariamente à custa dos parceiros comerciais mais próximos, o que não é recomendável como modelo de crescimento para uma zona económica integrada como a zona euro.

Por outro lado, os ganhos de competitividade que resultam de uma moderação salarial reduzem o consumo das famílias, retirando ao crescimento um motor essencial, sobretudo quando este tipo de estratégia é seguido por um grande país [ver gráfico].

A inserção dos países da zona euro no comércio internacional é certamente um elemento-chave do crescimento, mas ela será mais eficaz se for suportada por uma política de inovação activa e coordenada em vez de uma espiral de baixa dos salários."

[Carta do OFCE, aqui]

9 comentários:

Anónimo disse...

Se a Alemanha aumentasse muito os salários ou reduzisse impostos gritava-se contra o egoísmo e desigualdade que isso representaria. Gostaria de ver o que se dirá aqui quando os impostos forem diminuidos.
O que é curioso é que este ano os salários estão a ser aumentados como na Auto-europa. Por vezes parece-me que se fala de uma cartilha e não da realidade. Além disso, a redução do desemprego vai conduzir ao aumento de salários. Não se preocupe que o mercado sempre faz alguns ajustamentos.


Jorge Rocha

Anónimo disse...

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http://a4guerramundial.blogspot.com/2011/01/os-senhores-do-mundo-o-governo-mundial.html

Anónimo disse...

Check this out:

http://www.activistpost.com/2011/02/israel-warns-it-might-act-on-iranian.html

Maquiavel disse...

Ó Rocha, o país onde "a redução do desemprego vai conduzir ao aumento de salários" é o mesmo onde se fica rico a trabalhar, e os ricos pagam impostos.

Essas coisas só funcionam em teoria, e na prática enquanto os pacóvios acreditarem. Esta "cryse" trouxe MAIS desemprego e MENOS salários. Ainda näo entendeu? Veja a realidade e esqueça os alfarrábios de Smith, que o homem já morreu há 200 anos!

Anónimo disse...

Aqui vai um link para um paper que documenta esta histooria toda:

http://www.levyinstitute.org/pubs/wp_651.pdf

Este trabalho clarifica porque ee que caalculos agregados de "unit labor costs" induzem em erro a "corrente bem organizada” de que fala a Dra. Maria Joao Rodrigues. Aqui vai o abstract:

"Current discussions about the need to reduce unit labor costs (especially through a significant reduction in nominal wages) in some countries of the eurozone (in particular, Greece, Ireland, Italy, Portugal, and Spain) to exit the crisis may not be a panacea. First, historically, there is no relationship between the growth of unit labor costs and the growth of output. This is a well-established empirical result, known in the literature as Kaldor’s paradox. Second, construction of unit labor costs using aggregate data (standard practice) is potentially misleading. Unit labor costs calculated with aggregate data are not just a weighted average of the firms’ unit labor costs. Third, aggregate unit labor costs reflect the distribution of income between wages and profits. This has implications for aggregate demand that have been neglected. Of the 12 countries studied, the labor share increased in one (Greece), declined in nine, and remained constant in two. We speculate that this is the result of the nontradable sectors gaining share in the overall economy. Also, we construct a measure of competitiveness called unit capital costs as the ratio of the nominal profit rate to capital productivity. This has increased in all 12 countries. We conclude that a large reduction in nominal wages will not solve the problem that some countries of the eurozone face. If this is done, firms should also acknowledge that unit capital costs have increased significantly and thus also share the adjustment cost. Barring solutions such as an exit from the euro, the solution is to allow fiscal policy to play a larger role in the eurozone, and to make efforts to upgrade the export basket to improve competitiveness with more advanced countries. This is a long-term solution that will not be painless, but one that does not require a reduction in nominal wages."

Cumprimentos
Joao Farinha

loira disse...

eu acho é que confundem aumento da produção com aumento de produtividade...aumento de produtividade é fazer o mesmo ou mais com menos recursos ( tempo , energia e até pessoal ). se aumentassem a produtividade é óbvio que não precisavam de reduzir salários , seguramente os podiam aumentar. mas o estado até conseguiu diminuir a produtividade inventando uma serie de burocracias palermas para criar emprego aos licenciados de caracaca que só fazem perder tempo e paciência. parecido com aquelas cenitas de relatórios e papeis que os profs têm de escrevinhar para o ministério..

loira disse...

não levem a mal...mas vim cá perguntar se percebem que aumento da produtividade ( a tal que proporciona igual ou mais com menos) pode resultar num aumento do desemprego?
lá no hotel há 100 quartos e 20 empregados que rendem x ; reformam-se 10 e contratam logo 5 da ucrania ( bué bons a matemática e a planificar trabalho ) que fazem o mesmo dos outros 10...claro que já não vão contratar mais 5 , não é? e é óbvio que esses 5 produtivos deveriam receber mais ( até o fidel já percebeu) , se receberem o seu salário mais metade do funcionário que pouparam , ganham todos , patrão ( que tem menos encargos ) e o produtivo. mas claro , como tem lá uns que ganham por antiguidade e não fazem já um corno , aproveita a lei que legitima pagar menos a quem faz mais por ser novato.

loira disse...

e não venham dizer que o dono do hotel devia ampliá-lo pois tem o dever de criar empregos e meter mais 5 . e se o homem não quiser ganhar mais dinheiro ? se achar que as chatices acrescidas não compensam e curte small?
as pessoas têm o direito de manter os seus negócios a um nível que lhes permita controlá-los com o tempo que estão dispostas a dedicar-lhe. não têm qualquer obrigação social em geral , têm-na familiar ,como todos os bichos da natureza.
e vou-me.

linkwheel disse...

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