domingo, 31 de maio de 2009
São rosas, senhor
Este fim-de-semana teve lugar mais uma recolha de alimentos promovida pelo Banco Alimentar Contra a Fome. O regaço desta instituição alimenta este ano mais bocas dado o aumento da pobreza em Portugal. Segundo o "Público", “só nos primeiros quatro meses deste ano, houve 368 novos pedidos, mais do dobro do número de pedidos registados em igual período do ano passado” (31-05-2009). De louvar a iniciativa da economista Isabel Jonet que envolve milhares de voluntários. A lamentar o aumento do número de pessoas que batem a esta e a outras portas para comer.
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2 comentários:
"Mas podíamos, para terminar, falar de raspão no caso do Banco Alimentar Contra a Fome, exemplo de uma IPSS «desinteressada» e católica. A organização afirma a finalidade de apenas servir os pobres. Recebe do Estado contribuições sob a forma de subsídios. Das grandes empresas, donativos e parte do excesso dos seus stoks. Do cidadão comum, aquilo que ele lhe puder oferecer. O Banco Alimentar orienta a sua actuação pelo princípio da conciliação de classes. É benéfica para o cidadão porque aplaca a revolta moral que a miséria lhe pode causar e lhe dá uma esmola. É positiva para as empresas, visto que escoa os seus excedentes e concorre para lhes aumentar as vendas. E é necessária ao Governo e à Igreja, dado que se substitui à acção social do Estado democrático, funciona com base no voluntariado e distribui as suas recolhas a partir de instituições piedosas tais como os centros paroquiais, as conferências vicentinas, as congregações e fundações católicas, as comunidades locais, as ATL, os lares de idosos, etc.
Toda esta rede é praticamente indetectável. O grande objectivo é condicionar as vontades, criando laços de necessidade submissa e de sujeição e convencendo os simples da inutilidade da mudança."
In Avante
e assim o Banco Alimentar se substitui ao Estado...
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