segunda-feira, 25 de maio de 2009
A força do empresarialmente correcto
A força do empresarialmente correcto, mais poderoso do que o chamado politicamente correcto, ficou demonstrada com uma cambalhota do PS. Em Abril, este partido tinha aprovado, na generalidade, uma proposta do BE que, entre outras coisas, tributava fortemente os prémios auferidos pelos administradores de empresas. Tratava-se de uma proposta sensata num país onde as desigualdades salariais, das mais elevadas do mundo desenvolvido, não param de crescer. Tratava-se de uma proposta expressiva que iria remover alguns dos privilégios dos gestores de topo, um poderoso e pouco escrutinado grupo de interesse. Na semana passada, o PS decidiu chumbar, na mais discreta especialidade, a proposta anteriormente aprovada. Esta atitude mostra como o PS continua preso à ideologia económica liberal responsável pela crise. Uma ideologia que ofusca alguns factos essenciais. O resto da minha crónica no i pode ser lido aqui.
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2 comentários:
ora , não estão muitos políticos em cargos desses? há que pensar no futuro , né?
Qual é exactamente o interesse público a ser defendido nessa proposta de lei? Quando se fala de prémios de gestores, são gestores de empresas privadas, certo? Se forem prémios de empresas públicas, muito bem. Se forem de empresas privadas, não estaremos perante um certo moralismo hipocrita?
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