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Para lembrar num país onde abundam as propostas que, partindo de um diagnóstico errado dos nossos problemas, pretendem transferir o fardo do ajustamento para os mesmos de sempre. De António Barreto a Vítor Bento não faltam péssimas ideias. Felizmente, temos economistas de combate como Carlos Santos que desmontam, ao correr do teclado, aberrações que nos levariam à depressão profunda se fossem seguidas universalmente. A solução da «flexibilização das relações laborais», como já aqui defendi, é, no actual contexto, apenas uma forma de aumentar a discricionariedade empresarial, permitir a transferência de custos para os assalariados e diminuir os salários. Uma forma de acrescentar crise à crise. É o valor das ideias. Das boas e das más ideias. Temos de agir como se tudo dependesse delas.
Já agora, não percam os artigos de Carlos Santos e de Ricardo Paes Mamede sobre a UE no Le Monde Diplomatique de Maio. Isto está tudo relacionado. Infelizmente, a UE é hoje uma poderosa estrutura de constrangimento, criadora das condições para que as soluções políticas das nossas desgraçadas «elites» possam passar por naturais e inevitáveis. Para um aperitivo leiam isto ou isto.
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