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Esta é, em certa medida, a abordagem defendida pelo economista Nicholas Stern, o autor do célebre relatório Stern sobre os custos económicos das alterações climáticas, encomendado recentemente pelo governo britânico. Stern considera que estas constituem a maior «falha de mercado» da história da humanidade. Sendo assim, desenhemos «mecanismos» em que o direito dos países a poluir passe a ter um preço. Embora estes mecanismos procurem mimetizar as propriedades dos mercados, a verdade é que a fixação das quotas de poluição permissíveis e sua afectação (elemento indispensável para que se construam «mercados»), os objectivos de redução das emissões, o apoio e incentivo ao desenvolvimento de novas soluções tecnológicas mais limpas ou os apoios aos países mais pobres (para combater as desflorestação em curso por exemplo), exigem um colossal esforço político de coordenação e de planeamento que são claramente não-mercantis. É de Stern a expressão «New Deal global». E falar de New Deal assusta e muito os nossos liberais intransigentes e explica grande parte do seu «negacionismo ambiental» e da sua irracional recusa em aceitar o consenso científico na área das alterações climáticas.
1 comentário:
«When you warn people about the dangers of climate change, they call you a saint. When you explain what needs to be done to stop it, they call you a communist.»
George Monbiot
http://www.monbiot.com/archives/2007/12/04/what-is-progress/
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