A crise financeira do último Verão está longe do seu fim. Ontem, a estratégia concertada dos principais bancos centrais não foi bem recebida pelos mercados bolsistas. Aparentemente, a mera injecção de liquidez não resulta, dada a opacidade reinante sobre a real dimensão da crise. Dado o risco, uma maior disponibilidade de fundos não resulta em mais investimento. Maiores cortes na taxa de juro, que reduzam a incerteza das decisões, são assim apontados como única saída. Uma medida que os Bancos Centrais não parecem dispostos a tomar devido às actuais pressões inflacionistas.
Entretanto, a crise agudiza-se. Já não é, como parecia no Verão, uma mera crise de liquidez provocada por problemas numa pequena parte do sistema financeiro (o crédito imobiliário de alto risco). A crise generalizou-se e transformou-se numa grave crise de crédito - motor da financiarizada economia global. Como bem aponta Nouriel Roubini, esta pode bem ser a «primeira crise real da globalização financeira».
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