André Freire publicou hoje um excelente artigo de análise do acordo PS-BE para a Câmara de Lisboa (via Arrastão). Será que este acordo pode contribuir para romper «o enviesamento para a direita do sistema partidário português?» Será que a captura da direcção do PS pelas correntes neoliberais é apenas circunstancial e pode ser reversível com outras figuras e sobretudo com outra correlação das forças sociais e políticas? Não deveria o BE apostar na acumulação de forças em oposição às orientações neoliberais do governo Sócrates, mas sem fechar o leque das opções, pelo menos para já, relativamente a 2009? E quais poderiam ser os termos de convergências políticas mais ambiciosas à esquerda? E por que é que quase ninguém fala sobre esta questão (a da alternativa)? Será que é possível em Portugal um programa reformista forte de esquerda? Com os actuais constrangimentos internacionais? E qual o balanço das participações de outros partidos da «esquerda socialista» em governos?
Uma coisa é certa: acho que são questões e impulsos políticos deste tipo que assustam a direita dos interesses. Por isso vale a pena prosseguir com eles.
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1 comentário:
Chamar neo-liberal ao José Sócrates é uma tonteria que só pode vir da cabeça de quem pensa que o BE é uma alternativa séria de governação.
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