Miguel Vale de Almeida escreveu, em posta, a melhor reflexão política, moral e pessoal que eu li sobre a trajectória do ensino superior em Portugal: «A universidade caminha para deixar de ser universal. Passará a ser uni-versal: um só verso, um só lado». Os tempos seriam menos sombrios se a esquerda conseguisse sempre transmitir a ideia de que o combate à «neoliberalização» de esferas essenciais da vida social não pode nunca ser confundido com a simples defesa do que existe. A esquerda tem que ter muito mais «saudades de futuro».
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2 comentários:
Muito bem, é esse o caminho correcto. A universidade tem apenas que levar em conta a escolha de quem entende valorizar o seu curriculum. Como investimento em si próprio, nada mais justo do que ser o próprio a investir na sua futura prosperidade.
O ensino universal leva as multidões ao engano, pois os estudos a custo zero (para o próprio) levam pessoas a enverdar por anos de desperdício numa carreira sem mais valia.
É muito preferível estudar num só verso: o meu. No harm done portanto.
hoje em dia a universidade é tão universal que no acesso à mesma não se destinge o trigo do joio e entra todo o bicho careta
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