Helsínquia: rendas controladas e iniciativa pública fazem a diferença: “quase um quinto das habitações pertence ao município, que as disponibiliza em regime de arrendamento de longa duração com o objetivo de assegurar a o direito à habitação e a diversidade social no seu território.”
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3 comentários:
Um dos requisitos básicos para se ter acesso a um apartamento social na cidade de Viena é ter rendimento anual abaixo de determinado valor.
E qual é esse valor?
1 pessoa: 53,340 €
“Os limites de rendimento relativamente altos (75% da população vienense ganha menos) garantem que a “classe média” também tenha acesso ao estoque de moradias subsidiadas de Viena.”
https://socialhousing.wien/tools/flat-allocation-criteria
E depois leio comentários a dizer que habitação social é apenas para pessoas carenciadas... é preciso ser proprietário para se dizer uma coisa destas...
Mas é verdade, a “classe média” tem carência de habitação, o Estado português falhou e falha em cumprir a constituição portuguesa.
Também já li que a habitação social depois fica degradada pois a cidade não tem recursos para a manter. Então expliquem-me como encontrar um prédio devoluto é como encontrar uma agulha num palheiro em Viena! É elevadíssimo o nível de ordenamento e preservação naquela cidade, deve ser o “mercado livre” o responsável!…
Capitalismo, especialmente na sua fase financeirizada, cria mercadorias inacessíveis à maioria das pessoas, mas como a ubíqua propaganda (seja nas opiniões dominantes como no marketing/ publicidade) adora fazer crer que o problema é do indivíduo por não conseguir aceder a essas mercadorias. Habitação reduzida a mera mercadoria é tragédia social, e nós estamos a viver essa tragédia, há responsáveis por esta tragédia.
Os negacionistas da grotesca crise da habitação que aflige o povo português serão derrotados, e estão cada vez mais ao nível daqueles que dizem que a terra é plana!
"Processo revolucionário em curso" em finlandês: "käynnissä oleva vallankumouksellinen prosessi"
Querida Tina,
O teu comentário só peca por misturar assuntos de forma errónea. Se formos a todos os países denominados de esquerda (socialista e comunista), será fácil ver a existência de um parque habitacional degradado.
Os países em que isto não acontece, são países que conseguem ter uma procura elevada de investimento estrangeiro, mão de obra qualificada, literacia financeira e acima de tudo, educação e respeito pelo património.
Relativamente ao Capitalismo, tudo que seja levado ao extremo resulta no mesmo efeito (basta ver que há câmaras de vigilância nas ruas tanto dos EUA (p.e. Newark) como na China). A questão é: como é que conseguimos transformar-nos num sociedade civilizada sem procurar bodes/retóricas expiatórias e populismos? Talvez começasse exactamente pelo que diz e fosse importante trazer à responsabilidade quem faltou e talvez fosse tempo de reverter a centralização crónica e fomentar um tecido económico saudável e competitivo fora das metropoles.
Só assim deixaremos de seguir a estratégia da Madre Teresa de Calcutá em que perpetuamos a pobreza porque ela é quem nos dá os pobres que nos ajudam a ter notoriedade...
Eu só acredito na esquerda quando ela trabalhar com o objectivo de se tornar obsoleta e não de caçar votos e relevância...
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