sexta-feira, 8 de julho de 2022

O problema é mesmo a falta de casas?


Na reação à atual crise de habitação, que atravessa hoje a generalidade dos países europeus, incluindo Portugal, «a nossa direita apressou-se a identificar a "falta de casas" como a raiz do problema. Isto é, como se o que estivesse em causa fosse um simples défice de oferta. (...) Sucede, porém, que esta tese não colhe quando se olha para os números, tirando o tapete à leitura convencional a que a direita, convenientemente, deita mão. De facto, tanto o número de alojamentos (oferta) como de famílias (procura) pouco se alteraram ao longo da última década. O parque habitacional aumentou em cerca de 111 mil fogos entre 2011 e 2021 (+1,9%) e as famílias residentes em cerca de 105 mil (+2,6%), ao passo que o Índice de Preços da Habitação (IPH) subiu vertiginosamente no mesmo período, “descolando”, em termos de ritmo de crescimento, da evolução da oferta e da procura.»

O resto da crónica pode ser lido no Setenta e Quatro.

6 comentários:

António Alves Barros Lopes disse...

Portugal não tem falta de casas! - Portugal tem casas a mais!

Anónimo disse...

Lido o artigo na íntegra, concordo totalmente com o diagnóstico. Todavia, pergunto, o que advoga para solucionar?

Anónimo disse...

Muitos dos comentários neste blogue não estão a ser publicados, verifiquem se efectivamente não estão a ser ignorados os participantes ou se há mesmo problemas na plataforma, situação não é recente.

Jose disse...

'Muitos dos comentários neste blogue não estão a ser publicados...'
Surpreendente!

Anónimo disse...

Casas a mais em alguns sítios, e casas a menos noutros...

Anónimo disse...

Acho engraçadas as queixas de que há comentários que não aparecem sem apresentação de provas.
Interessante também é o comentário de quem, tão eloquentemente, diz nas entrelinhas “ah e tal, estás a fazer uma análise a dados e a apresentar factos mas não apresentaste uma forma simples para resolver um problema complexo em 3 tempos, por isso o que dizes não vale nada”.
Génios, estes portugueses.