Agora veja-se o que o Expresso decide destacar, em título, numa notícia sobre esta sondagem (bem como o parágrafo inicial, que reza assim: «Uma sondagem da Aximage (...) mostra que o líder socialista tem vantagem quando a questão é sobre quem recolhe mais confiança dos portugueses para ser primeiro-ministro, com 51% das respostas, face a 25% recolhidos pelo social-democrata. Porém, se António Costa é visto como mais competente, mais solidário e mais influente do que Rui Rio, há um factor onde o social-democrata está na frente do socialista: na honestidade, onde Rio recolhe 25% das respostas (e a sua melhor nota), face a 24% do socialista»).
Uma boa síntese, não é?
4 comentários:
Convém recordar que nas próximas eleições legislativas, nas quais todos os partidos apresentam candidaturas, os cidadãos portugueses vão escolher deputados para a Assembleia da República - não se trata propriamente de optar entre um primeiro-ministro do PS e um primeiro-ministro do PSD...
A propósito destas eleições legislativas, foi hoje divulgada uma sondagem referente às intenções de voto: https://cnnportugal.iol.pt/eleicoes/legislativas/sondagem-cnn-tvi-distancia-entre-ps-e-psd-esta-agora-mais-pequena/20211217/61bcde110cf2c7ea0f0e0815 .
Perante estes resultados, podemos constatar o seguinte:
1. O partido com mais intenções de voto nesta sondagem é o PS, mas a sua percentagem (37 %), além de contrariar as ilusões de uma "maioria absoluta" para o PS, é ultrapassada pelos 38,6 % da Direita-sem-Chega (PSD + IL + CDS).
2. Os partidos à Esquerda do PS não passam de 10,8 % das intenções de voto, com 5,9 % para a CDU (PCP/PEV) e 4,9 % para o BE; mas o Chega chega apenas a 6,3 %.
3. A Esquerda-no-sentido-lato (PS + PCP/PEV + BE), com 47,8 %, ultrapassa claramente a Direita-no-sentido-lato (PSD + IL + CDS + Chega); mesmo com o Chega, a Direita portuguesa só chega a 44,9 %.
Estes resultados sugerem que a Esquerda-no-sentido-lato (PS + PCP/PEV + BE) vai voltar a ficar em maioria na Assembleia da República.
A. Correia
Uma boa síntese de um pasquim que passa por jornal de referência? Sim, é.
As avaliações individuais,resultantes de inquéritos ou sondagens,ou com eles relacionados têm um factor de subjectividade implicíto que tanto Rui Rio como a Redacção do Expresso, já teriam de saber se a isenção e a objectividade fossem a sua bitola de apreciação. A avaliação de honestidade atribuída a Costa, diz pouco acerca dos eleitores ou dos cidadãos inquiridos, mas diz muito mais da desonestidade política de uma redacção e de um semanário para quem a imparcialidade é um exercício semanal doloroso.
Pelo menos não escreveram CLARAMENTE à frente....1% de honestidade política? Pessoal? Com os eleitores?
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