sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Querido diário - anteontem, ontem e hoje

Jornal Público de hoje, com uma fotografia de há 30 anos, e o mesmo jornal de há 10 anos

... e a austeridade continua dentro de momentos, mais não seja pela mão dos liberais, estejam ou não no Governo.

Para complementar o post do Diogo Martins e depois de tudo o que se vive em Portugal, duas décadas de estagnação económica, de divergência profunda com o centro europeu, de empobrecimento dos portugueses e da sua emigração, com a extrema-direita na Europa a aproveitar-se sem cerimónias das fundas desigualdades criadas, só faltava ouvir Carlos Costa - assessor de Cavaco Silva nos anos 90, um dos grandes artífices da assinatura de Maastricht durante a presidência portuguesa da UE, um dos defensores da actual coxa construção do euro, responsável da sucursal do BCE em Portugal e co-responsável pelo afundamento do principal banco privado português antes da "saída limpa" da intervenção da troica, conduzindo à sua venda a correr a um fundo-abutre - afirmar que o bom exemplo de Portugal pode colocar em causa a coxa arquitectura europeia que ele tanto defendeu há 30 anos.

Até quando aceitar malabaristas?

PS: Muito sintomático que o jornal Público tenha atribuído a tarefa de assinalar a data da assinatura do Tratado de Maastricht ao seu novo estagiário Cavaco Silva, precisamente a pessoa que o assinou por Portugal e que há dias escrevera um outro artigo no jornal Expresso a chamar a atenção para a estagnação em que Portugal presentemente vive. Deram-lhe 3 páginas do jornal (!) e o assunto nem foi mais falado na mesma edição.

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