quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Não vale a pena insistir na propaganda


Por cá, a comunicação social anda sobretudo entretida com critérios ético-políticos de vacinação. A contradição principal está a montante, claro. Semanas depois de termos chamado a atenção para isto, com base numa notícia da imprensa alemã, a incompetência de Bruxelas começa realmente a ficar bem patente, mas, substituindo jornalismo por propaganda, os correspondentes em Bruxelas ainda se esforçam por papaguear a versão cada vez mais desesperada da Comissão Europeia. 

No entanto, alguns factos parecem ser teimosos: a UE assinou um contrato para 400 milhões de doses três meses depois, três meses depois, notem, do Reino Unido (100 milhões) e duas das quatro fábricas da multinacional AstraZeneca, cuja vacina dependeu da colaboração com a Universidade de Oxford, estão localizadas no território do nosso mais antigo aliado e estão a laborar em pleno, ao contrário das duas fábricas continentais, tendo resolvido atempadamente problemas de fabrico entretanto aí surgidos e privilegiado quem encomendou primeiro, naturalmente. O vermelho no mapa ficará ainda mais carregado nas ilhas, dada a importância crucial do ponto de partida. As multinacionais têm sempre de ser vigiadas de perto e enraizadas no território. Até o dogmaticamente eurófilo The Guardian reconhece o contraste.

Parece que a localização e a agilidade dos Estados soberanos contam e que afinal o mundo não é plano, ao contrário do que afiançavam os dogmas globalistas bem enraizados na bolha pós-democrática de Bruxelas. Portugal faria bem em depender menos da UE. Parece que há vida fora da UE e vacinas também. 

10 comentários:

Anónimo disse...

E La Nave Va.

Lowlander disse...

As fantasias neoliberais dos "mercados livres" tem destas coisas giras... a Comichao Europeia, tao ciosa dos mercados livres e da iniciativa privada lancou ontem um par de atoardas para nos fazer sorrir:

1) deu instrucoes a Astra Zeneca para por os centros de producao localizados no Reino Unido a produzir vacinas para UE - economia planificada na neoliberal Uniao? -

2) pediu a Astra Zeneca para publicar o contracto celebrado com a UE na sua totalidade - desculpe... como disse? entao a UE nao tem uma copia do dito contracto tambem? confidencialidade terei ouvido bem? entao mas essas leis da confidencialidade dos contractos, nao e a Comichao Europeia que as codificou em lei? nao sao soberanos? mudem a lei... ou entao, nao medigam que a Comichao Europeia nunca ouviu falar de fugas de informacao anonimas para os jornais...

Olha, afinal foram tres, senhores, tres (!) as atoardas:

3) ameacou vagamente embargar a exportacao para fora da UE de vacinas produzidas na UE. - tres hurras (tres!) para os paladinos defensores dos mercados livres de proteccionismo.

Anónimo disse...

A UE contratou pagar 400 milhões de € à AstraZeneca (de capitais Ingleses e Suecos) para o fornecimento da vacina. Bruxelas recusou-se a revelar quanto desse dinheiro foi efetivamente pago, o que significa que ou foi tudo, ou anda lá próximo.
E a empresa não fornece as vacinas, porque está a vendê-las a quem paga melhor.
Queriam concorrência e mercado livre?
Ora aí está a concorrência e mercado livre.
E a concorrência e o mercado livre estão a dizer à UE: vai-te catar!
Os "tecnocratas-couve de bruxelas" passaram meses a negociar o preço com a empresa e o resultado está à vista: foram ultrapassados por outros países, que em vez de tecnocratas, mandaram políticos negociar com a empresa.
Afinal, não é bem um talho. É mais uma retrosaria.
Há países que estão muito à frente da UE em percentagem da população vacinada.
A começar na Inglaterra do BREXIT, cujo ritmo de vacinação devia encher de vergonha as "couves de bruxelas".
O Brexit não provocou o caos no RU, que está bem e talvez se venha a recomendar.

Jose disse...

Se não fora isso, seguramente o nosso SNS tinha batido a nota muito mais cedo e já estávamos todos vacinados.
Agora, que as fábricas na Europa não tenham sabido a tempo dos problemas de produção em Inglaterra é que é mistério a desvendar.

TINA's Nemesis disse...

Gomes Ferreira a tentar denegrir o SNS e defender os interesses das seguradoras!

Vídeo ->

https://twitter.com/dplouro/status/1354581358618750977

"Um ignorante a falar sobre o que não sabe ou um mentiroso a propagar mentiras. Eu escolho a última, porque é visível o incómodo que ele sente.
Sobre o sistema de saúde suíço em comparação com Portugal eu próprio e outros já explicaram as razões do SNS ser melhor.

Ao afirmar que as seguradoras na Suíça são mais honestas não está a ele próprio a ser honesto. O seguro de base é obrigatório, nenhuma companhia o pode recusar. Essa é a única razão de não cortarem o seguro. Mas eles cortam muita coisa e de que modo.

Além do seguro de base existem muitas complementaridades.
Por exemplo, poder escolher hospital dentro do Cantão ou ainda poder escolher hospital em todo o país. Na base não temos esse direito. Existem também opções para escolher tratamento experimentais, quarto privado, etc.

A lista é longa. Se alguém tem o azar de ter uma doença ou acidente que requeira um tratamento prolongado ou vitalício imediatamente as companhias cortam essas opções. Claro que o prémio baixa mas o facto é que muitos pagaram durante anos e a companhia fica com o dinheiro.

Ao meu filho, devido a ter tido mais de duas intervenções cirúrgicas, nenhuma companhia o deixa assinar mais que o seguro de base. Portanto o que este senhor diz é uma grande mentira. Outra coisa que ele deixa de fora é o preço que é uma enormidade.

Está aqui tudo. Menos os preços, mas garanto que são altos. Reparem no link sobre as crianças. Como eu disse todos pagam, até os recém-nascidos. Podem escolher o idioma no canto superior direito.
Não vão na conversa dos adeptos do Chaga e dos liberais

https://www.ch.ch/en/health-insurance/ "

Louro no Twitter.


É esta a gente muito séria que se encontra na Comunicação -manipulação- Social!

Anónimo disse...

Isto ê mesmo uma tentativa de josé de defender a incompetência da Comichão de Bruxelas?
Então e a gestão por objectivos ainda não chegou à comichão ? À Alemanha parece que sim

Anónimo disse...

Porque motivo temos que apanhar a propaganda de Gomes Ferreira ?
Sobre a propaganda europeista nada?

Anónimo disse...

As trafulhices das farmacêuticas: El contrato con la AstraZeneca fue el primero que firmó la Comisión EUROPEIA.a finales de agosto de 2020 y prevé la entrega de hasta 400 millones de dosis una vez la Agencia Europea del Medicamento (EMA) dé su visto bueno a la vacuna este viernes 29 de enero.
Es decir, el Gobierno europeo ha comprado a una empresa un producto que no existe (entonces no estaba aprobada la vacuna). Ha adelantado dinero a una compañía que se ha permitido el lujo de revender ese producto a otros países:

fonte: https://mpr21.info/el-mayor-pelotazo-economico-de-la-historia-de-la-salud-publica-las-vacunas-contra-el-coronavirus/?fbclid=IwAR2xummsmJ9j0EACW3b77taF3tGOiobi72fWEU485GuNy4Tn6sTLL9zLkR4

António Vaz disse...

Conversa para embalar convencidos… ou adormecidos.
«Portugal faria bem em depender menos da UE. Parece que há vida fora da UE e vacinas também.» e então apresenta, como enredo conspiratório, o exemplo do RU que, evidentemente, até se livrou de Bruxelas, ou seja, se nos livrarmos de Bruxelas, «Parece que há vacinas fora da EU» porque ficaríamos, na “conspiração”, ao nível do RU. Só faltou citar o exemplo das Seicheles…

JE disse...

Um coloca o gomes ferreira a falar. O outro, ou o mesmo, faz aqueles silogismos idiotas do género:
"até se livrou de Bruxelas, ou seja, se nos livrarmos de Bruxelas, «Parece que há vacinas fora da EU» "

Bom. Tirando a asnice desta falácia que aparece montada numa qualquer segunda derivada, o que é um facto é que há mesmo vacinas fora da UE

E não é preciso ir a banhos disparatados às Seicheles