quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Corridas para o fundo


Depois de a Síria ter anunciado a sua adesão ao Acordo de Paris, os EUA de Donald Trump passam a ser o único país a ficar fora do compromisso para conter o aquecimento global. Para os defensores da concorrência sem regras nem limites, este isolamento poderá ser encarado como uma vantagem competitiva. É a lógica da corrida para o fundo. A mesma lógica em que assenta, num outro plano, a competitividade através de baixos salários, da desregulação das relações laborais, da destruição do Estado Social e do desprezo pelas pessoas e pela sua dignidade e bem-estar.

32 comentários:

Geringonço disse...

Os EUA precisam o mais rapidamente possível de progressistas no poder, mas já se sabe, conte com a Clinton, Obama e os outros neoliberais pró-guerra para que isto nunca aconteça, o custo é "apenas" a descida ao inferno por aquelas bandas, mas os Clinton, os Obamas estão-se nas tintas...

Jose disse...

A competitividade através de baixos salários vem sempre à baila, a propósito ou a despropósito.
Quem não tem mais nada que o torne competitivo, como vai competir que não seja pelos salários?

Mas o problema nunca é das pessoas ou das políticas que as tornam incompetentes, sempre se passa a mensagem que se lhes pagassem melhor tudo se comporia para melhor; uma espécie de ciclo virtuoso sem que se lhe reconheça a fonte geradora do milagre.

Manuel Rocha disse...

Porque é que o Nuno Serra não opta simplesmente por se opor às "lógicas" instaladas nos domínios da produção, transporte e uso da energia ? Não seria bem mais simples justificar o combate pela irracionalidade intrínseca dessas "lógicas" do que invocar argumentos que continuam a suscitar controvérsia ?

L. Rodrigues disse...

"sempre se passa a mensagem que se lhes pagassem melhor tudo se comporia para melhor"

Essa mensagem serve sempre que se quer justificar o salário e as regalias e a proteção dos "melhores" CEOs. Está demonstrado, para quem quiser ver, que a economia beneficia mais quando se paga decentemente ao trabalhador comum do que quando se paga indecentemente a um Mexia ou Zemal Bava da vida.

Quanto às lógicas instaladas, elas são uma e a mesma: o maior retorno em menor tempo para o accionista. Os outros e o futuro que se lixem.

Anónimo disse...

Curioso como o que faz mover a corda sensível do das 13 e 33 sejam os salários

E a defesa da "competividade" que só pode sair duma entidade patronal em busca de mais lucro. Lucro a remeter depois para os bordéis tributários, com que se cumpre o ciclo da malandragem dum patronato reles



Anónimo disse...

Manuel Rocha também se lastima pelo facto de Nuno Serra não seguir a cartilha tradicional e ousar denunciar situações que "continuam a suscitar controvérsia".

Controvérsia para quem? Para os que se vão apropriando cada vez mais da riqueza? Para a perpetuação dum status quo virtuoso apenas para quem mais tem?

O que suscita controvérsia a Manuel Rocha?

A denúncia duma competitividade através de baixos salários?
A denúncia da desregulação das relações laborais?
A denúncia da destruição do Estado Social?
A denúncia do desprezo pelas pessoas e pela sua dignidade e bem-estar?

O que perturba tanto Manuel Rocha para ficar tão "perturbado" a ponto de chamar a atenção de Nuno Serra para não sair dos limites que tem como aprazíveis?

soudocontra disse...

Generalizando ao sistema socio-económico, em todo o planeta, tenho a dizer:
"É o ser-humano em toda a sua vileza e exploração criminosa de outros seres humanos, em todo o planeta - claro que há situações extremas de fome e trabalho forçado de crianças, mas muitas, muitas mais existem, mais discretas, mas exibindo todo o horror, com que que as classes mais ricas tratam os os seus semelhantes mais desprotegidos, como escravos, para, servindo-se deles, enriquecerem cada vez mais!?!?!?? É O SISTEMA SOCIO-ECONÓMICO CAPITALISTA EM FORÇA!"

Anónimo disse...

A protecção de um ecossistema é a protecção de quem nele habita, é indecente ver gente mais preocupada com um suposto aquecimento global provocado pelo homem do que com a condição objectiva da vida de cada um, em última análise estes "ecologistas" são os idiotas úteis da indústria e de um sistema instalado que maximiza o poder de uns poucos e relativiza o poder de muitos.

Manuel Rocha disse...

Ao Anónimo das 15:47

Têm toda a pertinência as suas questões. Referia-me à menção ao "aquecimento global". Penso que há mil boas razões para sustentar o que Nuno Serra pretende sem mencionar essa controvérsia. Obrigado pela chamada de atenção para a imprecisão.

Anónimo disse...

Obrigado a Manuel Rocha pelo seu esclarecimento

Anónimo disse...


«Não seria bem mais simples justificar o combate pela irracionalidade intrínseca dessas "lógicas" do que invocar argumentos que continuam a suscitar controvérsia ?»

E mais honesto também, acrescento eu.
A referência quase constante às alterações do clima também tem servido para justificar processos muito pouco claros de socialização de prejuízos privados e para branquear responsabilidades de quem tinha obrigação de fazer muito mais e melhor em termos de ordenamento e de gestão do território. Quando uma CM decide urbanizar uma linha de água, serão as AC's as responsáveis pelos impactos das inevitáveis inundações ?


AReis

Jose disse...

L.Rodrigues: «se quer justificar o salário e as regalias e a proteção dos "melhores" CEOs»

A verdadeira razão é bem mais prosaica: quem decide sobre milhões deve ser desencorajado de roubar pagando-lhes com alguma proporcionalidade.
Veja o caso do Sócrates e de tantos outros.
Quando a política era entretenimento dos ricos os riscos eram bem menores; agora o risco é elevadíssimo.

Para os trabalhadores, que só podem decidir da sua produtividade, o princípio também funciona; mas veja o horror dos sindicatos lusos aos prémios de produtividade!!!
Note que se queixam do patronato ser incompetente, mas não o querem a avaliar o trabalho ou o trabalhador - ideologia oblige: zelotas pelo emprego, não pelo trabalho.

Anónimo disse...

Quer-se mesmo justificar o salário e as regalias e a proteção dos "melhores" CEOs

Veja-se o esforço dantesco do sujeito das 17 e 27 para o justificar

"Devem ser desencorajados de roubar" pagando-lhes com alguma proporcionalidade

Este tipo faz dos outros idiotas. Terá sido o que fizeram ao Ricardo Salgado e ele alguma vez teve limites?

Anónimo disse...

Um patrão , um gordo, obeso e oleoso grande patrão quer sempre mais. Mais e mais. Não tem limites.

Há de resto declarações várias do sujeito das 17 e 27 a defender a concentração da riqueza nos referidos patrões. Declarações várias e bem oleadas. E como bom zelota do patronato, "esquece-se" dos exemplos citados de Mexia e do Bava.

Coitados.Não lhes pagavam com proporcionalidade.

Ainda não há muito defendia os 2,1 milhões ganhos por Mexia mexer em mil milhões

É a defesa da classe dos chulos e dos parasitas. Em regime aberto e a pensar que a memória é uma coisa fanada

Uma tese que é um vómito. E que confirma o dito por J Rodrigues.


Anónimo disse...

Quanto aos trabalhadores.

Eles, que produzem aquilo que os patrões não conseguem produzir parece que só podem decidir da sua produtividade.

Para um patrão, escolhido pelos seus pares como perito patronal agiganta-se o disparate de tal afirmação. A produtividade no trabalho tem tantas variáveis, que só mesmo um enraizado defensor do patronato com ligações ideológicas compatíveis, pode dizer tal cabotinice.

Veja-se assim a produtividade reduzida a isto pelo representante dum patronato chulo e ignorante a tentar lançar o isco aos pobrezinhos dos trabalhadores. Produzirem mais para ver se ganham mais. Tanto como o Mexia, ou o Bava?

Anónimo disse...

Temos então o patronato defendido nestes termos:

"Quem não tem mais nada que o torne competitivo, como vai competir que não seja pelos salários?"

Uma curiosa ( e vil ) defesa dos baixos salários, da exploração sem limites por parte de um patronato chulo e medíocre


E temos os trabalhadores, que "só podem decidir da sua produtividade"

Como se vê "o princípio também funciona"

Então não?

Anónimo disse...

Quanto ao choradinho hipócrita:

"Note que se queixam do patronato ser incompetente"

Queixam? Mas quem se queixa? Vamos ser objectivos e classificar correctamente estes tipos, ultrapassando estes pífios registos de coitadinhos.

"A baixa escolaridade dos patrões portugueses, e a sua diminuição como se verificou entre 2003 e 2008, tem efeitos muito mais nefastos na competitividade das empresas. No entanto, isso não preocupa nem os patrões, nem o próprio governo. Segundo o INE, entre 2003 e 2008, a percentagem de patrões com escolaridade inferior ao secundário aumentou de 79,6% para 81% (com os trabalhadores verificou-se o inverso, pois diminuiu de 71% para 65%), e como o nível de escolaridade secundária baixou de 12,4% para 10%. Com escolaridade superior, em 2008, eram apenas 9% (Trabalhadores:18%). Se a comparação for feita com os países das U.E o panorama é ainda mais grave. De acordo com o INE, em 2008, a percentagem de patrões com escolaridade inferior ao secundário era de 28% nos países da União Europeia (27 países); de 50% em Espanha e, em Portugal, de 81% como já se referiu. E a percentagem de patrões com o ensino superior era de 27% nos países da U.E., de 28% na Espanha, e de apenas 9% em Portugal. "


Medíocres, boçais e incultos. E depois a avaliarem o trabalho do trabalhador, de acordo com os seus critérios de subserviência, de mão-de-obra barata, de caçadores repugnantes de gado e de cultores de ideologias manhosas e eugénicas.

Anónimo disse...

Mas há mais uma última nota, que reflecte bem a bestialidade dum patronato que procura acima de tudo preservar o aumento da sua taxa de lucro.

A tentativa de aldrabar os conceitos e de vender gato por lebre. A confusão que se tenta estabelecer entre emprego e trabalho

"Trabalho sempre existiu, sob diferentes formas, ao longo da história da humanidade. É uma atividade que ajuda o homem a construir a sua condição de ser humano. O homem emerge gradualmente, desenvolve-se e se torna um ser humano no exercício de sua atividade, de seu trabalho, da sua produção social. Nesse sentido, pode-se dizer que, ao trabalhar, o homem humaniza a natureza e se constrói como ser humano, ou seja, o trabalho humaniza o homem, pois ele age de forma deliberada e consciente sobre a natureza. O trabalho, portanto, é uma atividade de mediação entre o homem e a natureza.

Emprego é uma relação social de trabalho muito recente, quando o homem deixa de ser escravo ou servo e se transforma em homem livre. Livre para vender o seu trabalho e estabelecer um contrato com o comprador, em troca de um salário que lhe permite adquirir os meios de vida necessários à sua sobrevivência. Emprego pressupõe trabalho assalariado, sendo, portanto, característico da sociedade capitalista.

O trabalho livre sucedeu historicamente a outras formas de trabalho, como a escravidão e a servidão. Na Grécia Antiga, o trabalho era uma atividade exercida pelos escravos. Na Idade Média, as pessoas trabalhavam nos campos, ligadas a um senhor feudal, ou moravam nos burgos e eram artesãos. Em todos esses momentos da história,as pessoas executavam algum trabalho, mas não tinham emprego. O emprego só se dissemina com o capitalismo, quando o trabalhador passa a vender sua força de trabalho (física ou mental) em troca de um salário. Ao conseguir o emprego, o trabalhador assina um contrato de trabalho que especifica as suas funções"

(Note-se que nem sequer falámos de Marx)

Por isso um patronato sem escrúpulos caceteiro e inculto não gosta do termo "emprego". Gosta mais do termo trabalho. Sonha em ter um trabalhador às ordens, servo de senhores feudais e acanalhados.

Anónimo disse...

Vejam-se as firmes convicções aí em cima apontadas:

"Quando a política era entretenimento dos ricos os riscos eram bem menores; agora o risco é elevadíssimo"

Uma chatice esta. Tiram os brinquedos dos ricos e depois,bem feito, os riscos são elevadíssimos. Porque não deixar a política só mesmo para os muito ricos?

Para os Trump. Para os banqueiros. Para os DDT.

Anónimo disse...

Os políticos são a voz das populações; reflectem os interesse dessas populações, nomeadamente os interesses de classe. Os políticos do poder, nesta fase do desenvolvimento do capitalismo, estão geralmente subordinados ao poder económico. Não adianta assim essa absolvição ( de classe, elitista, xenófoba, eugénica) sobre as características dos ricos e as dos "políticos, assim considerados por junto e à molhada.

Os exemplos aí estão. Barroso, um político neoliberal, conservador, de direita e acusado de múltiplos crimes, governou em função directa dos grandes interesses económicos. Foi de resto comprado por. Tornou-se banqueiro com a graça dos muito ricos e com o dinheiro alheio. À custa do seu conluio com a invasão do Iraque e com a serventia ao Capital internacional

Outro exemplo paradigmático é o de Trump. Riquíssimo.
Eis o entretenimento da política pelos muito ricos, com os resultados à vista.

Depois é olhar para os banqueiros. Com ligações directas, na cama, na mesa, na roupa lavada e nas estâncias de férias, com os políticos que os servem e que se vão servindo dos bocados. Sob o olhar atento dos mesmos grandes interesses Os exemplos são tantos que desgosta ver como é possível que se pense que há "castas" de pessoas e que a condição de rico é algo que mereça qualquer bênção particular ou indulgências divinas.

Regra geral pura trampa. Lembremo-nos da salutar gestão do Espírito Santo , do Banif, da PT , do BPN , do BPP.

Agora até Isabel II mostra um pedaço da casta a que pertence.

Há também quem tente absolver os corruptores. Geralmente gente com ligação directa, económica, familiar, de interesses ou de serventia àqueles

Jose disse...

Sempre é gratificante saber ser-se compreendido.
Bem sei que as manifestações não são disso claro testemunho, mas o esforço é já um primeiro passo para o esclarecimento.

Uma nota: antes da má prática esquerdalha de demonizar os ricos, estes uma vez enriquecidos, eram não raro conduzidos a darem nota de outras capacidades, de adesão a mais altos valores.
Agora, na imbecilidade vigente, não é razoável esperar que além de correrem o risco de ver diminuído o seu dinheiro ainda sejam insultados por cima.
Assim, entre outras ausências, não os vemos na política e vemo-nos afundados num mercado de corruptos que os ricos acabam por ter que comprar.

Anónimo disse...

As manifestações não são claras?

Quais manifestações? As da imbecilidade vigente em uso pelo dito Jose ou as que verbera como se de passeatas se tratasse?

Há uma má prática esquerdalha?
Que "esquerdalha"? Outra manifestação da referida imbecilidade vigente do referido sujeito?

E os ricos uma vez enriquecidos davam nota de outras capacidades, de adesão a mais altos valores?
Isto definitivamente faz parte da imbecilidade vigente. Que ricos? E como enriqueciam eles?O Trump? O Ricardo Salgado? O Belmiro? O Oliveira Costa? O Al Capone? O Berlusconi?O Barroso?

Altos valores? os da imbecilidade vigente? os da caricadezinha? Os da gatunagem? Os da vampiragem?

Anónimo disse...

Mas a imbecilidade vigente continua:

"não é razoável esperar que além de correrem o risco de ver diminuído o seu dinheiro ainda sejam insultados por cima".

Mas a quem se está a referir este sujeito assim tão enfronhado na imbecilidade vigente?
Ao Trump? Ao berlusconi? A alguém conhecido lá nas berças, cacique local e mafioso encartado?

Mas porque motivo os ricos iam sujar as mãos directamente na massa? Se o poder político está subordinado ao poder económico?

Por exemplo Salazar. Dizem que não era rico. Até se tecem loas sobre a sua modéstia. Afinal reunia chás de caridade para aliciar fundos para a máquina de guerra franquista. Não reunia os fundos para si mas para manter a sua ideologia e o fascismo de pé. Uma outra forma de proxenetismo, porque em troca do que lhe davam os muito ricos, este fazia dos muito ricos os verdadeiros donos de Portugal

Anónimo disse...

Mas a imbecilidade vigente persiste:
"Assim, entre outras ausências, não os vemos na política e vemo-nos afundados num mercado de corruptos que os ricos acabam por ter que comprar."

Não os vemos na política? A quem? Aos muito ricos? Aos que detém o poder económico?

Não os vemos na política de forma directa, mas são eles que as mais das vezes determinam as políticas Em segundo plano, atrás dos políticos tal como atrás de Hitler estava o grande Capital alemão ou atrás de Barroso os Goldman-Sachs da ordem. Que a propósito o tornaram banqueiro para proveito da classe

Mas entre outras ausências, não os vemos ( aos ricos) na política?
Mas que saudades estas que não casam bem com a realidade? Saudades dum universo inexistente? Os lugares "políticos" disputados directamente pelos muito ricos?

Sério?

Anónimo disse...

Quer-se mesmo justificar o salário e as regalias e a protecção dos "melhores" CEOs.

No fundo o argumento é que os patrões e os seus gestores de topo têm que ser principescamente pagos para não serem corrompidos.

Mas há mais:
"Quem não tem mais nada que o torne competitivo, como vai competir que não seja pelos salários?" . Resume-se assim a gula reinante entre o patronato. Baixos salários é a forma de aumentar a taxa de lucro. O resto que se lixe

(Quanto aos trabalhadores parece que só podem decidir da sua produtividade).

Será que a imbecilidade vigente é função directa dos medíocres, boçais e incultos patrões?

Será que a imbecilidade vigente justifica as tentativas de confusão entre os termos "emprego" e "trabalho"? Ou as saudades dos tempos (que se querem de novo actuais) em que as pessoas tinham trabalho sem direitos e nem sequer remunerados?

Mas ainda há mais.

A justificação para o estado em que nos encontramos, (nesta fase do capitalismo) passa pelos "muito ricos" ( melhor dizendo,por quem detém o poder económico) não estarem na política e terem que ter assim uma multidão de corruptos para corromperem.

Provavelmente tal dislate tem mesmo a ver com a imbecilidade vigente .

Mas infelizmente estas "pérolas" nem redimem o Capitalismo, nem absolvem quer os corruptores quer os corruptos. Que continuam a ser o que são. Exemplos concretos da trampa a que o Capitalismo chegou.

Jose disse...

A lógica é ciência estranha à esquerdalhada - nada a fazer.

Mas o torce e retorce é exercício permanente na imbecilidade vigente.

Anónimo disse...

Mais uma vez a citação, por parte do sujeito das 19 e 38, da "imbecilidade vigente".

Com saber da experiência feito, continua na sua peculiar senda

Anónimo disse...

Fala agora na "lógica" e concita-a como sua , atribuindo-lhe até foros científicos.

O mais curioso é quem assumidamente não gosta de factos, dados concretos, números e evidências baseadas em factos científicos, venha agora feito arrependido, falar em lógica e em ciência.

Ele, logo ele, que pugnava por um ensino baseado no senso comum e não no conhecimento científico.

E era o Sol a girar à volta da Terra, segundo os princípios educativos de tão ilustre parlapatão

Anónimo disse...

Mas o porquê da lástima do Jose pelo torce e o retorce.

Pelo facto das "manifestações não serem claras" ou pela "má prática esquerdalha"?

Este tipo tem que aprender que não pode emitir de forma impune todos os mantras e todos os seus complexos ideológicas como se de tábuas divinas se tratassem. O confrontá-lo com os seus próprios dislates é uma solução higiénica.


Tal como não pode de forma impune fazer insinuações a rondar a subserviência chocante e a chantagem pesporrenta defendendo que "os ricos uma vez enriquecidos dão nota de outras capacidades, de adesão a mais altos valores"

Do pau e da cenoura estamos todos fartos

Anónimo disse...

Pelos vistos houve uma época em que os muito ricos ( melhor dizendo os que detém o poder económico) tinham como entretenimento a política. E aí "os riscos eram bem menores"

Ficamos sem saber se isto é para ser levado a sério, se é apenas um fado a incensar os ricos ( ou melhor, quem detém o poder económico) ou se é apenas uma saudade irreprimível de algo que raramente ocorreu nos últimos 100 anos. A realidade desmente de forma impiedosa tais tretas.

Porque motivo os ricos iriam sujar as mãos directamente na massa, se o poder político está geralmente subordinado ao poder económico?

A objectividade é mesmo tramada. Pelo que o torce e retorce de Jose têm aqui a sua queda.

A justificação para o estado em que nos encontramos, (nesta fase do capitalismo) passa pelos "muito ricos" ( melhor dizendo,por quem detém o poder económico) não estarem na política e terem que ter assim uma multidão de corruptos para corromperem.

Provavelmente tal dislate tem mesmo a ver com a imbecilidade vigente .

Mas infelizmente estas "pérolas", esses torces e retorces, nem redimem o Capitalismo, nem absolvem quer os corruptores quer os corruptos. Que continuam a ser o que são. Exemplos concretos da trampa a que o Capitalismo chegou.

Jose disse...

«o poder político está geralmente subordinado ao poder económico»

O poder político está sempre dependente da economia, salvo quando se nega voz à miséria.
Mas só está geralmente subordinado ao poder económico onde grassa a corrupção ou a imbecilidade.
Dispenso-me de dar exemplos.

Anónimo disse...

O poder político está geralmente subordinado ao poder económico.

Nem salvas,nem salvos. Nem requiens aflitos a tentar compor um ramalhete duma época em que os "muito ricos" etc etc etc. Nem historietas da carocinha para justificar o salário e as regalias e a proteção dos "melhores" CEOs. Nem missas cantadas para a defesa dos baixos salários. Nem serenatas rascas fazendo a apologia do"trabalho "versus emprego.Nem exercícios de ocultação sobre a ignorância e o baixo perfil do tecido empresarial

Abandona-se a justificação para o estado em que nos encontramos, (nesta fase do capitalismo) que passaria pelos "muito ricos" ( melhor dizendo,por quem detém o poder económico) não estarem na política e terem que ter assim uma multidão de corruptos para corromperem.

A tentativa desgovernada para tentar salvar o convento resume-se agora a isto.Um "dispenso-me de dar exemplos" porque os exemplos a dar são da seita neoliberal que se governa enquanto governa os demais. E os outros exemplos podem ou ser desmentidos ou confrontarem jose com as contradições ideológicas e fundamentalistas

É preciso mais para tentar redimir o Capitalismo e para absolver quer os corruptores quer os corruptos. Que continuam a ser o que são. Exemplos concretos da trampa a que o Capitalismo chegou.

Aqui e em qualquer parte do mundo.