quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Para quê?

Através do Público, confirmámos que também este governo continua a promover o parasitário capitalismo da doença que destrói o Serviço Nacional de Saúde, através de engenharias neoliberais de separação entre financiamento e provisão: “o Conselho de Ministros aprovou também a despesa inerente à celebração do contrato de gestão para a concepção, o projecto, a construção, o financiamento, a conservação e a manutenção do Hospital de Lisboa Oriental, em regime de parceria público-privada.”

O Estado a dar músculo ao poder capitalista é mesmo uma das definições possíveis de neoliberalismo, que só se torna hegemónico quando quem tinha a obrigação de o superar se limita a assegurar a sua reprodução num dos sistemas de provisão mais importantes. Este assalto, já com vários anos, pode e deve ser parado, como bem argumentam duas referências técnico-políticas e ético-políticas desta e de outras áreas fundamentais para uma sociedade decente, António Arnaut e João Semedo. A sua oportuna proposta de uma nova lei de bases de saúde, em defesa do sistema público de provisão, deve merecer a atenção de toda a esquerda e até de uma certa direita com consciência social, porque se destina, entre outras coisas, a bloquear a transferência de recursos do SNS para o perverso capitalismo da doença. Antes que seja tarde demais.

Salvar este sucesso da democracia, como argumenta Arnaut, deveria ser uma obrigação deste governo: “Entre o SNS e o PS, estou pelo SNS”, afiança. Sinceramente, gostaria que não tivesse de fazer esta escolha. É preciso uma ampla maioria para defender o SNS. Se não, é mesmo caso para perguntar: para que serve este governo?

18 comentários:

Anónimo disse...

Muito bom texto de João Rodrigues, incisivo e acutilante mas também sensível.

Esta pergunta é de facto pertinente: Para que serve este governo?
Já vimos que serviu e serve para travar algumas políticas danosas da direita PSD/CDS e repor a legalidade e direitos abandalhados por essa direita. Mas no que toca ao rentismo parasitário, o tal que abomina o Estado mas que está sempre à espera para dele se alimentar e, que assola todos os sectores estratégicos e indispensáveis numa sociedade que se quer decente, não consegue ou não quer mostrar uma mudança decisiva e diferenciadora.

O governo quis e quer continuar a ir para além de Bruxelas? O governo quer servir Bruxelas e o seu projecto neoliberal ou quer servir os portugueses? Bruxelas controla mesmo todas as opções de política económica do governo ou é também este que alinha voluntariamente em esquemas neoliberais?

osátiro disse...

com certeza..fala se muito em neo liberal......sem saberem explicar o que seja.....ou inventam umas tretas quaisquer

o conselho da saúde.............nomeado por este governo................fala em MIL MILHÕES DE DÉFICIT ou DÍVIDA DO ESTADO.....ao SNS...

´quem o defende...DEVERIA PAGAR ESTA DÍVIDA...........pk os casos de negligências graves de falta de alimentação mínima...de falta de ..por ex...almofadas dignas......todo um infindável rol de graves defeitos que o SNS martela nos doentes

teimar em manter este esquema de mortes só de quem despreza o ser humano

Anónimo disse...

Excelente post de João Rodrigues. Com um cometário adequado pelas 22 e 31

Pedro disse...

O PS sempre igual a si mesmo. Uma montruosidade, neoliberalismo travestido de socialismo. E depois ainda temos de levar com o PSD-CDS a atribuir os catastróficos resultados da política de direita do PS, a mesma que eles praticam, ao "socialismo".
A falta que faz um verdadeiro partido social-democrata. Já perdi a esperança, só resta ver o mundo a afundar-se na trampa.

Aónio Eliphis disse...

Quando não há dinheiro, porque se prefere "investir" na educação e saúde, leia-se aumentar salários na vã esperança que tais funcionários com mais capital no final do mês ensinem e cuidem melhor respetivamente; recorre-se aos capitalistas agiotas, aos parasitas da finança que esfregam as mãos perante um estado mal gerido. Já foi assim com as autoestradas do Sócrates (o Beirão, não o Ateniense).

Anónimo disse...

Percebe-se que o Aonio, aliás Pimentel Ferreira, prefira recorrer aos agiotas e aos parasitas.

E que fique despeitado, irritado, destroçado, agitado, agoniado e frustrado pelo facto de se investir na educação e na saúde

Isso faz-se?

Como dizia para aí um idiota neoliberal, quem quer saúde paga-a. Por acaso também firme defensor dos agiotas capitalistas e confirmado parasita das finanças. Ex-ministro de Cavaco Silva pois claro

E quem quer educação também a deve pagar

Porque isso é tarefa de privados a salivarem pelos lucros à custa da doença e da ignorância.

Anónimo disse...

"com mais capital no fim do mês"?

Este confunde salários com Capital obtido daquela forma usurária pelos agiotas e pelos parasitas das finanças.De resto como se sabe a governação neoliberal de Passos e a austeridade troikista mais não fizeram que encher os bolsos aos ditos capitalsitas agiotas e aos parasitas das finanças

Tem pai que é cego. Tem ignorância que desqualifica. Tem neoliberal da treta que espanta

Jose disse...

O Estado faz as leis, tem polícias e exército, inspectores de finanças e entidades reguladoras, e dá força ao capital?

Verdadeiramente o que faz é evitar dar força à trupe de mamões que o parasitam por inerência da sua condição de gestionado por treteiros coladores de cartazes e caçadores de votos.
Incidentalmente vai sabendo que quanto mais interfere na economia menos arrecada.

Anónimo disse...

Sr. Jose,
O seu comentário é um fartote de rir nos malabarismos ensaiados por V. Exª, com os pés pelas mãos e vice-versa, para acabar a defender as PPPs, numa continuada defesa dos seus interesses de classe.
Quanto ao arrecadar é desejável um pouco mais de honestidade, porque sabemos bem que o que lhe interessa a si é aquilo que o Capital consegue arrecadar e não o Estado para cumprir as suas funções numa sociedade que se quer decente.

Anónimo disse...

"O Estado faz as leis, tem polícias e exército, inspectores de finanças e entidades reguladoras, e dá força ao capital?"



O Estado a dar músculo ao poder capitalista é mesmo uma das definições possíveis de neoliberalismo. Para proveito próprio de quem mais tem.

Anónimo disse...

Os caçadores de cartazes e coladores de votos ou vice-versa serão apenas alguns dos que apoquentam de noite o Jose, quando este tem pesadelos sobre as taxas de lucro a arrecadar?

Jose disse...

Sr. Anónimo
Como todo o esquerdalho o senhor cospe no prato donde come - o esforço dos privados parasitado para manter as mamas do Estado.

Anónimo disse...

Cospe no prato onde come?

Por favor que este tipo tenha termos e que não venha para aqui escrever coisas que ofendem alguns princípios de higiene básica.

Anónimo disse...

Só aparecem estes tipos a falar assim desta forma desbragada, mais as mamas pelas quais tem particular afeição. As deles e doutros

Os slogans idiotas não contam. São apenas o registo automático a quem lhe desmascara que ao patronato o que interessa mesmo é o que consegue arrecadar. E depois ir depositar nos offshores da ordem

Anónimo disse...

A propósito do esforço dos privados e do prato do cuspo do tal jose, vejamos o privado esforço de um privado que foi primeiro-ministro mais um outro privado que fez falcatruas para aparecer como um privado licenciado. E mais todas as suas outras sacanices para dar músculo ao poder capitalista.

"De acordo com a edição de hoje do Público, a polémica empresa que serviu de refúgio a Passos Coelho e seus companheiros de partido recebeu indevidamente mais de 6,7 milhões de euros de fundos europeus. A conclusão é do gabinete anti-fraude da Comissão Europeia e contraria as conclusões do Ministério Público português.

A investigação foi pedida pelas autoridades nacionais, que em Setembro do ano passado determinaram o arquivamento do processo. As investigações datam de 2012, quando as primeiras notícias de um eventual favorecimento de Miguel Relvas à Tecnoforma, quando este era secretário de Estado da Administração Local, nos governos do PSD e do CDS-PP, entre 2002 e 2004.

Relvas terá indicado a contratação da empresa a Helena Roseta, que era então bastonária da Ordem dos Arquitectos, como condição para que fossem aprovadas candidaturas ao programa Foral, tutelado pela Secretaria de Estado da Administração Local. Os eventuais crimes que tenham sido cometidos por Relvas prescreveram, pelo menos, em Janeiro de 2009.

Foi ao abrigo do programa Foral que a Tecnoforma garantiu financiamento para cursos de formação para técnicos municipais a trabalhar em aeródromos e heliportos. No entanto, três das pistas em causa não tinham qualquer funcionário, uma estava encerrada e outra não dependia da autarquia (era um aeródromo militar).

A investigação do gabinete anti-fraude da Comissão Europeia concluiu que «foram cometidas graves irregularidades, ou mesmo fraudes, na gestão dos fundos europeus» recebidos pela Tecnoforma entre 2000 e 2013. A empresa que teve o antigo primeiro-ministro como consultor imputou despesas de funcionamento regular e relacionadas com as suas operações em Angola aos projectos com financiamento da União Europeia."

O esforço dos privados para parasitar o erário público e para manter as suas privadas mamas



Anónimo disse...

Esforço dos privados?

Este está a referir-se ao esforço de Passos e de Relvas mais a tecnoforma. Ou ao esforço dos donos do BPN, do BPP, do Banif ou do BES. Talvez das PPP iniciadas por Cavaco Silva.Quem sabe se dos negócios do Dono Disto Tudo.
Negócios a ser pagos pelo erário público , como manda a tradição neoliberal.

Até quando vamos aturar este regabofe?

Anónimo disse...

O Satiro não sabe o que é neoliberal?

Ou sabe e o nome está tão emporcalhado que só debita estes gaguejos?

Entretanto que se defenda o SNS e que se façam as transferências necessárias para este, já que foi tão depauperado pela governança neoliberal de Passos / Portas.

E não se deixe que os negócios privados da saúde ocupem o lugar do SNS. SNS que tanta raiva dá a quem tenta lucrar à custa da saúde e da doença dos cidadãos

Anónimo disse...

O Sr. Jose,

Vive alegremente na ignorância alternando com a mentira para sustentar a sua posição canalha de militante defensor do saque e do rentismo.

"Este assalto, já com vários anos, pode e deve ser parado ..." como escreve João Rodrigues e é isto que V. Exª não gosta de ler. Aliás, é V. Exª que escarra no tacho dos bens públicos e comuns onde alarvemente se empanzina. Continua a arrotar milhões em dividendos obtidos com o saque em todos os sectores estratégicos da economia, sem qualquer esforço, porque são seguros e garantidos. Continua a protecção e garantia do Estado na socialização dos prejuízos que resultam dos desmandos dos seus acólitos na jogatana financeira, e até os incentiva a roubar. O seu Passos é acusado da fraude de mais de 6,7 milhões de euros, os quais abarbatou sem qualquer esforço.

O seu esforço como crápula a mentir e para ser ignorante é nenhum.